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Perspectivas da Transformação Digital

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Dr.ª Marise de Barros Miranda

Revisão Textual:
Aline Gonçalves
Perspectivas da Transformação Digital

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:

Fonte: Getty Images


• A Transformação Digital;
• Visão Geral da Transformação Digital: Tecnologias como
Oportunidades;
• Produtos, Serviços e Processos na Jornada Digital com Foco no
Cliente para Criar Novos Modelos de Negócios;
• A Transformação Digital como Potencializadora dos Modelos
de Negócio;

Objetivos
• Apresentar a visão geral da transformação digital, tecnologias envolvidas e as oportunidades
que se relacionam com os produtos, processos e serviços pertinentes aos modelos de negócios;
• Analisar como os produtos, processos e serviços incrementam a experiência com o cliente
em uma visão 360;
• Reconhecer as características dos modelos de negócios, para promover agilidade no am-
biente de trabalho e as novas formas de trabalho, com vistas a beneficiar colaboradores,
clientes e parceiros.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Perspectivas da Transformação Digital

Contextualização
A era digital permitiu guardar, buscar e compartilhar informações de forma muito
mais fácil, mas as empresas continuam usando os registros digitais em processos buro-
cráticos, manuais e de pouco potencial no uso de tecnologia. Essa digitalização apenas
deu continuidade à forma como a empresa funciona de maneira mais ágil, uma vez que
os dados estão acessíveis instantaneamente.

A era digital mudou o serviço e a produção de qualquer produto no mundo de hoje,


tornando todos os tipos de registros e informações, quer de clientes, quer de colabora-
dores, fornecedores ou produtos, rapidamente recuperáveis e acessíveis em diversas pla-
taformas de interação digital: computador, smartphones, tablets, smart TVs, aparelhos
eletrônicos, internet das coisas, veículos etc.

Mas a maneira como o cotidiano de interagir e usar produtos e serviços está sendo
oferecido ainda requer metodologias mais personalizadas, focadas na necessidade real
do cliente.

A era digital trouxe uma evolução tecnológica, com isso, as pessoas começaram a
gerar ideias para usar a tecnologia em seus negócios de novas maneiras, e não apenas
para fazer as coisas antigas funcionarem com mais velocidade. 

Nessa evolução de ideias e tecnologia, veio a transformação digital. A soma de novas


tecnologias, novos produtos e novas maneiras de se fazer as coisas tornou-se potencial-
mente possível.

A transformação digital vem mudando a forma como os negócios são feitos ou criando
classes totalmente novas de negócios, impensadas anteriormente. Com a transforma-
ção digital, as empresas estão reavaliando seus sistemas internos, o que fazem, o que
produzem e como fazem, mas, agora, mantendo as interações com cliente tanto on-line
quanto pessoalmente.

As organizações que desejam adotar a transformação digital se preguntam se as mudan-


ças vão melhorar a tomada de decisão, tornar a organização mais eficiente, melhorar a expe-
riência do cliente frente aos seus produtos e serviços consumidos com mais personalização.

A era digital já é realidade em todas as organizações, que usam muita tecnologia da


informação, mas é preciso fazer uma revolução disso, criando mecanismos tecnológicos
inteligentes, eficazes e inovadores.

Para contextualizar essa revolução, há o exemplo da Netflix, que começou como um


serviço de pedidos pelo correio e interrompeu o negócio de aluguel de vídeo convencio-
nal, lembrando muito as locadoras de filmes de tempos atrás. Porém a Netflix aprovei-
tou a inovação tecnológica do streaming de vídeo em larga escala, oferecendo serviços
de streaming variados, 24 horas, sete dias por semana, muito diferente das locadoras de
vídeo antigas, e por assinatura mensal com preço acessível.

Atualmente, a Netflix concorre com redes tradicionais de transmissão e televisão,


públicas e privadas, estúdios de produção, oferecendo amplo portifólio crescente de
conteúdo sob demanda a preços amplamente competitivos.

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Analisando mais profundamente, a tecnologia da digitalização deu à Netflix a capa-
cidade de apenas de transmitir conteúdo de vídeo diretamente para os clientes, mas
a transformação digital permitiu tirar mais dessa tecnologia: o usuário se mantém no
controle de suas preferências e, a partir disso, a empresa pode obter uma visão sem
precedentes dos hábitos e das preferências de visualização, investindo e ofertando com
mais assertividade novos produtos.

Com esses dados, a empresa Netflix informa tudo aos novos produtores de streaming,
design da experiência com o usuário, programas, filmes em estúdios internos ou em
parcerias. Ainda, como recurso, pode oferecer serviços de compartilhamento de infra-
estrutura de seus servidores (computadores de grande porte), controlando os picos de
demanda das máquinas e streamings.

Esse é um bom exemplo de transformação digital ativa: aproveitar as tecnologias


disponíveis para informar como um negócio funciona e maximizar o seu uso. A trans-
formação digital não se limita a compreender as possibilidades. Seu elemento-chave,
como o caso da Netflix, é entender o potencial de sua tecnologia e do que realmente é
capaz, adaptando os negócios e processos para tirar o máximo do que foi investimento
em tecnologia.

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Perspectivas da Transformação Digital

A Transformação Digital
As mudanças no mundo estão acontecendo de maneira cada vez mais rápida: a Internet
das Coisas (IoT), mobilidade, nuvem, big data, realidade aumentada, blockchain, mídias
sociais, inteligência artificial, dentre outras tecnologias, e há novos conceitos de se fazer
as coisas, principalmente quando existe a tecnologia da informação especializada envol-
vida, como o caso de deep tech.

Todas essas mudanças advindas da era digital estão conduzindo as empresas ao próxi-
mo patamar de sua evolução como negócio: o de envolvimento digital do cliente aos seus
processos de negócios, produtos e serviços habilitados para TI. Em praticamente todos os
setores, as tecnologias digitais estão trazendo transformações sem precedentes e mudando
a forma de trabalho e o cotidiano das pessoas de maneira como nunca havia sido previsto.

Vamos comentar os termos blockchain e deep tech: neste momento, apenas assimile o pri-
meiro termo como sendo a tecnologia de registro distribuído e o segundo, um detalhamento
de processo.

Como Surgiu a Transformação Digital?


A transformação digital não é algo recente. No final dos anos 1990 e em meados dos
anos 2000, surgiu como destaque em amplas discussões. Apareceu a informatização
dos processos há quase 30 anos, e as atividades digitais nas organizações decorreram
dessa evolução para a era digital (AURIGA, 2016). Como havia a necessidade de ama-
durecer os processos para a era digital, o aproveitamento total dessa transformação não
pode caminhar na mesma medida. Ainda havia perguntas do tipo: o que, como e por
que informatizar.

Eram medidas onerosas, muitas sem um referencial ou pessoas qualificadas para aju-
dar na transição. Havia uma cultura de recursos humanos, de como fazer as coisas, que
muitas vezes gerava grande resistência a essa mudança, para fazê-las usando recursos
digitais. Rompido o primeiro obstáculo da informatização, vieram os canais digitais, ou
sites, empresas conectadas e seus clientes. Depois disso, os processos digitais surgiram
para dar suporte às interações com o cliente (Figura 1).

Informatização Conexão Interação


Cliente

Figura 1 – Era digital e a interação com o cliente

O cliente não era a priorização nas dinâmicas digitais das organizações, o foco era
acesso mais rápido às informações para suportar melhor o cliente. Nesse estágio, a
informatização veio para agregar os dados e obter informações mais rápidas e precisas,
depois a conectividade permitiu ganho em velocidade e maior alcance e, por fim, ambos,

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informatização e conexão, proveram um conjunto de soluções que permitiam a melhoria
da interação com o cliente.

À medida que as ambições digitais das empresas cresciam rapidamente e a neces-


sidade de fidelizar clientes aumentava, elas começaram a necessitar de equipes digitais
dedicadas para gerenciar novos canais sociais e móveis. Isso permitiu que as organiza-
ções aproveitassem os dados digitais, acumulados, em suas próprias atividades e inte-
rações. Conectadas a clientes, fornecedores e outras partes interessadas, as empresas
perceberam que operavam em redes digitais (Figura 2).

Concorrência

Fornecedores

Informatização Conexão Interação

Cliente

Parceiros

Concorrência

Figura 2 – Rede digital: empresa, cliente, parceiros e fornecedores

Na medida em que os canais se expandiam na rede digital, em virtude da quantidade


de informações acessíveis, o cliente ficava mais susceptível às atratividades da concor-
rência nesse método tradicional de negócios com intermediários, no sistema em rede,
não bastando ter um bom produto ou serviço a preço competitivo para manter o cliente.

Para fazer melhor uso da vasta quantidade de informações, as empresas começaram


a conectar todos os processos e dispositivos em redes. Vendo o potencial da conecti-
vidade, as organizações se concentraram em plataformas digitais que conectam todos
os participantes do sistema, em vez do método tradicional de fazer negócios por meio
de intermediários. As empresas começaram a experimentar novas formas digitais de
fazer negócios, tentando aproveitar os dados de forma mais eficaz, criar maior agilidade
e reter talentos.

Oportunidade na Onda da Transformação Digital


Tudo começou com a 1ª plataforma, digitalização em uma estrutura mainframe e ter-
minais de vídeo, depois evoluiu para a 2ª plataforma, conectividade e estrutura cliente –
servidor. Atualmente, a 3ª plataforma é composta de diversas tecnologias, produtos e
serviços. A característica genérica de cada plataforma está representada na Figura 3.

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Perspectivas da Transformação Digital

2020
Cloud BigData Soluções
Analytics e serviços
inovadores
MARKETING
Wi Fi EMERGENTE

Mobilidade Mídias Sociais


30 Anos

Redes Locais Internet Cliente/Servidor

1990 Terminal Mainframe

1ª Plataforma 2ª Plataforma 3ª Plataforma


Milhares de usuários Milhões de usuários Bilhões de usuários

</> Centenas de apps </> Milhares de apps </> Milhões de apps

Figura 3 – Evolução das plataformas digitais


Fonte: Adaptada de Freepik

Ao longo de 30 anos, houve uma evolução exponencial em volume, diversidade e


possibilidades de uso da tecnologia, dados e acesso. Nesse período, o volume de pessoas
que hoje fazem uso de alguma oferta de tecnologia, produto ou serviço, pelo meio de
acesso da internet, é cerca de 51% da população mundial, relativa à 3ª plataforma.

Status mundial da Banda Larga no ano de 2019. Disponível em: https://bit.ly/2ZQjrAP

Praticamente todas as iniciativas de transformação digital de hoje, pós-era digital, estão


sendo construídas nas chamadas tecnologias e soluções de 3ª plataforma, incluindo dispo-
sitivos móveis, nuvem, big data/analytics e tecnologias sociais. Aceleradores de inovação,
como Internet das Coisas – IoT (Internet of Things), robótica, impressão 3D, segurança
de última geração e outros, dependem da 3ª plataforma e a expansão de seus recursos.

Não só a tecnologia digital, produtos e serviços cresceram e contribuíram para novos


modelos de negócios. No marketing digital, um mercado em avanço se tornou também,
por meio da expansão tecnológica, um dos principais motores de crescimento para
muitas empresas.

A tecnologia digital está integrada em todos os aspectos das empresas atualmente,


no entanto existem aquelas que não conseguem definir uma estratégia digital eficiente
e maximizar o impacto do risco de digitalização para não ficarem para trás nessa trans-
formação. Grossman (2016) mostrou que mídia, telecomunicações e serviços financeiros
ao consumidor foram os setores mais prejudicados em 2015, com varejo e as próprias
empresas de tecnologia logo em seguida.

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Figura 4
Fonte: Getty Images

A pesquisa de Grossman (2016) mostrou que empresas de tecnologia da Informação


estão defasadas em relação à transformação ou à tecnologia digital. Reflita por que
isso pode ocorrer em algumas empresas de TI. Disponível em: https://bit.ly/2P64ckY

No entanto, em muitos aspectos, os benefícios da conectividade com a internet nun-


ca foram tão relevantes. Banda larga na conectividade não apenas transforma o poten-
cial humano individual, mas também sustenta esforços para desenvolver economias do
conhecimento, promover a transformação digital em serviços públicos e privados,
transição digital entre setores econômicos, expansão de oportunidades para empresas e
fornecimento de maior valor para os cidadãos e consumidores.

As tecnologias digitais transformam as indústrias de maneiras completamente novas,


oferecendo melhorias fundamentais em personalização, eficiência e segurança. Porém
apenas se está no início de explorar as oportunidades digitais, e essa transformação digi-
tal também apenas está em seu início. Em um futuro próximo, as inovações e iniciativas
digitais levarão a novas fases de transformação, trazendo mudanças emocionantes para
as pessoas e remodelando a economia global.

O que o Futuro Reserva para a Transformação Digital?


Nas previsões do setor de TI para 2017, a IDC anunciou que a transformação digital
atingiria a escala macroeconômica nos próximos três a quatro anos. Em 2018, o número
de dispositivos IoT deveria dobrar, estimulando o desenvolvimento de 200 mil novos
aplicativos. As projeções para 2020, em relação aos gastos com serviços em nuvem,
somariam mais de US$ 500 bilhões. O investimento mundial em iniciativas de trans-
formação digital poderia alcançar as cifras de US$ 2,2 trilhões em 2019, quase 60% a
mais que em 2017.

Mas o ano de 2020 teve um alto impacto mundial. A pandemia de Covid-19 na eco-
nomia da América Latina, conforme Lava (2020), da IDC, especialista em inteligência de
mercado, serviços de consultoria de tecnologia da informação, telecomunicações e tecno-
logia de consumo, projetou que, em 2020, o setor cresceu cerca de 5,5%. E em 2021, em
um cenário de dólar constante, seguirá crescendo com previsão anual de alta de 7,7%.

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Perspectivas da Transformação Digital

O Gartner também divulgou que a transformação digital continuará a alimentar o


futuro. Em 2021, os mundos físico, financeiro e de saúde se tornarão tão digitalizados
que 20% de todas as atividades realizadas pelos consumidores envolverão pelo menos
um dos maiores gigantes digitais (Google, Facebook, Amazon, Alibaba, Microsoft, den-
tre outros). Aplicativos móveis e pagamentos, agentes inteligentes e ecossistemas digitais
farão com que os gigantes digitais façam parte da vida cotidiana dos usuários.

A transformação digital mudará de experiências para operações, e muitas empresas


investirão bilhões em excelência operacional. As empresas digitais finalmente criarão
experiências holísticas para o cliente, eliminando as lacunas entre web, aplicativo móvel
e engajamento off-line.

As previsões de transformação digital convergem para a mesma percepção: a


mudança permanente. A digitalização vem criando muitas oportunidades crescentes,
na mesma medida em que requer uma nova mentalidade de engajamento para adotar
a mudança. Mas é na transformação digital, com base na mudança permanente,
contínua e dinâmica, que será o maior desafio.

Figura 5
Fonte: Adaptada de Getty Images

Tornar-se digital não é simplesmente usar tecnologias novas, mas também criar mudanças
nos processos, nas pessoas e na cultura de uma organização (HADDUD; MCALLEN, 2018).

Visão Geral da Transformação Digital:


Tecnologias como Oportunidades
A transformação digital e o uso da tecnologia para melhorar radicalmente o desempe-
nho ou o alcance das empresas são temas relevantes. Os segmentos empresariais estão
usando avanços digitais, como análise de dados, mobilidade, mídias sociais e dispositivos

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embarcados inteligentes, além de melhorar seu uso de tecnologias tradicionais, como
Sistema de Gestão Empresarial, para mudar o relacionamento com os clientes, processos
internos e propostas de valor.

Atualmente, as empresas buscam uma Visão Única de Cliente (VUC) ou visão 360°
(graus) de cliente. A visão 360° é uma abordagem que integra todas as informações de
um cliente: as demográficas, as transacionais, as de interação e as comportamentais.

Inicialmente, as principais tecnologia serão descritas e depois será realizada uma


análise de como elevar a tecnologia ao patamar da inovação, gerando valor para a
transformação digital.

Principais Tecnologias Utilizadas Atualmente nas Organizações


A transformação digital não deve ser encarada como um projeto, que tem começo,
meio e fim; é um modo permanente de trabalhar, pensar e agir todo o tempo na empresa,
que busca explorar tecnologias digitais com o objetivo de criar melhor experiência a
seus clientes.

Figura 6
Fonte: Getty Images

Tecnologia é um atributo utilizado para criar, construir um produto ou melhorar um serviço.


Tecnologia digital é o recurso codificado em bits e processado por sistemas computacio-
nais, são alguns exemplos: tecnologia 5G, blockchain, big data, computação em nuvem,
Internet das Coisas (IoT), machine learning (GARCIA, 2020).

Variadas tecnologias transformaram a maneira como a sociedade vive e trabalha.


Essa transformação não é representada pelo uso de tecnologias que servem para auto-
matizar a produção de bens e serviços, mas na maneira com a qual se maximizam os
habilitadores tecnológicos.

Habilitadores tecnológicos são fatores que dão suporte, habilitam e servem para
nortear aplicação técnica e direcionar iniciativas de transformação digital que agreguem
valor ao cliente quando compram ou consomem produtos e serviços, maximizem os
investimentos em tecnologia e produção, inovam continuamente.

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Perspectivas da Transformação Digital

Figura 7
Fonte: Getty Images

A seguir, os habilitadores tecnológicos mais encontrados nas organizações orientadas


à transformação digital.

Computação em Nuvem
É um serviço que entrega tecnologia da informação em diversas formas, técnicas e
ferramentas a custos gerenciados pela demanda e pelo consumo. Equivale ao serviço
de entrega de energia elétrica em uma empresa ou residência para alimentar aparelhos,
computadores, máquinas, carregadores, lâmpadas, dentre outros.

Figura 8
Fonte: Getty Images

Principais características
• Computação em nuvem é uma forma de entregar e receber TI;
• Recursos de hardware oferecidos pela computação em nuvem são usados na forma
de virtualização.
• Virtualização é usar recursos de hardware e software na forma digital, usando a
internet como meio de conexão, desacoplando o ambiente físico do hardware na
forma de software;
• Computadores robustos, como servidores de grandes datacenters, são comparti-
lhados, com toda a segurança, em um contexto de máquina virtual única para ser
utilizado pelo usuário ou especialista de TI;

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• A virtualização é um contexto que abstrai o hardware, dando a visão e o acesso
somente via software;
• É um modelo de negócio como serviço sob demanda, ofertado com variados custos
mensais, com mais eficiência, mais agilidade, pool de recursos, diversidade geográ-
fica e conectividade universal.

Exemplos de mercado

Figura 9 – Principais empresas de computação em nuvem


Fonte: Reprodução

Referências de mercado

FORÇAS FRAQUEZAS
• Domínio no mercado; • Uso difícil;
• Extensas ofertas de recursos; • Gestão de custos;
• Suporte e variados tamanhos de empresas; • Poucas opções gratuitas.
• Treinamento extensivo;
• Alcance global.

Figura 10 – Computação em nuvem Amazon Web Service – AWS

FORÇAS FRAQUEZAS
• Segundo maior provedor; • Problemas com documentação;
• Integração com ferramentas e software • Ferramentas de gerenciamento incompletas.
Microsoft;
• Conjunto amplo de recursos;
• Nuvem híbrida;
• Suporte para código aberto;

Figura 11 – Computação em nuvem A

FORÇAS FRAQUEZAS
• Projetando para empresas nativas da nuvem; • Entrada tardia no mercado IaaS;
• Compromisso com código aberto e portabilidade; • Menos recursos e serviços;
• Grandes desconos e contratos flexíveis; • Historicamente não é focado em empresas.
• Experiências em DevOps.

Figura 12 – Computação em nuvem Google Cloud Platform


Observação: DevOps significa desenvolvimento de software e operação
de infraestrutura.

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Inteligência Artificial (IA)


A IA é uma área da ciência da computação que se ocupa com a construção de
máquinas inteligentes capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligên-
cia humana. A IA é multidisciplinar com diversas abordagens. Dois exemplos da IA são o
aprendizado de máquina (machine learning) e o aprendizado profundo (deep learning).

Figura 13
Fonte: Getty Images

Principais características
• Automação de tomada de decisão;
• Análises e alertas para mudanças de comportamento do cliente;
• Padrões de soluções programadas inferem adaptação para aprender e criar soluções;
• Associar percepções de sentimentos positivos ou negativos às reações humanas;
• Associada à robotização, permite trabalho contínuo, redução de falhas e segurança.

Exemplos de mercado

Figura 14 – Empresas e exemplos de aplicação de IA


Fonte: Reprodução

Referências de mercado
• Siri: É uma assistente virtual do iPhone, iPad e macOS da Apple. A Siri compre-
ende linguagem natural (linguagem humana); em português, compreende cerca
de 200 comandos de voz. A aplicação é capaz de compreender comandos de voz e
realizar tarefas atreladas ao sistema operacional;

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Figura 15 – Siri
Fonte: Reprodução

• BIA – Bradesco Inteligência Artificial: Pelo aplicativo, você consegue tirar dúvi-
das por voz ou texto (linguagem natural) com a BIA antes e depois de acessar a
conta corrente.
BIA tem integração com a Alexa, que é a assistente virtual da Cloud Amazon, e
com o assistente Google;

Figura 16 – BIA – Bradesco


Fonte: Reprodução

• Openai: É uma API (Application Programming Interface) que, por meio de algo-
ritmo de rede neural, cria imagens a partir de legendas de texto expressas em
linguagem natural.
A rede neural (sistema semelhante à rede de neurônios cerebrais) aprende concei-
tos visuais de forma eficiente a partir da supervisão de linguagem natural;

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Perspectivas da Transformação Digital

Figura 17
Fonte: Reprodução

• Tesla: Ainda que todos os veículos inteligentes da empresa tenham radar frontal
e detectores de objetos ultrassônicos de proximidade, o principal componente para
a tecnologia autônoma é um conjunto de oito câmeras alimentadas por algoritmos
de Inteligência Artificial de Deep Learning. A ferramenta ajuda os carros a inter-
pretar as imagens e a navegar sem colisões. Os algoritmos de Deep Learning estão
melhorando na detecção de objetos nas imagens, mas ainda há um problema a ser
superado: esses sistemas não são confiáveis ao encontrar novas situações.

Figura 18
Fonte: Divulgação

A Neuralink está desenvolvendo o primeiro implante neural que permitirá que o


usuário controle um computador ou dispositivo móvel em qualquer lugar; usa tecno-
logias para interfaces cerebrais. A seguir, uma visão geral dos demais habilitadores
tecnológicos sem entrar em detalhes da tecnologia.

Neuralink, disponível em: https://bit.ly/2MIsW22

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Internet das coisas
O termo IoT (Internet of Things) engloba tudo conectado à internet, mas é cada
vez mais usado para definir objetos que “conversam” entre si. A Internet das Coisas é
composta de dispositivos sensores simples a smartphones conectados entre si. Maior
exemplo de uso de IoT é o sistema Uber, o celular do motorista e o celular do passageiro,
ambos com sensor de geolocalização, se comunicam para o uso do serviço.

Realidade Aumentada
A realidade aumentada, também conhecida como integração de elementos, e até
mesmo de informações virtuais, interage com as visualizações do mundo real por meio
de uma câmera e com o uso de sensores de movimento como giroscópio e acelerômetro.

O giroscópio é um dispositivo cujo eixo de rotação se mantém com a mesma direção


na ausência de forças que o perturbem; caso de uso típico e bastante conhecido é a tela
do celular. O sensor usa a força da gravidade para informar qual a posição do objeto
no espaço. Já o acelerômetro ajuda a medir o movimento do objeto e assim repassar a
informação para que este possa ser ajustado. Parece semelhante: o giroscópio mede a
posição do objeto em relação à força da gravidade e o acelerômetro mede a aceleração,
o movimento do objeto em relação à gravidade.

Redes 5G
As redes 5G são a evolução da atual rede sem fio 4G (4ª Geração) e têm por finali-
dade uma cobertura mais abrangente que sua antecessora, banda larga móvel com altos
padrões de velocidade de conexão e maior suporte para usuários simultâneos. Isso sig-
nifica que as redes 5G entregarão aos usuários uma ampla e eficiente cobertura, maior
capacidade de transferência de dados e uma capacidade mais elevada dos números
de conexões ao mesmo tempo. Por exemplo, uma rede 4G tem velocidade média de
conexão em torno de 33 Mbps (Megabits por segundo), enquanto a 5G será capaz de
entregar velocidades de 50 a 100 vezes superiores a 4G, podendo alcançar até 10 Gbps
(Gigabits por segundo).

As características das redes 5G ainda podem ser destacadas nos seguintes pontos:
• Consumo de energia chegará a 90% a menos que a rede 4G;
• Tempos de conexão entre aparelhos móveis devem ser inferiores a 5 ms (milisse-
gundos) comparados com a atual latência de 30 ms da 4G;
• A quantidade de aparelhos conectados por área deve ficar entre 50 e 100 vezes
maior do que a rede atual;
• Com o aumento na eficiência energética de consumo, a duração das baterias dos
dispositivos de radiorreceptores terá maior durabilidade.

Redes Sociais
Na sociologia, a estrutura social são os arranjos sociais padronizados na sociedade,
que podem tanto ser emergentes quanto determinados pelas ações dos indivíduos ou
grupos. Exemplos de estruturas sociais são as redes sociais, que são compostas por

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Perspectivas da Transformação Digital

conjuntos de atores sociais, formadas por pessoas ou organizações, associadas por rela-
ções diádicas ou outros tipos de interações sociais entre esses atores.

Sob a ótica das redes sociais, esse arranjo fornece um conjunto de padrões variados
que podem ser analisados para apoio ou tomada de decisão de estratégias culturais,
políticas e de marketing de produto ou serviço. A análise de uma rede social estende-se
para identificar padrões locais ou globais, encontrar entidades influentes nesses meios e
examinar sua dinâmica e mudanças.

Para ficar claro, as redes sociais estão como habilitadores tecnológicos por conta
do seu arranjo ser possibilitado pela criação de mecanismos e tecnologias que aproxi-
maram pessoas, conjuntos, coletivos etc.

Relações diádicas: são interações entre dois atores; nesse contexto da transformação
digital, esses dois organismos que se relacionam podem ser cliente e fornecedor, usuário e
aplicativo, assistente virtual e correntista de banco.

Figura 19
Fonte: Getty Images

Big data
Atualmente, em função da digitalização, tudo virou dado, e toda habilitação tecnoló-
gica gera dados. Estes vêm sendo armazenados e, como consequência, há um grande
Volume, Variedade e Velocidade em que são gerados. Na era digital, ainda há mais 2 Vs
importantes, a Veracidade dos dados e o Valor que podem gerar. Isso chama-se 5 Vs
do Big data, que são seus princípios. A evolução dos dados em volume é representada
na Figura 20.

20
180
160
140

ZETTABYTES (1021)
120
100
80
60
40
20
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Ano
Figura 20 – Dados gerados por ano, projetados para 2025
Fonte: Adaptada de REINSEL, GANTZ e RYDNING, 2017

O que se deve considerar em transformação digital é a explosão de dados que esse


habilitador tecnológico irá gerar, em função da análise da Figura 20, como o incremento
nos 5 Vs ocorreu desde 2010, quando a digitalização possibilitou a mensuração desse
volume, e o IDC fez uma projeção até 2025, quando o volume chega a zettabytes, que
corresponde a 1.000.000.000.000.000.000.000, ou seja, 1021 bytes.

Blockchain
Blockchain é um habilitador tecnológico como serviço, que permite rastrear o
envio e recebimento de tipos de informação pela internet relacionados a blocos de
criptomoedas. São partes de código em bits gerados on-line que carregam informações
conectadas, como blocos de dados que formam uma corrente, que faz funcionar transa-
ções em moedas digitais.

Imagine uma empresa que precisa de contabilidade para registrar as transações de


entrada e saída de dinheiro de maneira resumida. O blockchain é um livro razão, um
livro contábil (entradas e saídas escritas) compartilhado e imutável, que facilita o processo
de registro de transações e rastreamento de ativos em uma rede digital de negócios.

Um ativo pode ser tangível (uma casa, um carro, dinheiro, terras) ou intangíveis (proprie-
dade intelectual, patentes, direitos autorais, marca). Praticamente qualquer coisa de valor
pode ser rastreada e negociada em uma rede blockchain, reduzindo riscos e cortando
custos para todos os envolvidos. O serviço de blockchain não maneja somente moedas
digitais, mas também contratos inteligentes que podem se fazer cumprir automaticamente.

Deep tech
Deep tech é um termo derivado de deep diven, mergulho profundo, que é uma
metodologia de inovação que aprende com outros. Usa a pesquisa e a ciência para
aprendizado aplicado às realidades tecnológicas que as organizações precisam ou inova-
ções para que novas tecnologias possam ser integradas como produtos e serviços.

Deep tech é a designação das startups que desenvolvem novas tecnologias por meio
de ciências e pesquisa em áreas como matemática, física, biologia ou engenharia, para
diferenciá-las das que utilizam tecnologias já existentes.

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Perspectivas da Transformação Digital

Machine learning
É um habilitador tecnológico, por meio de modelos de algoritmos, processados por
computadores; tem a capacidade de aprender de acordo com as respostas esperadas,
fazendo associações de distintos conjuntos de dados. Esses conjuntos de dados podem
ser imagens, números, textos ou áudios. Os modelos de algoritmos são treinados em
conjuntos de dados antes de serem implementados. Um aplicativo ou software com
Machine Learning é um tipo de programa que melhora automaticamente e gradual-
mente com o número de experiências em que é colocado para treinar.

Segurança cibernética
A segurança cibernética é um conjunto de técnicas, procedimentos, normas e ações
sobre os usuários, tecnologias e processos com o objetivo de mitigar ataques ciberné-
ticos. A cibernética é o estudo multidisciplinar entre as regras regulamentadoras, leis e
normas, infraestrutura tecnológica, processos, restrições e níveis de acesso.

Um ataque cibernético a uma infraestrutura crítica, como uma usina de energia ou


um hospital, pode derrubar todo o sistema e afetar o bem-estar físico das pessoas e sua
capacidade de administrar uma empresa ou obter serviços básicos como água, alimentos
ou saúde.

Todas as empresas, hoje, possuem sistemas de TI; fornecedores de serviços críticos


também possuem sistemas OT (Operationals Technologies – tecnologias operacionais).

A segurança cibernética é frequentemente associada à TI e geralmente liderada pela


TI com o objetivo de proteger o fluxo de dados no mundo virtual. No entanto, a infra-
estrutura crítica e o ambiente automatizado em fábricas ou refinarias têm requisitos de
segurança que fazem parte do mundo real. 

Eles contam com tecnologias operacionais (OT) para garantir a execução correta
de ações automatizadas, como desligar uma válvula para evitar o transbordamento de
produtos químicos ou colocar um gerador on-line para evitar um apagão de um sistema
hospitalar de saúde. OT inclui hardware e software. Seu objetivo é manter os sistemas
do mundo real funcionando como pretendido, com segurança e eficiência.

Com o surgimento da Internet das Coisas (IoT) e a integração de máquinas físicas com
sensores e software em rede, os limites entre TI e OT estão se confundindo. 

À medida que mais e mais objetos estão conectados, comunicam-se e interagem


uns com os outros, tem havido um aumento no número de endpoints e formas po-
tenciais para os criminosos cibernéticos obterem acesso a redes e sistemas de infraes-
trutura. Uma estratégia de segurança de defesa em profundidade (defense in depth)
em várias camadas deve abordar os ambientes de TI e OT. As Normas Internacionais
IEC, como ISO/IEC 27001 e IEC 62443, junto com testes e certificação (avaliação de
conformidade), são ferramentas importantes para um programa de segurança cibernéti-
ca holístico e bem-sucedido. 
• Endpoints: um endpoint de um web service é a URL (endereço eletrônico) cujo
serviço pode ser acessado por uma aplicação cliente. Esse “ponto de extremidade”
pode ser utilizado na TI para definir pontos de comunicação de acesso a uma apli-

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cação (endpoints de comunicação) ou como parte de uma estrutura de segurança
em redes;

Cliente
API
endpoint

Figura 21 – Endpoint
• A Deep in depth (defesa em profundidade): é uma estratégia de garantia de
informações que fornece várias medidas de defesa redundantes no caso de falha
de um controle de segurança ou de exploração de uma vulnerabilidade. Os casos
de uso de segurança cibernética de defesa em profundidade incluem segurança
do usuário final, design de produto e segurança de rede.

Figura 22 – Deep in depth – em camadas

Robótica
Robótica é um campo interdisciplinar que integra ciência da computação e enge-
nharia. A robótica envolve projeto, construção, operação e uso de robôs. O objetivo da
robótica é projetar máquinas que possam ajudar e auxiliar humanos. Robótica integra
áreas de engenharia mecânica, engenharia elétrica, engenharia de informação, meca-
trônica, eletrônica, bioengenharia, engenharia da computação, engenharia de controle,
engenharia de software, entre outros. Essa robótica tem como base em sua construção
algoritmos que são processados pela unidade processadora da máquina. Pode haver
computadores completos e complexos em sistemas robotizados.

Robôs também são construídos via software. É muito comum criar algoritmos ditos
robôs para capturar dados ou interagir com o usuário. Um exemplo disso são os bots.
Bot é a abreviação de “robot”, que significa “robô”. Os bots são robôs virtuais progra-
mados para exercer determinadas funções com mais eficiência, seja por meio de voz,
seja por meio de texto. Por exemplo, um chatbot é um programa de computador que
simula diálogos humanos em um chat. Com essa tecnologia, é possível automatizar tare-
fas repetitivas e burocráticas, como dúvidas frequentes, na forma de diálogo predefinido
entre o usuário e um “robô” (Figura 23).

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UNIDADE
Perspectivas da Transformação Digital

Figura 23 – Uso do Chatbot


Fonte: Getty Images

Impressão 3D
Impressão 3D serve para construir diversos objetos personalizados, de maneira ágil
e relativamente simples. Após serem prototipadas, as peças se tornam reais, incluindo
detalhes como fendas, formas e cores.

A impressão 3D ou manufatura aditiva é a construção de um objeto tridimensional a


partir de um modelo digital 3D. O termo “impressão 3D” pode se referir a uma varie-
dade de processos nos quais o material é depositado, unido ou solidificado sob controle
de computador para criar um objeto tridimensional, com o material sendo adicionado
junto (como moléculas líquidas ou grãos de pó sendo fundidos entre si), normalmente
camada por camada.

Com essa tecnologia, é possível criar e produzir peças de manufatura sob demanda.
Uma fábrica pode ter seu estoque digitalizado, proporcionando mais flexibilidade para
produzir peças sob demanda e garantindo que os arquivos e outros dados sejam prote-
gidos e rastreáveis.

Produtos, Serviços e Processos na


Jornada Digital com Foco no Cliente
para Criar Novos Modelos de Negócios
O sucesso na transformação digital vai além da adoção de novas tecnologias. É neces-
sário o ativo certo e as estratégias operacionais das organizações em todos os setores
para implementar jornadas digitais continuadas e acelerar seu desempenho em merca-
dos cada vez mais competitivos.

A transformação digital é o processo de construção de uma cadeia de valor digital


abrangente que impulsiona a excelência operacional de loop fechado e experiências

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exclusivas do cliente em toda a empresa, fechando efetivamente a lacuna entre a Tecno-
logia da Informação (TI) e a Tecnologia de Operações (OT).

Em projetos de transformação digital, não se pode considerar somente os investimentos


em habilitadores tecnológicos. É preciso enxergar outros benefícios atrelados a esses
investimentos, como a redução de custos de energia, o desperdício reduzido e aumentos
eficientes na produção e maior aproximação direta com cliente.

A Transformação Digital como


Potencializadora dos Modelos de Negócio
Relativo aos processos, com a digitalização, é possível torná-los eficientes e diminuir
o desperdício. Mas, com a transformação digital associada aos processos, é possível
obter informações do ciclo de vida do produto completa até a ponta cliente, melhorando
a execução nas operações também até o cliente. A digitalização é a conversão do ana-
lógico para o digital. Isso posto, a digitalização é o processo automatizado com recursos
digitais, e a transformação digital é o efeito maximizado de evolução (Quadro 1).

Quadro 1 – Exemplos que diferenciam a era digital da transformação digital

• Redução de custo e tempo;


• Criação de repositórios institucionais robustos e confiáveis;
• Medição de tempo ocioso;
Digitalização/
• Geração de conformidade regulatória;
Automação
• Mapeamento logístico;
• Monitoramento e alertas de manutenção;
• Cadeia de fornecimento controlada;

• Reduzir a complexidade dos projetos;


• Ampliar a consciência situacional de toda a empresa e o valor existente nela;
• Minimizar o tempo de ociosidade não programada;
Transformação • Potencializar a segurança compliance *;
digital • Maximizar a eficiência e prevenção de falhas;
• Antever e controlar de maneira inteligente a manutenção preventiva e da
manutenção corretiva. Insights previsíveis;
• Integração inteligente clientes/parceiros nas operações.

*Compliance: é área, departamento ou pessoa responsável pelo cumprimento das normas e regras regulatórias.

As tecnologias digitais podem otimizar o design, a produção e o desempenho, aju-


dando as empresas a lançar produtos no mercado com mais rapidez e custos cada vez
mais baixos.  Ao convergir fluxos de dados anteriormente inacessíveis, aumentando a
visibilidade ao vivo e permitindo uma análise clara das operações, abre-se a oportu-
nidade de gerar insights acionáveis com base em melhores informações, recriando os
modelos de negócios tradicionais.

Os dados podem já existir dentro da empresa, armazenados em software de histo-


riador ou modelos 3D de plantas e ativos, ou em planilhas e sistemas desconectados.
Novas ferramentas digitais podem minerar suas fontes de dados existentes, combinando-as

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UNIDADE
Perspectivas da Transformação Digital

com dados operacionais em tempo real para gerar percepções aprimoradas sobre como
maximizar a criação de valor nos ciclos de vida de ativos e operações.

Ao implementar uma estratégia de transformação digital abrangente apoiada pelas


tecnologias certas, vai capacitar o pessoal da empresa no sentido de identificar e resol-
ver problemas em sua origem, antes que eles se transformem em pontos críticos de falha
que se propaguem em complicações adicionais.

Ter um plano abrangente de transformação digital e possuir a capacidade de navegar


com sucesso por mudanças culturais são dois dos fatores significativos que impulsionam
o sucesso das empresas. Para conduzir uma melhor experiência ao cliente, os colabo-
radores precisam estar conectados a novas transformações dos processos e ativos para
gerar os insights a seguir:
• Criar oportunidades de otimização em toda a empresa;
• Permitir que as equipes se adaptem e gerenciem as mudanças;
• Oferecer experiências excelentes e diferenciadas ao cliente;
• Construir um ambiente atraente e que desenvolva os melhores talentos.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
A Virada Digital: Smart cities e Smart Grids em uma perspectiva multidisciplinar
Acesse a Biblioteca Virtual pelo portal da Unicsul e selecione o e-book “A Virada
Digital: Smart cities e Smart Grids em uma perspectiva multidisciplinar”. Leia o
tópico “Introdução aos conceitos de rede elétrica inteligente e internet das coisas”.
Esse tema, no capítulo “Aspectos técnicos”, trata da transformação digital do servi-
ço de fornecimento de energia elétrica, as vantagens diante da comparação com o
sistema tradicional e o inovador.

Vídeos
Transformação Digital da China: Velocidade, Agressividade e Execução
Veja o vídeo do cofundador da Chinnovation, o Sr. In Hsieh. Ele faz um relato im-
pressionante da Transformação Digital Chinesa. Vale a pena assistir a esse vídeo
para que tenhamos ideia da envergadura da agressividade em negócios já transfor-
mados digitalmente.
https://youtu.be/ljJPB5ISG7Q

Leitura
Redfox
O portal disponibiliza conteúdos muitos interessantes aplicados a determinados seg-
mentos. Recomendo dois e-books que vão mostrar a abrangência da transformação
digital, inclusive com temáticas muitos parecidas com as abordadas no material
teórico. Mas há outro para quem quiser se aprofundar na área da saúde, no qual há
artigo que também é uma ótima opção de leitura.
Faça um cadastro simples e receberá a conformação por e-mail, então poderá aces-
sar gratuitamente o e-book com os seguintes assuntos: A Transformação Digital:
um guia para líderes e gestores e Saúde Digital: descubra os benefícios da transfor-
mação digital na saúde.
https://bit.ly/3kAe42e
IEC 62443: the essential standard for industrial cybersecurity
Para saber mais sobre Cybersecurity, um tema muito importante no contexto da
transformação digital, acesse o link a seguir e tenha uma visão mais ampliada da
norma IEC 62443.
https://bit.ly/3kpADGG

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UNIDADE
Perspectivas da Transformação Digital

Referências
GARCIA, D. A importância da Transformação Digital: por que as empresas devem ado-
tá-la para se manterem competitivas na era digital. 1. ed. Curitiba, PR: Ed. do autor, 2020.

GROSSMAN, R. Disruptive Innovation. The industries that are being disrupted the
most by digital. Harvard Business Review, 21/03/2016. Disponível em: <https://
hbr.org/2016/03/the-industries-that-are-being-disrupted-the-most-by-digital>. Acesso
em: 28/12/2020.

HADDUD, A.; MCALLEN, D. Digital workplace management: exploring aspects


related to culture, innovation, and leadership. In: 2018 Portland International Conference
on Management of Engineering and Technology (PICMET), p. 1-6, IEEE, 2018.

LAVA, S. IDC FutureScape Webcast: Worldwide SMB 2021 Predictions. IDC, 2020.
Disponível em: <https://www.idc.com/events/futurescape?tab=latest-research>. Aces-
so em: 28/12/2020.

REINSEL, D.; GANTZ, J.; RYDNING, J. Data Age 2025: the evolution of data to
life-critical. don’t focus on big data; focus on the data that’s big. 2017. Disponível em:
<https://www.import.io/wp-content/uploads/2017/04/Seagate-WP-DataAge2025-
-March-2017.pdf>. Acesso em: 30/12/2020.

Site Visitado
AURIGA. Digital transformation: history, present, and future trends.  2016. Dis-
ponível em: <https://auriga.com/blog/digital-transformation-history-present-and-future-
-trends/>. Acesso em: 28/12/2020.

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