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Quando encontrei Aquele que me separou para Ele mesmo antes da fundação do
mundo—delírio de quem crê e não duvida!—, uma das primeiras questões que me
vieram foi sobre o destino daqueles que nunca haviam recebido a “informação”
histórica acerca do Evangelho.
Então, resolvi fazer o que sempre faço até hoje: ler a Palavra, mesmo que sem
“acompanhante”, e pedir a Deus o discernimento do assunto.
O que eles não podiam entender era que apesar de crer daquele modo, meu
compromisso com o anuncio das Boas Novas era mais intenso do que eles
conseguiam imaginar ser possível em alguém que afirmasse o que eu afirmava.
1. Deus não condenaria à danação quem nunca soube nada além do que soube.
2. Cada um seria, portanto, julgado pela luz que teve; não pela luz que não teve.
6. A Queda em Adão não poderia ser mais esmagadora que a Salvação no Segundo
Adão: Jesus!
9. Sempre cri no inferno, mas nunca achei que ele fosse um lugar, e nem que pudesse
ser aferido com categorias humanas de “tempo”. Para os “cristãos” o tempo é uma das
coisas mais mal compreendidas; daí nosso conceito de “eternidade” ser tão vinculado
ao tempo—algo que não acaba nunca; que a gente assiste como um dia depois do
outro...bobagem!
10. Minha motivação para pregar a Palavra não era o inferno, nem o juízo; mas o
privilégio de anunciar tão grande salvação a todos homens; sem falar que sempre
preguei a Graça como uma Graça para quem a anuncia como expressão da gratidão
de haver sido iluminado pela maravilhosa e única salvação, que está em Cristo.
Bem, quase trinta anos depois, preparo-me para re-escrever a minha “tese”, que não é
minha, e nem é original, pois está explicitada na Palavra—isso para quem não tem
medo de “somar” e dizer o “resultado”.
Eu, no entanto, estou livre; nunca estive tão livre; e, essa liberdade não avança para
além do que sempre cri e expressei, conforme a Palavra.
A diferença é que hoje digo da varanda muitas coisa que antes eu dizia no “interior” da
casa.
Para quem desejar, tanto neste site, como em muitos outros livros meus, o assunto
está posto sem titubeio. Sem falar que no meu livro O Enigma da Graça o tema está
mais que aberto!
Deus é!
Nós é que somos essas “coisinhas” pequenas, e queremos que o Senhor caiba
nessas caixinhas de pequenas convicções, e que calce Seus santos pés com
sapatinhos de japonesa!
Agora, enquanto escrevo isto, sei que o Espírito está se revelando nas ilhas remotas,
nas selvas esquecidas, nos montes inatingíveis, nas tribos perdidas, nos guetos
impenetráveis, e nos ambientes inalcançáveis dos corações de milhões de seres
humanos!
Mas como eu não sei o que Deus está fazendo, eu faço o que Jesus mandou: eu
prego a Boa Nova!
O meu privilégio e anunciar isso do modo como Jesus fez; e que no Evangelho é tão
claro: sem religião!
Jesus não nos chamou para uma religião. Ele nos chamou para a Vida!
Quem ouvir a voz de Deus no Evangelho pregado e confirmado pelo Espírito, será
salvo. Quem teve a mesma chance, e decidiu não crer, já está condenado!
Quem nunca ouviu nada de homem algum, será ouvido por Deus e julgado por Ele—e
somente por Ele—conforme a consciência que teve, e de acordo com a iluminação
que possuiu.
Mas ninguém é salvo sem que tenha sido por causa da Cruz, e do Sangue conhecido
antes da fundação do mundo: o sangue do Cordeiro!
E saibam: este Sangue tem Poder!
Nele, que é livre,
Caio
O Significado de cair na Graça
O desenvolvimento do texto faz uma viagem que se propõe a provar duas coisas
básicas:
1. Jesus era maior do que tudo o que antes viera; sendo as coisas anteriores apenas
“sombra”—ou arquétipos—, dos bens que haveriam de se materializar em Cristo. Tudo
o que ficara para trás não deveria ser “retomado como valor real” sob pena de que o
sacrifício de Jesus tivesse sido me vão.
Além disso, o nome da carta—Aos Hebreus—, já carrega uma mensagem. Não é carta
aos Judeus. Nem aos Israelitas. Mas aos Hebreus. A palavra hebreu vem da raiz
semítica da palavra que determina um estado constante de progressão, fruto da
desinstalação, da capacidade de andar para adiante e de cruzar fronteiras.
Um “hebreu” tinha que se manter hebreu pela coragem, em fé, de não desistir, e de
prosseguir “atravessando” mares, rios, vaus, fronteiras, e enfrentando os gigantes
externos e internos—sempre vendo Aquele que é invisível, e nunca deixando de crer
nas coisas que se esperam.
Portanto,
“Pois a terra que embebe a chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva
proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção da parte de Deus; mas
se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; o seu fim é ser
queimada.”
Assim, ficamos sabendo que produzir espinhos e abrolhos é deixar de frutificar na
Graça de Deus e buscar a frutificação que vem da justiça própria e da Lei!
Daqui para frente, sempre que alguém disser para você que um irmão “caiu”, saiba o
seguinte:
Cai quem deixa a fé e a consciência da Graça de Deus; não quem em fraqueza busca
a misericórdia do Sumo-sacerdote, Jesus, o qual é intercessor em favor de todos, pois
não está vinculado aos sacerdotes da casa de Israel, mas foi feito Sacerdote Universal
em favor de todos os homens, visto que seu ofício eterno não provêm de genealogias
humanas, mas de algo aos homens superior; pois, Ele é o Amém de Deus à salvação
por Ele mesmo alcançada em favor de todo aquele que Nele crê.