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GRUPO SER EDUCACIONAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

JOSEANE CRUZ LIMA


04093001

RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO I

MAIO-BOA VISTA/RR
2022
SUMÁRIO

Sumá rio
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4

2 Assistência Farmacêutica......................................................................................................5

4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL................................................................................14

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................16

REFERÊNCIAS......................................................................................................................18
4

1 INTRODUÇÃO
o farmacêutico inserido na farmácia comunitária passou a prestar à população a consulta
farmacêutica, revisão da farmacoterapia, conciliação de medicamentos, verificação de
parâmetros clínicos, manejo de problemas de saúde autolimitados e prescrição farmacêutica a
fim de inserir esse profissional na atenção primária à saúde. Além disso o farmacêutico está
inserido na educação em saúde contribuindo para o uso racional de medicamentos. A partir da
publicação da RDC do CFF nº 585 e da Lei nº 13.021.

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2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

A assistência farmacêutica caracteriza-se como um conjunto de ações relacionadas à


dispensação de medicamentos, enfatizando a orientação com o objetivo de contribuir para o
sucesso da terapêutica.
Por meio da assistência farmacêutica, o farmacêutico torna-se corresponsável pela qualidade
de vida do paciente. O farmacêutico é o profissional que melhores condições reúnem para
garantir a qualidade de um medicamento, pois tem a sua formação dirigida ao medicamento.
Sem o farmacêutico, todo o programa de assistência farmacêutica resultaria, inevitavelmente,
em má qualidade.
É importante frisar que o medicamento é de fundamental importância para o paciente,
tornando-se um componente estratégico na terapêutica e na manutenção de melhores
condições de vida. A responsabilidade do farmacêutico é orientar o uso racional de
medicamentos.
O farmacêutico deve exercer assistência auxiliando o paciente quanto ao modo de usar e ao
armazenamento; alertando dos prováveis efeitos colaterais e interações; informando para não
usar medicamentos sem orientação médica ou por conta própria; se a mulher estiver grávida
ou amamentando, a menos que o conheça muito bem ou que tenha orientação médica; seguir
as orientações médicas sobre o horário de administração e as restrições na alimentação,
porque os alimentos modificam os seus efeitos; observar se a embalagem está intacta, se o
rótulo está em perfeitas condições, se há número do lote de fabricação, se há data de validade,
se há o lacre protetor, se há a marca da indústria farmacêutica (logotipo) em todos os
comprimidos ou cápsulas e se esta marca é igual, se há comprimidos quebrados ou cápsulas
amassadas; informar o paciente se o medicamento que ele vai usar causa hábito ou vício;
informar os perigos da automedicação e de tratamentos alternativos não científicos; dentre
outras orientações.
A população deve ter consciência que o uso irracional de medicamentos, sem conhecimento,
sem informação e sem orientação, aumenta os riscos de reações indesejáveis e pode agravar a
doença e o "bolso". Em suma, a atenção farmacêutica pode garantir a qualidade e a eficácia do

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medicamento, orientar o paciente quanto ao uso correto, aumentar sua aderência ao


tratamento prescrito e prevenir efeitos colaterais ou interações medicamentosas. A assistência
farmacêutica é essencial para orientar o paciente sobre os cuidados do uso de medicamento,
sendo este um dos insumos estratégicos para a garantia do direito à saúde.
Sendo o objetivo principal da assistência visam proporcionar cuidado ao paciente, família e
comunidade, de forma a promover o uso racional de medicamentos e otimizar a
farmacoterapia, com o propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade
de vida do paciente.
Tornando-se importante a presença do farmacêutico na melhoria e qualidade de vida, pois
esse profissional é responsável pelo manejo de transtornos menores; acompanhamento
farmacoterapêutico, reconciliação medicamentosa, dispensação de medicamentos e orientação
do paciente. Nesses processos são fornecidas informações sobre os medicamentos, realizado o
esclarecimento de dúvidas e ainda é possível a intervenção farmacêutica sobre possíveis
problemas relacionados à medicamentos (PRMs), minimizando possíveis efeitos colaterais e
impedindo interações medicamentosas. Dessa forma, o profissional farmacêutico
contribui de forma direta na adesão ao tratamento e, consequentemente, no sucesso
da farmacoterapia, já que dentre as causas mais frequentes de não adesão e
abandono ao tratamento pelos pacientes destaca-se a falta de informação e a
ocorrência de efeitos adversos.
Além disso, esse profissional pode estar inserido no processo de educação em
saúde e na prestação de serviços farmacêuticos como, por exemplo, a consulta
farmacêutica, onde pode estar inserido a anamnese e a prescrição farmacêutica.
Juntas essas atividades contribuem com a qualidade de vida da população e
caracterizam o farmacêutico como um profissional da saúde.
Quanto a atuação do farmacêutico no sus, a Saúde Pública é uma das linhas de
atuação do farmacêutico, que englobam 134 especialidades, conforme a Resolução
572/13, do Conselho Federal de Farmácia (CFF). O farmacêutico que atua no SUS
deve ser proativo, conhecedor do perfil epidemiológico da sua região e ser
comunicativo. “Isso porque seu conhecimento tem inúmeras possibilidades de
aplicação dentro da rede pública, e pode tanto estar ligado à parte assistencial do
SUS, como à gestão administrativa, que envolve licitações, prestação de contas,
elaboração de protocolos e gerenciamento de processos. No campo assistencial, o
farmacêutico bem preparado pode atuar diretamente com a promoção da saúde e
prevenção de riscos e agravos à saúde e no gerenciamento dos processos de

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trabalho”. Na saúde pública, ele deve ter essa característica ainda mais acentuada,
considerando a diversidade de usuários com os quais irá lidar. É importante que ele
veja o paciente como o centro da atenção e leve em consideração a visão de mundo
dele e a sua individualidade, deve ser sensível às demandas de seus pacientes ou
comunidade assistida, respeitando suas crenças, opiniões e realidade. Precisa ter
conhecimento da base legal necessária às atividades gerenciais e assistenciais na
área”.
 “Além disso, para atuar no setor público, o farmacêutico deve possuir conhecimento de todo
o ciclo da assistência farmacêutica, desde sua seleção até a dispensação, que deve ser ativa e
focada no usuário. Além disso, o farmacêutico precisa ter conhecimento de toda a legislação
que rege o SUS, como a Lei 8.080/1990 assim como a 8.666/1993, que regem os processos
licitatórios”.
O farmacêutico tem atribuições gerenciais que estão relacionadas com a gestão do
medicamento, englobando o ciclo da AF e seu financiamento e, além disso, ele exerce
atribuições assistenciais que, de uma maneira mais ampla, se relaciona às atividades de
acompanhamento farmacoterapêutico. “Mas, não podemos nos esquecer das atividades que
podem ser desenvolvidas na realização de exames laboratoriais e, também, no campo da
vigilância em saúde (vigilâncias epidemiológicas, sanitária, ambiental, saúde do
trabalhador)”,as atribuições dos farmacêuticos no SUS são diversas, nas três esferas: federal,
estadual e municipal. As principais delas estão listadas a seguir, conforme CASP-CRF/MG,
2011:

20 ações técnico-gerenciais do farmacêutico no SUS:

1. Participar do planejamento, estruturação e organização da assistência farmacêutica;


2. Coordenar e elaborar o planejamento anual de compras de forma a manter a regularidade
no abastecimento de medicamentos;
3. Executar, acompanhar e assegurar a aquisição dos medicamentos;
4. Receber e armazenar adequadamente os medicamentos;
5. Promover a correta distribuição de medicamentos para os serviços de saúde, permitindo sua
rastreabilidade;
6. Elaborar, junto a outros profissionais, a relação de medicamentos essenciais utilizando
critérios preconizados pelo Ministério da Saúde e OPAS/OMS, promovendo sua divulgação
para os diversos profissionais de saúde;
7. Definir os medicamentos a serem fracionados e manipulados e acompanhar sua produção;

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8. Elaborar, em conjunto com outros profissionais, informes técnicos, protocolos terapêuticos


e materiais informativos sobre assistência farmacêutica e medicamentos, bem como promover
sua divulgação;
9. Elaborar e acompanhar a implementação de normas e Procedimentos Operacionais Padrão
(POP) das ações da assistência farmacêutica para organização dos serviços, bem como
divulgá-los e revisá-los periodicamente;
10. Acompanhar o processo de utilização de medicamentos, realizando estudos de utilização
de medicamentos, elaborando propostas para melhor utilização;
11. Elaborar, junto à equipe multiprofissional, protocolos e regulações relativas ao
fornecimento de medicamentos aos usuários e à dispensação de medicamentos;
12. Viabilizar e acompanhar a utilização de protocolos terapêuticos;
» Planejar e promover capacitações e treinamento de farmacêuticos e auxiliares da farmácia;
13. Promover a captação e acompanhamento de estagiários e acadêmicos de Farmácia;
14. Elaborar e implementar, em conjunto com outros profissionais, plano de ação para a
farmácia, com acompanhamento e avaliações periódicas;
15. Promover discussões com gestor e equipe de saúde sobre a assistência farmacêutica;
16. Promover e intermediar, junto aos profissionais de saúde, ações que disciplinem a
prescrição e a dispensação;
17. Fazer a interlocução entre as unidades e serviços de saúde de diferentes níveis de
complexidade, mantendo o fluxo de informações sobre medicamentos;
18 Participar da elaboração de propostas de ações que visem à gestão do risco em saúde;
19. Acompanhar e monitorar as ações de assistência farmacêutica no município, definindo
indicadores para sua avaliação;
20. Realizar avaliações periódicas das ações de assistência farmacêutica com sugestões de
mudanças para sua melhoria.   
28 ações técnico-assistenciais do farmacêutico no SUS:
1. Identificar as necessidades da população em relação à informação em saúde;
2. Realizar ações de educação em saúde voltadas para a comunidade;
4. Realizar contato com os prescritores com a finalidade de evitar aviamento de receitas que
possam prejudicar a saúde do usuário;
5. Implementar grupos operativos e educativos com objetivo de prevenir e promover a saúde,
estimulando a adoção de hábitos saudáveis de vida;
6. Realizar visitas domiciliares em pacientes nos quais se identifica a necessidade;

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7. Realizar atendimento individual focando a necessidade real de cada paciente em relação


aos seus problemas de saúde, em todos os componentes da assistência farmacêutica: básico,
estratégico e especializado;
8. Participar da elaboração de planos terapêuticos para o usuário, buscando a
corresponsabilização do paciente com o seu tratamento e com a sua condição de saúde;
9. Realizar dispensação especializada, orientação e acompanhamento farmacoterapêutico na
unidade de saúde visando à promoção da saúde e prevenção de Problemas Relacionados a
Medicamentos (PRM), conforme necessidade e condições de execução;
10. Realizar conciliação de medicamentos visando seu uso racional;
11. Realizar gestão de caso junto a outros profissionais visando à adesão ao tratamento;
12. Orientar os funcionários da farmácia quanto à dispensação de medicamentos;
13. Orientar usuários quanto à obtenção de medicamentos de responsabilidade das três esferas
governamentais;
14. Desenvolver ações e intervenções para redução de erros de medicação;
15. Participar das ações de saúde incluídas na gestão clínica do medicamento, abrangendo
toda a rede de atenção à saúde;
16. Promover ações de educação permanente para funcionários das farmácias locais,
prescritores e equipe multiprofissional;
17. Participar da elaboração, implantação e acompanhamento de ações em saúde voltadas para
o manejo das condições crônicas;
18. Participar da elaboração, implantação e acompanhamento de ações em saúde;
19 Participar de campanhas e eventos relacionados à saúde na comunidade, com orientações
em saúde;
20. Participar dos fóruns de discussão de ciclos de vida;
21. Promover ações que disciplinem a prescrição, dispensação e consumo visando ao Uso
Racional de Medicamentos (URM);
22. Promover, em conjunto com equipe multiprofissional e gestor, ações de melhorias do
ambiente e humanização na unidade de saúde;
23. Promover a incorporação da homeopatia nos diversos níveis de complexidade do sistema,
principalmente na atenção básica, buscando a prevenção de doenças e a promoção da saúde;
24. Participar da inserção das práticas medicinais e fitoterapia no SUS;
25. Participar do processo de decisão em saúde junto aos gestores e demais profissionais de
saúde;

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26. Participar da elaboração e implantação do Programa de Gerenciamento de Resíduos de


Serviços de Saúde (PGRSS);
27. Planejar e conduzir, junto à equipe de saúde, grupos de controle do tabagismo;
28. Promover ações de assistência farmacêutica voltadas para o atendimento a grupos
especiais como população carcerária, indígena e de profissionais do sexo.
assistência farmacêutica é um dos grandes desafios que se apresenta aos gestores e
profissionais do SUS, quer pelos recursos financeiros envolvidos como pela necessidade de
aperfeiçoamento contínuo com busca de novas estratégias no seu gerenciamento. As ações
desenvolvidas nessa área não devem se limitar apenas à aquisição e distribuição de
medicamentos. Elas exigem, para a sua implementação, a elaboração de planos, programas e
atividades específicas, de acordo com as competências estabelecidas para cada esfera de
Governo.
“É necessário que os gestores aperfeiçoem e busquem novas estratégias, com propostas
estruturantes, que garantam a eficiência de suas ações, consolidando os vínculos entre os
serviços e a população, promovendo, além do acesso, o uso racional dos medicamentos e a
inserção efetiva da assistência farmacêutica como uma ação de saúde”.
• a precariedade de vínculo (quando encontramos o preenchimento das vagas por contratos,
processos seletivos por prazo determinado, processos seletivos em detrimento da realização
de concursos);
• a inexistência de um piso ou valor de referência que balize o salário do farmacêutico no
setor, gerando a oferta de salários ridículos (não condizentes com a formação e importância
das atividades do profissional);
• a diversidade das estruturas das farmácias municipais, não havendo um padrão mínimo para
as unidades em nível nacional;
• a ingerência de ordem política em ações de cunho técnico/sanitário.

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3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA
A farmácia é um estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse público
e/ou privado, articulado ao Sistema Único de Saúde (SUS), destinado a prestar assistência
farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde são processadas a
manipulação e a dispensação de produtos e correlatos com finalidade profilática, curativa,
paliativa, estética ou para fins de diagnóstico, atende ao público e oferece
medicamentos com receita médica, manipulados, produtos e também serviços de saúde,
como vacinas, aferição de pressão arterial, entre outros. Ela também
fornece todos os tipos de medicamentos necessários para o povo, produtos
fitoterapêuticos, higiene pessoal.
O principal objetivo da farmácia comunitária é a distribuição dos medicamentos e
produtos de forma humanizada, para que assim, ocorra diminuição do risco de uso abusivo
de medicamentos.
Por meio da farmácia comunitária, inúmeras pessoas são ajudadas, através do
fornecimento de cuidado farmacêutico dos profissionais de saúde, a
valorização de produtos com qualidade e prestação de serviços qualificados.
A principal necessidade da sociedade com relação às farmácias é obter medicamentos sob
condições ótimas de conservação e em acordo com a legislação vigente. Ainda que seja a
principal, entretanto, fornecer medicamentos não constitui hoje a única responsabilidade da
farmácia. Há um forte movimento no País buscando ampliar a participação da farmácia
comunitária no sistema de saúde brasileiro.
O número de farmácias cresce no Brasil anualmente, porém, em ritmo mais lento nos últimos
anos. De 2004 a 2009, o número de estabelecimentos passou de 62.454 para 79.010, em um
crescimento de quase 20% em cinco anos.

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O número atual de farmacêuticos no Brasil é de aproximadamente 133 mil, o que representa


um farmacêutico para cada 1.400 habitantes.
Nas Regiões Sul, Sudeste e em vários Estados do Nordeste, há número de profissionais
suficiente para atender a todas as farmácias existentes. Em contraste, alguns Estados do
Centro-Oeste e do Norte do País sofrem falta de profissionais farmacêuticos, o que impede a
assistência farmacêutica em todos os estabelecimentos. Em dezembro de 2009, havia, no
Brasil, 17% de farmácias irregulares, sem a presença integral do farmacêutico.
Além disso, a postura do farmacêutico nesses estabelecimentos costuma ser pouco ativa com
relação à orientação ao paciente, prestando atenção farmacêutica somente frente à solicitação
do paciente. No estudo conduzido por Naves e Silver (2005) foi observado que o tempo
médio empregado na dispensação de medicamentos é de cerca de 54 segundos por paciente e
que apenas 18,7% deles tinham conhecimento adequado sobre como deveriam utilizar o
medicamento que estava sendo dispensado. A falta de orientação constitui obstáculo à
prevenção de doenças e de suas complicações, como também ao uso racional de
medicamentos, acarretando num alto custo a saúde pública e em possíveis agravos
desnecessários (CORRER E OTUKI, 2013; VINHOLES, 2009; NAVES e SILVER, 2005). O
cenário em que o farmacêutico na farmácia comunitária é apenas um dispensador de
medicamentos é contrário ao real papel desse profissional. O papel do farmacêutico é de
proporcionar esclarecimento à população no cuidado da saúde, trabalhando na prevenção e
promoção da saúde e, principalmente, de orientar o paciente sobre o uso racional de
medicamentos (SPADA, 2007). Esse papel está dentro do conceito de assistência
farmacêutica, definido em 2006 pela RDC da ANVISA Nº80.
Dessa forma, os serviços clínicos do farmacêutico podem contribuir para a redução da busca
por unidades públicas de assistência primária para problemas de saúde autolimitados,
reduzindo a demanda dos serviços públicos e reservando mais tempo para o atendimento
médico de condições clínicas mais complexas. Também em 2013 foi publicada a RDC do
CFF nº 586 que regula a prescrição farmacêutica, uma das atribuições clínicas do
farmacêutico estabelecida na RDC do CFF nº 585 (CORRER E OTUKI, 2013; BRASIL,
2013a; BRASIL, 2013b).
A educação em saúde é um dos componentes da proposta do Consenso Brasileiro de Atenção
Farmacêutica. De acordo com esse consenso, a atuação do farmacêutico é primordial nas
práticas de educação em saúde. Algumas das atribuições do farmacêutico relacionadas à
educação em saúde são relativas à informação, orientação e educação de pacientes,
cuidadores, familiares e profissionais da saúde quanto à temas relacionados à saúde em geral,

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especialmente quanto ao uso racional de medicamentos. Além disso, o farmacêutico pode


elaborar materiais educativos e desenvolver programas educativos para educação continuada
de recursos humanos na área da saúde ou para grupos de pacientes. Essas ações podem ser
desenvolvidas através de campanhas de saúde ou na própria consulta farmacêutica (BRASIL,
2002; BRASIL, 2013a; CORRER E OTUKI, 2013).
Nesse contexto, o farmacêutico pode prestar uma consulta farmacêutica em ambiente que
garanta a privacidade do paciente, tendo registro do atendimento e de todas as orientações
prestadas em prontuário. Na Consulta farmacêutica é realizada a anamnese farmacêutica e
verificados sinais e sintomas, a fim de prover cuidado ao paciente. Quando necessário, o
farmacêutico pode prescrever medicamentos cuja dispensação não exija prescrição médica,
chamados medicamentos isentos de prescrição (MIP’s) (BRASIL, 2013a; CORRER E
OTUKI, 2013).
Ainda, de acordo com a RDC do CFF nº 585 de 2013 o farmacêutico pode solicitar exames
laboratoriais a fim de realizar o monitoramento dos resultados da farmacoterapia. Cabe
ressaltar que transtornos menores tem período curto de evolução, dessa forma se os sintomas
persistirem o farmacêutico deve encaminhar o paciente ao médico ou ao serviço de saúde
(BRASIL, 2013a; BRASIL, 2016a; BRASIL, 2013b). Além do manejo de transtornos
menores, o farmacêutico pode ser solicitado pelo paciente em outros serviços como a
administração de medicamentos, por exemplo aplicação de injetáveis e nebulização, como
também a realização de curativos (BRASIL, 2001; BRASIL, 2013a; BRASIL, 2016a).

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4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

a organização da farmácia comunitária


A farmácia comunitária é um espaço acessível à população onde se prestam
cuidados de saúde que englobam atividades dirigidas para o medicamento e para o
utente. Para que o farmacêutico possa realizar tais atividades com a devida
qualidade e eficácia, é necessário que a farmácia possua uma estrutura física e
organizacional adequadas, de acordo com a legislação vigente.
A organização do espaço interior é essencial para a existência de um ambiente
adequado e para o bom funcionamento da farmácia. Assim, e em consonância com
a legislação vigente, existem áreas individualizadas, destinadas a diferentes fins:
zona de atendimento ao público, zona de atendimento personalizado, armazém,
laboratório, escritório e instalações sanitárias. A zona de atendimento ao público é o
local onde se presta o serviço de dispensa, que, de resto, constitui a principal
atividade da farmácia.

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Balcão

A zona de atendimento ao
público

zona de
atendimento
personalizada
permite um dialogo
confidencial com o utente

escritorio banheiro
laboratorio zona de armazém
local onde se prepara
medicamento manipulado localização para cada produto Gestão Destinado ao público
disponibilizado

2. ciclo da assistência farmacêutica e exemplificar o papel do farmacêutico em cada


etapa.
Coordenar e elaborar o planejamento anual de compras de forma a manter a
regularidade no abastecimento de medicamentos;
Executar, acompanhar e assegurar a aquisição dos medicamentos;
Receber e armazenar adequadamente os medicamentos;
Promover a correta distribuição de medicamentos para os serviços de saúde,
permitindo sua rastreabilidade;
Realizar atendimento individual focando a necessidade real de cada paciente em
relação aos seus problemas de saúde, em todos os componentes da assistência
farmacêutica;
Participar da elaboração de planos terapêuticos para o usuário, buscando a
corresponsabilização do paciente com o seu tratamento e com a sua condição de
saúde;
Realizar conciliação de medicamentos visando seu uso racional;
Orientar os funcionários da farmácia quanto à dispensação de medicamentos

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seleção

utilização:
prescrição programação
,dispensa
ção e uso

distribui aquisição
ção

armazena
mento

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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O meu estágio curricular em Farmácia comunitária foi sem dúvida crucial para entender,
adquirir e consolidar conhecimentos inerentes ao funcionamento da farmácia comunitária,
contactando assim com a realidade quotidiana de um farmacêutico clínico comunitário.
Reconheço a importância que o farmacêutico assume na instituição, dando suporte e
possibilitando a realização de várias das tarefas nos diferentes serviços da farmácia. Para além
do mais, o papel ativo do farmacêutico contribui ainda de uma forma muito profícua em todo
o processo de validação e reconciliação terapêutica, promovendo assim o uso responsável do
medicamento e, potenciando desta forma, o bem-estar do doente ao aconselhar a melhor
opção terapêutica possível.

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REFERÊNCIAS
SARMENTO, Diogo Parreira, et al. O FARMACÊUTICO CLÍNICO NA FARMÁCIA
COMUNITÁRIA. FARMÁCIA CLÍNICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM DROGARIA

CORRER, Cassyano Januário; PONTAROLO, Roberto; RIBEIRO, Alyne Simon de


Carvalho. A farmácia comunitária no Brasil. A prática farmacêutica na farmácia comunitária.
Porto Alegre: Artmed, p. 3-26, 2013.

FOPPA, Aline Aparecida et al. Estágios em farmácia comunitária nos cursos de graduação em
Farmácia no Brasil. Scientia Plena, v. 17, n. 5, 2021.

CAUDURO, Vivian Daronco; ZUCATTO, Luís Carlos. Proposição de lote econômico como
estratégia de compra de compra para farmácia hospitalar municipal. ConTexto, v. 11, n. 20, p.
73-84, 2011.

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