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HAMILTON H. MABIE
Profe$$Orde Engenheria Mecinica
Virginia Polytechnic In8titute
Blacklburg, Virginia
FRED W. OCVIRK
Ex-Profeuorde Engenharia Meclnica
Cornell University
Ithaca, New York
Traduçio de
EDIVAL PONCIANO DE CARVALHO
Engenheiro MeaJnico
RIOD
SÃOPr
CIP-Brasil. Catalogaçio-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de livros, RJ.
CDD - 620.104
620.105
CDU - 621
62-23
ISBN 85-216-0021-6
IEdiçlo original:
ISBN 0-411-02380-9
John Wiley & Sons, New York)
Blacksburu. Virgínia
Junho. 1978
Prefácio da Terceira Edicão
,
Esta edição foi adiada por vários anos devido ao triste e prematuro falecimento do meu co-autor
F. W. Ocvirk em 1967.
As alterações principais nesta edição estão no Cap(tulo 10, "Cinemática das Máquinas" e no
Cap(tulo 11, "Análise de Forças em Máquinas". No Cap(tulo 10, acrescentou-se o seguinte material:
Análise de velocidades e acelerações por cálculo vetorial, solução analftica de equações da velocidade e
aceleração relativas através do cálculo vetorial, extensão da diferenciação gráfica às soluções que uti·
lizam o computador, análise de mecanismos espaciais por números complexos. A análise gráfica de
velocidade e aceleração foi conservada junto com a análise por números complexos.
No Cap(tulo 11, introduziu-se o seguinte assunto: Análise de forças usando componentes trans-
versais e radiais tratadas gráfica e vetorialmente, superposição usando vetores, análise de mecanismos
pelo método dos trabalhos virtuais, análise do movimento de mecanismos empregando o teorema do
trabalho e da energia. Conservou-se a análise gráfica por superposição, assim como a análise por nú-
meros complexos.
Introduziu-se Unidades do Sistema Métrico nesta edição, com excação dos cap(tulos relativos a
engrenagens. A padronização de engrenagens no Sistema Métrico não existe atualmente.
O autor agradece aos seguintes companheiros do Departamento de Engenharia Mecânica do Vir-
ginia Polytechnic Institute and State University por suas sugestões úteis na preparação desta edição:
N. S. Eiss, J. P. Mahaney, H. P. Marshall, L. D. Mitchell, R. G. Mitchiner, L. A. Padis e H. H. Robert·
shaw. O autor agradece também aos revisores deste texto por sua esmerada apreciação.
Blacksburg, Virginia
Janeiro, 1975
Sumário
PROBLEMAS,39
PROBLEMAS,204
PROBLEMAS,269
MASSA FREQÜÊNCIA
I kg = 6,852 X 10-2 slugs I ciclos/s = I Hz
I slug = 14,59kg
Ilb = 3,108 x 10-2 slugs OUTRAS CONVERSÕES ÚTEIS
Ilb' polegada = 11,298 N' cm
COMPRIMENTO Ilb/polegada = 1,751 N/cm
I m = 3,281 pés Ilb/polegada2 = ,0,6894N/cm2
I pé = 0,3048 m Ilb/polegada3 = 0,2714 N/cm3
I polegada = 2,54 cm I milhafh = 1,61kmfh.
Introdução
Engrenagens
Engrenagens Engrenagens
cih'ndricas de
c6nic:as helicoidais em
dentes retos
eixos peralelos
Engrenagens
"espinha de peixe" Parafuso sem- Engrenagens
ou cll(ndricas helicoidais duplas fim e coroa helicoidais em
eixos ..-IOS
A Fig. 1.8 mostra o mecanismo que era usado na ligação das rodas motrizes
de uma locomotiva a vapor. Neste mecanismo a barra 3 tem translação curvilínea
e todos os seus pontos determinam trajetórias cicloidais durante o movimento de
rolamento das rodas 2 e 4 sobre o trilho I. A peça 5 se move em translação retilínea.
ROT AÇÃO. Se cada ponto de um corpo rígido, em movimento plano, perma-
nece a uma distância constante de um eixo fixo, normal ao plano do movimento,
diz-se que esse corpo tem movimento de rotação. Se o corpo gira de um lado para
o outro dentro de um determinado ângulo, o movimento é de oscilação. Isto é
mostrado na Fig. 1.9onde a manivela 2 gira e a barra 4 oscila entre as posições B' e B".
ROTAÇÃO E TRANSLAÇÃO. Muitos corpos têm movimento que é uma
combinação de rotação e translação. A biela 3 na Fig. 1.7, as rodas 2 e 4 na Fig. 1.8
e a barra 3 na Fig. 1.9 são exemplos deste tipo de movimento.
1.5 Pares de Elementos. São as formas geométricas pelas quais dois membros
de um mecanismo são articulados de modo que o movimento relativo entre estes
dois membros seja coerente. Se o contato entre os dois membros for uma superfície
tal como um eixo e um mancal, essa articulação é denominada de par inferior.
Se o contato for realizado segundo um ponto ou ao longo de uma linha tal como
em um rolamento de esferas ou entre dois dentes de engrenagens em contato, essa
articulação é chamada de par superior. Um par que permite somente rotação
relativa é chamado de par rotativo e o que permite somente deslizamento é um par
deslizante. Um par rotativo pode ser onferior ou superior dependendo da arti-
culação empregada, se um eixo e um mancal ou rolamento de esferas. Um exemplo
~ªr dçsJizante inferior é o existente entre o pistão e as paredes do cilíndro de ym
ffiQtºf. _
1.6 Peça, Cadeia Cinemática. Uma peça é um corpo rígido que tem doii"ou
mais pares de elementos pelos quais pode ser articulada a outros corpos para
transmitir força ou movimento. Geralmente uma peça é um elemento rígido que
pode ser articulada em cada extremidade a dois ou mais outros elementos. Isto pode
ser estendido de modo a incluir três, quatro ou mais articulações. As Figs. 1.10a, b
e c mostram esses arranjos. Talvez o caso extremo de uma peça com articulações
múltiplas seja a biela mestra de um motor radial de nove cilindros apresentada na
Fig. 1.10d.
------ --
------- f
PM2 _ PM3
w2 = O P e w3 - O P
2 3
-K _--------------
-
. 1.5 Provar que, para as polias e correia mostradas na Fig. 1.14, as velocidades
angulares das polias são inversamente proporcionais aos segmentos determinados
na linha de centros por sua interseção com a linha de transmissão.
.....•..
...••
.....
.•..
z .
.•..
.•...•..
11 rl ~.11
A segunda e a terceira relações se originam dos triângulos 04A' B' e 02A" B",
respectivamente, e do fato de que a soma de dois lados de em triângulo deve ser
maior que o terceiro lado.
A Fig. 2.41 mostra um arranjo onde a peça 4 da Fig. 2.1 foi substituída por
um bloco deslizante. O movimento dos dois mecanismos é idêntico.
O mecanismo de quatro barras é muitas vezes denominado de manivela-balancim
quando a peça 2 gira e a peça 4 oscila conforme mostrado na Fig. 2.4a. Do mesmo
modo, o termo manivela dupla significa que ambas as peças 2 e 4 têm movimento
de rotação como a Fig. 2.4b e c. O termo balancim duplo indica que as peças 2 e 4
têm movimento de oscilação, mostrado na Fig. 2.2.
Pode-se aplicar a Lei de Grashoff como uma maneira de determinar se o
mecanismo irá operar como manivela balancim, manivela dupla ou balancim duplo.
Esta leP estabelece que se ª-.s,ºm.a.. dos comprimentos da maior e da menor peça
fuJ:menor do qUR a soma dos comprimentos das outras duas, o mecanismo formará :
I. Dois mecanismos tipo manivela balancim, diferentes, quando a menor
peça for a manivela e qualquer das peças adjacentes for a peça fixa.
2. Um mecanismo manivela dupla quando a menor peça for a fixa.
3. Um balancim duplo quando a peça oposta à menor for a peça fixa.
Também, se a soma dos comprimentos da maior e da menor for maior do que
a soma dos comprimentos das outras duas, somente resultarão balancins duplos.
Também, se a soma da maior e da menor peça for igual à soma das outras duas,
os quatro mecanismos possíveis são similares aos dos casos I, 2 e 3 acima. Entre
tanto, neste último caso a linha de centros do mecanismo pode ficar alinhada com
as peças de modo que a manivela conduzida possa mudar o sentido de rotação "a
não ser que algo seja feito para evitá-Io. Tal mecanismo é apresentado na Fig. 2.4b
onde as peças podem ficar alinhadas com a linha de centros 0204. Nesta posição,
o sentido de rotação da peça 4 pode mudar a não ser que a inércia desta peça a leve
a ultrapassar este ponto.
2,2 Mecanismo Cursor-Manivela, Este mecanismo é amplamente utilizado
e encontra sua maior aplicação no motor de combustão interna. A Fig. 2.5a
mostra um esboço em que a peça 1 é o bloco do motor (considerado fixo), a peça 2
é a manivela, a peça 3 a biela e a peça 4 o êmbolo. Sobre a peça 4 atua a pressão
dos gases, no motor de combustão interna. A força é transmitida à manivela,
através da biela. Pode-se ver que haverá dois pontos mortos durante o ciclo, um
em cada posição extrema do curso do êmbolo. Para evitar a parada do mecanismo
nesses pontos mortos é necessário o emprego de um volante solidário à manivela.
Este mecanismo também é usado em compressores de ar onde um motor elétrico
aciona a manivela que por sua vez impulsiona o êmbolo que comprime o ar.
Considerando o mecanismo cursor-manivela, é necessário calcular o deslo-
camento do cursor e sua velocidade e aceleração correspondentes. As equações
de deslocamento, velocidade e aceleração são obtidas usando-se a Fig. 2.5b.
(R)2 - -, (R)2
J 1- L sen2(J = 1 -
1
2 L sen (J
2
A = ddt2x = RW2 [ cos (J + L
R cos 2(J]
~ ~ 1 .
(a) (b)
~ 1 .
(e)
É possível fixar-se outra peça, sem ser a peça 1, no mecanismo curso r manivela
e assim obterem-se três inversões, que são mostradas na Fig. 2.6. Na Fig. 2.6a
fixa-se a manivela e todas as demais peças podem se mover. Este mecanismo era
usado em antigos motores de avião e eram conhecidos como motores rotativos
porque a manivela era estacionária e os cilindros giravam em torno da manivela.
Uma aplicação mais moderna desta inversão aparece no mecanismo Whitworth que
será apresentado no item relativo a mecanismos de retorno rápido. A Fig. 2.6b
mostra uma inversão onde a biela é a peça fixa. Esta inversão é empregada em
máquinas a vapor auxiliares e é também a base do mecanismo de plaina limadora,
a ser apresentada mais adiante. A terceira inversão, onde o curso r é a peça fixa, é
usadas, às vezes, em bombas de água manuais.
Pode se conseguir uma variação'do mecanismo cursor-manivela aumentado-se
o diâmetro do moente até que ele fique maior do que o munhão da manivelà. Este
moente aumentado constitui um excêntrico e substitui a manivela do mecanismo
original. A Fig. 2.7 mostra um desenho em que o ponto A é o centro do excêntrico
e o ponto D o seu centro de rotação. O movimento deste mecanismo equivale ao
de um mecanismo cursor-manivela com uma manivela de comprimento DA. Uma
desvantagem séria deste mecanismo, entretanto, é o problema da lubrificação
adequada entre o excêntrico e a biela. Isto limita a potência que pode ser trans-
mitida.
dx
V = {[t = rWr sen wrt = rWr sen (}r
Outro mecanismo capaz de gerar movimento harmônico simples é a carne
circular com seguidor radial de face plana, que será apresentado no próximo capítulo.
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
Manivela deslocada. O mecanismo curso r-manivela pode ter a manivela deslo-
cada conforme mostrado na Fig. 2.12. Isto possibilitará um movimento de retomo
rápido. Entretanto, o efeito do retomo rápido é muito pequeno e o mecanismo deve
ser empregado somente onde o espaço for limitado e o mecanismo tiver que ser
simples. •
F
P = 2 tglX.
Pode-se ver que para uma determinada força F quando IX tende a zero, P tende
para infinito. Um britador utiliza este mecanismo para vencer um grande resis-
tência com uma pequena força. Este mecanismo pode ser usado estática ou dinami-
camente, como se vê em muitos dispositivos de fixação de peças.
2.6 Junta de Olclham. Este mecanismo possibilita um meio de ligarem-se dois
eixos paralelos que possuam um pequeno desalinhamento, de modo que possa
haver transmissão de velocidade angular constante entre o eixo motriz e o conduzido.
A Fig. 2.14 mostra um esboço desta junta. Este mecanismo é uma inversão do
garfo escocês.
O mecanismo Peaucellier é um que pode gerar uma linha reta exata. A Fig. 2.16
mostra um esboço onde as peças 3 e 4 são iguàis. As péças 5, 6, 7 e 8 também são
iguais e a peça 2 tem seu comprimento igual à distância 0204' O ponto P descre-
verá uma trajetória que é uma linha reta exata. .
Os mecanismos traçadores de reta têm muitas aplicações; entre estas, os meca-
nismos de indicadores de motores e de disjuntores elétricos são duas aplicações
notáveis.
2.8 Pantógrafo. Este mecanismo é usado como um dispositivo de copiar.
Quando um ponto do mecanismo seguir uma determinada trajetória, outro ponto
do mecanismo, porém de outra peça, descreverá uma trajetória semelhante à anterior,
em uma escala previamente escolhida. A Fig. 2.17 apresenta um esboço do meca-
nismo. As peças 2, 3,4 e 5 formam um paralelogramo e o ponto P está situado numa
extensão da peça 4. O ponto Q está localizado sobre a peça 5, na interseção com a
linha que liga O a P. Quando o ponto P descrever'uma curva, o ponto Q traçará
uma trajetória semelhante, em escala reduzida.
-- --- --
cos f3
-I -.senz-p-se-n-1-·O
Fig. 2.22 Junta universal tipo Hookc (Cortesia de Mechanics Universal Joint Division. Borg-Warner
Corp.)
É necessário um dispositivo de fixação para não deixar a peça 2 girar a não ser
quando acionada pelo pino P. Uma das maneiras mais simples de se conseguir
isso é montando um disco de fixação sobre a peça I. A superfície convexa do disco
coincide com a côncava da peça 2 exceto durante o período de troca de estação.
É necessário cortar uma parte do disco de fixação para permitir o movimento da
peça 2 quando estiver sendo acionada pela peça I. Esse corte, no disco de fixação,
corresponde a um arco de valor igual a duas vezes o ângulo IX.
Se um dos sulcos da peça 2 for fechado, então o prato I dará somente um número
limitado de voltas antes que o pino P esbarre no sulco fechado, interrompendo o
movimento.
Mecanismo de catraca. Este mecanismo é empregado para gerar movimento
circular intermitente a partir de uma peça oscilante ou alternativa. A Fig. 2.30
apresenta os detalhes. A roda dentada 4 recebe movimento intermitente através
do braço 2 e do dente acionador 3. Um dente-retém, 5 impedirá a rotação da roda 4
quando o braço 2 girar no sentido horário preparando-se para outro curso. A linha
de ação PN, entre o dente 3 e os dentes da roda 4, deve passar entre os centros
O e A como indica a figura a fim de que o dente 3 permaneça em contato com a roda
dentada. A linha de ação (não mostrada) entre o dente-retém 5 e a roda dentada
deve passar entre os centros O e B. Este mecanismo tem muitas aplicações, parti-
cularmente em contadores.
Roda de escape
'1 / (acionada pela
/ mola mestra e
trem de engrenagens)
4 A. L. Rawlings. The Science of Clocks and Watches. 2." ed. Pitman. 1948. T. K. Stecle. "Clock-
Escapement Mechanisms". Product Engineering. Janeiro, 1957. pg. 179.
2.13 Síntese. Nos sistemas articulados, estudados neste capítulo, eram dadas
as dimensões do mecanismo e o problema consistia em analisar o movimento
produzido pelo sistema. Um assunto completamente diferente, entretanto, é tentar
dimensionar um mecanismo para dar esse movimento. Este procedimento é conhe-
cido por síntese de mecanismos. Indubitavelmente muitos problemas de síntese
têm sido resolvidos por tentativas, mas foi somente nos anos recentes que foram
desenvolvidas soluções racionais.
Muitos métodos de síntese foram propostos, gráficos e analíticos, e somente o
seu estudo já seria uma matéria. No capítulo 9, Introdução à Síntese, são apresen-
tados diversos métodos para ilustrar os princípios envolvidos.
O.A = 2~
AB= 75mm
mm--r E
R = 75mm E
N
10
1_
2.4 No mecanismo de quatro barras, mostrado na Fig. 2.33, a guia é fixa e
sua linha de centro é um arco circular de raio R. Desenhe o mecanismo em escala
e, por construção gráfica, determine a velocidade angular do bloco 4, para a fase
mostrada. A velocidade angular 0)2 é 1 rad/s. Indique o sentido de 0)4'
2.5 Considerando o mecanismo cursor-manivela, mostrado na Fig. 2.5h,
deduza as equações para o deslocamento, a velocidade e a aceler.ação do cursor em
função de R, L, O, O) e 4>. Não faça aproximações. Considere O) constante.
2.6 A equação aproximada para o deslocamento do cursor, no mecanismo
cursor-manivela, é x = R( I - cos O) + (R2/2 L) sen2 0, sendo O = wt porque w
é constante. Deduza as equações para a velocidade e a aceleração do cursor se
O) não for constante.
I
I O,A = 75mm
O,B = 125mm
~6
j
I
2.11 Se peça 2 do Garfo Escocês, mostrado na Fig. 2.8a gira a 100 rpm, deter-
mine a velocidade máxima e a aceleração máxima da peça 4 para um curso de lOmm.
2.12 A Fig. 2.35 apresenta um mecanismo Garfo Escocês modificado, no
qual a linha de centro da guia é um arco circular de raio r. O raio da manivela é R.
Deduza uma expressão para o deslocamento x do garfo (peça 4) em função de lJ, R e
r. Indique o deslocamento no desenho.
4
mm
1
L
O,A = 18,8mm
O.B = 87,5mm
2.20 A Fig. 2.37 representa um mecanismo de retorno rápido no qual a peça 2
é a motriz. A peça 5 se desloca para a direita durante o curso de trabalho e para
a esquerda durante o curso de retorno rápido. Desenhe o mecanismo em escala e
determine graficamente (a) a razão de velocidades angulares W4/W2 para a fase mos-
trada na figura, e (b) a razão de tempos do mecanismo.
2.21 Deduza as equações de deslocamento, velocidade e aceleração para o
mecanismo de manivela deslocada mostrado na Fig. 2.12. As equações devem ter
forma semelhante às das equações 2.2, 2.3 e 2.4.
C8ntroda
.JL"r manivela
f..-+
'o_o
125mm.
200 mm -+-curlO = 300 mm-1
o_o_--J~-
I
P I
ffi- "
fia. 1.38
.1
02A = 75mm
AB= 175mm
50mm
.L... 1 .
_
2.30 Uma junta de Hooke liga dois eixos a 135° (fJ = 45°) conforme mostrado
na Fig. 2.21. Calcule as velocidades angulares máxima e mínima do eixo conduzido,
para uma rotação constante do eixo motriz de 100 rpm.
2.31 Deduza as equações de deslocamento e velocidade angulares da peça
conduzida de um mecanismo Roda de Genebra (Fig. 2.29). O movimento se inicia
quando o pino acionador entra no sulco da peça conduzida e cessa quando o pino
sai desse sulco. Determine fJ = f(rx), dfJ/arx = f(rx) e use (dfJ/drx) (drx/d.) = dfJ/d.
para determinar uma equação para a velocidade angular da peça conduzida.
2.32 Usando as equações deduzidas no problema 2.31, escreva um programa
de computador e calcule os valores de fI e w2 para rx variando de 60° a 0° em intervalos
°°
de 100. Faça rx = 600no primeiro ponto de contato, 0IP = 45mm, 1 2 = 89mm
e nl = 1 000 rpm (constante).
2.33 Desenhe um mecanismo Roda de Genebra para satisfazer às seguintes
condições: a peça motriz gira continuamente enquanto a conduzida gira intermi-
tentemente, completando um quarto de volta para cada volta da motriz. A distân-
cia entre os centros das peças motriz e conduzida é de 89mm. O diâmetro do pino
acionador é de 9,5mm. Os diâmetros dos eixos das peças motriz e conduzida são
16mm e 25mm, com rasgos de chavetas de 4,8 x 4,8mm e 6,4 x 6,4mm, respecti-
vamente. Desenhe o cubo de cada peça. O cubo da peça motriz deve aparecer por
trás do prato. Os diâmetros dos cubos são 1,75 vezes os diâmetros dos furos.
Determine os ângulos rx e fJ
Carnes
..:....
000
o
o
o
••••••
6
FIg. 3.1 Carne de disco com seguidor radial de face plana.
9 3
Deslocamento
Fig. 3.2 (a) Carne de disco com seguidor radial de rolete. (b) Carne de disco com seguidor deslocado.
de rolete.
A Fig. 3.2a mostra o mesmo tipo de carne com um seguidor de rolete. Com este
tipo de seguidor o centro do role te se deslocará com o movimento desejado. Os
princípios de construção são idênticos aos do seguidor de face plana com exceção
de que o contorno da carne é tangente às várias posições do rolete. Na Fig. 3.2a
pode-se ver, também, que a linha de ação entre a carne e o seguidor não pode estar
ao longo do eixo do seguidor, exceto quando este estiver em repouso (sem movimento
de subida ou retorno). Isto produz uma força lateral no seguidor e pode causar uma
deOexão ou quebra de sua haste. O ângulo existente entre a linha de ação e a linha
de centros do seguidor é conhecido por ângulo de pressão e seu valor máximo deve
ser o menor possível, especialmente em mecanismos de pequeno porte. Atualmente,
esse valor máximo é de 30°. Embora seja possível medir o ângulo de pressão máximo
na construção gráfica de uma carne, muitas vezes é difícil determiná-lo analitica-
camente. Por esta razão será apresentado, mais adiante, um nomograma para deter-
minação do ângulo de pressão máxima em projetos analíticos de carnes. O ângulo
de pressão é constante para qualquer seguidor radial de face plana. O seguidor
mostrado na Fig. 3.1 tem a face perpendicular ao eixo da haste, de modo que o
ângulo de pressão é zero e a força lateral exercida sobre o seguidor é desprezível
comparada com a existente nos seguidores com rolete. Pode-se reduzir o ângulo
de pressão aumentando-se o raio mínimo da carne de modo que a trajetória do
seguidor em relação à carne seja maior para a mesma elevação. Isto equivale a
aumentar o comprimento de um plano inclinado para a mesma elevação, a fim de
reduzir o ângulo de inclinação do plano. Também, numa carne com seguidor de
rolete, o raio de curvatura da superfície primitiva deve ser maior do que o raio do
rolete senão a superfície da carne se tornará ponteaguda.
Às vezes, as hastes dos seguidores de face plana ou de rolete são desloca das
lateralmente ao invés de serem radiais conforme mostrado nas Figs. 3.1 e 3.2a.
Isto é feito por razões estruturais ou no caso do seguidor de rolete, com a finalidade
de reduzir o ângulo de pressão no curso de elevação. Deve-se notar, entretanto,
que embora o ângulo de pressão seja reduzido durante o curso de elevação, no curso
de retorno ele será aumentado. A Fig. 3.2b mostra uma carne e um seguidor
deslocado, com a mesma escala de deslocamento e o mesmo raio mínimo usados na
Fig. 3.2a. Se a direção do movimento de um seguidor deslocado, de face plana,
for paralela a uma linha radial da carne, resultará a mesma carne obtida com um
seguidor radial. Entretanto, o comprimento da face do seguidor deve ser aumentado
devido ao deslocamento haste.
3.2 Carne de Disco com Seguidor Oscilante. A Fig. 3.3 mostra uma carne de
disco com um seguidor de face plana, oscilante. Usando o mesmo princípio de
construção empregado para a carne de disco com seguidor radial, gira-se o seguidor
em torno da carne. Ao mesmo tempo o seguidor deve ser girado. em torno de seu
centro de rotação, segundo os deslocamentos angulares correspondentes à cada
posição indicada na escala. Hú diversas maneiras de se girar o seguidor em torno
de seu centro. O método indicado na Fig. 3.3 é usar a interseção de dois arcos de
circunferências (por exemplo, o ponto 3') para determinar um ponto da face do
seguidor em sua nova posição, após girar em torno de seu centro e em torno da carne.
O primeiro desses dois arcos tem como raio a distância do centro da carne até a
posição 3 da escala de deslocamento e como centro de curvatura o centro de rotação
da carne. O segundo arco é traçado com centro de curvatura situado no centro de
rotação do seg~idor após ter girado até a posição 3 e usando para o raio a distância
do centro do seguidor até a escala de deslocamento. A interseção desses dois arcos
será o ponto 3'. Devido ao número infinito de retas que podem passar pelo ponto 3',
é necessário ter-se uma informação adicional para determinar a posição correta
da face do seguidor correspondente ao ponto 3'. Conforme mostrado na figura,
isto foi conseguido por uma circunferência tangente ao prolongamento da face do
seguidor na posição zero. Na figura, houve coincidência dessa circunferência com o
diâmetro externo do cubo do seguidor. Essa circunferência é, então, traçada em cada
posição do centro do seguidor. Para se determinar a posição 3 da face do seguidor
traça-se uma reta que passa pelo ponto 3' e é tangente à circunferência do cub"
do seguidor em sua posição 3. Repetindo-se este processo, obtém-se um poligono
formado pelas diversas posições da face do seguidor. A partir deste polígono
desenha-se o contorno da carne.
A Fig. 3.4 mostra uma came de disco com seguidor oscilante, com rolete. O
procedimento para a determinação dos pontos 1',2',3' etc. é semelhante ao indicado
na Fig. 3.3. Entretanto, neste caso, estes pontos são as posições do centro do rolete
determinadas pela rotação do seguidor em torno da carne. Taçam-se as circun-
ferências correspondentes à cada posição do rolete e o contorno da carne é tangente
a essas circunferências. Deve-se notar que num projeto real seriam usadas divisões
menores de modo a minimizar o erro do contorno da carne. Deve-se mencionar
também que o mesmo procedimento pode ser empregado no projeto de uma carne
com seguidor oscilante, de rolete, como o usado para uma carne com seguidor radial
deslocado.
Embora a maioria das carnes em uso seja dos tipos já mencionados, há muitos
outros, alguns dos quais encontram grande aplicação. Nas seções seguintes serào
abordados três desses tipos.
3.3 Carne de Retorno Comandado. Em uma carne de disco c um seguidor radial.
freqüentemente é necessário que o retorno do seguidor seja comandado pela carne
e não sob a ação da gravidade ou de uma mola. A Fig. 3.5 mostra um mecanismo
deste tipo em que a carne comanda o movimento do seguidor não somente durante
a elevação como também no curso de retorno. Necessariamente. o movimento de
retorno deve ser o mesmo que o de elevação, porém, no sentido oposto. Esta carne
também é chamada de carne de diâmetro constante.
Este tipo de carne pode também ser projetado empregando dois seguidores de
rolete no lugar dos seguidores de face plana. Se for necessário ter-se um movimento
de retorno independente do movimento de elevação, devem-se usar dois discos,
um para a elevação e outro para o retorno. Estas carnes duplas podem ser usadas
com seguidores de rolete ou de face plana.
3.4 Carne Cilíndrico. Este tipo de carne encontra muitas aplicações, particular-
mente em máquinas opera trizes. Talvez o exemplo mais comum, entretanto,
seja a alavanca niveladora do molinete de vara de pescar. A Fig. 3.6 mostra um
desenho onde o cilindro gira em torno de seu eixo e aciona um seguidor que é guiado
por uma ranhura exist~nte na superfície do cilindro.
3.5 Carne Invertido. Às vezes é vantajoso inverter o papel da carne e do seguidor
e deixar que o seguidor comande a carne. Esta inversão encontra aplicação em
máquinas de costura e outros mecanismos de natureza semelhante. A Fig. 3.7
mostra o esboço de uma carne de placa onde o braço oscila, causando um movimento
alternativo do bloco por ação de um role te dentro da ranhura da carne.
Bloco t
Antes de se determinar o contorno de uma came é necessano selecionar o
movimento segundo o qual se deslocará o seguidor, de acordo com as exigências
do sistema. Se a velocidade de operação deve ser baixa, o movimento pode ser
qualquer um dos movimentos comuns, por exemplo, parabólico (aceleração e
desaceleração constantes), parabólico com velocidade constante, harmônico simples
ou cicloidal.
O movimento parabólico possui a mais baixa aceleração teórica para valores
determinados de elevação do seguidor e rotação da came, dentre os movimentos
citados e por esta razão tem sido empregado em muitos contornos de cames.
Entretanto, em trabalhos a baixas velocidades isto tem pouco significado. O
movimento parabólico pode ou não ter intervalos iguais de aceleração e desacele-
ração, dependendo das exigências do problema. O movimento parabólico também
pode ser modificado para incluir um intervalo de velocidade constante entre a
aceleração e a desaceleração; este movimento é muitas vezes denominado de
velocidade constante modificada.
O movimento harmônico simples apresenta uma vantagem de, ao empregar
um seguidor radial de rolete, proporcionar um ângulo de pressão máximo menor
do que no movimento parabólico com intervalos de tempo iguais ou no movimento
cicloidal. Isto permitirá que o seguidor tenha apoios menos rígidos e maior trecho
em balanço. Também menos potência será necessária para operar a came. Por
estas razões o movimento harmônico simples é o preferido entre os outros tipos.
Depois de selecionar o movimento do seguidor, é necessário determinar-se
a escala de deslocamentos e marcá-Ia sobre a haste do seguidor, conforme mostrado
na Fig. 3.1. As elevações podem ser calculadas, porém, são determinadas com mais
facilidade gra(icamente, plotando-se uma curva deslocamento-tempo .
..PÍot~ 'ofgráfico deslocamento-tempo é necessário determinar primeiro
o ponto de inflexão se o movimento for parabólico ou uma modificação deste.
Para os movimentos harmônico simples e cicloidal, o ponto de inflexão é deter-
minado automaticamente pelo método de geração da curva. O ponto de inflexão
de um movimento parabólico estará no meio da escala de deslocamentos e da escala
de tempos se os intervalos forem iguais. A determinação dos pontos de inflexão
de um movimento parabólico modificado é um pouco mais complicada, como será
visto a seguir.
Consideremos um ponto deslocando-se com movimento uniforme modificado,
onde parte do repouso com aceleração constante, em seguida passa a ter velocidade
constante e finalmente chega ao repouso com desaceleração constante. Os pontos
de inflexão podem ser determinados especificando-se os intervalos de tempo ou de
deslocamento correspondentes a cada tipo de movimento. A Fig. 3.8 indica uma
construção gráfica para determinar os pontos de inflexão A e B quando são dados
}'
o'
1 2 3 4
Tempo t ou ângulo 8 da came
wr 1800
w ângulo de rotação da carne para elevação L do seguidor
2 3 4 5
Tempo t ou ângulo () da came
Tempotou
ângulo 8 da came
s c-s
~t * G 1
I L S=L ---se"2,..-
I 2,.. (J
8)
I.-~~ fJ
V.
lU.;_j(1-COS2"'f)
A
r='\:;fJ A- ~f (se" 2,..f)
1---13~
v~ v •• t [18,29265(t) 2
~ 103,90200(t)
,
: 160,38930(f)
5
A e - 95,26755( t) + 20,48760( t) ]
~. A-~ ['36,58530(t)-415,60800(~)
- 571,60530(tY + 143,41320(t)]
+801,946SO(tY
- 288,87390(~)
5 + 143,41320(t) 6J
S
D
(a)
O
A
I
I
V I
I
I
I (b)
I
J
IE
O
(e)
fi
Fig. 3.16
Combinam-se as velocidades e as acelerações, de modo a não apresentarem
descontinuidades. Estas curvas estão mostradas na Fig. 3.16b e c. Na Fig. 3.16c,
pode-se ver que não há "jark" ou segunda aceleração em qualquer instante do ciclo.
dR d
/ = diJ = dO (C + 1(0)]
Se o diagrama de deslocamento é dado por uma equação matemática S = /«(});
então R e / são determinados facilmente das Eqs. 3.1 e 3.4. Da Eq. 3.4 pode-se ver
que o comprimento mínimo da face do seguidor independe do raio mínimo da carne.
Também, o ponto de contato está na posição mais afastada da linha de centro do
seguidor quando a velocidade do seguidor é máxima. Quando o seguidor se afasta
do centro da carne com velocidade positiva, I é positivo e o contato ocorre acima do
eixo do seguidor, na Fig. 3.17. Quando o seguidor se move em direção ao centro
da carne, a velocidade é negativa e o valor negativo de / indica que o contato se
realiza abaixo do eixo do seguidor.
o raio mínimo C para evitar uma ponta ou bico sobre a superfície da came
pode ser determinado com facilidade analiticamente. Uma ponta ocorre quando
dx/dO e dy/dO forem iguais a zero. Quando isto acontece, forma-se uma ponta na
carne conforme mostrado em x, y na Fig. 3.18. Para demonstrar isto, consideremos
que a linha de centro do-seguidor tenha girado de um ângulo O e que o contato entre
a face do seguidor e a ca~e ocorra no ponto (x, y). Mais adiante, quando o seguidor
for girado de um pequeno ângulo dO, o ponto de contato (x, y) não mudará por
causa da ponta, ficando ainda em x, y.Assim pode-se ver que dx/dO = dy/dO = O.
dx
dlJ
A soma [f(O) + f"(O)] deve ser inspecionada para todos os valores de O para
determinar seu valor algébrico mínimo. É necessário usar o valor mínimo de modo
que C seja suficientemente grande para assegurar que a Eq. 3.9 não se anule para
qualquer valor de O. Essa soma pode ser positiva ou negativa. Se for positiva, C
será negativo e não terá significado prático. Neste caso, o raio mínimo será deter-
minado pelo cubo da carne ao invés de sê-Io pela função f(O).
Pode-se deterniinar os pontos do contorno da carne pelas Eqs. 3.5 e 3.6 que
dão as coordenadas cartesianas, ou calculando R e I para diversos valores de O.
Em geral, o segundo método é mais fácil, mas em ambos os casos os pontos devem
ser ligados com o auxílio de uma curva francesa para a obtenção do contorno da
carne. Na prática, entretanto, raramente é necessário desenhar o perfil da came em
escala. Depois que o raio mínimo C tenha sido determinado e os deslocamentos R
tenham sido calculados, a came pode ser confeccionada. Para tal, o comprimento
da fresa deve ser maior do que o dobro do valor máximo de I. Durante a usinagem,
o eixo da fresa deve estar paralelo ao plano da carne.
Exemplo 3.2
A fim de ilustrar o método de escrever as equações de deslocamento consi-
deremos as seguintes condições: um seguidor de face plana é acionado em um
deslocamento total de 37\Smm. No início do ciclo (deslocamento zero), o seguidor
repousa durante 1r./2 radíànos. Em seguida eleva-se de 37,5mm com movimento
cicloidal (Curva C-S de K.loomok e Muffley) em 1r./2 rad. Depois repousa durante
1r./2 rad e então retoma 37,5mm com movimento cicloidal (C-6) em 1r./2 rad.
A Fig. 3.19 mostra um esboço do diagrama de deslocamento.
s
L
o~,
S= L [.!-
P
_1_·sen 21r.(J ]
21r. P
Deve-se mencionar, ao se escrever a relação S =f«(J), que o valor de S sempre deve
ser medido a partir do eixo das abscissas e o valor de (J a partir do eixo das ordenàdas.
Na equação precedente, entretanto, (J é medido do ponto A e não do ponto O.
Portanto, reescrevendo a equação usando (J' conforme mostrado na Fig. 3.19,
(J' 1 21r.(J' ]
S.A.B = L [ T-Tisen -p-
(J' = (J-~
2
S ~~ L [J!J~_ rr/2) __ 1_ sen 2rr(e p rr/2) ]
AB P 2rr
S
AB
= -75
rr
( e--rr)
2
75
--sen(4e-2rr).
4rr
L 1- -e" 1
+ -2rr sen 2rr -e" ]
[ p p
e" -- e - ~2
p=~ 2
75e
SCD = 150--
1t
+ -4751t sen (4e-61t)
4 Também pode ser usada a equação de Kloomok e Muffiey S = (L/2) (1 - cos n()/{3) para o harmô-
nico H-S.
onde r é o raio girante e ()r o ângulo girado pelo raio girante para obtenção do movi-
mento harmônico (ver Fig. 3.11). Para os dados apresentados,
Para se determinar o raio mínimo, a soma C + f«()) + f"«()) deve ser maior do
r que zero. Substituindo os valores de f«()) e f"«()) e simplificando,
f"
5 M. Kloomok e R. V. Muffiey, "Plate Cam Design - Radius of Curvature", Prod. El1g., Setembro
1955.
do rolete, R,! deve ser menor do que Pmin' onde Pmin é o valor mínimo do raio de
curvatura da superficie primitiva em um determinado trecho da came. Havendo
diversos tipos de curvas, sobre a superficie da came, pelas quais o seguidor irá
passar, cada trecho deverá ser verificado separadamente. Como é impossível
haver um rebaixo numa parte côncava da superficie da came, somente as partes
convexas devem ser verificadas.
Superf(cle
--),< primitiva
p "'+,
,,
"\,
\
~
onde R =f(cf» e as duas primeiras derivadas são contínuas. Pode-se usar esta
equação para determinar o raio de curvatura da superficie primitiva da came.
Para este caso, f(O) = f(cf». Da Eq. 3.10
R = Ro + f(O)
dR = f'(O)
dO
~R = f"(O)
dOr
I I I I '"
LlRo = 2,00
1,75 i'. y// :'\
/ -
1,4 1,50
0 1,2
1,25 r." w;: ~~ f-
~ ,
li- ~ ::~ f--
'11,0
Q. ~ll,OO
0,8 ~ ~ 0,80
,,=~,4O
/' 0,20
/"
0,2 --
° 10 15 20 30 40 60 80 100
Ângulo de rotação da came. 13.graus.
.---;;;~I
/,....-: //~~~
L/Ro.
/ 0 '? ~ t?li'I
0.01 ••...
0,02 "-
/ // J'l /' ~ V
0,03•.....
0,04 ~
K\ /~ 'h ít' ~ '/
0°,6
o,06..•...
~
1°,5
04
, / X 'l/ ~ ~ ~
v~
Q.
--O,OS
/ / '~ .~
~ 0,10
,/
/' V~ V~ ~~ ~ ~
...•0,20
..•... 0,30
Fig. 3.23 Movimento cicloidal. (Fonte: M. Kloomok & R. V. Mumey, Plate Cam Design Radius
of Curvature," Prod. Eng., setembro 1955.)
./
/'
I--'"
/ /
/'
// ....I-
// 1/ ....~
...- -
~
/.v I-
1,6
LIRo = 2,00 r-- ~
1.75
1// / V -- -
....- ....-I-
0
~ 1,SOr-- ~/~ / V
'i 1,4
~
1,2
1,0
1.25
1.00
/,
/// V
/A ••.......
--- - - I-
h '/
" \'~ 0,80
0,60
/. ~ r:; ,
j; V
"
0,40
0.20
0,4
:/
0,2 ./ /. ~
°10
- 15 20 30 40 60 SO 100 200
Ângulo de rotaçãO da carne, 13,graus.
/"
/./
--'/;::::
?;
'/ ~
~~
'7
h
,/ V
L/RO=O,O~~ / '/j ~ ~ ~
0.02 ~
Y
0,03....•••....
/ / // '// / I
.e:.0°,6 O,~~
0,06 ~
.~/ /~ / fi
'i 0,5
~'O,4 /' 6( '/ ~ X / /j
0.3 / / // ~ ~ '/ ~& :ZO,OS
./
/ V~ /h ~ ..- / ~
"'0.10
.......
0,20
,/ .....•
0.40
V /' ~ "-
--
~~
-----
/~ ~ ~ '-0,80
~
10 15 20 30 40 60 80 100 ISO
Ângulo de rotaçio da carne, 13,graus.
Fig. 3.24 Movimento harmônico. (Fonte: M. Kloomok & R. V. Muffiey, "Plate Cam Design Radius
of Curvature," Prado Eng., setembro 1955.)
,/'
/ /'"
/ '/ ",......
// '/ ~
/ // '/ ~
LIRo = 2,00 -r-., h/~7 /.- ~
1,6 1,75
1,50 -f..,..
W 0/-- '--
0
~
-:s 1,4
.r 1,2 1,25
1,00 ...•.•
/
0 /" L.---
/".A V_
-
/. ~ \~\ 0,60
0,80
/'
"
0,40
~~ 0,2n
~ '/
Iií""
~ ~
15 20 30 40 60 80 100 200
Angulo de rotaçfo da came, {l, graus.
1,0
0,9
0,8
0,7
0 0,6
~
1°,5
Q.
0,4
0,3
0,2
0,1
° 5 10 15 20 30 40 60 80 100 150
Angulo de rotaçfo da came. {l. graus
Fig. 3.25 Movimento polinomial de 8° grau. (De M. Kloomok e R. V. Muffley. "Platc Cam Design
- Radius of Curvature", Prod. Eng., Setembro 1955.)
Nestas curvas, P é o ângulo de rotação da carne para cada trecho e L é a elevação
correspondente. A Fig. 3.23 apresenta as curvas para o movimento cicloidal,
a Fig. 3.24, para o movimento harmônico simples e a Fig. 3.25, para o movimento
polinomial de 8° grau. Por meio dessas curvas pode-se determinar se Pmin é maior
ou menor do que R•.
~=2=040
Ro 37,5 '
Pmin = 022
Ro '
6 M. Kloomok e R. V. Muffiey, "Plate Cam Design - Pressure Angle Analysis", Prado El1g .• Maio
1955.
oc' = tg-1 __C'E
CE
Quando !'i() tende a zero, os ângulos OCE e ACC' tendem para 90°. Ao mesmo
tempo o segmento CD tende para o comprimento do arco CF, igual a R!'i() e ambos,
CD e CF tendem para CE. Portanto,
Fig. 3.27 Nomograma para determinar o âllgulo de pressão mâximo. (Cortesia de E. C. Varnun,
Barber - Colman Company.)
18,75
Ro = O,26 = 72mm
Se o espaço não permite tal valor de Ro, f3 pode ser aumentado e a came deve
girar mais rápido para conservar o mesmo tempo de elevação.
3.8 Came de Disco com Seguidor Oscilante de Rolete. Na Fig. 3.28 vê-se o
início do traçado de uma came de disco com seguidor oscilante de rolete. O ângulo
de elevação t/J é função do ângulo de rotação da came fJ. Embora a came gire de fJ
para o ângulo de elevação t/J, o raio R gira segundo o ângulo (jJ. Especificando-se
valores de R e (jJ, é possível obter-se o contorno da came8•
------1--
--- ----
Circunferência
de base
S2 + R2 ~p
cos r = 2 SR
P + S2 _R2
cos ~ = 21S o
IX = [u o + f( O)] - ; - y.
9 F. H. Raven, "Analytical Design of Disk Cams and Theree - Dimensional. Cams by Independent
Posltion Equations", ASME Transactions, Série E, Vol. 26, N." I, pp 18-24, Março, 1959.
A fim de se obter uma expressão para o ânguio y, determinam-se duas equações
de posição, independentes, para o ponto A, centro do rolete. A primeira equação
é obtida seguindo-se o trajeto (O-D-A) e a outra, seguindo-se o trajeto (O-B-O'-A).
~
_____ ~IB
R = re,d + pe'Y
R = a + bi + leia
db dy da
- r senb ---pseny -- = -/sena--
dO dO dO
db, dy da
r cosb dO + P cosy dO = I cosa dO
Para uma rotação infinitesimal da carne, p pode ser considerado como constante.
Assim, o ponto D, o centro de curvatura da carne no ponto de contato e r podem
ser considerados como fixos à carne para um acréscimo de rotação dO. Portanto,
o valor de db é igual a dOe como b diminui quando Ocresce, segue-se que db/dO = - 1.
Também, da/dO = [(O). Portanto,
t _
gy -
r senb
r cosb
+ I [(O)
+ I [(O)
seM
cosa
I t ir JJ()hr-, ( ln ( l.-
,
I
' J •.
11''
)' 1
f
Os termos r cosb e r senb podem ser calculados das ijqs. 3.23 e 3.24, dabdo
b + I seM [1 + [«())] ~
tgy = a + I cosa [1 + [(O)]
que, quando substituída na Eq. 3.20, dará o ângulo de pressão IX. Para se deter-
minar IXmax' será necessário o emprego de gráficos semelhantes aos dados por
KIoomok e Muffley na nota de rodapé n.O 6:
Para se calcular o raio de curvatura p, é necessário primeiro derivar a Eq. 3.27
em relação a O. Substituindo dyjdO da Eq.J.26 e com o auxílio das Eqs. 3.19, 3.23
e 3.27, obtém-se a seguinte equação para p:
[C2 + D2 ]3/2
P = -(C-2-+-D-2~)[-I-+-[-(O-)]---(-aC-+-bC)~'
'-[-(-O)-+--(a--se-na---b-co-s-a)-l-rr-'(-O)
C =a + I cosa [1 + [(O)]
D = b + I seM [1 + [(O)]
Para evitar o rebaixo, p deve ser maior do que o raio do rolete. Portanto, é
possível determinar-se Pmin para cada posição do perfil da carne. Para isso, é neces-
sário o emprego de gráficos semelhantes aos dados por Kloomok e Muffley na nota
de rodapé n.O S.
3.9 Cames Tridimensionais. Este tipo de carne é difícil de ser projetado e
fabricado, porém, encontra grande aplicação em mecanismos de direção de tiro.
A Fig. 3.30 mostra um esboço de uma carne tridimensional, onde a elevação z
do seguidor é função da rotação y e da translação x da carne.
Um problema que pode ser resolvido de modo muito simples, usando-se uma
carne tridimensional, é o de calcular o alcance horizontal de um alvo aéreo sendo
dadas a elevação e a altura do alvo.1o Calcula-se o alcance horizontal usando-se
a relação Ro = Ho cotg Eo, retirada do triângulo mostrado na Fig. 3.31. Esta
expressão é calculada no diretor de tiro por uma carne tridimensional que gira
proporcionalmente à altura H o do alvo e se desloca ao longo de x proporcionalmente
ao alcance horizontal Ro' A elevação do seguidor representa o ângulo de elevação
Eo' Depois que a altura do alvo tiver sido introduzida na carne, por rotação, a
translação da carne produzirá uma elevação do seguidor, indicando o ângulo de
elevação. Quando este ângulo de elevação se igualar com a elevação da linha de
visada, será indicada a distância horizontal correta.
8000 pés
(altura I
1 J "PrincipIes of Operation, Prediction Mechanism, aIi.d Ballistic Cam of Sperry M-7 Antiaircraft
Fig. 3.34
3.5 Uma came de disco gira no sentido horário e aciona um seguidor oscilante
de face plana segundo um ângulo de elevação total de 20", de acordo com os dados
a seguir.
o 0,0
30 1,5
60 5,5
90 10,0
120 14,5
150 18,5
180 20,0
210 18,5
240 14,5
270 10,0
300 5,5
330 1,5
360 0,0
o 0,00
30 1,27
60 4,32
90 9,65
120 17,00
150 23,40
180 25,40
Desenhe a carne empregando um raio mmlmo de 25 mm. Usando proporções
razoáveis complete o esboço do seguidor.
3.8 Uma carne de retorno comandado gira no sentido anti-horário e aciona
um seguidor, tipo garfo, de roletes. Desenhe a carne empregando os dados de movi-
mento do problema 3.7 para a elevação. O raio mínimo deve ser 25mm. Os diâ-
metros dos roletes são de 19 mm. Usando proporções razoáveis, complete o
esboço do garfo que suporta os roletes.
3.9 Um seguidor oscilante de rolete move-se segundo um ângulo total de 60"
e aciona uma carne invertida, como a mostrada na Fig. 3.7. Os dados do movimento
são os seguintes:
0,0 0,0
4,5 1,5
16,0 6,0
30,0 12,5
44,0 19,0
55,5 23,5
60,0 25,0
A carne deve deslocar-se para cima e para a direita a um ângulo de 45°, quando o
seguidor girar no sentido anti-horário. O movimento do seguidor é simétrico em
relação à linha de centro vertical. A distância entre o centro do rolete e o centro de
rotação do seguidor é de 75 mm e o diâmetro do rolete é de 16 mm. O bloco da
carne mede 75 mm por 100 mm. Desenhe a ranhura que deve existir no bloco da
carne.
3.10 Prove que é correto o método de determinação dos pontos de inflexão
para intervalos de tempo conhecidos, conforme indicado na Fig. 3.8.
3.11 Prove que é correto o método de determinação dos pontos de inflexão
para deslocamentos conhecidos, conforme mostrado na Fig. 3.9.
3~12 Prove que é correto o método de construção de uma parábola, mostrado
na Fig. 3.10.
3.13 Trace o gráfico deslocamento-tempo para um seguidor que deve ter uma
elevação total de 37,5 mm. O movimento é iniciado com um trecho de aceleração
constante em 67° de rotação da carne, passando à velocidade constante em 90"
e desaceleração constante em 90°: o seguidor repousa em 22,5° e então retoma
com movimento harmônico simples em 90°. Use uma abscissa de 100 mm de compri-
mento.
3.14 Trace o gráfico deslocamento-tempo para um seguidor que se eleva de
19 mm com movimento harmônico simples em um quarto de volta da carne, repousa
durante 45°, torna a se elevar de 19 mm durante 90°, repousa durante 22,5° e então
retoma 38 cm com movimento parabólico em um quarto de volta, seguindo-se um
repouso de 22,5°. Use uma abscissa de 160 mm de comprimento.
3.15 Trace o gráfico deslocamento-tempo para um seguidor que se eleva de
38 mm em meia-volta da came de modo que nos primeiros 9,5 mm tenha aceleração
constante, nos próximos 19 mm velocidade constante e aceleração constante nos
9,5 mm restantes. O retorno é um movimento harmônico simples em meia-volta
came. Use uma absçissa de 150 mm de comprimento.
3.16 Trace o gráfico deslocamento-tempo para um seguidor que tem uma eleva-
ção total de 32 mm com aceleração constante durante 90" e desaceleração cons-
tante para 45° de rotação da came. O seguidor retoma 16 mm com movimento
harmônico simples durante 90", repousa por 45° e retoma 16 mm com movimento
harmônico simples em 90" de rotação da carne. Use uma abscissa de 160 mm de
comprimento.
3.17 O seguidor radial de face plana, mostrado na Fig. 3.35, tem movimento
de translação alternativa sob a ação de uma came de disco circular que gira em torno
do eixo 02' (a) determine as expressões para o deslocamento R do seguidor e para
a distância I entre o ponto de contato e a linha de centro, em função do ângulo (J,
do raio r e do deslocamento b. (b) trace um gráfico do deslocamento R em função
do ângulo de rotação (J para uma volta da came. Chame de L a distância entre as
posições extremas do curso do seguidor. Determine o valor de L (c) identifique
o tipo de movimento realizado pelo seguidor.
V=O V= VI V = VI V=O
A=O A = O A = O A=O
relação que deve existir entre /33 e /34 para combinar as acelerações no ponto D.
3.25 Determine (a) a relação entre os ângulos Pt e P2 entre as elevações Lt e L2
para combinar uma curva cic10idal C-I com uma curva de velocidade constante e
(b) a relação para combinar uma curva de velocidade constante com uma çurva C-4.
3.26 Estabeleça as equações que relacionam as elevações Lt e L2 e os ângulos
Pt e P2 para a combinação de: (a) movimento cicloidal com harmônico; (b) movi-
mento cicloidal com velocidade constante; (c) movimento harmônico com cicloidal;
(d) movimento harmônico com velocidade constante. A combinação deve ser
feita quando as acelerações forem nulas.
3.27 Determine (a) a relação entre os ângulos Pt e P2 e entre as elevações
LI e L2 para combinar um movimento cic10idal C-I com o harmônico H-2 e (b) a
relação para combinar uma curva H-3 com uma C-4.
3.28 Determine (a) a relação entre os ângulos P1 e P2 e entre as elevações
LI e L2 para combinar um movimento harmônico H-I com um cic10idal C-2 e
(b) a relação para combinar uma curva C-3 com uma H-4.
3.29 Determine (a) a relação entre os ângulos Pt e P2 e entre as elevações para
combinar o movimento harmônico H-I com uma curva de velocidade constante e
(b) a relação para combinar uma curva de velocidade constante com uma curva H-4.
3.30 Um seguidor deve se deslocar com velocidade constante durante um
trecho da elevação e também do retorno. É possível combinar movimentos harmô-
nicos com estas curvas de velocidade constante e não resultar segunda aceleração
infinita? Caso afirmativo, recomende as curvas que devem ser usadas e esboce o
diagrama de deslocamento mostrando as curvas.
3.31 Determine (a) a relação entre os ângulos P I e P2 e entre as elevações
LI e L2 para combinar um movimento harmônico H-5 com um movimento poli-
nomial de oitavo grau P-2 e (b) a relação para combinar o movimento harmônico
H-2 com o polinomial de oitavo grau P-2.
3.32 Escolha uma combinação de movimentos cicloidal, harmônico e polino-
mial de oitavo grau que não resulte segunda aceleração infinita.
3.33 Determine (a) a relação entre os ângulos P I e P2 e entre as elevações
Lt e L2 para combinar um movimento polinomial de oitavo grau P-I com oharmô-
nico H-6 e (b) a relação para combinar o movimento polinomial de oitavo grau
P-I com o harmônico H-3.
3.34 Escolha uma combinação de movimento harmônico com polinomial
de oitavo grau que não resulte segunda aceleração infinita.
3.35 Um seguidor se desloca com movimento harmônico H-I, elevando-se
25 mm em 7t/4rad de rotação da carne. O seguidor então se eleva de mais 25 mm com
movimento cic10idal C-2, para completar o curso de elevação. O seguidor repousa
e retorna 25cm com movimento cic10idal C-3 e os 25 mm restantes com movimento
harmônico H-4 em 7t/4 rad. (a) determine os ângulos de rotação da carne para os
movimentos cic10idais e para o repouso combinando velocidades e acelerações.
(b) determine a equação para o deslocamento S em função de () para cada tipo de
movimento, tendo como origem das abscissas o ponto O, origem dos eixos coorde-
nados, de modo que o deslocamento possa ser calculado para qualquer ângulo ()
usando-se a equação adequada.
3.36 No diagrama de deslocamento da Fig ..3.39, deseja-se obter uma elevação
total de 37,5 mm com um seguidor radial de face plana combinando o movimento
cicloidal C-I com o harmônico H-2. (a) usando os dados do diagrama, determine
o ângulo P2' referente ao movimento harmônico, a fim de que haja continuidade
de velocidades e de acelerações em B, ponto de transição entre os dois movimentos.
(b) determine o comprimento máximo teórico da face do seguidor necessário para
os dois movimentos.
3.37 Uma carne de disco comanda um seguidor radial de face plana com movi-
mento harmônico simples. O seguidor se eleva e retorna durante uma volta da carne.
Sendo o deslocamento total 50 mm e o raio mínimo 25 mm, determine as equações
paramétricas (x e y) do contorno da carne. Elimine o parâmetro para obter a equação
do contorno da carne. Determine o comprimento teórico da face do seguidor.
3.38 Um seguidor radial de face plana é acionado segundo um deslocamento
total de 40 mm. O seguidor sobe 10 mm com aceleração constante durante 60"
de rotação da carne, 20 mm com velocidade constante durante 60" e os restantes
10 mm com desaceleração constante durante 60". O seguidor repousa em 45° e
retoma com movimento harmônico simples quando a carne completa uma volta.
Para cada tipo de movimento escreva a equação do deslocamento S em função
do ângulo () de rotação da carne, usando como origem o ponto O, origem dos eixos
coordenados de modo que o deslocamento possa ser calculado para qualquer ângulo
() usando-se a equação adequada. Calcule o raio mínimo C e o comprimento
máximo de contato 'máx para cada tipo de movimento. Especifique o raio mínimo
da carne e o comprimento da face do seguidor.
3.39 Um seguidor radial de face plana é acionado segundo um deslocamento
total de 38 mm. O seguidor se eleva de 25 mm com aceleração constante durante
120"de rotação da carne e os restantes 13 mm com desaceleração constante durante
60". O seguidor retoma com movimento harmônico simples em 900 e repousa
durante o restante da revolução da carne. Complete a solução conforme o pedido
do problema 3.38.
3.40 No desenho mostrado na Fig. 3.40, a carne de disco é empregada para
posicionar o seguidor radial de face plana em um mecanismo de cômputo. O
perfil da came deve ser projetado para dar um deslocamento S ao seguidor, de
acordo com a função S = k (}2, partindo do repouso, quando a came girar no
sentido anti-horário. Para 60" de rotação da came, a partir da posição inicial, a
elevação do seguidor é de 10 mm. Determine analiticamente as distâncias R e I
quando a came tiver girado de 45° a partir da posição inicial. Verifique a exis-
tência de pontas no contorno da came durante a rotação de 60".
a polia I, Q traçar~ma
º
Coloque um lápis nº-E~nto Q, sobre o fiQ.LgUie a polia 2 no sentido an..ti:!J...2rário.
Em relação ao papel; pô'tÚo Q deseJ:e.Y.eJ:á uma linha reta, enquanto que em reta~o
evolvente n(l.cartolina. A mesma evolvente poderia ser
gerada cortando-se o fio em Q e desenrolando-o da polia I, mantendo-o tenso.
~~JJma cartolina é agora fixada na PQliçU (Fig. 4.3b) ~ o processo érepetido"ger~-se
uma evolvente nest'!<;artolina.Se as cart()linas são agora cortadas ao 10ngoQas
evolventes, forma~se um lado de UII!dente em ambas as polia$.1._~_2. A evolv~nte
da polia I pode serus-ada para impelir~~lvente da polia 2..~ razão -.<tasveloci-
dades anguJ,!res será constante por9.l!..e~inha de ação,ql!.~~o process()de cons-
trução é norrri~l1às evolventes no ponto de contato Q, corta a linha de centros em um
ponto fixo. Como no~so das polias com Ofiõ"Cruzado, a relação das velocidades
angulares será inversamente proporcional'aos--<i3Imriros das polias. '-
S~ºistªll.çja entre centros fo~ modificada, a evolvente I aindajl!ill.~ a
evolvent~2, mas um,Lontra parte das duas evolventes estará ªgora em contato.
Enquanto os .diâmetros
será a mes~a.
-, ,_.- -
--,._---- das polias_nJo forem modificados,
-,----
a relaçãodas-~e-Iocidãdes
• I d..~}pcress(I(J
'PEr' • • ~
(ou O2
d o ponto d a evo Ivente
a
e Q) ~Ǻ.Il._~ . ! o como angu.o e u Ica ao
onde está havendo contato. Se na Fig. 4.4, o ponto de interseção da linha de ação
e da linha de centros é chamado de P, a relação das velocidades angulares será
inversamente proporcional aos segmentos em que este ponto dividir a linha de
centros.
Ângulo de incidência
frontal
Fig.4.4
\ -
É possível traçar circunferências passaJldo por P usando primeiro O, como
<:ent!o e depois 02' cotl!.0mostra a Fig 4 5.. 0 ..ponto P é chamado de ponto [11itlli-
tivo e as circunferências que pa!!!iam-PQr.. ele sãQ~onbecidas como circun(er~ncias
e.rimitivas. Pode-se provar Que Q..uªndoae.vo1YeD~e1 impele a evolvente 2, as duas
j::ircuºJ~rências primitivas movem-se um.1 em relacão à outra e~IEento puro.
A relação das velocidades angulares é. inversamente proporcional aos raios (lãs
duas circunferências primitivas porque os segmentos em que P divide a linha de
centros agora são os raios destas circunferências. Se.o diâmetro da circunferência
? primitiva 1 é dI e o da circunferência 2 é d2, (1)1 = d2/dl• Será mostrado em
(1)2
A Fig. 4.6 mostra uma evolvente que foi gerada a partir de uma circunferência
de base de raio r b. A evolvente contém dois pontos A e B com raios correspondentes
rA e rB e ângulos de incidência frontal OCA e ocB• É fácil obter uma relação para esses
raios porque a circunferência de base é a mesma para qualquer ponto em conside-
ração.
Então,
r
COS ocB = -Â- COS OCA
rB
DÔG = DG = BG
OG OG
BG
tg IXB = OG
"'"
DOG = tgIXB
"'" "'"
DOB = DOG - IXB
"'"
DOA = tg IX..•~ IXA
A expressão (tg IX- IX)é chamada junção evolvental e é às vezes escrita EvIX.
E fácil calcular a função evolvental quando o ângulo é conhecido; IXé expresso em
radianos. Entretanto, é difícil determinar IXa partir de EvIX, e por esta razão foram
publicadas tabelas de funções evolventais (ver Apêndice 1).
Referindo-se ainda à Fig. 4.7,
1
"'" "'" TSB
DOE = DOB+--
rB
= EvIX
B
+ _B_
S
2r B
1
"'" "'" TS'"
DOE = DOA +
= EvIX ..• + ~
2r ..•
Através da equação 4.3 é possível calcular a espessura do dente em qualquer
ponto da evolvente, dada a espessura em outro ponto. Uma interessante aplicação
desta equação é determinar o raio em que o dente se torna pontudo.
4.3 Particularidades de Engrenagens Olíndricas de Dentes Retos. A fim de
continuar <> estudo _<i~ engrenagens e'!:91ventais é nec~ssário definir os eIeiIieirtõs
!24_sjcQs-deuma engrenªg~m->-como mostra".! as figs. 4.80 e b. Deve-se também
mencionar que a__menor das duas-e.fli[enagens é chm:mld'Lde piub4o; o pinhão é,
~mgerah_~ engrenagem motora. Se o raio r da circunferência primitiva de uma
engrenagem se torna irifinito, resulta uma cremalheira, conforme as Figs. 4.8c
e 4.9. O perfil dos dentes de uma cremalheira é uma linha reta, que é a forma tomada
por uma evolvente quando gerada sobre uma circunferência de base de raio infinito.
Na Fig. 4.8a o passo base Pb é a distância de um ponto sobre um dente ao ponto
correspondente no próximo den!emedida sobrea circunferênciu de base. Opasso
frontal P, é definido da mesIll~_~aneira exceto que _~_Illedidosobre a circunferência
.Q!imitiva. A altura de cabeça ª e a altura de pé b, são distâncias radiais medidas
conforme mostrado. A porção do nanco abaixo da circunferência de base é aproxi-
madamente uma linha radial. A curva do dente é a linha de interseção da superfí-
cie do dente com a superfície primitiva.
Saliência ou altura da
cabeça,h.
Superf(cie
Primitiva
Saliência ou altura to
da cabeça, h.
Fig. 4.9 Pinhâo e cremalheira de dcntcs retos cvolventais (Cortesia de IIIinois Oear & Machine
Company.)
4.4 Caracteristicas da Ação Evolvental. Na discussão da geração da evolvente
viu-se que a normal comum às duas superficies evolventais é t§ugenteàs duas
çircunferências de base: Esta normal comum é também chamada de linha de açEg.
O início do contato ocorre quando a linha de acão in.tercepta a circunferência de
:çabeça da en~renagem movida, e o fim do contato, quando a linha de ª,ão jnter-
_~ta a circunferência d~~~ªbecada en~rena~m motora. Isto é evidente na Fig. 4.10
que mostra um par de dentes entrando em contato e o mesmo par prestes a sepa-
rar-se (mostrado tracejado). O ponto A é o início do contato e o ponto B, o fim.
AJr~tória do pontode contato está ao_longo da linha reta APB. O perfil do de~e
~ngrenagellll) corta a circ~~1!ferênciapriDJ.itiva_.!!º.ponto C no.início do contato e
no fim corta-a.. no ponto C. Os pontos D e f)' são Os co~~ondentes na en~e-
nagem 2. Os arcos CC e DD'.~ão chamados arcos frontais de transmiss40 ~m
s~r iguaÍs··parã haver rolame.1!!?puro. dªª ..ci.rcunferências primitivas, como já havia
sido mencionado. Os ângulos do movimento são geralmente divididos em duas
partes, como mostra a Fig. 4.10, onde qJF é o ângulo de aproximação e qJ Á o ângulq
d&...ajastqmento. O ângulo de aproximação não é igual~yg~~aQ ângulo de afas-
tamento. Para haver transmissão contínua. o aKQ de ~'t(teveJl~.tigyal ou.major
do Que o passo frontal. Sendo isto verdadeiro, um novo par de dentes el)trará em
ação antes que o par precedente desfaça o contato. ., !
, l' \'1'
A relação entre o .arco frontal de transmi~são e o passo frontalOéconhecida
como razão frontal de transmissão: ~ A razão frontal de transmissão para engre-
nagens evolventais é .!ª-mb.ém igual à 'relaç~o e.ntre a linha~~e movimentação ou
c::pm1!.ri.~~e transmissão (isto é, a distância do início ao fim do contato medido
sob a linha de ação) ~.O ..pªsso base e geralmente é calculada desta maneira, como
será mostrado posteriormente. Çonsiderada fisicamente.a..xazão frontal de trap~-
missão é o nÚmero..lllédio..de.dentes em contato. Se, por exemplo, a razão é 1,60,
não significa que há 1,60 dentes em contato. Significa que há altemadamente um
e dois pares de dentes em contato e que ao longo do tempo a média é 1,60. Q...l:ak>r
teóriq)mín!J.!lP da razijo frontal de transmissão é 1.00. É claro que este valor deve
ser aumentado em condições reais de operação. Embora sj(ja dificil especificar
valpt:es devid.Q.àsdiversas situaçõc::.s_~ fatores envolvidos, 1,40 tem sid.o.J1.&adQ\(QQ
lIlíp.Ü!!.<!.luáticoe 1.201!a.rlicasos extremos. Oeve-se notar, entretanto, que quanto
menor a razão frontal de transmissão, maior o grllU de precisão necessário na usi-
nagem dos perfis para assegurar funcionamento silencioso. ,.(~~)
A Fig. 4.10 também mostra um ângulo IX, ~ é formad~Újela litllha de ação e
uma linba perpendjcular à linha. <ie~centros no ponto. primitivo .P_..Es1~.Jngulo é
c.9llhecido comQ ângulo de pressão e deyc::.~erdiferenciad.9 do âll.8~IP.d~illcidência
ir()l1tal em um ponto;,s()12"reli eioÍvente.Quando ,as d~~engrenagen~ estão em
contato no ponto primitivo, o ~ngrilode pressão e 'os ângulos de incidênci~ 'ftbnt~
das duas evolventes são iguais. Estes ângulos podem ser vistos na Fig. 4.11.
Pode ser derivada uma equação para o comprimento transmissão glX, a partir
da Fig. 4.11 onde
A = início do contato
B = fim do contato
E1 e E2 = pontos' de tangência da linha de ação e circunferência de base
r" = raio de cabeça
r b = raio base
IX = ângulo de pressão
a = distância entre eixos
r b = raio base
z = número de dentes
I"" /' ') ! ' \ \")' . ( ))
\
MECANISMOS / Parte 1
.i' I
\i I,\, _, \ \ ..\-
'I ;; ',-' À 'li \
\
A -razão frontal de transmissão ccx é então
Exemplo 4.1
2n x 1,4095
24 = 0,3689 pol
êCX = °
0,6258
,3689 = 1,6924
Da Fig. 4.10 sabe-se que o arco DD' deve ser igual ao arco CC' de modo que
arco DP = arco CP e arco PD' = arco PC'. O arco de aproximação CP da engre-
nagem 1 pode ser determinado da seguinte relação:
AP arco CP
AB = arcO CC'
arco
CP - AP x arco CC'
- AB
= 0,3289 x 0,6662 =
0,6258'
° 3501 pol
PB arco PC'
AB arco CC'
arco CP O 350 I
qJPI = rI = 1:5000 = 0,2334 rad = 13,373°
arco DP 03501
lfJF2 = --- = 3'7500 = 0,0934 rad = 5,349°
1'2 ,
tn
't'PI
+ tn't' AI =. arco,. CC' = 0,6662 = 04441 rad = 25,4470
1 5000 '
I '
fazendo a substituição de O
qJF2 = tg iXA- tg iXD + iXD- iX
Pelo fato de que D é um ponto sobre a evolvente na circunferência primitiva,
IXD = IX
(llrA02H)
E" ClD
('f".D02H)
Ângulo de
eproxlmeçlo "'2
(~D02P)
*' o ~
t~~"w;A- I
ow.. /)l (~"-t t.., fO~-h Jt, I
o~ ()..-~~ J-t I~hv-fyI~, ~_1 NM' N~;Y'\~L\) W , .•....
" lUlJ
-k~ o 108
()1!+-tl.--~~ . rt I' 0J\\~
MECAtils'~~~r\e
(1M
1
WJ..'
wo\lifl-n,f (
~u~ O início do con~llto ocorra antescl~ onto ". cme~~Wt51&~ttdW·
cll!engrenagem mov~da_e_ncontraráum tr~chQ.r(㺠evolvental a engrenagem motora-\-v,
e di.~-~9..ue oco rerá int r erência. Isto está mOstrado-fia Fi . 4.14. E1 e Ez são;~
os pontos de . _ que deveriam limitar o comprimento de ação. A indica "é\;-
O início o contato e B o fim. Vê-se que o início do contato ocorre antes do ponto \
de . ; ~tão há interferência. A extremidade do dente comandado \jJ),). •
cortará o flanco do ente que comanda, como mostra a linha tracejada. Há muitas [~
maneiras para eliminar interferência. -lIma das guais é limitar a altura de cabeça
da engrenagem comandada de modo que a circunferência de cabeça passe pelo
ponto de interferência Ei" proporcionando assim um novo início de contato. Se
isto for feito, neste caso, a interferência será eliminada.
\1
\ \\\-'~t\( \Jt !\
\
~\o (')\)),'; 1.1\ ',I \ fi(
t
Agora serão discutidas as condições para interferência entre pinhão e crema-
lheira. Na Fig. 4.15 são tIÍÕstrados um pinhão e uma cremalheira engrenados.
O ponto de tangência da linha de ação na circunferência de base do pinhão é cha-
mado de ponto de interferência E, como no caso do pinhão e engrenagem. O ponto
de interferência fixa a~tura de ca6e~ para a cremalheira, para o ângulQ
\ '(\ de pressão mostrado. Com a altura de cabeça da cremalheira, como a mostrada na
.' \ Fig. 4.15, o contato se inicia em A e ocorrerá adelgaçamento conforme a linha
tracejada. Se a altura de cabeça da cremalheira se estender só até a linha que p~ssa
pelo ponto de interferência E, este ponto se tornará o início do contato e a inter-
ferência será eliminada. .
Pode-se ver na Fig. 4 J 5 que se uma engrenagem de raio finito tendo a mesma
altura de cabeca da cremalheira (a linha de cabeça da cremalheira agora passando
Eeló ponto de interferência) se engrenasse com o pinhão o início do contato ocor-
reria sobre a linha de aeão em algum lugar entrf; o ponto primitivo P e o oontQ.ile
interferência E. então não ha",ria possibilidade de interferência entre o pinhão
.e a engrenagem. fode-se então concluir que se o nÚmero de dentes no pinhão.i
tal que ele se engrena "Om uma cremalheira sem interferêncja ele se engrenará
g,m interferência com qualquer outra engrenagem que tenha 0!!1esmo ou maior ~
número de dentes.
~ v-l)r 1<9f' A~,-
01 Engrenagem 1 lmotoral C Vl~I~W\..U.A\.u')
I M. F. SpOltS "How to Predict Effects of Underculting Hobbed Spur Gear Teeth·'. Machillc
Dcsigll. Abril 19. 1956.
.-
Avanço
da fr1lt8
-tr- Eixo do disco
'\
\
\
\
/~
Disco//::/'
-~
Estes dois são ilustrados nas Figs. 4.16 e 4.17 respectivamente. Quando estes
métodos de corte forato desenvolvidos procurou-se um modo de classificar as ferra-
mentas e as engrenageIl.~ por elas cortadas. A çla§sificação adotada foi a de espe-
çificar a relação do D1ínwro de dentes com diâmetro primitivo. A esta relacão foi
dado o nome de, "diametral pitch frontaL"* O "diametral pitch" pode ser expresso
matematicamente do seguinte modo: .
* o autor refere-se. aqui. à prática americana. A norma brasileira (ABNT-TB-81) indica o módulo
frolltal como sendo o quociente do diâmetro primitivo pelo número de dentes, m = ~ . sempre
expresso em milímetros. O "diametral pitch" não é objeto de padronização nas normas brasileiras.
z = número de dentes
d = diâmetro primitivo
pinhlo Circunferência
primitva
~da ferramenta
Fig. 4.17 Método Fellows para gerar engrenagens de dentes retos evolventais. (Cortesia de Fellows
Gear Shaper Company.)
Os passos menores podem ser especificados por incrementos pares até 200.
Os passos comumente usados em engrenagens de precisão para instrumentos são
48, 64, 72, 80, 96 e 120. para economia de .fe.crilmentas, as en ~renagens geralmente
são Jlsinadas usando um dos ~~~~~QmUDS relacionados acima. É possível usinar
engrenagens que tenham diameí;a; pÜches diferentes dos citadôs. I!to pode reque-
rer uma ferramenta especial mas, geralmente pode ser fejto com uma das ferramentas
ªcima em "ma moptagem especial Isto será discutido no Capítulo 5. •.
~ndo
-
»ferralllÇ!l!!§,(oram p~cfrQnjzªdas. foi adotado um ângulo de pressão
~o. Isto foi uma conseqüência do processo de fundição de engrenagens que
usava 14,5° porque senI4,5° é "aproximadamente 1/4, o que era conveniente na
fabricação do modelo. ~ais tllrde foi adQtadQ,1í;unbém l.l~l ânIDI19 dI: pressão de
19:._~o§...JQram usadOs.durante muitos anos. mas a tendência. recentemente,
é a de maior utilizacão do de 20". Será mostrado em uma seção posterior quÚ
possível ter-SI: um pinhão com menos dentes e sem adelgacamento QUando se usar
200 em lugar de J 4 5°~Como resultado daten.dência aos ângulQ§ de Dress.ãomaiores,
a AGMA (American Gear Manufacturers Association) adotou ~O" e 25° para
enreiiã' ens de asso frontal grande L~P) e 20" para os de passo frontil1
Pequeno 2). ~ -
V> ~~ ti)D ~ ~1'~ 1'V\Q
Tabela 4. 1 Proporções dos dentes de engrenagens - Retas evolventais
1,000 1,000
P P
1,250 1,200
-- + 0,002 (mín.)
P p
Folga no fundo do dente (c) 0,250 0,200
<hr - ha) -- + 0,002 (mín.)·
p p
Altura do trabalho do dente (hk) 2,000 2,000
(duas vezes a saliência) p p
Profundidade total (~) 2,250 2,200 ,
(ha +hr)
-- + 0,002 (mm.)
p p
Raio de arredondamento 0,300
da cremalheira básica (r) p
1,5708 1,5708
p p
p p p
0,157 0,157 0,200
Folga no fundo do dente (e) -- ---
p p p
0,209 0,239 0,304
Raio de arredondamento (r)
p p p
-; L'~ l~
Fe I--lú....
tré\W~-t 0Ji MVilLJ
I j\.I.M~ 0.0
J V' 'I""'~ +. ? ')
J---- r~.
-U
10Q (oJiãJ J
e cremalheira. Da discussão da Fig. 4.15 concluiu-se que se não houvesse interfe-
rência entre um pinhão e uma cremalheira também não haveT~ interferência entre
este mesmo pinhão e uma engrenagem de dimensões iguais à sua ou maior. Natu-
ralmente isto acontece supondo as mesmas dimensões de dentes para Os dois ca~s.
Qllando considerada uma engrenageD1 Q.adronizada em que as dimensões dos dentes
são as dadas nas Úlbelas, é possível calcular o número mínimo de dentes em "iim
pinhão que se engrt<.º~com uma fremalh~irª semínt~rft:!.ência evolvental. Para
solucionar este caso limite, a linha de cabeça da cremalheira deve passar pelo ponto
de interferência do pinhão.
Na Fig. 4.18, são mostradas as características essenciais de um pinbjjo e çrellla-
Iheira para este ca~o. O ponto primitivo é P e o ponto de interferência é .E.
Unha de cabeça
Linha primitiva
~
Também -( d-
1r7i k/p
sen rx ~
PE PE
onde k é uma constante que, quando dividida pelo passo diametral resulta no adendo
\JJi = k/p). Pl1ra o sistema de dentes mnl1)ais k = 1,00 e'p-ara o si:itema de degtes
\, r.ebaÜados k = O 80 Multiplicando as duas equações por sen rx membro a membro,
-;;, 2k
z = sen20(
Tabela 4.3
Devido a estes valores terem sido calculados para pinhão e cremalheira, eles
podem também ser l!sados como mínimos para pinhão e en&renag<.::!!!. sem peri~o
® interferência. pevitlo à semelhªnça entre a ação dos dentes de uma ferramenta
fresa usinando mp.a engrenal:em de dentes relQs.e a dos dentes de um pinhão em uma
cremalheira os ..números de dentes ta1,)!1Jadosacima sãQtªm~m os mínimos que
~~1!!_ser usinados por ..Y.~erramenta €resa, Sk1ILªdelgaçamenw. ~
.se _as eºgrena~ens devem ser fg.bricadas de outro. modo; por exemplo, pelo ,.LI
J!}étodo de Eellqws, Q nÚmero mínimo Jie dentes que duas engrenagens de igual O .uu~tLo
~rnanhQ podem ter sem que haja inte{f~~pcia evolvental.pode ser determinado ro
através da Eig 4.19. ~este caso a circunferência<it::cabeça de cada engrenage~\
p~ssa_.Eelo ponto de in.!erf~LêEciada.outra. ' OV'lJ
z
ra = r + h a onde r = -2p e h a = ~p
z k z -1 2k
r~~--+
a 2p p 2p
/'oUL hEz ~
o~U; "i,o 1.1 \
2z
2P sen IX
2z 1 -------
2P sen IX= 2p .J (z + 2k)2 - (z COSIX):l li \' hei -
~' ;:,. --
JI' --\1'
...1..'1,-4;r:/:-\
n
,A.
L '
--I"': ~_
, J-
.
<\l/,.( -=.:k[ )-;-J ~
J, ""\ I 1
z 23 13 10 9
(€a = 1.84) (€a = 1.44) (€a = 1,15) (€a = 1,26)
Podem ser desenvolvidas relacões para este problema com base na Fig. 4.20,
onde a circunferência de cabeça da engrenagem 2 passa pelo ponto de interferência
da engrenagem 1.
r
Q2
= r
2
+h Q
= !.l- + ~ =
2p p
22 + 2k
2p
z
r" 2 = r2 cos IX = -2. 2P cos IX
a = rI + r2 =
ZI + Z2
2p
(
Z
1
+
2p
Z
2
)2 sen2
1X
Zl Z2
a = -_._.- +
2p
com jogo primitivo zero. As circunferências primitivas com que estas duas engre-
nagens funcionam sio as mesmas em que foram usinadas e seus raios são dados
por r = z/2p. As circunferências primitivas de corte são também conhecidas como
çircunferências 'primitiva., de referência.
r
,...Gircunfertncie
primitiva 'b
,....-<te reftll'tnclll 2
ldeco",'
Engrenagem 1
Circunf. primitiva de
refertncia
-
Jogo
primitivo i
~--
referência
Circunf. primitiva de
:'1::2 I !"
It C \ 1\ : !1 :cC-
Além da variação nas circunferências primitivas, o ângulo de pressão também
aumenta. O ângulo r:J.' é conhecido como o ângulo de pressão de funcionamento
e é maior do que o ângulo de pressão de corte r:J.. Uma equação para o ângulo de
pressão r:J.' pode ser facilmente derivada da Fig. 4.21b:
,. +,. cos r:J. = cos ~."".....,
b,
cos r:J.'
b2
= (r1 + r ) ---
2 cos r:J.' cos r:J.'
a
cosr:J.' = -, cosr:J.
a
Aa = a' - a
cos r:J.
=a--- -a
cos r:J.'
s' =
1
2r'1 [~+ 2r 1
Evrx - Evrx' ]
r'
_1 S - 2r' (Evrx' - Evrx)
r 1 1
1
r'
_2_ S -
r 2
2r'2 (Evrx' - Evrx)
2
Substituindo as Eqs. 4.17, 4.18, 4.19 e 4.20 na Eq. 4.16 e lembrando que
2nr . n
-z- = Pr = p'
\ - v \
P
s. =S2 = 2" = 2p 1t
Circunf. de pé
Circunf. primitiva
Cinrcunf. de cabeça
Eles têm dimensões tão próximas que essa interferência ocorre nos pontos a, b,
c, d ee. Quando uma engrenagem de dentes internos é usinada, usa-se uma ferra-
menta pinhão, tipo Fellows, com dois dentes a menos do que a engrenagem que
está sendo usinada. Isto automaticamente reduz as extremidades dos dentes para
prevenir interferência nos pontos a, b, c, d e e. Pode haver também interferência
evolvental entre perfis ativos do mesmo modo que nas engrenagens de dentes exter-
nos. Isto será discutido no próximo par~grafo.
A Fig. 4.23 mostra dois dentes da Fig. 4.22 em contato com a linha de ação
tangente à circunferência de base da engrenagem no ponto f e tangente à circunfe-
rência de base do pinhão no ponto g. Pode-se iniciar no ponto f, um perfil evol-
vental para a engrenagem, mas a evolvente para o pinhão não pode começar antes
do ponto g. O ponto g é, então, o primeiro ponto possível de contato sem inter-
ferência evolvental e determina a altura de cabeça máxima da engrenagem. O
ponto h, interseção da circunferência de cabeça do pinhão e a linha de ação, é o
fim do contato, e o comprimento de ação é gPh. Deve-se mencionar que a relação
p = z/d vale tanto para uma engrenagem de dentes internos quanto para uma de
dentes externos.
10 1 Pin_h~ _
Circunferencia de base
Circunferência primitiva
~ircunf!rência _dece~ 'O~ E"!iren89f!m _
circunferência de base.
4.6 Os raios primitivos de duas engrenagens acopladas são 2,00 e 2,50 pol,
e os raios externos são 2,25 e 2,75 pol, respectivamente. O ângulo de pressão é 20 0
•
missão Ga.
4.9 A razão frontal de transmissão é definida como o arcO frontal de trans-
missão dividido pelo passo frontal ou como a relação do comprimento de trans-
missão com o passo base. Prove que
• As normas da AGMA não apresentam engrenagens com unidades no SI. Por esta razão, não há
problemas nos capítulos 4, 5, 6 e 7 empregando essas unidades.
Arco frontal de transmissão Comprimento de transmissão
passo frontal passo base
4.10 Descrc;va uma equação para o comprimento de ação g(l. para um pinhão
que comanda uma cremalheira em termos do raio primitivo r; o raio base r b' a altura
de cabeça ha e o ângulo de pressão (1..
4.11 Um pinhão com um raio primitivo de 1,50 pol impele uma cremalheira.
O ângulo de pressão é 14,5°. Calcule a máxima altura de cabeça possível para a
cremalheira sem haver interferência evolvental no pinhão.
4.12 Um pinhão com 24 dentes, passo 12, ângulo de pressão 200, dentes nor-
mais, impele uma engrenagem de 40 dentes. Calcule os raios primitivos, raios base,
saliência, profundidade e espessura de dente na circunferência primitiva.
4.13 Um pinhão com 18 dentes, diametral pitch 8, ângulo de pressão 25°,
dentes normais, impele uma engrenagem de 45 dentes. Calcule os raios primitivos,
raios base, alturas de cabeça e de pé e a espessura do dente na circunferência primi-
tiva.
4.14 Um pinhão de 42 dentes, diametral pitch 120, ângulo de pressão 1200,
dentes normais, impele uma engrenagem de 90 dentes. Calcule a razão frontal
de transmissão.
4.15 Se os raios de um pinhão e uma engrenagem são aumentados tal que cada
um se torne uma cremalheira, o comprimento de transmissão, teoricamente, se
torna um máximo. Determine a equação para o comprimento de transmissão
sob estas condições e calcule a razão frontal de transmissão máxima para sistemas
de dentes normais com ângulos de pressão 14,5°, 200 e 25°.
4.16 Um pinhão com 20 dentes, diametral pitch 4, ângulo de pressão 200,
dentes rebaixados, aciona uma cremalheira. Calcule o raio primitivo, raio base,
altura de trabalho, altura total e a espessura dos dentes da cremalheira na linha
primitiva.
4.17 Uma cremalheira de dentes normais, ângulo de pressão de 200, tem uma
saliência de 0,25 pol. Calcule o passo base e mostre-o como uma dimensão da
cremalheira, em escala I: I.
4.18 Determine o número de dentes em uma engrenagem evolvental de dentes
retos, normais, ângulo de pressão 14,5°, tal que os diâmetros das circunferências
de base e de pé sejam iguais.
4.19 Determine para um par de engrenagens de dentes retos: (a) uma equação
para a distância entre eixos a como função dos números de dentes e do diametral
pitch. (b) as várias combinações de engrenagens de dentes normais, ângulo de
pressão 200, 'que podem ser usadas para operar a uma distância entre eixos de 5,00
pol com uma razão de velocidades angulares de 3 : 1. O diametral pitch não deve
ser superior a 12 e as engrenagens não podem ser adelgaçadas. As engrenagens
devem ser fresadas.
4.20 Um pinhão com 30 dentes, normais, ângulo de pressão 25°, diametral
pitch 6, impele uma cremalheira. Calcule o comprimento de transmissão e a razão
frontal de transmissão.
4.21 Um pinhão com 24 dentes, diametral pitch 2, ângulo de pressão 20",
dentes normais, aciona uma cremalheira. Se o pinhão gira no sentido anti-horário,
a 360 rpm, determine, graficamente, a velocidade de deslizamento entre um dente
do pinhão e da cremalheira no início do contato, no ponto primitivo e no fim do
contato. Use uma escala de 1 pol = 10 pés/sego
4.22 Duas árvores, cujos eixos estão afastados de 8,5 pol devem ser acopladas
com engrenagens de dentes retos com uma razão de velocidades angulares de 15 : 1.
Usando um diametral pitch 6, selecione dois pares de engrenagens que melhor se
ajustem aos requisitos acima. Que modificação teria que ser tolerada nos dados
para cada conjunto utilizado?
4.23 Uma ferramenta fresa, dentes normais, diametral pitch 8, ângulo de pres-
são 14,5°, é usada para usinar uma engrenagem de dentes retos. A ferramenta
tem hélice à direita com um ângulo de 2°40', um comprimento de 3;00 pol e um diâ-
metro externo de 3,00 pol. Faça um esquema em escala 1 : 1 da ferramenta, usinando
uma engrenagem de dentes retos de 48 dentes. O disco da engrenagem tem I 1/2 pol
de espessura. Mostre o cilindro primitivo da ferramenta sobre o disco de engre-
nagem com o passo da hélice da fresa em correta relação com o passo frontal do
dente da engrenagem. Mostre três dentes da engrenagem e 1 1/2 voltas da hélice
da fresa: posicione estes elementos por meio do passo frontal. Assinale os eixos da
fresa e do disco da engrenagem, o ângulo de avanço da ferramenta e a direção de
rotação da fresa e do disco de engrenagem.
4.24 Para um ângulo de pressão de 22,5° no sistema de dentes normais, calcule
o número mínimo de dentes para um pinhão engrenar-se com uma cremalheira sem
interferência evolvental. Também calcule o número de dentes em um pinhão para
engrenar-se com uma engrenagem de igual tamanho sem interferência evolvental.
4.25 Um pinhão com 24 dentes, diametral pitch 8, ângulo de pressão 20",
impele uma engrenagem com 56 dentes. Determine o raio de cabeça de modo que
a circunferência de cabeça de cada engrenagem passe pelo ponto de interferência
da outra. Calcule o valor de k para cada engrenagem.
4.26 Duas engrenagens iguais, diametral pitch 5, ângulo de pressão 200,
engrenam-se de modo que a circunferência de cabeça de cada uma passa pelo
ponto de interferência da outra. Se a razão frontal de transmissão é 1,622 calcule
o número de dentes e o raio de cabeça para cada engrenagem.
4.27 Duas engrenagens evolventais, ângulo de pressão 200, são montadas à
distância entre eixos de referência. A circunferência de cabeça de cada engrena-
gem passa pelo ponto de interferência da outra. Deduza uma equação para k como
função de z, onde z é o número de dentes e k uma constante que quando dividida
pelo diametral pitch é a saliência.
4.28 No esquema de uma engrenagem mostrado na Fig. 4.25, ôs dentes têm
ângulo de pressão de 200 e são normais. Se o diâmetro primitivo é 4,80 pol e o
diametral pitch 5, calcule o raio do pino que fica em contato com o perfil no ponto
principal. Calcule o diâmetro m medido sobre dois pinos opostos.
4.29 Um pinhão com 40 dentes, diametral pitch 10, ângulo de pressão 14,5°,
dentes normais, é montado com uma cremalheira, sem folga. Se a cremalheira é
afastada 0,07 pol calcule o jogo primitivo produzido.
4.30 Um pinhão com 18 dentes, diametral pitch 12, ângulo de pressão 20°,
dentes normais, impele uma engrenagem de 54 dentes. Se a distância entre eixos
com que as engrenagens operam é 3,05 pol, calcule o ângulo de pressão de funcio-
namento.
4.31 Um pinhão com 36 dentes, normais, diametral pitch 10, ângulo de pressão
14,5°, impele uma engrenagem com 60 dentes. Se a distância entre eixos é aumentada
em 0,025 pol, calcule (a) os raios das circunferências primitivas de funcionamento,
(b) o ângulo de pressão de funcionamento e (c) o jogo primitivo produzido.
4.32 Um pinhão com 24 dentes rebaixados, diametral pitch 4, ângulo de pressão
200, aciona uma engrenagem de 40 dentes. Calcule (a) a distância entre eixos máxima
teórica com que estas engrenagens podem operar separadas para continuar a haver
movimento e (b) o jogo primitivo nas novas circunferências primitivas quando as
engrenagens são separadas da distância calculada em (a).
4.33 Um pinhão com 24 dentes tem uma espessura de dentes de 0,255 pol em
um raio primitivo de 1,50 pol e um ângulo de pressão de 200. Uma engrenagem de
40 dentes tem uma espessura de dentes de 0,230 pol em um raio primitivo de 2,50 pol
e um ângulo de pressão de 200. Calcule o ângulo de pressão e a distância entre
eixos se estas engrenagens são montadas sem jogo primitivo.
4.34 Um pinhão de 15 dentes, diametral pitch 10, ângulo de pressão 25°, impele
uma engrenagem de 45 dentes. Usando um computador, calcule o jogo primitivo
produzido quando a distância entre centros é aumentada de 3,00 para 3,030 pol
em incrementos de 0,001 pol.
4.35 Um pinhão de 34 dentes, diametral pitch 96, impele uma engrenagem de
60 dentes. Se a distância entre centros é aumentada de 0,005 pol, compare o jogo
primitivo produzido utilizando os ângulos de pressão de 14,5°, 20" e 25°.
Engrenagens de Dentes Retos
Corrigidas
•••••
.
••••••
•
•
••••••
5.1 Teoria das Engrenagens de Dentes Retos Corrigidas. O defeito mais grave
do sistema de engrenamento evolyental é.a.QQssibilidadede. interferência entre.Jl
~xtremidade dos dentes da eDl:renagem cgm os f1aDCosdo pinbão, Quando o núm~ro
g.~~~tes deste úl~imo é.m~nor do que o mínimo para o sistemapinhãQ-engrenagem.
Q.uando ocorre in.t~Ifur~cia, o metaLçm.c<xcesso ~ remº_Ylº9_!loJ}~do
e.i-~.~!.Q.,Jl.daj~s:mlltª...Q.Ye~ra..os dentes. Esta remc;>çãode_I!!etalpeIl1J~~a
~ cl;>nneçjdacomo adelgaçamento e normallll~J1!eocorre, a menO~Lq~esejam tomadas
providênciª.§...1?-arapre\ifiii-="!a.Se a ferml,llenta não. removesse este metal, as .!!!tas
ellgrenaglm.s_º~º girariam Quando monlligas porque a engrenagem, devido à inter-
ferência, tenderia a penetrar no flanco do pinhão. ~a. re.ªli<1ªgeJ,_ç.l1tre~nto,as
@,grenagenS po.derão girar livrelll~nte porque o flancoºº.pinhão foi adelgaçadp.
Mas isto não só en~ce o dente.do pjnhão como tªm~m Qode remOy.eL~a·
pequena parte da evolvente adjaçente à circunferência de base, o que pode ç~r
s~ria reduçª,-o no comprimento .de.transmissão.
A tentativa eara eliminar...a interferência. e seu j;.OJlseqUenteadelgaçamento
!çvouao..dessau::2lyimento de várjQs sistemas não Padronizados de engrenament9,
.a1guns 40s q1.!ais requerem ferramentas espeçjais. Qois des~s ~is!..emastiXCJ:.am
êxito e têm larga. aplicação porq',ieJ)'odem ser usadas ferramentas normalizadas
Para .,gerar os dentes. NQ'primeiro método, guando o pinhª-o está sendo cortado,
a ferramenta é afast.ªºa ~e. uma certa dts..tância da ~bra, ~o qu~ a ~inha de
cabeça da cremalheira baslca passe pelo ponto de IAtef~a '00 pmhao. Isto
~liIl1inao adelgaçamento...mas a espessu~acio dente ficará aume.ntada com ~.ms-
mmgente decréscimo no vão .• ste>está ilustrado na F'ig,_5.1, onde (a) mostra os
QenJ~s adelgaçados e lb) QS dentes resultantes quando a ferramenta foi afastada.
Montando-se este pinhão (Fig. 5.th) com sua engrenagem, nota-se que a distância
entre eixos aumenta devido ao 9J~çré~cim()do vão do dente. Elâriao"'p<>de mais ser
êalcuiãdã&retâmente dodiametral pitch e do número de dentes e então é conside-
rada não normalizada. Q ãng\ll()_Qepressão eIt! qp~.~ .~nsrenagens operam também
aumenta. ~C~_JH:~ de eliminar a interferência é conhecido como o sistema
de 'di"rtáucia eptre eixos -~-;"mentada.
Linha primitiva de
referência
Altura adicional
Necesséria para eliminar
a folga
\
\
Linha primitiva de corte ambos os calOS
_ Xm~(També~ lin~ primiti"!...~.!!ferência =
antes do re.cuo da ferra~nt8
" Linha primitiva de referência - recuo da ferrementa
/)/1 / ---...
JI/
I
~Pb
A Eq. 5.1 pode então ser usada para calcular a espessura do dente na circun-
ferência primitiva de referência ou de corte de uma engrenagem gerada por uma
ferramenta afastada de uma distância xm: xm será negativa se a ferramenta avançar
sobre o disco da engrenagem.
Esta equação pode também ser usada para determinar quanto uma ferramenta
deve avançar em um disco de engrenagem para resultar um jogo primitivo especi-
ficado.
Na Fig. 5.2 a cremalheira foi afastada de uma distância suficiente para que a
linha de cabeça passasse pelo ponto da interferência do pinhão. É possível desen-
volver uma equação tal que a correção xm possa ser determinada para satisfazer
esta condição.
xm = AR + DA - DP
k
= - + r b cos IX - r
p
rb = r cos IX
Z
k
XIII = --r(l-cos21X)
p
1 z 2
= p(k - T sen IX).
Há duas equações que foram desenvolvidas na seção 4.2 (Capítulo 4) que encon-
tram aplicação particular no estudo de engrenagens não normalizadas.
21" s
~I- + (Eu IX - Eu IX') ] - 2,.' [ ~z_
s - (Eu IX - Eu IX') ] 211:1" 1
= __
1 [ 2"1 2 2"2 Z1
Engrenagem 1
Circunf. primitiva
de corte
Circunf. primitiva de
funcionamento
1t ZI + Z2
SI + S2 = -
p
+ ~-~(Ev
p
a' - Ev a).
pt pt 1t ZI + Z2
2xml tg a + T + 2xm2 tg a +T = p+ P (Ev a' - Ev a)
ZI + Z2
2 tg a (xml + xm2) + Pt = -1tp + ~-~~(Ev
p
a' - Ev a).
_ (Zl + Z2) (Ev rx' - Ev rx)
xm1 + xm2 - 2 t
P g rx
Usando a Eq. 5.7 é possível determinar o ângulo de pressão rx' em que duas
engrenagens operarão depois de terem sido cortadas por uma fresa afastada de xm I
e xm2, respectivamente. Para calcular o acréscimo na distância entre eixos (sobre
a distância de referência a) devido ao ângulo de pressão aumentado, a Eq. 4.15 pode
ser usada e é repetida aqui:
Aa = a [ cos rx - 1J
cos rx'
1 E. J. Walsh e H. H. Mabie, "A Simplified Method for Determining Hob Offset Values in the
Design of Nonstandard Spur Gears", Proceedings, Second OSU Applied Mechanism Conference.
Stillwater, Oklahoma, Outubro, 1971.
um erro muito pequeno (menos de 4 %). Um exemplo está apresentado na Fig. 5.4
para alterações na distância entre eixos de A C = 1,175 a 1,275 pol, para p = I.
---
í 0,80
+
!E- 0,70
lo<
0,50
0,50 0,70 0,75
z,/(z. +z,)
a --- + Z2 = 20
= ZI ----+ 30
2p 2 x 5
= 5,00 pol
Ângulo de pressão de funcionamento:
, . a 5O
cos rx = - cos rx = -'- cos 20°
a' 5,25
Va = a' - a = 5,25 - 5,00
= + 0,25 poI.
o valor de Va deve ser multiplicado pelo diametral pitch porque as curvas são
baseadas em p = I.
/ia = Va x p = 0,25 x 5
= 1,25
30
20 + 30 = 0,60
Xn1. = 0,543
XI1I. + Xn12
Embora nào seja prático acompanhar todos os cálculos necessários para encon-
trar as tensões nos dentes do pinhào e da engrenagem, é interessante observar que
s = 9,959 F"
1 F
Fn = carga normal na extremidade do dente
F = espessura da face do dente.
Além dos gráficos para alterações positivas na distância entre eixos, como ilus-
trado na Fig. 5.4, o trabalho contém também uma série de gráficos para alterações
negativas na distância entre eixos.
Outro método para a solução do problema da determinação de xm1 e xm2
foi desenvolvido por Siegel e Mabie2. Por este método, xm1 e xm2 são selecionados
para uma aplicação particular a fim de serem obtidas proporções de dentes que levem
a uma relação máxima entre comprimentos de afastamento e de aproximação e,
ao mesmo tempo, a uma razão frontal de transmissão />a de 1,20 ou maior. Este
sistema é baseado no fato de que um par de engrenagens funciona mais suavemente
saindo de contato do que entrando em contato. Então é mais vantajoso ter uma
relação entre comprimentos de afastamento e de aproximação tão alta quanto
possível, especialmente para engrenagens para aplicação em instrumentos.
Não é possível calcular saliência e profundidade de uma engrenagem com a
distância entre eixos aumentada a menos que estejam disponíveis informações
sobre a engrenagem com que ela deve se engrenar. A Fig. 5.5 mostra duas engre-
nagens que devem se acoplar a uma dada distância entre eixos a'. As engrenagens
devem ~er cortadas com uma fresa que é afastada xm1 no pinhão e xm2 na engrena-
gem. E necessário calcular o diâmetro de cabeça de cada engrenagem e a profun-
didade de corte. A linha central da engrenagem 2 foi deslocada para a direita de
forma que um dente da ferramenta possa ser mostrado acoplado com cada disco.
Sabendo-se a distância entre eixos, os raios das circunferências primitivas, as cor-
reções, a forma do dente e o diametral pitch da ferramenta, é possível escrever as
equações para os raios de cabeça, como se segue:
,
ra2 = a - ri - xm1 + -k
p
Deve ser notado na figura que as alturas de cabeça das duas engrenagens não
são iguais entre si nem são iguais ao k/p da ferramenta.
Uma equação para a profundidade de corte pode também ser facilmente
desenvolvida a partir da Fig. 5.5.
h = r ll1 + r a2 - a' +c
onde c é obtido nas Tabelas 4.1 ou 4.2
2 R. E. Siegel e H. H. Mabie, "Determination of Hob Offset Values for Nonstandard Gears Based
on Maximum Ratio of Recess to Approach Action", Proceedings, Third OSU Applied Mechanism
Conference, Stillwater, Oklahoma, Novembro, 1973.
---------+
I
I
xm1 = 1 p (k - T sen Zl 2 IX )
= -1 ( 1 00 - -12 sen 2 2u
6' 2
no)
I 15
xm2 = 6" 1,00 - T sen220"
r-
r 1 cos IX x 0,9397
r-
cos IX' 0,9135
r-
r 2 cos IX 1,25 x 0,9397 _ 1 2858 I
I'"'
r~ = cos IX' 09135
, ' po
r-
e
r-
r-
Exemplo 5.3
r-
31 3 5 I
2P
Z2
= 2 x 8 = 1,9 7 po
31
-- x 5
79
r~ = i~ x 5 = 3,0379 pol
79 x 0,003575 0,282425
xml + xm2 = 16 x 0,25862 4,13792
xm 2 = O .
xml = 0,06825 pol