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ÍCONES
Mão na Massa: Conversa com o professor sobre as atividades
Para refletir: Textos que contribuem para seu conhecimento.
CSE: Conversa com o professor sobre as Competências Socioemocionais.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
A VIDA É UM PROJETO
Prezado(a) Professor(a),
Neste bimestre, os estudantes devem construir o Plano de Ação do seu Projeto
de Vida, seguindo um passo a passo no decorrer das aulas. É importante que eles
demonstrem motivação para seguir adiante nos seus estudos, pois tudo o que
aprenderam até este momento será necessário para a construção desse Plano de Ação.
Primeiramente, é importante ter em mente as bases de construção do Projeto de Vida
dos estudantes, que são:
● O que sabem sobre si mesmo vai compor o primeiro item do Plano de Ação do
Projeto de Vida, que servirá para organizar as ações de cada um, para a
realização dos seus sonhos;
● O Plano de Ação é um instrumento de planejamento das ações, que auxiliará nas
escolhas e nas decisões de cada um diante da vida;
● É por meio do Plano de Ação que será possível transformar sonho em realidade;
● O Plano de Ação permitirá que cada um possa agir e fazer escolhas de forma
mais consciente.
Antes de partir para explicar detalhadamente o Plano de Ação, é preciso certificar-
se de que os estudantes tenham encontrado, em si mesmos, o propósito da construção
do seu Projeto de Vida. Isso exige falar sobre o que sonham, quem são e quem gostariam
de ser. Lembre-se de que a matéria-prima do Projeto de Vida é o sonho. Também é
importante explicar que, por eles estarem refletindo sobre si mesmos, seus sonhos e os
passos necessários para atingi-los, a competência socioemocional em foco é a
responsabilidade.
Sobre o compromisso consigo mesmo para o alcance do que desejam, diga aos
estudantes que se comprometer com qualquer coisa é uma demonstração de
responsabilidade. Em linhas gerais, não é possível ser responsável pelas escolhas que
fazem se não existe comprometimento. Ao falar a respeito disso, converse com eles
sobre como costumam estabelecer compromissos consigo mesmos: isso é fácil? Quais
são as resistências que identificam? Pergunte se fica mais fácil quando possuem clareza
do que querem.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
DO SONHO À REALIDADE: A ARTE DO PLANEJAMENTO
Organização
Procure saber dos estudantes o que é para eles uma pessoa organizada. Quais
características essa pessoa possui? Eles se consideram pessoas organizadas?
Como a organização pode ajudar na realização de atividades diárias?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AUTOAVALIAÇÃO FORMATIVA
● Na Missão 2, os estudantes vão refletir sobre as condições de cada um deles para seguir no
jogo de seus projetos de vida. Para tanto, vão preencher o instrumento de avaliação formativa
por rubricas.
● Peça aos estudantes que abram o Caderno do Estudante na página da Missão 2 (e sigam
as orientações dadas. Se necessário, relembre alguns aspectos do instrumento antes de
iniciar a autoavaliação.
Nesse instrumento, a palavra “rubrica” é a representação dos estágios em que uma pessoa
pode se encontrar no desenvolvimento de uma competência. Cada estágio é chamado de
“degrau”, que vai do 1 ao 4. Os degraus 1-4 são acompanhados por descrição/frases. Já
os degraus intermediários (1-2, 2-3, 3-4) referem-se a situações intermediárias em que o
estudante considera que seu degrau de desenvolvimento na rubrica é maior do que o
anterior, mas ainda não alcança o nível seguinte.
● No preenchimento das rubricas das duas competências priorizadas pela turma, solicite que
os jovens pensem como as exercitaram nos últimos meses: como você mudou com relação
a essas competências desde o preenchimento do 1º e do 2º bimestres até chegar ao 3º?
● Esclareça que se deve registrar, para cada autoavaliação das competências, pelo menos
uma evidência ou exemplo concreto/prático que justifique por que o estudante se vê num
degrau e não em outro. Ajude os estudantes a explicitar essas evidências a partir de
perguntas disparadoras sobre situações que vivenciaram dentro e fora da escola. O
preenchimento deve ser realizado com qualidade e em um único encontro. Sublinhe a
necessidade de concentração e tranquilidade durante a autoavaliação.
Professor(a), auxilie os estudantes nas respostas e no esclarecimento de dúvidas. Oriente-
os sobre a inclusão de exemplos que justifiquem as escolhas dos degraus. Reforce a
necessidade e a importância de que eles escrevam justificativas e comentem os motivos
claros que os levaram a se avaliar nos degraus escolhidos.
Para refletir:
● Como você avalia o clima da turma durante as devolutivas entre pares? Os
estudantes foram respeitosos e apresentaram pontos com a intenção de valorizar e
contribuir para o desenvolvimento dos colegas?
● Pelo que observou na Missão 3, como anda o engajamento dos estudantes na
construção e na realização das ações de seus PDPs? O que você poderia fazer para
motivá-los a pôr ainda mais em prática seus PDPs?
● Com base em seu conhecimento dos PDPs da turma, é possível identificar quais
estudantes você priorizará para a devolutiva individual nas próximas semanas? Por
quê?
Situação de Aprendizagem 4
Um caminho a ser seguido
Objetivo: Definir as premissas e os objetivos do Plano de
Ação do Projeto de Vida.
Competências Autoconfiança
socioemocionais em foco:
Material necessário: Diário de práticas e vivências
Primeiro Momento
Professor(a), de acordo com o que se pede na atividade “Não abro mão” (, antes
de explicar o que é premissa, é necessário retomar o entendimento dos estudantes sobre
valores e o que definiram sobre isso em seus Planos, pois as premissas surgem dos
valores. Assim, não custa lembrar a definição de valores:
❖ Premissas são verdades assumidas, condições das quais não se abre mão e, por
isso, devem ser lembradas constantemente. São revisitadas sempre que for
necessário ajustar algo no Plano de Ação Elas advêm dos valores, que devem
guiar a conduta e as decisões dos estudantes.
É importante saber que é das premissas que vão partir não apenas os objetivos,
mas também as prioridades e os resultados que os estudantes esperam alcançar no
Plano de Ação dos seus Projetos de Vida. Para entender melhor o que é premissa, veja
mais explicações e um exemplo que devem apoiá-lo(a) nas mediações junto aos
estudantes:
a) Uma premissa é sempre uma afirmativa e não cabe o uso de “deverá” ou
expressões equivalentes.
b) Não há nada de quem executa ou planeja que altere a premissa.
c) Uma premissa é algo externo ao planejamento e, por isso, é do ambiente para o
qual se planeja e no qual as coisas devem acontecer.
d) As premissas devem ser coerentes com a visão e com a missão.
e) As premissas fazem parte da realidade em que se planeja e onde se vai agir.
f) Existe uma relação entre premissas, riscos e restrições. Isso ocorre porque
ninguém pode basear um planejamento em restrições nem em riscos.
Exemplo: Festa ao ar livre – relação entre premissa, risco e restrição
Premissa: Não vai chover no dia da festa.
Parte-se do princípio de que o tempo vai estar bom e conta-se com essa condição
meteorológica favorável. Isso é uma PREMISSA. Observe que isso não depende de
quem planeja nem de quem executa. Não se tem controle sobre uma premissa, embora
seja possível, é claro, escolher fazer a festa numa região e num período em que a
probabilidade de chuva seja menor. Mesmo assim, continua sendo impossível controlar
as condições do tempo.
Risco: Chover durante a festa. Apesar de todas as precauções eventualmente tomadas,
pode ser que chova no dia da festa. Isso é um RISCO.
Restrição: Fazer a festa em local coberto. Se um risco existe, é preciso imaginar
alternativas para a solução desse problema, caso ele ocorra. O que se deve fazer, se o
risco se confirmar? É preciso pensar em uma resposta para o caso de o risco virar
realidade. Isso é uma RESTRIÇÃO. Instalar uma cobertura para o local da festa seria
uma resposta ao risco de chuva. Seria uma restrição, uma limitação imposta à execução
do projeto de fazer uma festa ao ar livre. Observe que uma restrição (resposta a um
risco) depende de quem planeja e/ou executa. Não se tem controle sobre uma premissa,
mas, no caso da restrição, a situação muda de figura: pode-se prever o risco e fazer um
Plano de Ação em resposta a ele.
Assim, em linhas gerais:
Riscos: Eventos ou incertezas que podem ocorrer e causar impacto negativo ou positivo.
Restrições: Respostas aos riscos – são fatores que limitam as escolhas e sobre os quais
as pessoas que planejam e/ou executam podem interferir com meios e modos de agir
alternativos.
● A cada meta alcançada, há a aproximação com o objetivo, pois não existem metas
por si mesmas.
● Entre os objetivos e as metas, estão as ações detalhadas.
● Os objetivos, além de serem definidos com clareza, devem ser exequíveis e
passíveis de avaliação concreta ao final de um período.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
TENHO UM SONHO E UM PLANO, MAS AONDE QUERO CHEGAR?
● O quanto você tem clareza das metas que acabou de definir? Sobre isso, peça
aos estudantes que pensem nas ações exigidas para cada meta;
● Elas o levam aonde quer? Sobre isso, peça aos estudantes que pensem se as
metas permitem atingir os objetivos;
● Como você tem certeza do melhor caminho a ser seguido? Sobre isso, peça aos
estudantes que pensem em mais de uma possibilidade para se atingirem os
objetivos;
● O que você julga, entre as suas ações, ser o mais importante a fazer para atingir
as suas metas? Sobre isso, peça aos estudantes que pensem nas prioridades das
suas metas – Quais devem ser atingidas primeiro? Essa parte de priorização pode
mobilizar a organização. Vale perguntar-lhes como essa competência pode
auxiliá-los no planejamento e na prática das metas?
Ao final da atividade, professor(a), atenha-se a apoiar os estudantes a eleger as
metas que são prioridades do seu Plano, ou seja, a decidir sobre as metas que mais
impactam os objetivos do Plano e que, por isso, devem ser mobilizadas primeiro. Peça
a eles para circularem essas metas, para deixá-las em destaque.
Esperamos que, ao final da atividade, os estudantes tenham definido as metas do
seu Plano de Ação, assim como as ações e os indicadores. Ao concluir essas etapas,
eles dão um “giro” completo no Plano, que deve ser utilizado como base para o
monitoramento dos resultados do seu Projeto de Vida daqui para frente. Queremos que
eles se sintam confiantes na concretização dos seus sonhos, assim como consigam
estabelecer compromisso com tudo o que definiram até este momento.
Professor(a), considere que atingir metas é cumprir compromissos. Ao cumprir
compromissos, os estudantes se tornam pessoas confiáveis e responsáveis. Sendo
assim, verifique se o Plano de Ação está contribuindo para a organização e para o
compromisso dos estudantes com os seus Projetos de Vida. Observe como eles lidam
com as frustrações das metas não atingidas, se demonstram tolerância consigo ou se
sentem irritados. Lembre-se de que é necessário apoiá-los na construção do Projeto de
Vida em todas as etapas, para que possam superar seus desafios.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
ACERTAR NO ALVO: A IMPORTÂNCIA DAS ESTRATÉGIAS
Objetivo: Definir as estratégias do Plano de Ação.
Competências Autoconfiança
socioemocionais em foco:
Material necessário: Diário de práticas e vivências
Mão na Massa
Para início de conversa, retome a importância de os estudantes saberem aonde
ir, fazerem escolhas e tomarem decisões, pois pensar estrategicamente requer ter
clareza sobre isso. É verdade que, até a efetiva operacionalização do Plano, muitas
coisas serão ajustadas, fruto do amadurecimento do estudante ao longo das aulas e das
suas experiências de vida. Tenha isso em mente, pois é desse amadurecimento que
advém a capacidade de pensar as estratégias. Além disso, é importante considerar que,
muitas vezes, é das dificuldades que surgem as estratégias.
Outro ponto importante a saber é que o autoconhecimento é fundamental na
identificação das estratégias. É descobrindo os pontos fortes que surge, inicialmente, a
capacidade de definir as estratégias do Plano. Como mencionado no Caderno do
Estudante, os pontos fortes podem ser utilizados como estratégias para alcançar os
objetivos. Explique como isso é possível aos estudantes, tomando como base o que se
pede na atividade “Pontos Fortes”.
Quando um ponto forte melhora ou faz uma meta ser atingida mais rapidamente,
significa que as estratégias definidas são precisas. Os pontos fortes, portanto,
possibilitam romper com as limitações que possuem (fatores internos ou externos) e criar
mais possibilidades de execução do Plano. Por isso, a competência socioemocional em
foco é a autoconfiança.
De acordo com a imagem anterior, explique aos estudantes que definir estratégias
é um processo composto de ações inter-relacionadas e interdependentes, que visam
alcançar objetivos previamente estabelecidos. A execução de uma estratégia, por
exemplo, desempenha papel fundamental para a maximização e o alcance dos
resultados planejados no Plano de Ação. As estratégias também são formuladas para
atender às necessidades urgentes, consequência de decisões que não foram tomadas
ou não foram adequadas, num momento certo do Plano. Assim sendo, explique aos
estudantes cada um dos pontos:
● Para cada estratégia, definem-se ações prioritárias. Elas devem passar por um
processo de escolhas – “O que eu tenho que fazer?”.
● Deixe a flexibilidade “tomar conta de você” para decidir qual é a melhor ação a ser
executada. As ações devem ser adequadas ao momento certo, a depender da
sua situação atual, mas devem ser comprometidas com o seu futuro.
● As ações devem gerar um “senso” de responsabilidade diário, que promova
integração, comprometimento e motivação com os seus objetivos.
● Para executar uma ação estratégica, você deve utilizar um conjunto de
competências que domina, assim como ser disciplinado(a) na execução de suas
ações, pois, além de saber fazer, a execução é essencial para o sucesso do seu
Plano de Ação.