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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS


FACULDADE DE EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO E SAÚDE

Professor (a): Dra. Wania Fernandes Ribeiro

Estudante: Raiana Rosa Alfaia da Costa


Turma: 03/ vespertino.
Matricula: 21952103

Data: 15 de setembro de 2020

Síntese artigo 01:


“Educação em Saúde: conceitos e propósitos”

MACIEL, M. E. D. Educação em saúde: conceitos e propósitos. Cogitare


Enfermagem vol.14 no.4 Fátima do Sul-MS, Brasil; 2009.

Com o objetivo de promover reflexão a respeito das mudanças no


conceito de educação em saúde e de seus objetivos realizou-se um
levantamento de suas práticas ao longo da história da saúde pública no Brasil.
Sendo eles, educação em saúde tradicional, educação popular em saúde e a
educação dialógica.
A educação em saúde tradicional: inicialmente chamada de Educação
Sanitária, surge no Brasil a partir da necessidade do Estado brasileiro de
controlar as epidemias de doenças infecto-contagiosas que ameaçavam a
economia agroexportadora do país durante a República Velha, no começo do
século XX, este modelo de intervenção ficou conhecido como campanhista e foi
concebido dentro de uma visão militar em que os fins justificavam os meios, e
no qual o uso da força e da autoridade eram considerados os instrumentos
preferenciais de ação.
Diante da Revolta da Vacina e a Revolução de 1964, começou-se no
inicio da década de 70, o Movimento Popular em Saúde ou Educação Popular
em Saúde que configura-se como um processo de formação e capacitação,
caracterizada como a teoria a partir da prática e não a teoria sobre a prática
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como ocorre na educação em saúde tradicional, é um meio de busca para a


melhoria das condições de vida da população,
Com a consolidação da Reforma Sanitária, culminando com a criação
do Sistema Único de Saúde, SUS, em 1988, surgiu um novo modelo de
educação em saúde, denominado como dialógico ou radical que visa pelo
diálogo bidirecional entre as duas partes envolvidas no processo educativo,
profissional de saúde e comunidade. É radical por que rompe com as práticas
educativas tradicionais como, por exemplo, as palestras e os grupos de
patologias.
Assim, nessa conjuntura, contata-se que as metodologias de educação
em saúde mais adequadas para poder satisfazer as necessidades de saúde da
população, preservando a sua autonomia, valorizando o seu saber e buscando
uma melhoria na sua qualidade de vida são a educação popular em saúde e a
educação dialógica, na qual uma complementa a outra.

Síntese texto 02:

“Educação em saúde na saúde: conceitos e implicações


para a saúde coletiva.”

FALKENBERG, M. B. et al. Educação em saúde e educação na saúde:


conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciênc. Saúde coletiva vol.19
no.3 Rio de Janeiro; 2014.

O artigo tem como objetivo analisar os conceitos-chave, relativos à


Educação em Saúde e Educação na Saúde. Busca-se, também, distinguir
dentro desses conceitos-chave as variantes da primeira, tais como, educação
sanitária, educação e saúde, educação para a saúde e educação popular em
saúde.
O MS define educação em saúde como: “processo educativo de
construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela
população [...]. Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a
autonomia das pessoas [...]”. Práticas de educação que envolve três
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segmentos de atores prioritários: os profissionais de saúde que valorizem a


prevenção e a promoção, os gestores que apoiem esses profissionais; e a
população que necessita construir seus conhecimentos e aumentar sua
autonomia nos cuidados, individual e coletivamente, A educação em saúde
como processo político pedagógico requer o desenvolvimento de um pensar
crítico e reflexivo.
O termo educação em saúde vem sendo utilizado desde as primeiras
décadas do século XX e apresentava estratégias de educação em saúde
autoritária, tecnicista e biologicistas, em que as classes populares eram vistas
e tratadas como passivas e incapazes de iniciativas próprias. As ações do
estado se davam por meio das chamadas campanhas sanitárias, iniciadas nos
Estados Unidos.
Educação para a saúde também é outro termo usual ainda hoje nos
serviços de saúde. Aqui se supõe uma concepção mais verticalizada dos
métodos e práticas educativas, que remete ao que Paulo Freire chamou de
educação bancária. Nesse sentido, é como se os profissionais de saúde
devessem ensinar uma população ignorante o que precisaria ser feito, com isso
surgiu o Movimento de Educação Popular, protagonizado pelo educador em
1960 que influenciou o campo de práticas da educação em saúde,
incorporando a participação e o saber popular à área, dando lugar a processos
educativos mais democráticos.
Para promover a educação em saúde, também é necessário que ocorra
a educação voltada para os profissionais de saúde, e se fala, então, em
educação na saúde, que consiste na produção e sistematização de
conhecimentos relativos à formação e ao desenvolvimento para a atuação em
saúde, envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas e orientação
curricular. Além de exigências diárias envolvendo inteligência emocional e
relações interpessoais se faz necessário que haja algo para além da
graduação, que possa tornar os profissionais sempre aptos a atuarem de
maneira a garantir a integralidade do cuidado, a segurança deles próprios
como trabalhadores e dos usuários e a resolubilidade do sistema.
Para tanto, há duas modalidades de educação no trabalho em saúde: a
educação continuada e a educação permanente. A educação continuada
envolve as atividades de ensino após a graduação, possui duração definida e
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utiliza metodologia tradicional, tais como as pós-graduações, enquanto a


educação permanente estrutura-se a partir de dois elementos: as necessidades
do processo de trabalho e o processo crítico como inclusivo ao trabalho.
Considera-se importante distinguir e caracterizar os conceitos-chave, Na
educação em saúde deve ser enfatizada a educação popular em saúde, que
valoriza os saberes, o conhecimento prévio da população e não somente o
conhecimento científico. Na educação na saúde deve ser enfatizada a
educação permanente em saúde, de maneira a buscar nas lacunas de
conhecimento dos profissionais, ações direcionadas a qualificação dos
processos de trabalho em saúde considerando as especificidades locais e as
necessidades do trabalho real.

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