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A Época
A segunda década do século XX foi tumultuada. A Primeira Guerra Mundial (1914-1917) envolveu a
Europa e os Estados Unidos em operações militares conjuntas. Em seguida, os meios de transporte
tiveram enorme expansão, com a indústria automobilística, as ferrovias e o início da aviação militar, civil e
comercial. As comunicações também passaram por enorme expansão do jornalismo e do rádio em ondas
médias e curtas. E na Europa, surgiu a Teoria Clássica da Administração.
1. Administração Cientifica
A Teoria Clássica, segundo Chiavenato (2003) está fundamentada na escola que foi denominada de
Administração Científica. Sua origem remonta ao ano de 1903, ou seja, começo do século XX e após
surgidas as consequências da Revolução Industrial, que trouxe o crescimento acelerado e desorganizado
das empresas e a necessidade de aumentar a produção de bens, reduzindo a imprevisão, melhorando a
eficiência e aumentando a competitividade.
A Obra de Taylor
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica, nasceu na Filadélfia, nos
Estados Unidos. Veio de uma família qualquer de princípios rígidos e foi educado com forte mentalidade
de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Iniciou sua carreira como operário na Midvale Steel Co.,
passando a capataz, contramestre até chegar a engenheiro, quando se formou pelo Stevens Institute. Na
época, vigorava o sistema de pagamento por peça ou por tarefa. Os patrões procuravam ganhar o máximo
na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto os operários reduziam o ritmo de produção para
contrabalançar o pagamento por peça· determinado pelos patrões. Isso levou Taylor a estudar o problema
de produção para tentar uma solução que atendesse tanto aos patrões como aos empregados.
O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro Shop Management (1903),
sobre as técnicas de racionalização do trabalho do operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos
(Motion-time Study). Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando
um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e
processos de trabalho para aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Verificou que o operário médio e com o
equipamento disponível produzia muito menos do que era potencialmente capaz. Concluiu que se o
operário mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo,
acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Daí a
necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais. Em essência, Taylor diz, em
Shop Management, que:
2. Para realizar tal objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos
para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações
fabris.
3. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados em seus postos com condições de
trabalho adequadas para que as normas possam ser cumpridas.
4. Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma
tarefa para que a produção normal seja cumprida.
S A Administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os trabalhadores para
garantir a permanência desse ambiente psicológico.
Corresponde à publicação do seu livro The Principies of Scientific Management (1911), quando concluiu
que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral para tornar
coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo. A partir daí, desenvolveu seus
estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar de lado sua
preocupação quanto à tarefa do operário. Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:
1. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção acerca de um terço da que seria
normal.
Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho:
c. Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário desperdiça
grande parte de seu esforço e tempo.
2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua
realização.
A Administração Científica restringiu-se às tarefas e aos fatores diretamente relacionados com o cargo e a
função do operário. Embora a organização seja constituída de pessoas, deu-se pouca atenção ao
elemento humano e concebeu-se a organização como "um arranjo rígido e estático de peças" ou seja,
como uma máquina: assim como construímos uma máquina como um conjunto de peças e especificações
também construímos uma organização de acordo com um projeto. Daí a denominação "teoria da máquina"
dada à Administração Científica.
2. Superespecialização do operário
Na busca da eficiência, a Administração Científica preconizava a especialização do operário por meio da
divisão e da subdivisão de toda operação em seus elementos constitutivos. As tarefas mais simples - o
resultado daquela subdivisão - podem ser mais facilmente ensinadas e a perícia do operário pode ser
incrivelmente aumentada. Por outro lado, alcança-se uma respeitável padronização no desempenho dos
operários, pois na medida em que as tarefas vão se fracionando, a maneira de executá-las torna-se
padronizada. Essas "formas de organização de tarefas privam os operários da satisfação no trabalho, e, o
que é pior, violam a dignidade humana". O taylorismo demonstrou que a maneira espontânea com que os
trabalhadores executavam suas tarefas era a mais fatigante, a menos econômica e a menos segura. "Em
lugar dos erros do passado, o taylorismo propõe uma verdadeira racionalização; é esse seu papel positivo.
Uma nova ordem de coisas. O taylorismo propõe diminuir o número de atribuições de cada indivíduo e
especializar as atribuições de cada chefe. Isso é a negação de apreender a situação total em cada nível.
Trata-se de uma decomposição analítica das funções, a recusa de reconhecer os grupos e a negação da
visão da situação a cada nível." Contudo, a proposição de que "a eficiência administrativa aumenta com a
especialização do trabalho" não encontrou amparo.
3. Visão microscópica do homem
A Administração Científica é criticada por pretender criar uma ciência sem o cuidado de apresentar
comprovação científica das suas proposições e princípios. Em outros termos, os engenheiros americanos
utilizaram pouquíssima pesquisa e experimentação científica para comprovar suas teses. Seu método é
empírico e concreto, no qual o conhecimento é alcançado pela evidência e não pela abstração.
A Administração Científica é incompleta, parcial e inacabada, por se limitar apenas aos aspectos formais
da organização, omitindo a organização informal e os aspectos humanos da organização. Essa
perspectiva incompleta ignora a vida social interna dos participantes da organização. As pessoas são
tomadas como indivíduos isolados e arranjados de acordo com suas habilidades pessoais e com as
demandas da tarefa a ser executada. Também omite certas variáveis críticas, como o compromisso
pessoal e a orientação profissional dos membros da organização, o conflito entre objetivos individuais e
organizacionais etc.
A Administração Científica também ficou restrita aos problemas de produção na fábrica, não considerando
os demais aspectos da vida da organização, como financeiros, comerciais, logísticos etc. Além disso, o
desenho de cargos e tarefas retrata suas concepções a respeito da natureza humana (homem econômico)
e se fundamenta em uma expectativa de estabilidade e previsibilidade das operações da organização.
9. Pioneirismo na administração
1. É o primeiro esforço científico para analisar e padronizar os processos produtivos com o objectivo de
aumentar a produtividade e a eficiência.
Segundo Chiavenato (2003), Fayol, em seu livro “Administração Geral e Industrial”, apresenta seis
funções básicas que considera essenciais à toda empresa, que são as funções: • Técnicas – produção
de bens ou serviços da empresa;
1. Divisão do trabalho. Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a
eficiência.
5. Unidade de direção. Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o
mesmo objetivo.
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais. Os interesses gerais da empresa devem
sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas.
7. Remuneração do pessoal. Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a
organização em termos de retribuição.
9. Cadeia escalar. É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do
princípio do comando.
10. Ordem. Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.
14. Espírito de equipe. A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a organização.
1. Conceito de Administração
Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções
administrativas envolvem os elementos da Administração, isto é, as funções do administrador, a saber:
1. Prever. Visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2. Organizar. Constituir o duplo organismo material e social da empresa.
3. Comandar. Dirigir e orientar o pessoal.
4. Coordenar. Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.
5. Controlar. Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
Os autores clássicos concebem a organização em termos lógicos, formais, rígidos e abstratos, sem
considerar seu conteúdo psicológico e social com a devida importância. Limitam-se à organização
formal, estabelecendo esquemas lógicos e preestabelecidos, segundo os quais as organizações
devem ser construídas e governadas. Nesse sentido, são prescritivos e normativos: como o
administrador deve conduzir-se em todas as situações através do processo administrativo e os
princípios gerais que deve seguir para obter a máxima eficiência. A preocupação com as regras do
jogo é fundamental.
A Teoria Clássica pretendeu elaborar uma Ciência de Administração para estudar e tratar a
Administração substituindo o empirismo e a improvisação por técnicas científicas. Porém, os autores
clássicos fundamentam seus conceitos na observação e no senso comum. Seu método é empírico e
concreto, baseado na experiência direta e no pragmatismo e não confrontam a teoria com elementos
de prova. Suas afirmações se dissolvem quando postas em experimentação. As idéias mais
importantes são catalogadas como princípios, o que provocou críticas, pois o princípio utilizado como
sinônimo de lei deve, como esta, envolver um alto grau de regularidade e consistência, permitindo
razoável previsão em sua aplicação, tal como acontece nas outras ciências.
Os autores clássicos se preocupam com a apresentação racional e lógica das suas proposições
sacrificando a clareza das suas ideias. O abstracionismo e o formalismo são criticados por levarem a
análise da Administração à superficialidade, à super simplificação e à falta de realismo. A insistência
sobre a concepção da Administração com um conjunto de princípios universalmente aplicáveis
provocou a denominação Escola Universalista. Alguns autores preferem, pelo espírito pragmático e
utilitarista, a denominação Teoria Pragmática.
4. "Teoria da máquina"
A Teoria Clássica recebe a denominação de teoria da máquina pelo fato de considerar a organização
sob o prisma do comportamento mecânico de uma máquina: a determinadas ações ou causas
decorrem determinados efeitos ou consequências dentro de uma correlação determinística. A
organização deve ser arranjada tal como uma máquina. Os modelos administrativos correspondem à
divisão mecanicista do trabalho, em que a divisão do trabalho é a mola do sistema. A abordagem
mecânica, lógica e determinística da organização foi o fator que conduziu erradamente os clássicos à
busca de uma ciência da Administração.
Tal como aconteceu com a Administração Científica, a Teoria Clássica preocupou-se apenas com a
organização formal descuidando-se da organização informal. O foco na forma e a ênfase na estrutura
levaram a exageros. A teoria da organização formal não ignorava os problemas humanos da
organização, porém não conseguiu dar um tratamento sistemático à interação entre pessoas e grupos
informais, nem aos conflitos intra-organizacionais e ao processo decisório.
A Teoria Clássica trata a organização como se ela fosse um sistema fechado, composto de algumas
variáveis perfeitamente conhecidas e previsíveis e de alguns aspectos que são manipulados por meio
de princípios gerais e universais. Contudo, apesar de todas as críticas, a Teoria Clássica é a
abordagem mais utilizada para treinamento de neófitos em Administração, pois permite uma
abordagem sistemática e ordenada.
A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos:
2. O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, bem como sua crescente
influência intelectual e suas primeiras aplicações à organização industrial. As ciências humanas vieram
demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica.
3. As idéias da filosofia pragmática de John Dewey2 e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin" foram
fundamentais para o humanismo na Administração. Elton Mayo é o fundador da escola. Dewey e Lewin
também contribuíram para sua concepção.3 A sociologia de Pareto foi fundamental.
4. As conclusões da Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton
Mayo, que puseram em xeque os principais postulados da Teoria Clássica da Administração.
o advento da Teoria das Relações Humanas trouxe uma nova linguagem que passou a dominar o
repertório administrativo: fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização informal,
dinâmica de grupo etc. Os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho,
departamentalização, princípios gerais de Administração etc. passam a ser contestados ou deixados de
lado. Subitamente, explora-se o reverso da medalha.
Com a Teoria das Relações Humanas, surge uma nova concepção sobre a natureza do homem: o homem
social, que se baseia nos seguintes aspectos:
2. As pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio dos
grupos sociais com que interagem. Dificuldades em participar e em se relacionar com o grupo provocam
elevação da rotatividade de pessoal (turnover), abaixamento do moral, fadiga psicológica, redução dos
níveis de desempenho etc.
O supervisor eficaz é aquele que possui habilidade para influenciar seus subordinados, obtendo lealdade,
padrões elevados de desempenho e alto compromisso com os objetivos da organização.
A motivação procura explicar por que as pessoas se comportam. A Administração Científica baseava-se
na concepção do homo economicus, segundo a qual o comportamento do homem é motivado
exclusivamente pela busca do dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho.
A Experiência de Hawthorne teve o mérito de demonstrar que a recompensa salarial – mesmo quando
efetuada em bases justas ou generosas – não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador dentro
da situação de trabalho. Elton Mayo e equipe propuseram uma nova teoria da motivação antagônica à do
homo economicus: o ser humano é motivado, não por estímulos salariais e econômicos, mas por
recompensas sociais e simbólicas.
1. Teoria de campo de Lewin Kurt Lewin em suas pesquisas sobre o comportamento social já se referia ao
importante papel da motivação. Para explicar a motivação do comportamento, elaborou a teoria de campo,
que se baseia em duas suposições fundamentais:
a. O comportamento humano é derivado da totalidade de fatos coexistentes.
b. Esses fatos coexistentes têm o caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende
de uma inter-relação com as demais outras partes.
O comportamento humano não depende do passado ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e
presente. Esse campo dinâmico é "o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico".
Para Lewin, toda necessidade cria um estado de tensão no indivíduo e uma predisposição à ação.
Quando um objeto exeqüível é encontrado, ele adquire uma valência positiva e um vetor é despertado
para dirigir locomoção para o objeto. Quando a tensão é excessiva (muita fome, por exemplo), ela pode
tumultuar a percepção do ambiente e desorientar o comportamento do indivíduo. Se surge uma barreira,
ocorre a frustração pelo não alcance do objetivo, provocando aumento da tensão e levando a um
comportamento ainda mais desorientado. Lewin foi o principal inspirador dos autores da Escola das
Relações Humanas.
a. Necessidades fisiológicas
São as necessidades primárias, vitais ou vegetativas, relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. São
inatas e instintivas. Situadas no nível mais baixo, as necessidades fisiológicas são também comuns aos
animais. Exigem satisfação periódica e cíclica. As principais necessidades fisiológicas são as de
alimentação sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de
segurança física contra os perigos. Se um indivíduo tem fome, procura alimento; porém, quando come
regularmente, a fome deixa de ser uma motivação importante.
b. Necessidades psicológicas
São necessidades secundárias e exclusivas do homem. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida
e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades. Raramente são satisfeitas em sua
plenitude.
Refere-se à maneira pela qual cada pessoa se vê e se avalia, ao auto-respeito e à consideração que tem
para consigo mesma.
c. Necessidades de auto-realização
São as necessidades mais elevadas e decorrem da educação e da cultura da pessoa. São raramente
satisfeitas em sua plenitude, pois o ser humano procura maiores satisfações e estabelece metas
crescentemente sofisticadas. A necessidade de auto-realização é o corolário de todas as necessidades
humanas.
4. Ciclo motivacional
O comportamento humano é motivado. A motivação é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma
forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais necessidades. Daí o conceito de ciclo
motivacional: o organismo humano permanece em estado de equilíbrio psicológico (equilíbrio de forças
psicológicas, segundo Lewin), até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade.
Essa necessidade provoca um estado de tensão em substituição ao estado de equilíbrio anterior. A tensão
conduz a um comportamento ou ação para alcançar a satisfação da necessidade. Quando a necessidade
é satisfeita, o organismo retoma ao estado de equilíbrio inicial até que outro estímulo sobrevenha.Toda
satisfação representa uma liberação de tensão ou descarga tensional.
5. Frustração e compensação
A satisfação das necessidades nem sempre é plenamente alcançada. Pode existir uma barreira ou
obstáculo que impeça a satisfação da necessidade. Toda vez que a satisfação é bloqueada por uma
barreira, ocorre frustração. A frustração impede que a tensão existente seja liberada e mantém o estado
de desequilíbrio e tensão. A frustração pode conduzir a reações comportamentais, como:
b. Agressividade. A pessoa frustrada pode tornar- se agressiva. A liberação da tensão acumulada pode
ocorrer por meio de agressividade física, verbal, simbólica etc.
c. Reações emocionais. A tensão retida pela não satisfação da necessidade pode provocar formas de
reação, como ansiedade, aflição, estados de intenso nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios,
digestivos etc.
Apesar de todas as críticas, a Teoria Clássica ainda é a abordagem mais utilizada para os
iniciantes em administração, pois permite uma visão simples e ordenada. Também para a execução de
tarefas administrativas rotineiras, a abordagem clássica disseca o trabalho organizacional em categorias
compreensíveis e úteis. Os princípios proporcionam guias gerais que permitem ao administrador manipular
os deveres do cotidiano do seu trabalho com mais segurança e confiança. Contudo, em uma era de
mudança e instabilidade como a que se atravessa, a abordagem clássica mostra-se rígida, inflexível e
conservadora, pois ela foi concebida em uma época de estabilidade e permanência. Em resumo, a Teoria
Clássica ainda tem a sua utilidade no mundo de hoje, como se verá adiante. Ela é indispensável na
compreensão das bases da moderna administração.
Para entender a abordagem Clássica é necessário compreender a época e o contexto que se caracterizou
pelo predomínio de um modelo de administração adequado para aquela situação.
TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Teoria Neoclássica é a corrente administrativa que se caracteriza pelo renascimento da Teoria Clássica,
devidamente atualizada e redimensionada de acordo com o espírito pragmático e que se baseia no
processo administrativo e na ênfase nos resultados e objetivos.
O termo Teoria Neoclássica é, na realidade, um tanto quanto exagerado. Os autores aqui abordados
(Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, Cyril O'Donnell, Michael Jucius, William Newman, Ralph
Davis, George Terry, Morris Hurley, Louis Allen, sem contar os autores da escola da Administração por
Objetivos), muito embora não apresentem pontos de vista divergentes, também não se preocupam em se
alinhar dentro de uma organização comum. Em resumo, os autores neoclássicos não formam
propriamente uma escola bem definida, mas um movimento relativamente heterogêneo que recebe várias
denominações: Escola Operacional ou Escola do Processo Administrativo. Preferimos a denominação
teoria para melhor enquadramento didático e facilidade de apresentação.
1. Divisão do trabalho.
2. Especialização.
3. Hierarquia.
4. Amplitude administrativa.