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1.

Compreender os contornos que ditaram o surgimento e desenvolvimento da


consciência ambiental

1. Competências a desenvolver: Compreender o surgimento e desenvolvimento


da Consciência Ambiental.
1.1. História da Gestão Ambiental

A consciência ambiental esteve adormecida por muitos anos no mundo inteiro antes da década
de 60 quando, Rachel Carson, dos Estados Unidos da América, publica o seu primeiro livro em
1962, intitulado a Primavera Silenciosa. Na sua obra Carson alerta sobre os efeitos negativos do
uso dos agro-tóxicos no ambiente natural, com destaque para o DDT (Dias, 2009).

A partir daquela publicação, as questões


ambientais vêm adquirindo força em
decorrência da maior consciencialização
ambiental da sociedade. Essa importância
se deu porque o homem percebeu que ao
destruir a natureza está destruindo a si
mesmo e comprometendo as destruindo a si
mesmo e comprometendo as gerações
futuras. A adopção de um estilo de vida que
respeita os limites naturais, a mudança de
valores, de comportamento e atitude
resultou no surgimento de cidadãos
conscientes e ecologicamente correctos.
“Toda essa importância se deu porque o homem percebeu que ao destruir a natureza
está destruindo a si mesmo e comprometendo as gerações futuras”

A percepção macro da problemática da relação entre o homem e a natureza, associada às


ameaças de destruição da “natureza” e das tensões produzidas por estas ameaças sobre as
diversas formas de vida social e natural, transformam-se em tema da agenda internacional e
do sistema internacional de nações, evoluindo num crescendo que passa, a partir da I
Conferência Internacional do Meio Ambiente (Estocolmo, 1972), a constituir-se numa
dimensão temática global representada pela ONU e outras organizações internacionais.

1.2. Tomada de Consciência Ambiental

Após a Conferência de Estocolmo, as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais e a


estabelecer suas legislações, visando o controlo da poluição ambiental. Poluir passou a ser
considerado crime em diversos países.

Ainda na década de 80, a protecção ambiental, que era vista sob um ângulo defensivo, estimulando
apenas soluções correctivas baseadas no estrito cumprimento da legislação, começa a ser considerada
pelos empresários como uma necessidade, pois reduz o desperdício de matérias-primas e assegura
uma boa imagem para aquela empresa que adere às propostas ambientais.

Na década de 90, percebe-se que as pessoas passaram a se preocupar mais em manter o equilíbrio
ambiental e a entender que o efeito nocivo de um resíduo ultrapassa os limites da área em que foi
gerado ou disposto. Em 1992, aconteceu um marco importante para a humanidade: a “Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento”, conhecida também como Cúpula da
Terra ou Rio-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, na qual participaram 172 Estados dos quais,
116 representados pelos respectivos Chefes do Estado ou de Governo. Como resultado da histórica
Conferência, foram elaborados, dois importantes documentos: a Carta da Terra (também conhecida
como Declaração do Rio) e a Agenda 21.

Foi também na Declaração do Rio de Janeiro que o conceito desenvolvimento sustentável ganhou
definitivamente expressão a nível internacional, surgindo com maior destaque nos princípios III, IV, V,
VIII e IX do referido Documento (Serra e Cunha, 2008).
Em Moçambique, até à data da proclamação da independência nacional, a gestão ambiental consistia
em algumas medidas elementares de gestão de florestas, da fauna bravia e em algumas acções de
protecção da zona costeira. Todavia, sectores como as de saúde, agricultura, pesca e turismo
desenvolveram e implementaram regulamentos específicos de conservação de recursos naturais sem
qualquer forma de coordenação inter-sectorial.

Alguns Factos:
1950 - 1960 – Poluição atmosférica de origem industrial provocou muitas mortes em Londres e Nova
Iorque
1960 – 1970 – Nesse período, grande parte dos conhecimentos 1972 – Conferência de Estocolmo,
discussão do desenvolvimento e ambiente, conceito de eco-desenvolvimento actuais dos sistemas
ambientais do planeta foi desenvolvido
1975 – A UNESCO, em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, criou
o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), em Belgrado.
1977 - Ocorreu um dos eventos mais importantes para a Educação Ambiental a nível mundial: a
Conferência Intergovernamental em Educação Ambiental, em Tblisi na Geórgia
1992 – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ECO-92, realizada
no Rio de Janeiro, Brasil
2002 - Em Agosto / Setembro realizou-se em Johannesburg, África do Sul, o Encontro da Terra,
também denominado Rio+10, que teve a finalidade de avaliar as decisões tomadas na Conferência
do Rio, em 1992
Em 2012, 20 anos depois realizou-se a Conferência Rio + 20, Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, destacou o compromisso dos governos com a incorporação do
desenvolvimento sustentável.

As estratégias definidas no âmbito do desenvolvimento económico após a independência nacional,


não dedicaram a devida atenção aos princípios básicos de desenvolvimento sustentável. A primeira
acção tendente à consideração sistemática dos aspectos ambientais, ocorreu em 1982, com o
estabelecimento de uma Unidade de Gestão Ambiental, no Instituto Nacional de Planeamento Físico
(INPF), tendo como objectivo fundamental propor uma instituição estatal capaz de integrar os
princípios ambientais no processo de desenvolvimento do País.

Assim, em 1985, a recém-criada Unidade, sob a assistência do Programa das Nações Unidas para o
Ambiente (PNUMA) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), propôs a criação
do Conselho do Ambiente, de nível ministerial, constituído por um Secretariado Técnico e dotado de
recursos financeiros. No entanto, só em 1987 foi designado o então Ministro dos Recursos Minerais
para dirigir o processo da institucionalização da gestão ambiental em Moçambique, sendo coadjuvado
nas suas funções pelo Ministro de Construção e Águas.

Em 1989,o Director Executivo do PNUMA visita Moçambique tendo assinado com o Governo um
Memorando de Entendimento que previa um programa de cooperação por um período de 5 anos.
Fruto deste memorando, foi constituído um grupo de trabalho, designado por “Secretariado
Provisório’, com assistência técnica e financeira do PNUMA, que culminou com a criação, em 1991, da
Divisão do Meio Ambiente no Instituto nacional de Planeamento Físico.

O trabalho levado a cabo pelo Secretariado Provisório durante nove meses, resultou na proposta de
inserção do ambiente no aparelho do Estado, tendo recomendado para o efeito, a criação de Uma
Comissão Nacional do Meio Ambiente, que seria responsável pela salvaguarda de questões ambientais
nos planos de desenvolvimento nacional, enquanto não se criasse em definitivo, uma instituição que
velaria pela problemática ambiental no País.

Como resultado dos trabalhos até então levados a cabo com relação à situação ambiental no País e
das recomendações sectoriais no âmbito da Conferência nacional sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento realizada em Maputo em Outubro de 1991, o Governo de Moçambique criou a
Comissão Nacional de Meio Ambiente (CNA), a 3 de Junho de 1992, por um Decreto Presidencial.

A Comissão tinha a função de coordenar, a nível nacional, todas as actividades do domínio ambiental,
promovendo a gestão, preservação e utilização racional dos recursos naturais e propor políticas e
estratégias ambientais a serem integradas nos planos sectoriais de desenvolvimento.

O trabalho levado a cabo pela CNA com envolvimento de outras entidades governamentais, culmina
com a criação, em Dezembro de 1994, do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental
(MICOA), no âmbito da formação do primeiro Governo democraticamente eleito, naquele ano. O
MICOA veio preencher o vazio institucional ate então existente para lidar com a problemática
ambiental. (MICOA; Programa Nacional de Gestão Ambiental, 1994, Maputo).

1.3. A Preocupação Ambiental no Contexto das Organizações

A evolução do conhecimento científico e suas aplicações tecnológicas propiciaram o surgimento das


sociedades industriais modernas, caracterizadas pela riqueza, mas também pelo consumismo e pelas
expectativas de que os bens materiais e o conforto estariam sempre disponíveis (CENTENO;2004)
A preocupação com o futuro da humanidade, tendo em vista
o crescimento populacional, a limitação dos recursos naturais
e a insegurança alimentar já existiam desde muito tempo mas
começaram a ser equacionados desde o inicio da década de
70, quando se começa a discutir sobre os limites de
desenvolvimento, conforme Andrade (2000).

Graças às tais discussões, foi reconhecido o inter-relacionamento entre os conceitos de conservação


ambiental e desenvolvimento socioeconómico, quando entre os factores de degradação ambiental foram
incluídos os efeitos causados pelo desenvolvimento desordenado.

Como resultado da referida inclusão,verifica-se actualmente um crescimento da consciência


ambiental quer no sector público, como no privado. Diversas organizações empresariais estão
cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar um desempenho cada vez mais satisfatório
em relação ao Meio Ambiente.

Um dos grandes marcos da Conferência de Johanesburgo foi a ratificação da preocupação


com a implantação de mecanismos que estimulem a produção e o consumo sustentável. Essa
é uma tarefa que deve ser assumida pelos sectores público e privado, bem como pelo cidadão
comum, alterando seus hábitos de consumo. Os órgãos públicos devem propor políticas e
instrumentos económicos que estimulem a alteração do padrão de produção e consumo. O
próprio Estado tem o poder de estimular as “compras verdes”, ou seja, comprar produtos que
atendam aos padrões sustentáveis. O sector privado poderá continuar lucrando, produzindo
de forma sustentável e estimulando o consumo de produtos não tóxicos ou menos poluentes.
Actualmente, o ambiente ganhou um lugar de destaque como preocupação mundial, quer a
nível do cidadão comum, quer a nível das organizações, agentes económicos e sociais que,
através da sua intervenção no nosso quotidiano, apresentam uma interacção directa ou
indirecta com o ambiente.

Exercício de Consolidação
DILEMA da SUSTENTABILIDADE
Objectivo: Introduzir aos participantes o conceito de sustentabilidade
e seus dilemas.
Tempo de exercício: 30 minutos - Professor orienta a Actividade
Actividade de Material: Um grande nº de berlindes, papel e lápis para registo de
Grupo pontos, quadro e canetas

Instruções:
Num recipiente introduza pelo menos 16 berlindes para cada grupo (comunidade);
Explicar as Regras:
A pilha de berlindes representa um valioso recurso renovável. Cada membro do
grupo/comunidade pode retirar livremente da pilha de recursos a quantidade que desejar. A
cada rodada o recurso deverá ser reabastecido pelo formador.
Uma pessoa em cada comunidade deve registar o número de peças retiradas por cada membro
da comunidade em cada rodada.
Após cada rodada, conte quantos berlindes cada grupo/comunidade restam-lhe na pilha e
adicione um número equivalente de berlindes à pilha.
Jogue três ou quatro rodadas, parando após cada rodada para descobrir se algum membro do
grupo/comunidade não sobreviveu (não amealhou nada).
Jogue uma rodada final e peça aos membros do grupo/comunidade que compartilhem o que
aconteceu em suas comunidades.
Que grupo/comunidades todos sobreviveram?
Qual comunidade tinha mais pedras na pilha de recursos no final do jogo? Quais comunidades
estão confiantes de que sempre terão pedras suficientes para todos, desde que a pilha seja
renovada? Como essas comunidades chegaram a esse ponto? Quais estratégias foram usadas?
Havia um líder nessas comunidades? Se sim, por que a comunidade ouviu essa pessoa?
Essas comunidades poderiam ter atingido a "sustentabilidade dos berlindes" sem
comunicação?
Compare a quantidade de berlindes por membro na sala. De todos, quem acumulou mais
berlindes? Como conseguiu isso? Será que isso impediu outros de sobreviverem.
Onde vemos este tipo de ganância no mundo?
Conclusões:
Para Portfólio:
Inicie discussão sobre os resultados observados. Cada grupo/comunidade, deverá em plenária
explicar: Que informações são necessárias
Tendo paraas
em conta saber como gerir
questões umseguem,
que se recurso escasso
resolvade forma
individualmente
sustentável? Que consequências trazem o tipo de consumo, assistido no jogo? Haveria
as questões,
possibilidade de sobrevivência? Apresentarregiste
lista deno seu diário de aprendizagem.
propostas.
 Agora repita o jogo eTerminada
veja a reacção.
a Peça que cadadeverá
actividade grupo/comunidade
submeter explique o que
na plataforma para
Actividade
mudou no seu comportamento.
classificação e arquivo, como evidência do seu diário.
1. Com base no teu aprendizado, explica em que medida a história da educação ambiental é
resultado do comportamento do homem.
2. Ao longo do tempo, o homem começou a dar muita importância à consciencialização
ambiental da sociedade. a) Explica porque.
3. Em 1972, realizou-se em Estocolmo, Suécia, a I Conferência Internacional do Meio Ambiente.
a) Discuta o mérito daquela Conferencia para a humanidade.
4. A tomada de consciência sobre os problemas ambientais globais manifestou-se a partir da
Conferencia de Estocolmo.
a) Indica outros eventos realizados após aquele evento histórico mundial explicando o
local da realização e decisões tomadas (as mais relevantes);
b) Explica as primeiras manifestações de tomada de consciência ambiental em
Moçambique.
c) Explica o que simboliza o dia 05 de Junho no mundo
5. Nas sociedades de consumo em que vivemos, cresce a preocupação pela preservação do
Meio Ambiente.
a) Concordas? Justifica

1.4. Principais Recursos Naturais

1. Compreender a Estratégia da Gestão dos Recursos Naturais

2. Identificar os principais Recursos Naturais

Resultados 3. Analisar os impactos decorrente da actividades humanas


Esperado
A localização geográfica de Moçambique e a sua longa extensão, conferem-lhe o privilégio de
beneficiar de uma diversidade de recursos naturais com destaque para vastas áreas de terras
férteis, variedade de recursos florestais e faunísticos, importantes bacias hidrográficas, recursos
minerais variados e uma linha de costa com grande potencial económico e ambiental.

Todavia, este potencial continua não explorado devido fundamentalmente a dois factores
históricos nomeadamente, a longa colonização e a devastadora guerra após a independência,
contribuindo para que Moçambique continue sendo um dos países pobres do mundo.

1.4.1 Recursos Agrários

Estima-se que cerca de 45% de terra do país (36 milhões de hectares) possuem um potencial agrícola
sendo a agricultura uma actividade económica que emprega cerca de 80% da população moçambicana.
Dos 36 milhões de hectares potencialmente férteis, estima-se que apenas 20 a 30% estejam
efectivamente em uso com o sector familiar produzindo milho, mandioca, mapira, arroz, batata-doce,
amendoim, feijões ocupando cerca de 905 e o sector comercial apenas 10% cultivando cana-de-açúcar,
algodão, copra, chã, citrinos, castanha de caju e sisal.

A agricultura em Moçambique é praticada tanto no sequeiro, onde predomina a o sector familiar usando
como técnicas principais a rotação de culturas e o pousio das terras para permitir a recuperação da
fertilidade dos solos. A irrigação é praticada nos solos aluvionares, praticada numa área estimada em
130.000 hectares dos 36 milhões hectares (3.93%) com potencial agrícola.

A mecanização e o uso de insumos agrícolas constituem praticas correntes na agricultura nacional,


sobretudo na agricultura comercial e de irrigação. A mecanização agrícola concentra-se em actividades
de desbravagem, lavoura, sementeira e colheita.

1.4.2 Recursos Florestais

Moçambique possui cerca de 80 milhões de florestas e outras formações vegetais nativas, ocupando
cerca de 78% do território nacional. Dos 80 milhões de hectares, 8.7% correspondem a florestas com
alta e média produtividade, 26% de florestas de média e baixa produtividade e os restantes 65.3%
correspondem a savanas pouco densas e de baixo valor comercial, mas com enorme valor social, pois é
onde a população busca o combustível lenhoso, material de construção, pastagem, encontra diversos
alimentos e plantas medicinais.
As províncias de Manica, Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado são as detentoras de florestas
densas, com altura variável entre 9 e 15 metros. Estas províncias possuem em conjunto um potencial de
produção sustentável estimado em 1000000m3/ano.

O mangal é outra espécie florestal predominante no estuário dos rios, ao longo da vasta costa
moçambicana, com destaque nas Províncias de Nampula, Zambézia e Sofala. Para além da riqueza dos
seus ecossistemas, do seu papel regulador no ambiente e do valor económico, o mangal assume
particular importância na prevenção da erosão costeira e das margens dos rios, na redução das cheias e
na reprodução de espécies marinhas como é o caso do camarão.

A contribuição dos recursos florestais no consumo energético global representa mais de 80% da energia
consumida no país, alem de fornecimento de material para a construção cujo volume ascende a 5.120.
000m3.

1.4.3 Recursos Faunísticos

Dados estatísticos de 1976 referentes às principais espécies da fauna bravia nacional apresentavam o
quadro seguinte: 30.000 elefantes; 200.000 búfalos; 35.000 cocone, 35.000 zebras; 70.000 nhaso;
15.000 hipopótamos; 30.000 pala palas e 200.000 veados e outros antílopes sem incluir a existência de
inúmeros crocodilos em Marromeu, Lago Urema e na Albufeira de Cahora Bassa.

Devido a efeitos devastadores da guerra, caça furtiva, seca e perda de habitats por diversos factores com
destaque para as queimadas descontroladas, a diversidade e riqueza faunística de Moçambique sofreram
um grande declínio, havendo até indicações de que algumas espécies desapareceram ou estão em
iminência de desaparecer. De entre essas espécies, destacam-se o rinoceronte branco, o rinoceronte
preto, a chita, o leopardo, a palapala vermelha, o dungongo, a girafa, o cocone azul e a sitatunga. A
flora e fauna constituem um grande atractivo turístico em Moçambique.

1.4.4 Recursos Minerais e Energéticos

Os recursos minerais predominantes em Moçambique agrupam-se em minerais energéticos (carvão, gás


natural e petróleo) minerais metálicos (ouro, ferro e cobre), minerais não-metálicos (mármore,
esmeraldas, turmalinas, granadas, águas marinhas e calcário) e águas de mesa e minero-medicinais.

De entre os vários minerais citados, o carvão é o que possui maior potencial, em função dos valores
para que apontam as reservas já identificadas. Só nas províncias de Tete (Moatize e Chingozi) Manica
(Espungabera) e Niassa (bacias carboníferas de Maniamba) estima-se que existam mais de 10 biliões
de toneladas. Outros minerais como bauxite, tentalite, mármore, ouro, cobre, betonite, granada e as
pedras preciosas e semi-preciosas são os que destinam à exportação.
Exercício de Consolidação

Vendo sua Comunidade sobre as lentes da Sustentabilidade


Objectivo: Identificar os efeitos de uma actividade local na economia,
sociedade e meio ambiente

Actividade de Tempo de exercício: 60 minutos - Professor(a) orienta a Actividade


Grupo Material: Papel Gigante, fita, lápis para registo de pontos, quadro e canetas

Instruções:

 Dividir os grupos em 3 ou 6 pessoas. Peça a cada grupo para identificar um dos recursos.
De seguida construa um mapa conceitual usando o recurso como foco principal.
 Peça aos participantes que pensem em como este recurso pode ser afectada por algum
tipo de actividade humano (indústria, habitação, turismo, festivais, etc.). Os grupos devem
escrever esses factores primários no papel gigante usando linhas e palavras de conexão
para mostrar relacionamento;
 De seguida os participantes identificam uma segunda linha de factores que são resultado
1. Moçambique é um paísHavendo
dos factores primários; privilegiado em podem
de 3º,4º termos continuar
de recursos
suanaturais não obstante a sua
identificação;
exploração continuar deficitária.
 Pegar num outro papel e faça uma tabela com títulos: Meio ambiente; Economia e
Sociedade. Na coluna aPara Portfólio:
esquerda, local e global.
 Tendo
Os participantes escrevem em conta
os factores as mapas
dos dois questões que se
conceituais. seguem,seráresolva
O resultado uma
tabela com factores individualmente
que impactam nosasrecursos, na dimensão
questões, registe social,
no seu económica
diário ede
ambiental. aprendizagem.
Actividade Conclusões:
Terminada a actividade deverá submeter na plataforma para
 Iniciar o debate no grupo identificando as tendências negativas sobre o recurso; Identificar
classificação e arquivo, como evidência do seu diário.
no mínimo/máximo quantos anos esta tendência impactaria no recurso até ser intolerável.
 1.Levante
Moçambique é um país privilegiado
as possibilidades de que tipoemdetermos de recursos
medidas podem naturais não obstante
ser tomadas a sua
agora para
exploração
combater essacontinuar deficitária
tendência, para que as gerações futuras desfrutem da mesma qualidade
de vida encontrada no recurso, hoje?
a) Escolha um dos muitos recursos naturais do teu país e faça um plano de exploração
Plenárias! sustentável.

b) Em que medida os recursos naturais existentes no país podem se tornarem numa fonte
de riqueza e também numa fonte de conflitos diversos.
2. Identifique as formas de exploração inapropriadas de recursos naturais em Moçambique e
explique o impacto dessa exploração para o Meio Ambiente.

a) Indique o Impacto Social (positivo e negativo) dessas formas inapropriadas

3. Identifique um recurso natural local esgotado pela actividade humana e escreva-o numa
folha. Crie um mapa conceitual de prováveis factores, locais e globais, que levaram a escassez
desse recurso. O que isso implica/tem implicado para a sua comunidade?

As Tendências Reveladas da Relação Homem/Natureza.

Nesta primeira aula, analisaremos as tendências reveladas até o momento da relação


homem/natureza. Para tanto, começaremos resgatando a evolução histórica da humanidade e a
apropriação da natureza como recurso econômico, para em seguida, discutirmos a relação entre
consumo e meio ambiente, a qual se apresenta em estado de desequilíbrio.

A relação Homem/Natureza

Você já parou para pensar sobre o que está acontecendo com o nosso planeta? Quem são os
principais responsáveis pela degradação dele? Você se considera um agente do processo de
degradação do meio ambiente?
Essas questões nos remetem à reflexão sobre nossas atitudes cotidianas, as quais nem sempre
demonstram preocupação com o meio ambiente. É muito provável que você já sabe o que está
acontecendo com o planeta ou até faz ideia dos problemas ambientais que enfrentamos, por
exemplo, o aquecimento global e a perda da biodiversidade. Divulgados, frequentemente, pela
mídia esses assuntos se tornaram comuns à sociedade contemporânea, a qual cabe parcela de
responsabilidade sobre o agravamento dos mesmos.

A sociedade sempre agiu dessa maneira em relação à natureza? Esse questionamento merece
uma reflexão. Vamos lá! As sociedades sempre estiveram em contato direto e em permanente
interação com o ambiente natural. Fato este que se refletiu nas complexas inter-relações das
práticas sociais e ambientais. Os resultados dessas inter-relações frequentemente degradaram
o meio natural e muitas vezes se reverteram em perda da qualidade de vida para muitas
sociedades (WATANABE, 2008, em fase de elaboração).

A queda da qualidade ambiental começou a ser percebida com mais intensidade a partir do
momento que houve a transformação dos ecossistemas naturais em ecossistemas humanos.
No primeiro estágio da evolução humana a relação homem/natureza permaneceu equilibrada.
A extração dos recursos naturais respeitava os ritmos naturais do meio.

No segundo estágio, o homem (Homo erectus) que havia descoberto o fogo atuou como
predador. Suas atividades apenas perturbaram o equilíbrio ecológico, pois caçava e pescava,
mas não o suficiente para colocar em vias de extinção as espécies animais.

O terceiro estágio foi marcado pelo progresso do domínio humano sobre a natureza, com a
domesticação de animais e a transformação de grandes extensões de florestas e savanas em
campos de pastos, o que imprimiu grandes modificações na paisagem natural.
O surgimento da agricultura marcou o início do quarto estágio. Através da observação dos
ciclos naturais de reprodução dos vegetais, o homem descobriu que pode criar ecossistemas
artificiais, para suprir suas necessidades.

Desde a mesopotâmia até a Idade Média o homem esqueceu seu lugar na natureza. Essa visão
antropocêntrica colocou o homem numa posição de superioridade em relação à natureza,
resultando na crescente exploração dos recursos naturais.
A relação Homem/Natureza nos estágios

A Revolução Industrial, ou quinto estágio, acentuou as relações de dominação e exploração


ambiental, resultando em profundas rupturas nos ritmos e processos naturais. A velocidade de
regeneração natural passou a ser menor que a velocidade da extração dos recursos naturais.
A consolidação do capitalismo e a crescente urbanização marcam o início do sexto estágio. As
mudanças nas relações econômicas de produção e nas relações entre produtor e consumidor se
refletiram no aumento significativo da extração dos recursos naturais. A velocidade da utilização dos
recursos naturais passou a ser maior que a capacidade de regeneração natural.

Verifica-se, através da análise da evolução histórica da relação homem/natureza, que nos primeiros
estágios o ambiente natural não sofreu perturbações intensas, pois o homem sentia-se parte integrante
dele. Não tinha intenção de explorá-lo e nem meios para isso. Foi com o surgimento da agricultura que
o processo de degradação ambiental tomou maiores proporções, porém, a interferência mais
significativa na natureza ocorreu com o advento da industrialização. Não só a paisagem natural deu
lugar às indústrias e, consequentemente, à urbanização, mas o meio ambiente como um todo passou a
ser agredido. A exploração dos recursos naturais passou a ser mais acentuada para suprir a demanda de
produtos consumidos por uma população, que não parou de crescer e exigir melhores padrões de vida.
Os gradientes ar, água e solo sofreram alterações com o processo de poluição resultante da
industrialização. A saúde humana começou a ser afetada pelos mais variados problemas ambientais. O
ritmo de crescimento econômico foi acelerado, sendo necessário produzir cada vez mais para gerar mais
lucro.

Ações estratégicas para a sustentabilidade discutidas na Rio/92

A retomada da discussão teórica, entre os representantes de quase todas as nações, sobre o


Desenvolvimento Sustentável ocorreu em 1992, ano que o Rio de Janeiro foi sede da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio/92). Foram
apresentadas e discutidas estratégias sustentáveis de desenvolvimento. Entre elas a Agenda 21
mereceu destaque especial ao propor uma metodologia inovadora, na qual a preservação
ambiental e a justiça social revelaram sua interface.
Contudo, as evidências de desarmonia entre os homens e a natureza têm sido crescentes em
todo o planeta. Nas últimas décadas, o modelo de desenvolvimento econômico capitalista
globalizou não só a economia de mercado, mas a cultura do desperdício, da descartabilidade,
do individualismo, do consumismo, intensificando a insustentabilidade do convívio entre a
humanidade e o meio natural.

Consumo X Meio Ambiente


Nesta aula, discutiremos os tipos de consumo que podem ser prejudiciais ao planeta.
Iniciaremos nossa reflexão analisando a imagem e respondendo as seguintes questões: Será
que precisamos consumir de fato tudo o que compramos?

Nossas necessidades são reais ou fictícias? Que preço estamos pagando, e que preço as futuras
gerações pagarão, para satisfazer as necessidades básicas ou supérfluas?

O Consumo

Com a produção em massa advinda da Revolução Industrial, aumentou o acesso a bens e


produtos antes limitados a um número reduzido de indivíduos. Pela lógica do capitalismo, o
aumento da oferta reduziu o preço, inserindo grande parcela dos excluídos do consumo em
contato direto com diferentes produtos.

Reflexões

Quais critérios você utiliza para escolher um bem que considera uma necessidade? Compra
por que realmente precisa usá-lo ou por que quer mostrar aos outros que “pode” adquiri-lo?
Sua necessidade é real ou foi criada?

Você sabia que a grande maioria dos brasileiros ao comprar um carro dá preferência a itens
de luxo (signos) aos de segurança (utilidade)? E você, qual escolha faz?

O consumo não é uma escolha livre


Para Refletir!!!
Você sente-se livre para escolher tudo aquilo que precisa ou acaba consumindo sob influência
das propagandas?

Reflita sobre isso e faça uma lista com 10 produtos que você consume mensalmente,
verificando quais você realmente precisa. A Liberdade de consumo

O consumo não é resultado de uma escolha livre, se “constitui, há várias décadas, um


verdadeiro dever cívico, inseparável e complementar da aceitação da ordem social e política”
(ALPAHANDERY, 1992).

As duas dimensões da instituição da sociedade são a criação no indivíduo de um esquema de


autoridade e um esquema de necessidade (CASTORIADI, apud ALPHANDERY, 1992).

No auge do capitalismo industrial americano, criou-se a era do totalitarismo dos especialistas.


Desde o nascimento até a morte do indivíduo, esse grupo de especialistas determinava o que
era correto para os outros e tudo o que precisam. Era, esse grupo que definia as necessidades
das pessoas. O indivíduo era induzido a consumir bens e serviços que lhe eram indicados como
necessários, não sentia necessidade autônoma, mas fazia suas escolhas a partir daquilo que os
especialistas lhe recomendavam.

A busca pela renovação dos valores sociais.

Torna-se cada vez mais evidente a necessidade de mudança de valores no cenário mundial, que
conduza a humanidade à adoção de um novo modelo de desenvolvimento, que consiga aliar
crescimento econômico, justiça social e equilíbrio ambiental. Para tanto, é preciso uma
profunda mudança de paradigma na direção do entendimento completo da vida e sua
complexidade. O ponto fundamental dessa dinâmica está no despertar de uma nova maneira de
pensar o mundo que supere a atual crise, definida por Capra (1982) como “o ponto de mutação
entre o racionalismo mecanicista cartesiano e a nova tendência intuitiva de base ecológica”.

Fundamentos Básicos de Educação para a Sustentabilidade

Fundamentos Básicos de Educação para a Sustentabilidade 31 e-Tec Brasil

Nesta aula, analisaremos a função da Educação Ambiental no momento de transição de


paradigmas, apresentando distintas concepções filosóficas e educacionais que permeiam a
Educação como um todo, para em seguida discutirmos o processo de conscientização ambiental
como suporte ao desenvolvimento sustentável.

A função da educação ambiental na transição de paradigmas

Muito se fala em paradigma: “Está surgindo um novo paradigma...”;

“Vivemos num momento de transição de paradigmas...”, etc.

Você sabe o que é um paradigma?

Por paradigma podemos entender o conjunto de ideias, crenças e valores que constroem a
Percepção e a compreensão sobre o mundo como um todo.

Quando falamos em surgimento de um novo paradigma ou transição de paradigmas estamos


nos referindo à mudança nas ideias, crenças e valores seguidos por uma sociedade.
O atual momento do desenvolvimento social tem como marco histórico a adoção de um novo
paradigma. Esse, em processo de delineamento, caracteriza-se como indutor de um novo modo
de vida que substitua os valores pautados no intenso consumo e na prioridade dos interesses do
indivíduo.

Neste contexto, a Educação Ambiental assumiu um caráter inovador na promoção de mudanças


nos hábitos consumistas e atitudes individualistas, tidos como corretos pela maioria da
sociedade contemporânea. Considerada um processo educativo contínuo que deve atingir o
indivíduo e a coletividade, a Educação Ambiental conduz não apenas os governantes,
empresários, educadores, estudantes, cientistas, mas todos nós a revermos nossa relação com a
natureza para que seja possível alcançar a sustentabilidade planetária.Atingir a sustentabilidade
implica, primeiramente, na adoção de uma nova apenas um problema de ordem técnica, mas,
principalmente, um problema de caráter ético.
Ética ambiental

Diversos estudos científicos no campo da Ética Ambiental, como os de Capra (1982, 2000) por
exemplo, identificaram o Antropocentrismo (postura ética que coloca o homem no centro de
tudo) como um dos elementos responsáveis pela problemática ambiental.

Para compreendermos como o Antropocentrismo se firmou no mundo moderno precisamos


recorrer a filosofia de René Descartes (1596–1650).

Segundo a concepção filosófica de Descartes, Sujeito e Objeto são partes distintas, ocorrendo
o mesmo entre Natureza e Cultura. As ideias também chamadas de cartesianismo ou
reducionismo orientaram as pesquisas científicas e as ações humanas a partir do século XVI, e
ainda estão, em parte, presentes na ciência moderna. A separação dos elementos (sujeito e
objeto; natureza e cultura) foi apontada como um dos principais motivos da degradação
ambiental, pois o homem assumiu uma posição de superioridade em relação meio natural,
entendendo que estava separado dele.

Neste sentido, a mente (res cogitans) e a matéria (res extensa) são completamente distintas. De
acordo com Descartes “a mente que indaga é o local da verdade sobre o mundo natural.
Paradoxalmente, a res cogitans de Descartes era uma mente sem corpo, que estava fora da
natureza” (Oelschlaeger, 1991).

Segundo a concepção cartesiana, o homem era considerado externo à natureza. Firmava-se,


dessa maneira, o antropocentrismo que deu suporte à ideia da superioridade humana sobre o
meio natural.

O Meio Ambiente do Ponto de Vista Sistêmico

O paradigma holístico e a concepção sistêmica

Capra (1993) aponta a necessidade da adoção de um novo paradigma que retome a visão do
todo e não mais das partes isoladas, para que a Educação Ambiental seja considerada um eixo
do desenvolvimento sustentável. O autor opôs o modelo reducionista cartesiano ao novo
paradigma holístico, fundamentando sua argumentação na teoria geral dos sistemas, segundo a
qual o relacional deve ser visto antes das partes, ou seja, o mundo é considerado um sistema.

Sobre o assunto Capra (2000) destaca que:


“Sistemas vivos incluem mais que organismos individuais e suas partes. Eles incluem sistemas
sociais – família ou comunidade - e também ecossistemas. Muitos organismos estão não apenas
inscritos em ecossistemas, mas são eles mesmos ecossistemas complexos, contendo
organismos menores que têm considerável autonomia e estão integrados harmonicamente no
todo. Todos esses organismos vivos são totalidades cuja estrutura específica surge das
interações e interdependência de suas partes”.

Portanto, a visão sistêmica ou holística diz respeito, essencialmente, à interação e à


interdependência de todos os aspectos ambientais: físicos, biológicos, econômicos,
psicológicos, religiosos, sociais e culturais.

O meio ambiente do ponto de vista sistêmico.


1 Sistema Ambiental
Fonte: http://upload.wikimedia.org/

Dessa maneira, a Educação Ambiental deve evitar sua inserção em contextos reducionistas para
cumprir o compromisso com a sustentabilidade.

Capra (1982, 2000), destaca a necessidade de mudança de paradigma na área educacional como
meio de reiniciar o processo de valoração da natureza, a qual não deve mais ser vista como um
simples meio de apropriação.

O paradigma holístico, incorporado lentamente pelas políticas públicas ambientais, contribuiu


para que a Educação Ambiental assumisse posição de destaque na promoção de mudanças
culturais que direcionam a construção de uma nova ética ambiental voltada à proteção,
recuperação e melhoria da qualidade de vida.

Neste contexto, a inclusão de novos valores passou a ser uma prioridade. Não basta saber que
há necessidade de transformação nos princípios éticos que orientam a tomada de decisão do
poder público sobre a prioridade de voltar a educação para a formação da cidadania, é preciso
atingir profundamente os indivíduos a ponto de sensibilizá-los para que possam desenvolver
capacidades coletivas de participação e organização na busca de soluções para as questões que
identificam como problemáticas (PADUA, 2001).

A Pedagogia da Educação Ambiental


Para discutirmos a Pedagogia da Educação Ambiental utilizaremos como categoria de análise
a educação ambiental e a educação.

Entendendo, por um lado, a Educação como um processo complexo e permanente de formação


humana, e por outro, a Educação Ambiental como uma dimensão da Educação, reconhecida
como processo mais restrito à formação sobre a questão ambiental. Portanto, nesta aula nos
concentraremos na Educação Ambiental, para na próxima aula, analisarmos a Educação como
um todo.

Conceituando a educação ambiental

Muito se fala na Educação Ambiental. Mas, afinal do que se trata?


Para que ela serve?
A Educação Ambiental surgiu, em grande parte, como resposta à crise ambiental sofrida pela
sociedade contemporânea, recebendo várias definições ao longo dos tempos.
Segundo DIAS (2003), o conceito de Educação Ambiental sempre foi relacionado ao conceito
de meio ambiente de cada época, portanto, esses conceitos evoluíram paralelamente.

Por muito tempo, a Educação Ambiental foi caracterizada como a prática de actividades
relacionadas aos temas da natureza como: reflorestamento, preservação, paisagens naturais,
extinção de espécies animais, etc. Dentro deste enfoque, a Educação Ambiental assumiu a
priori um caráter naturalista, que utilizava algumas metodologias educativas como a realização
de atividades (plantio de árvores, desenhos, cartazes, textos, etc.) em datas comemorativas (dia
da árvore, dia do meio ambiente). Não é dessa maneira que devemos fazer a Educação
Ambiental. A função é muito mais abrangente e realista, pois incluiu a relação homem-natureza
como foco central.
Observe o esquema a seguir que sintetiza o conceito de Educação Ambiental.

– Educação Ambiental, Princípios e Práticas


Fonte: Dias (2003)

De acordo com o quadro anterior através da Educação Ambiental é possível desenvolver


conhecimento, compreensão, habilidade e motivação no indivíduo e na coletividade para que
adquira valores, mentalidades e atitudes necessárias para lidar com a problemática ambiental
propondo soluções sustentáveis.

“A Educação Ambiental nada mais é do que a própria Educação, com sua base teórica
determinada historicamente e que tem como objetivo final melhorar a qualidade de vida e
ambiental da coletividade e garantir a sua sustentabilidade.” (PELICIONI, 2004).

Considerando que a Educação Ambiental tem papel fundamental na alteração e resgate da


qualidade de vida de todos os cidadãos do mundo, vale lembrar que o início da efetivação das
necessárias mudanças no comportamento humano está diretamente relacionado à incorporação
de novos valores éticos e ao potencial inovador do educador ambiental.
Para que você possa atuar como educador ambiental é indispensável que conheça e
compreenda os fundamentos básicos da educação como um todo. Assim, você será capaz de
escolher as melhores estratégias pedagógicas para estimular a participação da sociedade na
resolução dos problemas ambientais.

Bibliografia

1. CARVALHO, I. C. M. Em direção ao mundo da vida: interdisciplinaridade e Educação


Ambiental. Coleção
2. Cadernos de Educação Ambiental. Brasília: IPE, 1998.
3. COIMBRA. J. A. A. Linguagem e Percepção Ambiental. In: PHILIPPI JÚNIOR, A.;
ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C.
4. Curso de Gestão Ambiental. São Paulo: Manole, 2004.
5. CONFERÊNCIA INTERGOVERNAMENTAL SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
AOS PAÍSES MEMBROS. Tbilisi, CEI, de 14 a 26 de out. de 1977.
6. DIAS, G. F. Educação ambiental, princípios e práticas. 2. ed. rev. e amp. São Paulo:
Gaia, 1993.

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