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CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Primeiro Semestre 2019


Quinto ano académico

Laboratório de operações unitárias II


RELATÓRIO
Prática no.3

Título: CONDENSAÇÃO WL230


Turma_EQM9-M1
Equipa nº3
1. Constiuída por:
2. Dian Dasala-20151547
3. Mariana da Cunha-20151402
4. Giraúl Brito-20152351
5. Kátia Gáspar-20154315
6. Francisco José

Profº. Letícia Torres

Data de elaboração do RELATÓRIO 8 de Maio de 2019


Índice

RESUMO.......................................................................................................................6

ABSTRACT...................................................................................................................7

I- INTRODUÇÃO......................................................................................................8

I.1 OBJECTIVOS.....................................................................................................10

Objectivo geral:....................................................................................................10

Objectivos específicos:........................................................................................10

II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................11

III. MATERIAIS E MÉTODO....................................................................................13

III.1 Descrição do equipamento...............................................................................13

III.2 Procedimento Experimental.............................................................................14

IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................15

V. Conclusão...........................................................................................................18

V.1 Sugestões..........................................................................................................18

VI-BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................19

ANEXOS......................................................................................................................20
Índice de figuras

Fig.1. Coluna de destilação com refluxo...............................................................................8

Fig.2. Equílibrio L-V em estágios..........................................................................................9

Fig.3. Planta de destilação de modelo UOP3CC (Armfield) suportada em uma estrutura de


aço tubular...........................................................................................................................11

Fig.4 e 5. Curva da fracção mássica de etanol em função do índice de refração ; Curva da


fracção mássica de etanol em função da densidade. Fonte (ARAÚJO et al, 2015, p.4). . .12

Fig.6 e 7. Esquema e equipamento GUNT CE 600............................................................13

Fig.8. Gráfico da fração mássica de etanol vs o índice de refração da solução................15

Fig.9. Gráfico da fração mássica de etanol vs a densidade da solução.............................15

Fig.10. Perfil de temperaturas ao longo da coluna de destilação.......................................20

Fig.11. Densidade em função da fracção mássica de etanol (linhas) e da temperatura


(colunas)..............................................................................................................................20
Indice de tabelas

Tab.1. Frações mássicas de amostras retiradas do topo e da base da coluna.........12

Tab.2. Densidades e índices de refração das soluções analíticas e fração mássica


de etanol em cada.......................................................................................................15

Tab.3. Frações mássicas de etanol nas amostras de topo e de base ou fundo........16


SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA
Símbolo Significado Unidade
Temperatura média entre da ºC
Tkm
água de refrigeração
Calor específico do líquido no KJ/KgK
Cpf
filme
ρf Densidade do líquido no filme Kg/m3
Caudal de água de L/h
F
refrigeração
Viscosidade dinâmica do Pa*s
Uf
líquido no filme
r Taxa de vaporização KJ/Kg
hx Coeficiente de transferência KW/m2K
de calor local
Q Taxa de calor KJ/s
q Fluxo de calor KW/m2
Coeficiente de transferência KW/m2K
α de calor experimental
Coeficiente de transferência KW/m2K
αm de calor na película
δ Espessura do filme m

Tfm Temperatura média do filme ºC


Temperatura do vapor no ºC
Ts sistema
Temperatura da superície do ºC
Tw tubo
Temperatura de saída de ºC
Tout água
Temperatura de entrada de ºC
Tin água
A Área m2
6

RESUMO

A destilação é um processo de separação fundamental em engenharia química, no que


toca garantia da pureza requerida de um determinado produto. Esta técnica usa como
força motriz a volatilidade relativa dos componentes, e é uma alternativa para a
evaporação quando a diferença de pontos de ebulição entre os seus componentes não é
significativa. Trata-se de uma operação bastante versátil, podendo se adaptar a diversas
configurações: como destilação contínua, batelada, com arraste de vapor, com
retificação, multicomponente, ou ainda com reação, como é o caso da destilação reactiva
aplicada na obtenção do biodiesel. Para a prática realizada foram preparadas 4 soluções
analíticas de concentração conhecida, que permitiram o traçado do gráfico de fração
mássica de etanol versus o índice de refração. Com a condição de refluxo nulo (sem
retificação) e, através das medições dos índices de refração e com apoio do gráfico de
referência determinaram--se as frações mássicas de etanol no destilado e resíduo. A
técnica de refratômetria mostrou alta aplicabilidade para a avaliação da pureza das
amostras, embora esteja limitada, devido a imprecisão em concentrações superiores a
70%. Além disso as frações de topo determinadas foram ligeriamente menores que as
requeridas em uma destilação simples, tendo sido maioritariamente justificadas pela
condição de refluxo nulo e estado da matéria prima utilizada.

Palavras-chave: Destilação; GUNT CE 600; Fração mássica; Refratômetria;


7

ABSTRACT

Distillation is a fundamental separation process in chemical engineering, which


guarantees the required purity of a given product. This technique uses as the driving force
the relative volatility of the components and is an alternative for evaporation when the
difference in boiling points between its components is not significant. It is a very versatile
operation and can be adapted to different configurations: continuous distillation, batching,
steam traversing, rectifying, multicomponent, or even reacting, as is the case of reactive
distillation applied to obtain biodiesel. For the practice, 4 analytical solutions of known
concentration were prepared, which allowed the plotting of the ethanol mass fraction plot
versus the refractive index. With the condition of null reflux (without rectification), the mass
fractions of ethanol in the distillate and residue were determined through the
measurements of the refractive indices and with the support of the reference graph. The
refractometry technique showed high applicability for the evaluation of the purity of the
samples, although it is limited due to imprecision in concentrations higher than 70%. In
addition, the determined top fractions were slightly smaller than those required in a simple
distillation, and were mostly justified by the zero reflux condition and the state of the raw
material used.

Keywords: Distillation; GUNT CE 600; Mass fraction; Refratometry;


8

I. INTRODUÇÃO

Processos de transferência de calor acompanhados de mudança de fase são mais


complexos do que simples troca de calor entre fluidos. Uma mudança de fase envolve a
adição ou subtração de quantidades consideráveis de calor a uma temperatura constante
ou quase constante. A taxa de mudança de fase pode ser governada pela taxa de
transferência de calor, mas é frequentemente influenciada pela taxa de nucleação de
bolhas, gotas ou cristais e pelo comportamento da nova fase depois que ela é formada.
(MCCABE et al, 1993)
A condensação é o fenómeno de passagem do estado gasoso para o estado líquido.
(BATISTA, 2011, p.95)
 A medida que a concentração das moléculas na fase de vapor aumenta,
algumas moléculas regressam a fase líquida;
 é sempre um processo exotérmico (há liberação de energia) (BATISTA, 2011)

A condensação de vapores na superfície de tubos mais frios que a temperatura de


condensação do vapor é importante quando se processam vapores como os de
água, hidrocarbonetos e outras substâncias voláteis. O vapor condutor pode
consistir em uma única substância, uma mistura de substâncias condensáveis e
não condensáveis, ou uma mistura de dois ou mais vapores condensáveis.
(MCCABE et al, 1993, p.375)

Tanto a condensação de vapor como líquido, como a vaporização de um líquido


para produzir um vapor, implicam a mudança de um fluido com valores de coeficientes de
transferência de calor bastante elevado. A condensação se verifica com um vapor
saturado, como o vapor de água, entra em contato com um líquido húmido superficial e é
inferior à temperatura de saturação, formando um líquido como a água. (GEANKOPLIS,
1998)

Existem dois tipos de condensação:


9

Condensação semelhante a filme: quando um vapor condensa-se sobre uma


superfície, tal como um tubo vertical ou horizontal ou outras superfícies, uma
película de condensado é formada sobre a superfície e flui sobre ele por acção da
gravidade. É este filme líquido entre a superfície e o vapor que constitui a principal
resistência à transferência de calor. (GEANKOPLIS, 1998, p.296)
Condensação em gotas: quando pequenas gotas se formam na superfície.
Durante esta condensação, existem grandes áreas do tubo livres de líquido que
são diretamente expostas ao vapor. (GEANKOPLIS, 1998, p.296)

A condensação
semelhante a filme pode também ser
chamada de condensação contínua
e a condensação em gotas de
condensação descontinua.

Fig.1. Tipos de condensação, fonte:GUIA PRÁTICO

Condensação em gotículas é muito comum em superfícies contaminadas e


quando há impurezas. A condensação semelhante a filme é mais previsível e
frequente. Portanto, para propósitos normais de projeto, uma condensação
semelhante a filme é assumida. (GEANKOPLIS, 1998, p.296)

A temperatura de condensação de uma única substância pura depende apenas da


pressão e, portanto, o processo de condescendência de uma substância pura é
isotérmico. Vapores misturados, condensando a pressão constante, condensam-se em
uma faixa de temperatura e produzem um compasso de composição variável até que toda
a corrente de vapor seja condensada, quando a composição do condesado é igual à do
vapor original não-condensado. Um exemplo comum da condensação de um constituinte
10

de sua mistura com uma segunda substância não-condizível é a condensação de água de


uma mistura de vapor e ar. (MCCABE et al, 1993)

Embora algumas tentativas sejam feitas para obter benefícios práticos desses
grandes coeficientes, por meio da indução artificial da condensação gota a gota,
esse tipo de condenação é tão instável e a dificuldade de mantê-lo tão grande que
o método não é comum. Além disso, a resistência da camada de condensado de
vapor, mesmo na condensação do tipo película, é normalmente pequena em
comparação com a resistência no interior do tubo do condensador, e o aumento
no coeficiente global é relativamente pequeno quando a condensação gota a gota
é conseguida. Para o projeto normal, portanto, a condensação do tipo filme é
assumida. GEANKOPLIS, 1993, p. 376)

Para tubos verticais no caso da condensação


tipo filme a teoria de Nusslet mostra-nos que a
condensação do filme começa no topo do tubo e a
espessura do filme aumenta rapidamente quando
perto do topo do tubo e então mais e mais
devagar no comprimento que resta. presume-se
que o calor flua através do filme de condensado
somente por condução, e o coeficiente local hx é,
portanto, dado por : GEANKOPLIS, 1993)

Kf
hx= (1)
δ

Onde δ é a espessura de filme local, e Kf condutividade térmica do fluido


O coeficiente local muda inversamente com a espessura do filme. Ambas variações
tanto de hx como de δ com a distância desde o topo do tubo são mostradas para líquidos
como o metanol na fig.2.
Fig.2. Espessura do coeficientes de filme local,
filme descendente de condensado. FONTE:
MCCABE,1993,p.377

A presença de pequenas quantidades de gás que não seja de condensação em um


vapor consenso reduz seriamente a taxa de condensação. (MCCABE et al, 1993, p.385)
11

Assim, este relatório trata da abordagem acerca da pratica realizada sobre a


condensação contínua e descontínua. Após o cálculo do coeficiente de transferência de
calor pudemos então observar a influência que os gases não condensáveis e a pressão
podem exercer sobre a realização do experimento.

I.1 OBJECTIVOS

Objectivo geral: Compreender o princípio de funcionamento de um condensador


mediante o estudo da influência da presão, temperatura e quantidade de vapor no
processo

Objectivos específicos:
 Familiarizar com os princípios de operação de um condensador;
 Determinar os coeficientes de transferência de calor para dois caos de
condensação, nomeiadamente de película e de bolha;
 Observar a influencia dos gases não condensáveis, durante o processo de
condensação
 Assimilar a relação extistente entre a pressão de vapor e a temperatura da
água.
12

II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este relatório teve como base de comparação o trabalho realizado na Universidade


Nacional de Medelín, a prática por eles realizada consistiu no experimento de
condensação contínua e descontínua tendo em conta 2 tipos de regimes laminar e
turbulento. O mesmo teve como objectivo a familiarização com o processo e seu devido
funcionamento com o fim de obter dados experimentias que permitam realizar os devidos
calculos matématicos de forma a analisar como os fenomenos fisico-quiímico que
acontecem. Embora as práticas tenham deferido de certa a forma a base teorica para
realização de ambos coincidia, os regimes em que se realizam as práticas têm uma
enorme influência para a quantificação do resultado uma vez que que de acordo ao
regime os parâmetros a determinar podem ser considerados elevados ou baixos.
Enquanto que eles tiveram como objectivo principal identificar como o regime se
comporta nos dois tipos de condensação para depois verificar a influência nos resultados,
o trabalho por nos realizado teve como regime segundo as especificações do
equipamento um regime laminar.
Podemos então observar os dados experimentais obtidos :
Condensação contínua
Tab.1. Dados experimentais para condensação em condensação contínua em regime laminar
NUMERO DE REYNOLDS = 1170.72

Régimen flujo másico Flujo. T8 T6 T4 T5 T7 Q agua Q vapor error


agua (kg/s) másico entrada salida pared pared cámara
13

vapor agua agua entrada salida


(kg/s)
Laminar 0.0072 0.000717 16.2 69.5 90.8 93 93.4 1.602801 1.628417 1.57
Laminar 0.007167 0.0007 16.8 69.6 92.8 93.9 94.5 1.580441 1.590547 0.64
Laminar 0.0071 0.0007 16.4 69.2 93.5 93.1 93.1 1.565709 1.590547 1.56
Promedio 0.007156 0.000706 16.47 69.43 92.37 93.33 93.67 1.5829 1.6032 1.2567
Fonte:
Cálculos e resultados

Qagua=ṁ∗Cp∗(T 6−T 8 )
kg KJ
Qagua=0.007156 ∗4.17659 ∗( 69.43−16.47 )
s Kg . K
Qagua=1.5828 Kw
Qvapor=ṁ∗Hfg

kg kJ
Q vapor =0.000706 ∗2272.21 ∗¿
s Kg
Q vapor =1.6042 K w
%error =|Qvapor−Qagua
Qvapor |
%error =| |
1.6042−1.5828
1.6042
%error =1.33
Fórmulas a utilizar para os coeficientes experimentais do filme

 Q vapor = ho * Ao *ΔT vaporp

 h o = Q vapor
A* T vaporp
1.6032 Kw Kw
h 0= 2 = 346.0206 2
0.0431m ∗0.1075 ‫ ﹾ‬C m ∗‫ ﹾ‬C
Cálculo dos coeficientes de acordo com correlações matemáticas propostas na
bibliografia. Pela teoria de Nusselt
Fórmula utilizada
14

As propriedades foram calculadas por interpolação a partir da Tabela A.4.1


Propriedades físicas da água de pressão de saturação do livro Introduction to Food
Engineering. Paul Singh. Dennis Heldman

h=0.725∗¿
h=¿ 33916.63W/m2 K

Condensação descontínua
Tab.2. Dados experimentais para condensação descontínua em regime laminar
NUMERO DE REYNOLDS =966.40

Régimen flujo Flujo. T3 T8 T4 T5 T7 Q agua Q error


másico másico salida entrada pared pared cámara vapor
agua vapor agua agua entrada salida
(kg/s) (kg/s)
Laminar 0,0072 0,00068 67,4 15,8 94,5 94,5 93,2 1,5655 1,5526 0,83

Laminar 0,0071 0,00068 66,8 16 94,3 94,2 93,4 1,5130 1,5527 2,55

Laminar 0,0071 0,00068 66,7 16,2 94,2 94 93,2 1,5040 1,5526 3,13

Promedio 0.00713 0.00068 66.97 16 94.33 94.23 93.27 1.5275 1.5526 2.17
Fonte:

Cálculo dos coeficientes experimentais do filme para o terceiro ensaio de fluxo


laminar.
Qvapor
h 0=
A∗T vapor
1.5526 Kw Kw Kw
h 0= 2 = 42.75 2 0.1315
0.0431m ∗0.8425 ‫ ﹾ‬C m ∗‫ ﹾ‬C m2 K

Os pontos por eles analizados foram:


No ensaio de condensação de filme observa-se que à medida que o regime
estabelecido aumenta, o coeficiente de película diminui, o que se deve ao fato
de que quanto menor o número de Reynolds, maior a transferência de calor
devido à menor velocidade, estes cálculos são realizados tendo os dados
experimentais e aplicando as fórmulas de acordo com a teoria de Nusset.
15

Ao calcular os coeficientes peliculares de forma experimental e por meio da


teoria de Nusset uma diferença é denotada embora não sejam exagerados,
os quais são atribuídos à tomada de medidas ou na manipulação do
equipamento de forma incorreta, por exemplo no momento de algum
descuido pessoal de não ter controlado as variáveis como pressão.
Temperatura etc.
16

III. MATERIAIS E MÉTODO

III.1 Descrição do equipamento

A unidade WL 230 pode


ser usada para demonstrar os
diferentes processos de
condensação usando dois
condensadores resfriados a
água de forma tubular feitos de
materiais diferentes (Cobre e
ouro no caso da nossa pratica).
Fig.3. Esquema e imagem física do equipamento CONDENSAÇÃO WL230 .
Fonte: WL 230 FULL MANUAL (GUNT); Autor (2019)

A condensação gota a gota pode ser demonstrada por meio do condensador de uma
superfície banhada a ouro polido, e a condensação em filme é observada na superfície de
cobre mate. O tanque pode ser evacuado através de uma bomba de jato de água. O
ponto de ebulição e a pressão no sistema são variados por energia e resfriamento e
17

aquecimento. Os sensores registram a temperatura, pressão e vazão em todos os pontos


relevantes do sistema.
Os valores medidos podem ser lidos em displays digitais e ao mesmo tempo, os
mesmos valores podem ser transmitidos diretamente para um PC via USB. Podendo
assim ser calculados e observados a influencia dos gases não condensantes.

III.2 Procedimento Experimental

Experimento_1: Determinação dos coeficientes de tranferência de calor


1. Aquecer o recipiente a uma temperatura que esteja dentro do intervalo de 90-
100 ºC.
2. Ajustar o caudal da águade arrefecimento para atingir a diferença de
temperatura desejada das superficies (T3, T6) e a temperatura do vapor (T7)
3. Ajustar a potência do aquecedor de modo a garantir uma temperatura do
vapor constante.
4. Se necessario, ajustar o caudal da água de arrefecimento para manter a
diferença de temperatura entre (T7-T3 e T7-T6, respectivamente) constantes.
5. O processo de condensação nos tubos de condensação, podem ser
claramente observados
6. Anotar as temperaturas e caudais na tabela.

Experimento_2: Influencia dos gases não condensáveis:


1. Gerar vapor usando a bomba de injecção de agua(aprox. 0.5bar);
2. Abrir a válvula de drenagem V4 e admita a entrada de ar;
3. Fechar a válvula de drenagem novamente quando a pressão for 0.9 bar;
4. Anotar as temperaturas e caudais na tabela.

Experimento_3: Influência da pressão:


Selecionar valores de pressão no intevalo de 0-2 bars, em intervalos regulares de
0.1 bars e leia a temperatura da água correspondente a cada valor de pressão.
18

Anotar na tabela.

VI. RESULTADOS E DISCUSSÕES

I Experimento
Após a aquisição dos dados experimentais como referido no capitulo anterior, foram
elaboradas as seguintes tabelas relativas ao experimento 1:
Tab.3. Dados experimentais relativos ao experimento 1.
Tab.4. Dados experimentais relativos ao equipamento WL230.
Parâmetros Valores Dimensões dos tubos verticais
T1 ºc 20.1 ÁREA (m2) 0.096
T2 ºc 41.2 COMPRIMENTO (m) 0.003618
T3 ºc 68.4
T4 ºc 20.1 Fonte:Autor (2019)
T5 ºc 46.7 Os cálculos teóricos de condensação de filmes são
T6 ºc 68.3
realizados para regime laminar e turbulento. No
T7 ºc 70.8
P(bar) 0.31 entanto, para o caso de pequenas dimensões do
F1 (l/h) 0.13 condensador tal como nesta prática, é apenas
F2 (l/h) 0.12
considerado o regime laminar.
Fonte:Autor (2019)

Para tal feito, foram determinados dois valores do coeficiente de transferência de


calor para a condensação contínua (de película) no cilindro de cobre, com base na teoria
de Nusselt para tubos verticais e com base nos valores experimentais. Para tal feito,
foram empregadas as seguintes equações:
Teoria de Nusselt Cálculos experimentais
Ts+Tw Tout+Tin
Tfm= 2
eq(2) Tkm= 2
eq(3)

√ Q
3 2
4 λ ∗ρ ∗g∗r α=
αm=0.943 eq(4) eq(5)
μ∗L∗(Ts−Tw ) A∗(Ts−Tw )

Q= ρ∗F∗Cp∗(Tout−Tin ) eq(6)
19

As temperaturas acima, servirão de base para a estimativa das propriedades


termofísicas da água como densidade, calor específico entre outras, em tabelas da
literatura, para este caso foram utilizadas as tabelas referidas por Incropera (2008). Com
excepção para a taxa de vaporização que é lida na tabela mediante a temperatura do
vapor no sistema (Ts ou T7)
Com base nestas equações foram elaborados as seguintes tabelas:
Tab.5 e 6. Dados nencessários para o cálculo dos coeficientes de transferência de calor no 1º experimento

Parametros αm Parametros α
Material Dourado Cobre Material Dourado Cobre
Tfm (ºC) 69.6 69.55 Tkm (ºC) 30.65 33.4
λf (W/mK) 0.6644 0.66443 Cpf (KJ/KgK) 4.178 4.178
ρf (Kg/m3) 977.85 977.88 ρf (Kg/m3) 995.5 994.4
Uf (Pa*s) 0.000403 0.0004033 F (L/h) 13 12
r (KJ/Kg) 2331.73
Fonte: Autor (2019)
Após a aquisição dos dados pertinentes, seguiu-se para a determinação dos
coeficientes para a condensação em gotas e em película mediante as equações 4 ,5 e 6:
Tab.7. Coeficientes de transferência de calor para a condensação determinados no 1º experimento

Parâmetro Ouro Cobre


Q (KJ/s) 0.317 0.368
q (KW/m2) 87.592 101.817
α(KW/m2K) 36.497 40.727
αm (KW/m2K) ≈ 45 15.131
Fonte:Autor (2019)

Segundo as investigações realizadas e com base na figura 2


o coeficiente de transferência de calor varia inversamente com a
espessura da película do fluido sobre do tubo, pois este filme
quanto mais “espesso” maior é a resistência a transferência de
calor. Por sua vez esta condensação de película é mais facilmente mantida em
superfícies rugosas (como verificado no tubo de cobre) enquanto que a condensação em
gotas é observada em superfícies suaves ou polidas (como verificado no tubo dourado).
Fig.4. Tubos durante os dois
processos de condensação.
Fonte: Autor (2019)
20

O valor do coeficiente determinado esteve plenamente de acordo com o valor


referência de 45KW/m2K segundo o manual do equipamento. No entano McCabe (1985)
aborda que os valores deste coeficiente podem chegar aos 115 KW/m 2K .

Visto que o processo de condensação em gotas oferece menos resistência térmica,


logo é esperado um maior coeficiente de transferência de calor neste processo. Porém,
não foi o sucedido, pois, o coeficiente de transferência de calor no cobre foi maior
(40.7KW/m2K) ao esperado que segundo o estipulado pelo fabricante do equipamento
deve estar entre 4 e 12 KW/m2K . Sendo justificado pela:
Falta de manutenção ou reposição do tubo de cobre que não se aparentava
bom estado, que provavelmente pode ter sofrido algumas modificações nas
suas dimensões físicas devido a corrosão.

II Experimento
Neste experimento foi adicionado gás não condensável (ar) no sistema, para
analisar a influência do mesmo no processo de condensação.
Os cálculos teóricos de condensação com a influência de gases não condensaveis
são realizados também para regime laminar e turbulento. No entanto como no primero
experimento é apenas considerado o regime laminar.
Parâmetros Valores
T1 ºc 19,4
T2 ºc 31,3
T3 ºc 35,3
T4 ºc 19,7
T5 ºc 36,4
T6 ºc 41,7
T7 ºc 95,3
P (bar) 0,96
F1 (l/h) 0,27
F2 (l/h) 0,26
Tab.8.Dados experimentais relativos experimento 2.
21

Para tal foram calculados novamente dois valores de coeficiente de


Parametros αm transferência de calor para a
Material Dourado Cobre
Tfm (ºC) 65,3 68,5 condensação continua no cilindro de
λf (W/mK) 0,65876 0,66264 cobre e de descontínua no cilindro de
ρf (Kg/m3) 1020,07 1021,99
ouro com base nas equações
Uf (Pa*s) 0,00043023 0,0004097
r (KJ/Kg) 2269,03 anteriormente descritas, e foram
elaborados as seguintes tabelas.

Fonte:Autor (2019)

Parametros α
Material Dourado Cobre
Tkm (ºC) 25,35 28,05
Tab.9 e 10. Dados nencessários para o cálculo dos Cpf (KJ/KgK) 4,179 4,178
coeficientes de transferência de calor no 2º ρf (Kg/m3) 1002,7 1003,48
experimento F (L/h) 13 12

Fonte:Autor (2019)

Após a aquisição dos dados pertinentes, seguiu-se para a determinação dos


coeficientes para a condensação em gotas e em pelicula mediante as equações 4,5 e 6.
Tab.11. Coeficientes de transferência de calor para a condensação determinados no 2º experimento

Parâmetro Ouro Cobre


Q (KJ/s) 0,180 0,233
q (KW/m2) 49,769 64,507
α(KW/m2K) 0,829 1,203
αm (KW/m2K) ~45 7,097
Fonte:Autor (2019)

Analisando os coeficientes notamos que ouve uma redução dos seus valores
relativo ao primeiro experimento, isso se deve a presença de um gás não condensáveis.
Se os mesmo estiverem presentes no sistema, podem se acumular no condensador,
resultando em um fenômeno que reduz o desempenho global do sistema e afetará os
22

coeficientes de transferência de calor, penalizando o desempenho através de uma


elevação artificial da pressão de condensação. Os gases não condensáveis adicionam
sua pressão parcial à pressão do refrigerante no estado de vapor, aumentando a pressão
contra a qual o compressor necessita operar. Os gases não condensáveis podem se
acumular em uma região próxima da parede de transferência de calor. Isso bloqueia o
contato direto do refrigerante com a superfície de troca térmica, ocasionando uma
redução do coeficiente de transferência de calor pois o vapor do refrigerante necessita
difundir-se através da camada de gás. Além disso, há uma redução da pressão parcial do
vapor do refrigerante e a temperatura de saturação deve ser diminuída para compensar,
resultando em uma menor diferença de temperatura no trocador de calor.

III Experimento
Tab.12. Dados experimentais relativos ao experimento 3

Temperatura
Pressão (bar ) Temperatura ideal (ºC) Pressão (bar)
(ºC)
0,006112 0,01 0,3 32,8
0,01 6,9828 0,4 35,1
0,015 13,036 0,5 47,8
0,02 17,513 0,6 62,1
0,03 24,1 0,7 71,5
0,04 28,983 0,8 79,2
0,05 32,898 0,9 84,1
0,06 36,183 1 89
0,08 36,183 1,1 92,7
0,1 41,534 1,2 96,7
0,15 45,833 1,3 100,4
0,2 53,997 1,4 102,8
0,3 60,086 1,5 105,5
0,4 69,086 1,6 108,8
0,5 75,886 1,7 111,8
23

Pressão vs Temperatura
2.5
f(x) = 0.0104156096131819 exp( 0.0476358754028198 x )
R² = 0.967567965266441
2
Ideal
f(x) = 0.171672093430247 exp( 0.0203060257054025 x )
Pressão (bar) R² = 0.989496036864999 Expo-
1.5 nential
(Ideal)
1 Exper-
imen-
tal
Expo-
0.5 nential
(Exper-
imental)
0
0 20 40 60 80 100 120
Temperatura (ºC)
0,6 81,954 1,8 113,9
0,8 93,512 1,9 118,2
1 99,632 2 119,3
1,0133 100
1,5 111,37
2 120,23
Fonte:Autor (2019)

Fig.5. Curva característica da pressão de vapor vs temperatura da água para o experimento 3


24

Para este experimento é vísivel que não existe uma disparidade tão elevada entre a
curva experimental

III. Conclusão

Conseguimos nos familiarizar com mais um equipamento do laboratório de


Operações Unitárias, nomeadamente GUNT WL 230.
Através da condensaçao em escala piloto foi possível nos familiarizar com a
técnica de condensação, e entender melhor o conceito de transferência de calor.
Conseguimos evidenciar o comportamento do processo de condensação de pélicula no
tubo condensador de cobre e condensação de bolhas no tubo de dourado. Além disso e
notamos que no tubo condensador de ouro o coeficiente de transferência de calor foi
aproximado ao valor da literatura para o equipamento utilizado (45KW/m 2K), já para o
25

coeficiente de transferência de calor no cobre houve uma discrepância do valor com o da


literatura sendo justificada pela possível oxidação do material.
Para o segundo experimento foi confirmado experimentalmente e mediante os
cálculos que a inserção de um gás não condensável, nomeiadamente o ar, provoca um
décrescimos nos valores dos coeficientes de transferência de calor independentemente
do tipo do condensação, através da redução da pressão parcial do vapor no sistema, e
numa elevação artificial da pressão do sistema. Adicionalmente foi compreendido que
este gás nao condensável atua como um bloqueio entre o vapor e a superfície de troca
térmica.
Para o último experimento, verificou-se a relação entre a Pressão de vapor e a
temperatura da água num sistema, numa curva característica de comportamento
exponencial tal como sugere a equação (7)

VI-BIBLIOGRAFIA

1. BAPTISTA. A. Quimica Formulário. Edição do autor. Lisboa: Edições Sílabo Lda.


2002.
2. GEANKOPLIS, C. J. Procesos De Transporte Y Operaciones Unitarias. 3ªed.
México: Compañía editorial continental, S.A. de C.V, 1998.
3. KERN, D. Q. Process Heat Transfer. McGraw-Hill International Edition.
Japan.1965.
26

4. MCCABE, W.; SMITH, J.; HARRIOTT, P. Operações Unitárias em Engenharia


Química. 5ª. ed. Singapura: McGraw-Hill Book Co, 1993.
5. MCCABE, W.; SMITH, J.; PETER, H. Operações Unitarias em Engenharia
Química. 4ª. ed. [S.l.]: McGraw-Hill Inc, 1985.
6. PABLO, B.;FRANCISCO,B.;MARISOL,B.;BRYAN, C. Condensación En Pelicula Y
Gota. Facultad de Ciencias Agrarias. 30p.
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ANEXOS

Perfil de temperaturas ao longo da coluna


100 T3- evaporador
90
80 T4-prato 1
Temperatura (ºC) 70
60 T6 - Prato 3
50
40 T8 - Prato 5
30
20 T 10 - Prato 7
10
Fig.10. 0 Perfil
de 0 1 2 3 4 5 6 7 T 12 -Topo
Tempo (min)
temperaturas ao longo da coluna de destilação.
Fonte : Autor (2019)

Fig.11. Densidade em função da fracção mássica de etanol (linhas) e da temperatura


(colunas)
Fonte: GUNT HUMBERG (2009)
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