Você está na página 1de 101

Unidade III – Parte II:

Fundamentos da Soldagem
Profa. D.Sc. Antonia Daniele Souza Bruno Costa
antonia.costa@uni7.edu.br
1. TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM
Terminologia da Soldagem
❖ Soldagem: é o processo/operação que visa obter a união de peças.
❖ Solda: é o resultado dessa operação.
❖ Metal de base: é o material da/das peça/peças que está sendo
soldada.
❖ Metal de adição: trata-se de um metal adicionado, principalmente na
soldagem por fusão, ou fornecido para a formação da solda.
❖ Metal Depositado é o metal de adição
que foi realmente utilizado (depositado)
na soldagem.
Terminologia da Soldagem
❖ Poça de fusão: é formada a medida que o metal de adição é fundido
pela fonte de calor e misturado com uma quantidade de metal de
base também fundido. Em alguns processos de soldagem que não
usam a fusão, pode-se considerar a existência de uma região de
processamento de características similares à poça de fusão.
❖ Penetração (penetration): Distância da superfície original do metal
base ao ponto em que termina a fusão, medida perpendicularmente à
mesma.
Terminologia da Soldagem
Junta:
❖ É a região onde as peças serão unidas por soldagem.
❖ O posicionamento das peças determina os vários tipos de junta.

Junta Aresta:
❖ A junta de aresta (Edge joint) é a montagem
onde seção transversal das peças forma
aproximadamente 180° em sua bordas.

Junta Canto:
❖ A junta de canto ou de quina (corner joint) é
montada com os vértices coincidentes formando
um ângulo de 90° em suas bordas.
❖ Nessa junta, o equipamento ou estrutura precisam
ser fixados na sua extremidade.
Terminologia da Soldagem
Junta Sobreposta:
❖ A junta sobreposta (lap joint) é a
montagem de duas ou mais peças a
serem soldadas, que têm a necessidade
de soldas em suas laterais.
❖ Esse junto pode ser utilizado em locais
onde a montagem poderia ser substituída
por rebite.

Junta Topo:
❖ A soldas em junta topo (butt joint) é feita
entre duas partes que estão alinhada
aproximadamente no mesmo plano e estão
unidas pelas suas extremidades.
Terminologia da Soldagem
Juntas em Ângulo

❖ As juntas de ângulo (tee joint) podem ser:


❖ Em T → sua seção transversal forma um ângulo de 90° e um peça é
montada perpendicular sobre a outra peça, com forma aproximada da
letra T.

Junta em T
Terminologia da Soldagem
Juntas em Ângulo
❖ Em L → sua seção transversal forma um ângulo de 90° e
uma de suas peças é montada faceando o comprimento da
outra, formando uma seção L.

Junta em L

❖ Joint Angle In → em sua seção


transversal forma um ângulo, que
pode ser de vários tipos.

Joint Angle In
Terminologia da Soldagem
Juntas:

❖ A soldas em junta topo (butt) e ângulo podem ser de penetração total


(penetração em toda a espessura de um dos componentes da junta) ou parcial.
❖ Soldas de penetração total apresentam um melhor comportamento mecânico,
contudo, tendem a ser de execução mais difícil.
❖ Assim, quando o melhor desempenho destas não for necessário, o usual é se
trabalhar com soldas de penetração parcial.
Terminologia da Soldagem
Chanfro:
❖ É a abertura de uma peça, preparada na junta ou entre os componentes, que
determina o espaço para conter a solda.
❖ Corte efetuado na junta para possibilitar/facilitar a obtenção de uma solda com
a penetração desejada.
❖ É usado quando a espessura dos componentes da junta impede a obtenção
da penetração desejada sem o chanfro.
❖ O uso de um chanfro diferente do tipo I implica na necessidade de se usar
metal de adição.
Terminologia da Soldagem
Chanfro:
❖ A escolha do tipo de chanfro e suas dimensões dependem de muitos fatores,
com por exemplo:
❖ Material base;
❖ Sua espessura;
❖ Tipo de junta;
❖ Processo de soldagem;
❖ Possibilidade de se acessar os dois lados da junta;
❖ Posição de soldagem;
❖ Características desejadas para a junta.
Terminologia da Soldagem
Chanfros em I:
❖ Podem ser usados quando as condições de soldagem permitem obter a
penetração desejada sem a abertura de outro tipo de chanfro.
❖ São particularmente usadas na soldagem de juntas de
pequena espessura.
❖ Como não necessitam de uma usinagem ou corte mais
elaborado, esse tipo de preparação tende a ser a de
menor custo.
Chanfros em V ou meio V:
❖ Quando não é possível utilizar chanfro em I, utiliza-se com frequência chanfro em
V ou meio V.
❖ Contudo, quando a espessura é muito grande, esses chanfros tendem a se tornar
pouco interessantes pois eles necessitam de um grande volume de metal de
adição para o seu enchimento, o que pode aumentar o tempo necessário para
soldar e seu custo.
Terminologia da Soldagem
Chanfros em U ou em J:
❖ São mais indicados para soldagem de juntas de grande espussura.
❖ Tem maior custo de preparação das juntas.
Terminologia da Soldagem
Chanfros em X ou em K:
❖ Indicados para processos de soldagem que pode ser feita dos dois lados da
junta.
❖ Duplo U e duplo J também podem ser considerados para esse tipo de
soldagem.
Terminologia da Soldagem
Terminologia da Soldagem
Tipos de Solda
❖ Cada uma das juntas pode ser feita por soldagem.
❖ Deve-se distinguir o tipo de junto e a forma como a junta e a forma em que é
soldada – o tipo de solda.
❖ As diferenças entre os tipos de solda estão na geometria (tipo de junta e no
processo de soldagem).
Solda filete:
❖ É usada para preencher as arestas das peças criadas nas juntas de canto,
sobrepostas e T.
❖ O metal de adição é usado para fornecer uma seção transversal na forma
aproximada de um triângulo retângulo.
❖ É o tipo de solda mais comum em soldagem a arco e oxicombustível porque
reque o mínimo de preparação das arestas.

junta sobreposta
com filete duplo

junta de canto junta de canto solda em T com


com filete interno com filete externo filete duplo.
Soldas em chanfro:
❖ Esse tipo de solda necessita que as arestas da peça sejam moldadas em
chanfro para facilitar a penetração da solda.
❖ O metal de adição é usado para preencher a junta, usualmente para soldagem a
arco ou oxicombustível.
❖ A preparação das arestas das peças, em vez do uso de aresta reta, requer
procedimento adicional, mas é muitas vezes empregada para aumentar a
resistência da junta soldada ou quando peças mais espessas serão soldadas.
❖ Embora muito associada à junta de topo, a solda de chanfro é usada em todos
os tipos de junta, exceto as sobrepostas.

Solda em chanfro reta Solda de


chanfro bisel Solda de chanfro-V

Solda de chanfro – U Solda de chanfro J Solda de chanfro V dupla


para seções espessas
Terminologia da Soldagem

Soldas tampão e solda fenda:


❖ São utilizadas para fixar placas planas, usando um ou mais furos ou ranhuras
na parte superior e, em seguida, preenchendo com metal de adição para fundir
as duas partes.
Terminologia da Soldagem

Soldas por ponto e solda de costura:


❖ A solda ponto a e solda de costura são usadas em juntas sobrepostas.
❖ A solda ponto é uma pequena seção fundida entre as superfícies de duas
folhas ou placas.
❖ Múltiplas soldas de ponto são em geral necessárias para unir as partes, e isto
é intimamente associado com a resistência da solda.
❖ Uma solda de costura é semelhante à solda de ponto, exceto que esta
consiste em uma ou mais seções fundidas de forma contínua entre duas folhas
ou placas.
Terminologia da Soldagem
Soldas de flange e solda de acabamento:
❖ A solda de flange é feita nas arestas de duas (ou mais) peças, normalmente
metal em chapa ou placa fina, sendo pelo menos uma das partes flangeada.
❖ Uma solda de acabamento não é usada para unir peças, mas de preferência
depositar metal de adição na superfície de um metal de base em um ou mais
cordões de solda.
❖ Os cordões de solda podem ser feitos em uma série de passes paralelos
sobrepostos, cobrindo, deste modo, áreas maiores da peça de base.
❖ A finalidade é aumentar a espessura da placa ou fornecer um revestimento
protetor sobre a superfície.
Terminologia da Soldagem
Elementos de um chanfro
❖ Encosto ou nariz (s) (nose, groove face): Parte não chanfrada de um
componente da junta.
❖ Abertura, folga ou fresta (f) (root opeming): Menor distância entre as peças a
soldar.
❖ Ângulo de chanfro (a) (bevel angle): soma dos ângulos de bisel dos
componentes da junta.
❖ Os elementos de um chanfro são escolhidos de forma a permitir um fácil acesso
até o fundo da junta, mas, idealmente, com a menor necessidade possível de
metal de adição.
Terminologia da Soldagem
Elementos de um chanfro
❖ Ângulo de abertura da junta (b) (groove angle) ou ângulo de bisel.
❖ Bisel é a extremidade (borda) preparada de uma peça com a finalidade de
ser submetida à soldagem.
❖ Essa preparação é feita por meio de corte em ângulo.

❖ O bisel também pode ser curvo:


Terminologia da Soldagem
Elementos de um chanfro
Ângulo de Bisel:
❖ É o ângulo formado entre a borda preparada de uma peça e um plano
perpendicular à superfície dessa peça.
Terminologia da Soldagem
Elementos de um chanfro
Face do Chanfro
❖ Superfícies de cada uma das partes de um conjunto que forma o chanfro.
.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda
Raiz da Junta (Joint Root):
❖ É a região da junta em que primeiro vai ser executada a soldagem e onde os
pontos são mais próximos.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda
Raiz da solda (Weld Root):
❖ Em uma junta chanfrada,
corresponde à região do cordão
junto da fresta e do encosto.
❖ São os pontos nos quais a parte
posterior da solda, ou seja, por
onde a soldagem é iniciada,
encontra as superfícies do metal de
base.
❖ Tende a ser a região em que a
soldagem é mais difícil e, desta
forma, mais propensa à formação
de descontinuidades em uma
solda.
❖ Região mais profunda do cordão
de solda.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda
Face (face):
❖ Superfície oposta à raiz da solda.
❖ É a parte da solda que fica visível
externamente.
❖ Soldas de chanfro duplo possuem duas faces.

Solda de Filete
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda
Reforço (reinforcement):
❖ Altura máxima alcançada pelo excesso de material de adição, medida a
partir da superfície do material de base.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda
Margem (toe):
❖ Linha de encontro entre a face da solda e a superfície do metal de base.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda

Passe (pass): Junta com 10 passes de solda


❖ Depósito de material obtido pela progressão
sucessiva de uma só poça de fusão.
❖ A zona fundida de um material soldado pode
ser constituída por um ou mais passes
depositados segundo uma sequência de
deposição e organizado em camadas.
Terminologia da Soldagem
Solda com vários passes:
❖ Camadas:
❖É o conjunto de passes localizados em uma
mesma altura no chanfro.
❖Depósito de metal de solda obtido mediante 1 ou
mais passes, situados aproximadamente no
mesmo plano.
❖ Cada passe de solda é formado por um
deslocamento da poça de fusão na região de junta.
❖ O termo cordão é usado significando, em alguns
casos, a solda e, em outros, o passe.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda

Perna de solda:
❖ É a distância do início da raiz da junta à
margem da solda.

Terminologia usada na soldagem em


ângulo:
❖ Garganta teórica de solda;
❖ Garganta real de solda;
❖ Garganta efetiva de solda.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda

Garganta teórica Garganta Real:


❖ É a menor distância do início da raiz da ❖ É a menor distância medida
junta à hipotenusa do maior triângulo entre a raiz e a face da solda
retângulo inscrito na seção transversal de filete.
da solda. ❖ É a distância do reforço do
cordão de solda, côncavo ou
convexo até a ponta da fusão
do cordão contrário à face.
Terminologia da Soldagem – Regiões da Solda
Garganta Efetiva:
❖ É a menor distância entre a raiz e a face da solda, descontado qualquer reforço.
❖ Para solda em ângulo combinada com chanfro, é a menor distância entre a raiz
da solda e a superfície do componente chanfrado.
Terminologia da Soldagem
Regiões de uma junta soldada:
Metal de base:
❖ Metal das peças a ser soldado.

Zona Termicamente Afetada (ZTA) ou Zona Afetada pelo Calor (ZAC):


❖Região do metal base aquecida durante a soldagem a temperaturas capazes de
causarem mudanças na microestrutura e propriedades do material.
❖Refere-se à região lateral da zona fundida que não se diluiu, mas teve um
aporte térmico muito alto.
❖Tende a ser a região mais crítica de uma junta soldada.

Seção transversal
de uma solda de
topo por fusão.
Terminologia da Soldagem
Regiões de uma junta soldada:
Zona de Ligação (Bonded Zone):
❖ Trata-se de uma pequena região que contorna a zona fundida que foi
aquecida entre a líquidos e solidus.
❖ Zona fundida (ZF):
❖ Região que, em algum momento durante a soldagem, esteve no estado
líquido.
❖ É constituída pelo metal de solda, que é a soma da parte fundida do
metal de base e do metal de adição.

❖ Seção transversal de
uma solda de topo por
fusão.
Terminologia da Soldagem

Micrografia de junta soldada.


Terminologia da Soldagem
Regiões de uma junta soldada:
Cobre Junta ou mata junta:
❖ Trata-se da parte inferior da solda (raiz), que tem por finalidade conter o metal
fundido durante a execução da soldagem.
❖ Terminada a soldagem, o mata-junta pode ou não ser removido da peça.
❖ O mata-junta pode ser de um material similar ao que está sendo, soldado, de
cobre ou de material cerâmico.
❖ Quando o mata-junta é de material similar, ele passa a ser parte da junta
soldada, podendo, terminada a soldagem, ser removido da peça (por corte) ou
não.
❖ No caso de materiais dissimilares, o mata-junta não se torna parte da junta
soldada e é removido ao final da soldagem.

Seção transversal de
uma solda de topo
por fusão.
Terminologia da Soldagem
Posição de soldagem
❖ Plana (flat): A soldagem é feita no lado superior de
uma junta e a face da solda é aproximadamente
horizontal.
❖ Horizontal (horizontal): O eixo da solda é
aproximadamente horizontal, mas a sua face é
inclinada.

Soldagem tubulações
Soldagem chapa
Terminologia da Soldagem
Soldagem chapa
Posição de soldagem
❖ Sobrecabeça (overhead): A soldagem é feita
do lado inferior de uma solda de eixo
aproximadamente horizontal.
❖ Verical (vertical): O eixo da solda é
aproximadamente vertical. A soldagem pode
ser “para cima” (vertical-up) ou “para baixo”
(vertical-down).
❖ Dentre as diferentes posições de soldagem,
usualmente a posição plana é a que possibilita
uma maior facilidade de execução e uma maior
produtividade.
❖ Para as outras posições, a força da gravidade
tende a dificultar o controle da poça de fusão e
a transferência do metal de adição para a
poça..
Terminologia da Soldagem
Posições de soldagem conforme a norma ASME IX, somente para soldagem de
chanfro (ou bisel) e com tubos estáticos (sem giro).
Terminologia da Soldagem
Posições de soldagem conforme a norma AWS A 2.1.
F → Fillet (ângulo)
G → Groove (chanfro)
Terminologia da Soldagem
Posições de soldagem conforme a norma AWS A 2.1.
F → Fillet (ângulo)
G → Groove (chanfro)
Terminologia da Soldagem – Modos de Operação

❖ Diferentes processos de soldagem podem ser usados de diferentes formas


que dependem de maior ou menor grau da atuação do ser humano.
Manual (manual):
❖ Soldagem na qual toda a operação (iniciação do processo, criação e controle
da poça de fusão, deslocamento da poça ao longo da junto, posicionamento
da tocha de soldagem, alimentação de metal de adição e término da
operação) é realizada e controlada manualmente pelo soldador (welder).
Terminologia da Soldagem – Modos de Operação
Semi-automático (semi-automatic):
❖ Soldagem com controle automático da alimentação de metal de adição, mas
com controle manual pelo soldador do posicionamento da tocha e de seu
acionamento.
❖ A operação semi-automática tende a ser de mais fácil execução que a manual
(isto é, exige uma menor habilidade por parte do soldador).
❖ De qualquer forma, ambas as formas dependem fortemente da habilidade do
soldador, tendendo a apresentar uma maior variabilidade que as outras formas
de operação.
❖ Isto não significa que soldas de excelente qualidade não possam ser obtidas
com estas duas primeiras formas de operação.
Terminologia da Soldagem – Modos de Operação
Mecanizado (machine):
❖ Soldagem com controle automático da alimentação de metal de adição, controle
do deslocamento do cabeçote de soldagem pelo equipamento, mas com o
posicionamento, acionamento do equipamento e supervisão da operação sob
responsabilidade do operador de soldagem (welding operator).
Terminologia da Soldagem – Modos de Operação
Automático (automatic):
❖ Soldagem com controle automático de praticamente todas as operações
necessárias para a sua execução.
❖ Em alguns casos, a definição de um processo como mecanizado ou
automático não é fácil, em outros, o nível de controle da operação, o uso de
sensores, a possibilidade de programar o processo indicam claramente um
processo de soldagem automático.
❖ Os sistemas automáticos de soldagem podem ser divididos em duas classes:
a) Sistemas dedicados, projetados para executar uma operação específica
de soldagem, basicamente com nenhuma flexibilidade para mudanças
nos processos
b) sistemas com robôs, programáveis e apresentando uma flexibilidade
relativamente grande para alterações no processo.
2. PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA EM SOLDAGEM
INTRODUÇÃO
❖ Considerações sobre segurança são
importantes em soldagem, corte e operações
relacionadas com essas práticas, pois os
riscos envolvidos nessas atividades são
numerosas e podem provocar sérios danos ao
pessoal, equipamentos e instalações.

❖ De acordo com o Ministério do Trabalho,


os perigos no ambiente de trabalho
podem ser classificados em cinco tipos:
❖ Risco de acidente;
❖ Risco ergonômico;
❖ Risco físico;
❖ Risco químico;
❖ Risco biológico.
INTRODUÇÃO
Risco de Acidente:
❖ É qualquer fator que coloque o
trabalhador em situação vulnerável e
possa afetar sua integridade e seu
bem-estar físico e psíquico.
❖ São exemplos de risco de acidente:
❖ As máquinas e equipamentos
sem proteção;
❖ Probabilidade de incêndio e
explosão;
❖ Arranjo físico inadequado;
❖ Armazenamento inadequado
etc.
INTRODUÇÃO
Risco de Ergonômico:
❖ É qualquer fator que possa interferir nas
características psicofisiológicas do trabalhador,
causando desconforto ou afetando sua saúde.
❖ São exemplos de risco ergonômico:
❖ Levantamento de peso;
❖ Ritmo de trabalho excessivo;
❖ Monotonia;
❖ Repetitividade;
❖ Postura inadequada
INTRODUÇÃO
Risco de Físico:
❖ Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas
de energia a que possam estar expostos os trabalhadores,
tais como:
❖ Ruídos;
❖ Calor;
❖ Frio;
❖ Radiação ionizante (Raios-X);
❖ Radiação não ionizante (Radiação ultra violeta);
❖ Vibração;
❖ Umidade e Pressão;
❖ Dentre outros.

Os motoristas de ônibus estão mais predispostos ou


propensos ao desenvolvimento de síndromes dolorosas de
origem vertebral, deformações da espinha, estiramento e
maus-jeitos, apendicites, problemas estomacais e
hemorroidas devido a exposição contínua a vibrações.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Risco de Químico:
❖ Consideram-se agentes de risco químico as
substâncias, compostos ou produtos (poeiras,
fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores) que
possam penetrar no organismo do trabalhador
pela via respiratória ou serem absorvidos por ele
através da pele ou ingestão, em função da
natureza da atividade, ou exposição.
INTRODUÇÃO
Risco Biológico:
❖ Os agentes de risco biológico são bactérias, vírus,
fungos, parasitas, entre outros.

Normas Regulamentadoras
❖ A regulamentação brasileira se dá principalmente
através da portaria 3214 de 1978 (Normas
regulamentadoras – NR, alteradas através de portarias
do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE).
❖ O não cumprimento das disposições legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho acarretará ao empregador a aplicação das
penalidades previstas na legislação pertinente.
❖ Constitui ato faltoso a recusa injustificada do
empregado ao cumprimento de suas obrigações com
segurança do trabalho.
INTRODUÇÃO

Normas Regulamentadoras
❖ A NR18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção trata de alguns aspectos relacionados com a segurança em
soldagem em seu item 18.11:
1. As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas
por trabalhadores qualificados.
2. Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em
chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção
por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e
corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.
3. O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado à
corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques no
operador.
4. Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização de
anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos.
1. O material utilizado nesta proteção deve ser tipo incombustível.
INTRODUÇÃO

Normas Regulamentadoras - NR18 – item 18.11:

5. Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame recipiente,


tanque ou similar, que envolvem geração de gases ou semiconfinados, é
obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para eliminar riscos
de explosão e intoxicação do trabalhador, conforme mencionado no item
18.20 – Locais confinados.
6. As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas
na saída do cilindro e chegado no maçarico.
7. É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às
garrafas de O2 (oxigênio).
8. Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados.
9. Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem
devem ser mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e devem
ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes.
ROUPAS DE PROTEÇÃO
❖ As operações de soldagem e corte envolvem:
❖ A manipulação de materiais a temperaturas elevadas;
❖ A exposição a uma quantidade considerável de luz e outras formas de
radiação eletromagnética;
❖ Contato com partículas metálicas incandescentes projetadas em alta
velocidade (respingos).
❖ Os soldadores expostos diretamente a esses riscos, necessitam de
vestimentas e equipamentos para proteção do corpo, da cabeça e dos olhos.
ROUPAS DE PROTEÇÃO

❖ Roupas de raspas de couro são as


mais adequadas para o soldador,
devido a durabilidade e resistência ao
fogo.
❖ Tecidos sintéticos ou de algodão
devem ser evitados pois podem
fundir ou pegar fogo quando
expostos a calor intenso.
ROUPAS DE PROTEÇÃO
❖ As roupas devem ficar livres de graxa e óleo, pois estas substâncias podem
pegar fogo.
❖ Obs.: As mãos também devem estar limpas sem essas substâncias.
Precauções gerais com óleo e graxa
❖ Oxigênio sob pressão e hidrocarbonetos (óleo e graxa) podem reagir
violentamente resultando em explosões, incêndio e lesões ao trabalhador e
danos à propriedade.
❖ Nunca permita que óleo ou graxa entrem em contato com oxigênio sob
pressão.
❖ Até mesmo uma pequena quantidade de hidrocarboneto pode ser perigosa na
presença de concentrações altas de oxigênio.
❖ Na verdade, qualquer matéria orgânica em contato com oxigênio sob pressão
pode resultar numa reação violenta.
Acidente em Soldagem Oxi-Acetilênica

O soldador estava ajustando a pressão


no regulador de oxigênio.
Tinha óleo em suas mãos e havia um
vazamento de oxigênio na conexão da
abraçadeira da mangueira.
ROUPAS DE PROTEÇÃO

Aventais
❖ Os aventais de modelo simples são os mais
utilizados, estes tem como objetivo principal
a proteção do tórax e a parte superior das
pernas, indicado na execução de pequenos
trabalhos de bancadas.
Cuidado!!!
❖ O avental deve ser desprovido de bolsos
para evitar que respingos possam neles
penetrar.
❖ O soldador nunca deve guardar fósforos
ou isqueiros nos bolsos de suas próprias
roupas.
❖ As botinas de segurança,
preferencialmente, devem ter uma
cobertura, geralmente feita do mesmo
material das perneiras, para proteção
contra respingos da solda.
ROUPAS DE PROTEÇÃO
Casacas
❖ A casaca é indicada para a
realização de todos os tipos de
trabalhos a serem realizados
pelo soldador, principalmente
trabalhos estruturais que
envolvam soldagem na posição
sobre cabeça.
❖ Utiliza-se para proteger
especialmente os braços, o peito
e as costas.

Mangas ou mangotes em raspas de couro


❖ Utilizadas em conjunto com aventais de
modelo simples, estas vestimentas tem a
finalidade de proteger somente os braços do
soldador.
ROUPAS DE PROTEÇÃO

Perneiras de Couro
❖ As Polainas, também conhecidas como Perneiras para soldador, podem
apresentar-se de diversas formas ou modelos.
❖ Este elemento utiliza-se para proteger parte das pernas e os pés do usuário.
ROUPAS DE PROTEÇÃO
❖ Luvas em raspas de couro
❖ As luvas podem ser consideradas uma das partes mais importantes da
vestimenta do soldador, todo o manuseio das peças e acessórios devem ser
realizados com as mesmas.
❖ Este EPI tem finalidade de proteger as mãos de possíveis queimaduras, cortes
ao manusear peças bem como isolante contra descargas elétricas.
❖ Seus modelos podem variar quanto às necessidades dos serviços.
❖ Luvas de vaquetas são mais flexíveis, porém menos resistentes luvas de
raspas de couro com reforços na palma da mão são usadas para trabalhos
maiores.
ROUPAS DE PROTEÇÃO

Calças usadas pelo soldador:


❖ Dobras em luvas e calças podem reter fagulhas ou
metal quente e possibilitar a ocorrência de
queimaduras.
❖ As penas das calças devem sobrepor às botas.
Tocas de Algodão
❖ A Toca utilizada pelo soldador é fabricada em algodão e
tem por finalidade proteger a cabeça, orelhas e
pescoço dos respingos projetados durante a execução
da soldagem.
ROUPAS DE PROTEÇÃO
Botas de Segurança com biqueira de aço
❖ O soldador deve usar botas de couro de cano alto e
com biqueira de aço.
❖ Em determinados serviços realizados por soldadores o
manuseio de grandes peças, chapas pesadas bem
como o risco de incidentes com peças no piso são
eminentes.
❖ Em determinados serviços realizados por soldadores o
manuseio de grandes peças, chapas pesadas bem
como o risco de incidentes com peças no piso são
eminentes.
❖ A utilização de botas de segurança com biqueira de aço
se torna indispensável.

Obs.: Não se deve substituir as


perneiras por botas de
segurança, a utilização das duas
é importante para uma proteção
completa dos pés do soldador.
ROUPAS DE PROTEÇÃO
Tipos de máscaras para soldador
❖ As máscaras de proteção são feitas de fibra de vidro,
fibra prensada ou de plástico e têm um visor no qual se
coloca um vidro neutralizador e os vidros protetores
deste.
❖ Usa-se para proteger o rosto e evitar queimaduras. Sustentação manual
❖ Existem máscaras de diversos tipos e aplicações como
se segue:
❖ Com suporte para cabeça
❖ Com lente de auto-escurecimento (cristal líquido).

Visor articulado

Máscara com lente de


Máscara com lente de
auto-escurecimento
auto-escurecimento com
sem exaustor
exaustor Tipo capacete
ROUPAS DE PROTEÇÃO
Lentes para soldagem:
❖ A escolha da lente adequada para o processo de soldagem, a qual o soldador
irá executar o trabalho possui importância extrema para que o mesmo não
sofra lesões na visão.
❖ As lentes podem apresentar tonalidades nas cores verdes ou cinzas com
numerações variadas em função do processo de soldagem, relacionado com a
amperagem a ser utilizada.
❖ As lentes escuras devem ser protegidas com lentes incolores, para que os
respingos projetados durante a soldagem não fixem diretamente na mesma,
este fato trará economia tendo em vista que as lentes incolores possuem um
custo bem menor que às escuras.

Lentes escuras Lentes escuras Lentes incolores Lentes incolores


retangular para redondas para retangular para redondas para
máscara de máscara de máscara de máscara de
soldagem soldagem soldagem soldagem
CHOQUE ELÉTRICO
❖ Acidente por choque elétrico é um risco sério e
constante nas operações de soldagem baseadas
no uso da energia elétrica, particularmente na
soldagem a arco.
❖ O contato com partes metálicas “eletricamente
quentes” pode causar lesões ou até morte,
devido ao efeito do choque elétrico sobre o corpo
humano, ou pode resultar em uma queda ou em
outro acidente, devido à reação da vítima ao
choque.
❖ A gravidade de um choque elétrico não está relacionada com a tensão da fonte
que o provoca, mas sim com a intensidade da corrente que passa pela vítima.
❖ Resistência corpo humano:
❖ Resistência interna do corpo humano → relativamente baixa (cerca de
500)
❖ Resistência da pele quando seca → muito mais elevada (da ordem de
105).
❖ Resistência da pele úmida extremamente baixa → aumento do risco de
choques mesmo para tensões relativamente baixas (em torno 100 V).
Efeitos fisiológicos do choque elétrico
Intensidade da Corrente Efeito
Até 5 mA Formigamento fraco
5 até 15 mA Formigamento forte
15 até 50 mA Espasmo muscular
50 até 80 mA Dificuldade de respiração até desmaios
80 mA até 5A Fibrilação do ventrículo do coração, parada
cardíaca; queimaduras de alto grau
Acima de 5A Morte certa
❖ Acidente por choque elétrico pode ser dividido em duas categorias
❖ Choque com a tensão de entrada (230 a 240 V);
❖ Choque com tensão secundária, ou seja, o circuito de soldagem (60 a 110 V).
❖ No primeiro caso, o choque é mais forte e perigoso.
❖ Pode ocorrer se tocar um fio dentro de um equipamento de soldagem quando a
alimentação de energia está conectada e ao mesmo tempo tocar na carcaça da
máquina ou outra parte metálica.
Obs.: Mesmo desligada pode ter energia elétrica armazenada em dispositivos como
banco de capacitores em seu interior.
CHOQUE ELÉTRICO
Obs.: Técnicos devem fazer a manutenção e o
equipamento deve ser aterrado.
❖ Choque com tensão secundária ocorre
quando se toca uma parte do circuito do
eletrodo ao mesmo tempo em que outra
parte do corpo está em contato com a peça
metálica que está sendo soldada.
❖ O uso de luvas secas e de roupas de
proteção par isolar do circuito de soldagem
minimiza o risco de choques.
❖ Precauções para evitar choque elétrico:
❖Aterrar todo o equipamento elétrico;
❖Trabalhar em ambiente seco;
❖Manter conexões elétricas limpas e bem
ajustadas;
❖Usar cabos de dimensões corretas;
❖Evitar trabalhar sobre circuitos
energizados;
❖Usar roupas, luvas e calçados secos.
CHOQUE ELÉTRICO
Precauções para evitar choque elétrico:
❖ Aterrar todo o equipamento elétrico;
❖ Trabalhar em ambiente seco;
❖ Manter conexões elétricas limpas e bem ajustadas;
❖ Usar cabos de dimensões corretas;
❖ Evitar trabalhar sobre circuitos energizados;
❖ Usar roupas, luvas e calçados secos.
❖ A peça a ser soldada ou o
terminal de saída
correspondente na fonte de
energia deve ser aterrada,
mas não ambos.
❖ “Aterramentos duplos" podem
fazer com que a corrente de
soldagem circule nos
condutores de aterramento,
normalmente finos, e os
queime.
CHOQUE ELÉTRICO
NUNCA! NUNCA! NUNCA!
❖ Nunca fechar o circuito com o corpo!!!!
❖ O fechamento do circuito ocorre quando o soldador toca na bancada sem luva ou
na peça onde está conectado o grampo terra ao mesmo tempo em que toca no
eletrodo com o equipamento energizado e sem isolante, fazendo com que a
corrente passe pelo seu corpo.
CHOQUE ELÉTRICO
❖ Deve-se utilizar as vestimentas em raspa de couro para um bom
isolamento!!!!
❖ Usar botas de segurança adequadas → as mais adequadas para o uso dos
soldadores são as que não possuem parte metálicas e com biqueiras de aço,
de preferência com elástico.
❖ Os bicos de aço das
botas de segurança
são completamente
isolados não
acarretando em
choque elétrico para
o soldador.
CHOQUE ELÉTRICO
❖ Em caso de choque elétrico, o circuito deve ser
imediatamente interrompido, caso não seja possível a
vítima deve ser afastada do circuito.
❖ Não se deve tocar diretamente na pessoa acidentada,
mas com um material isolante, como um pedaço de
madeira ou tecido seco.
❖ Em caso de parada respiratórias, a respiração artificial
deve ser imediatamente iniciada após a vítima do
circuito elétrico, caso se constate parada respiratória, e
continuada até a chegada de socorro médico.
Radiação do Arco Elétrico

❖ O arco elétrico é formado em gases ionizados a uma


temperatura muito elevada e capaz de gerar radiação
eletromagnética intensa na forma de infravermelho,
luz visível e ultravioleta.
❖ Chamas e metal quente também emitem radiação,
mas com uma intensidade muito menor.

Arco elétrico na
Soldagem TIG
Radiação do Arco Elétrico
❖ É essencial proteger os olhos da radiação do arco, pois essa pode causar a
queima da retina e da catarata.
❖ Mesmo uma pequena exposição à radiação do arco pode causar uma irritação
dos olhos conhecida com “flash do soldador”.

NUNCA! NUNCA! NUNCA!


❖ Nunca realizar serviços de soldagem utilizando lentes de contato, pois a
radiação infravermelho causa aquecimento do líquido dos olhos
podendo fundir as mesmas na retina causando lesões graves.
Radiação do Arco Elétrico
❖ O flash de soldador, ou queimadura de flash é
causado quando uma onde de luz
UV(Ultravioleta) atinge os olhos, causando
algo similar a uma condição de queimadura de
sol na córnea.
❖ O flash de soldador é muito doloroso e é
frequentemente acompanhado por vários
sintomas:
❖ Olhos lacrimejantes;
❖ Inchaço;
❖ Sensibilidade a luz;
❖ Sensação de areia debaixo das
pálpebras;
❖ Cegueira momentânea.
❖ O flash do soldador é temporário, mas
exposições prolongadas ou repetidas podem
levar a lesões permanentes nos olhos.
❖ Outros problemas que podem ocorrer é fadiga
visual, ofuscamento e dor de cabeça.
Radiação do Arco Elétrico
Tratando o “flash de soldador”:
1. Feche os olhos
❖ Manter o olho fechando ajuda o olho a
descansar e projete o olho de outros
danos, de maneira a prevenir que
bactérias entrem.
2. Coloque compressa de gaze dentro de água
gelada.
❖ Torça o excesso de água e encontre um
local confortável para se deitar.
❖ Colocar as compressas no olho e manter
sobre o olho até aquecerem.
3. Use óculos de sol com proteção UV quando
estiver expostos à luz do sol ou a claridade.
❖ O esforço por claridade pode retardar a
cura do olho com queimadura de flash,
bem como causar uma dor adicional.
Radiação do Arco Elétrico
❖ A radiação do arco também pode queimar queimaduras na pele.

Lesões causadas em soldador por radiação UV


Radiação do Arco Elétrico

EPC’s – Equipamento de Proteção Coletiva


❖ Para proteger as pessoas ao redor (proteção de terceiros) e o ambiente de
radiações e respingos, é utilizado biombos de material não inflamável, ou
cortinas (não refletoras) próprias para essa utilização.
❖ As cortinas vem ganhando espaço na indústria pelo fato delas favorecerem a
visibilidade do trabalho realizado pelo soldador sem afetar a saúde visual das
pessoas próximas.
Radiação do Arco Elétrico
❖ A máscara usada junto com o capacete, protege ainda a região da cabeça
contra calor, respingos, chamas e choques.
❖ Nos anos 90 surgiram máscaras eletrônicas, baseadas na tecnologia de cristal
líquido.
❖ Esse tipo de visor que fica claro
quando não há arco aberto e
permite enxergar normalmente.
❖ Quando o arco é indicado e há
emissão de radiação, o visor
escurece em milésimos de
segundo, oferecendo assim uma
proteção adequada, sem que haja
necessidade de nenhuma ação do Lente em cristal líquido para
soldador máscaras do tipo auto
escurecimento

Lentes escuras e transparentes para máscaras


convencionais
Radiação do Arco Elétrico
❖ A máscara usada junto com o capacete, protege ainda a região da cabeça
contra calor, respingos, chamas e choques.
❖ Nos anos 90 surgiram máscaras eletrônicas, baseadas na tecnologia de cristal
líquido.
Soldagem a arco elétrico
Operação Diâmetro do Corrente de Filtro para proteção
eletrodo soldagem (A) mínima
Eletrodo Revestido < 2,5 < 60 7
2,5 – 4,0 60 – 160 8
4,0 – 6,4 160 – 250 10
> 6,4 250 - 550 11
MIG-MAG < 60 7
Arame Tubular 60 – 160 10
160 – 250 10
250 – 500 10
TIG < 50 8
50 – 150 8
150 – 500 10
GOIVAGEM < 500 10
500 – 1000 11
Radiação do Arco Elétrico

Soldagem e Corte Oxiacetilênico

Operação Espessura da Filtro sugerido para


chapa (mm) conforto
Soldagem Leve < 3,2 4 ou 5
Média 3,2 – 12,7 5 ou 6
Pesada > 12,7 6 ou 8

Corte Leve < 25,4 3 ou 4


Média 25 – 100 4 ou 5
Pesada > 150 5 ou 6
Incêndios e Explosões
❖ Para que se inicie um incêndio Triângulo do Fogo
são necessários 3 elementos
atuando em conjunto:
Oxigênio
❖ Uma fonte de calor;
❖ Um material combustível
❖ Oxigênio
❖ Na maioria das operações de Combustível:
soldagem e corte, o oxigênio ❑ Gases;
estará presente no ar que ❑ Vapores;
circunda a solda. ❑ Poeiras;
❖ O arco elétrico, a chama de ❑ Líquidos
Fontes de Ignição:
soldagem ou os respingos ❑ aparelhos;
atuam como fontes de calor. ❑ instalações elétricas;
❖ Nos ambientes industriais, há ❑ fontes de Calor
inúmeros materiais
combustíveis.
❖ Exemplos: tintas, solventes,
graxas, óleos nas imediações
da área de soldagem.
Incêndios e Explosões
❖ Toda operação que gera calor e Líquidos inflamáveis
fagulhas apresentam riscos
eminentes de incêndios e explosões.
❖ Para se evitar problemas, muitas
empresas adotam programas de
segurança visando uma realização do
serviço de forma segura e eficiente.
❖ Esses programas são baseados em Remover:
cinco pontos: ❖ Todos os combustíveis existentes e
próximos do local a ser realizado o
trabalho.
❖ Exemplos: Líquidos inflamáveis,
papéis, tecidos entre outros).

Fardos de papéis Fardos de algodão


Incêndios e Explosões
❖ Vedar: Todas as aberturas nos pisos,
paredes, frestas e espaços existentes nas
máquinas e equipamentos, para evitar o
acumulo de fagulhas ou o deslocamentos
delas para outros ambientes com riscos de
incêndio.
❖ Cobrir: Todas as máquinas e
equipamentos que não possam ser
removidos. Equipamentos cobertos para
evitar incêndios.
Incêndios e Explosões
Instalar barreiras contra fogo e contra respingos:
❖ Quando as operações de soldagem ou corte não podem ser efetuadas em
locais específicos e especialmente organizados, instalar biombos metálicos ou
proteções não inflamáveis ou combustíveis para evitar que o calor, as
fagulhas, os respingos ou as escórias possam atingir materiais inflamáveis.
Incêndios e Explosões
❖ Extintores de incêndios devem ser mantidos no local de trabalho.
❖ O extintor de incêndio deverá ser selecionado em função do tipo de risco
oferecido ou do material existente no local onde será executado o trabalho.
Incêndios e Explosões

❖ Na soldagem de manutenção de
tanques de combustível ou recipientes
que armazenam combustíveis ou
materiais inflamáveis, muitas vezes há
a formação de vapores explosivos.
❖ Antes de se iniciar a soldagem ou
corte, essas peças devem ser
rigorosamente limpas e lavadas.
❖É recomendável que sejam
preenchidas parcialmente com água
de forma conveniente a não prejudicar
a soldagem.

Tanque para armazenagem de


combustível
FUMOS E GASES
❖ As operações de soldagem podem gerar fumos que podem ser prejudiciais à
saúde por diversos motivos.
❖ As operações de soldagem
devem ser efetuadas em
locais ventilados ou com
uso de ventilação forçada
(ventiladores e
exaustores).
❖ Quando isso não for
possível o soldador deve
usar máscara
FUMOS E GASES

❖ Os gases de proteção (argônio, CO2 e


misturas) não são tóxicos, mas deslocam o
ar, pois são mais pesados que esse e podem
causar asfixia e morte, se forem usados em
ambientes fechados.

❖ O soldador deve ficar atento


para a direção tomada pela
coluna de fumos gerados
durante a soldagem e tentar
se posicionar de forma a a se
manter afastado desta.
Incêndios e Explosões
❖ A soldagem em recipientes fechados, a exemplos de vasos de pressão,
caldeiras e até mesmo tanques para combustíveis, tanto podem causar danos
à saúde do soldador por meios de fumos metálicos como também por riscos
de explosões, portanto devemos tomar alguns cuidados:
❖ Abrir todas as entradas de ar;
❖ Utilizar ventilação forçada.
O soldador offshore
❖ A atividade do mergulhador soldador ocorre em pressões maiores que a
pressão atmosférica normal.
❖ É o caso dos mergulhadores profissionais das plataformas de petróleo, que
descem a 300 metros de profundidade.
O soldador offshore
❖ Executar o trabalho não é tão complicado, o
difícil é chegar lá.
❖ É preciso passar por adaptações para poder
descer tão fundo, no chamado mergulho
saturado, onde a pressão ronda 30
atmosferas — algo como 45 toneladas ou 56
fuscas sobre os ombros.
❖ O organismo do mergulhador precisa ser
lentamente comprimido, para equilibrar a
pressão dos gases de seu corpo com a
enorme pressão na água àquela
profundidade.
❖ Se isso não fosse feito, a pressão mecânica
poderia esmagar os pulmões, romper os
tímpanos e até provocar sangramento nos
seios da face, todos recheados por ar”.
Terminada a tarefa para a qual foram
escalados, vai se iniciar o lento retorno à
“superfície”.
Vídeos: Segurança na Soldagem
Vídeos: Acidentes
Vídeos: Acidentes
Vídeos: Acidentes

Você também pode gostar