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387-26

MAPAS M E N TA I S
DIREITO
PENAL
por @viciodeumaestudante
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REQUISITOS:
É uma causa supralegal de Nenhum crime ou pena podem ser
- Mínima ofensividade da conduta
exclusão da tipicidade, pois criados senão em virtude de lei.
- Ausência de periculosidade social
não incide a tipicidade material
- Reduzido grau de reprovabilidade
(não há considerável lesão ou
do comportamento;
perigo ao bem jurídico)
- Inexpressividade da lesão jurídica
provocada
PRINCÍPIODA Ninguém poderá ser criminalmente
responsabilizado se a sua conduta não estiver
LEGALIDADE
O direito penal não deve se ocupar
PRINCÍPIODA expressa em lei anterior à prática do ato.

com o que é mínimo, com condutas PRINCÍPIODA ANTERIORIDADE


incapazes de ofender o bem jurídico
tutelado pelo direito penal INSIGNIFICÂNCIA A lei anterior ao fato criminoso
pode ser aplicada ao caso
concreto se for mais
PRINCÍPIODA benéfica ao réu. É uma
retroatividade exceção, pois a regra é que
A punição jamais PRINCÍPIODA penal benéfica as leis que devem ser

princípiosdo
poderá passar da PERSONALIDADE aplicada são as vigentes na
pessoa condenada.
época da ocorrência (tempus
regir actum).

PRINCÍPIODA
direitopenal PRINCÍPIODA
INTERVENÇÃO O direito penal deve
INDIViduALIZAÇÃO MÍNIMA intervir no que for
Cada um responde DAPENA realmente necessário.
na medida da sua É a ultima ratio.
culpabilidade.

PRINCÍPIODA PRINCÍPIODA
Só há crime quando LESIVIDADE PRINCÍPIODA FRAGMENTARIEDADE O direito penal deve se importar
há efetiva lesão ou ADEQUAÇÃOSOCIAL apenas com os delitos mais
perigo de lesão aos graves, que caracterizam bens
bens jurídicos. jurídicos relevantes para a
sociedade.
O direito penal não deve se
decorre do princípio da
preocupar com condutas tidas
intervenção mínima
como adequadas pela sociedade.
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princípioda
consunção/ absorção
Aplicada no conflito aparente de normas:
quando há duas ou mais leis penais que
parecem incidir sobre o mesmo ato.

CRIMEPROGRESSIVO crimecompl exo PROGRESSÃOCRIMINOSA


O agente, para alcançar um O agente inicialmente queria
É composto de vários tipos penais
resultado de crime + grave, praticar um crime menos grave e
autônomos. Prevale o fato
precisa necessariamente praticar o pratica, mas depois decide
complexo sobre os autônomos.
um crime menos grave. praticar um crime + grave.

Ex: para praticar homicídio deve Ex: para roubar, o agente furta o bem e Ex: decide praticar lesão corporal, mas,
necessariamente praticar lesão emprega violência ou grave ameaça, depois de praticado, muda de ideia e o
corporal. Só responde pelo homicídio. mas só responderá por roubo. mata. O resultado mais grave absorve o
resultado inicial.

- Há unidade de desígnios;
- O crime meio é obrigatório - Há uma mudança de dolo (é
para o crime fim. chamado de dolo cumulativo)
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Classificação dos crimes


Crime é a infração penal que a lei comina pena de
Conceitode É aquilo que está estabelecido em lei, reclusão ou detenção, cumulativa ou
consistente em um comportamento humano alternativamente com pena de multa.
causador de lesão ou perigo de lesão ao bem
crime jurídico tutelado, passível de sanção penal.
Contravenção é espécie de infração penal que a lei
comina prisão simples e/ou multa

Crimematerial , formal edemeraconduta CRIMECOMUM, PRÓPRIOEDEMÃOPRÓPRIA


Crimes em que o tipo penal prevê Crimes em que a consumação se
É aquele que somente pode ser
o resultado naturalístico, sendo dá com a mera ação ou
É aquele que o tipo penal não praticado pela pessoa
indispensável para a omissão. Resultado naturalístico
prevê nenhuma qualidade expressamente indicada no tipo
consumação do delito. não está previsto no tipo.
especial para o sujeito ativo, penal. Ex: falso testemunho.
Ex: homicídio, roubo. Ex: porte ilegal de arma de fogo.
podendo ser praticado por Obs: admitido apenas a
Crimes em que o resultado está qualquer pessoa. Ex: homicídio, participação.
previsto no tipo penal, mas não furto, crimes contra a honra.
precisa acontecer para a consumação
do delito. Ex: ameaça, extorsão. É aquele que o tipo penal prevê
características especiais para
o agente. Ex: crimes funcionais.
crimedol oso, cul posoepreterdol oso
O agente pratica a conduta a
CRIMECONSUMADOETENTADO
Quando o agente deseja
título doloso e o resultado
praticar o crime (dolo direto) O resultado, embora previsível,
mais grave que o esperado é
ou quando assume o risco não é querido, nem aceito pelo alcançado por culpa. Ex: Quando o agente Quando o crime não se
de produzir o resultado agente, que acaba praticando pratica todas as consuma por circunstâncias
lesão corporal seguida de
criminoso (dolo eventual). por falta de cuidado objetivo morte. características do tipo alheias a vontade do agente.
(negligência, imprudência ou penal. Art. 14, I, CP. Art. 14, II, CP.
imperícia).
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crimeinstantâneo, permanenteeinstantâneodeefeitos permanentes

Crime se consuma em determinado


É aquele cuja consumação ocorre momento, mas os efeitos duram para
E aquele cujo momento consumativo se
em um momento determinado, sempre. Ex: homicídio consumado,
prolonga no tempo até quando queira o
sem prolongação no tempo. lesão corporal irreversível.
sujeito ativo. Ex: extorsão mediante sequestro.
Ex: roubo, furto. Obs: prescrição só começa a correr após cessar
a atividade criminosa e a prisão em flagrante é
possível enquanto perdurar a execução.

CRIMEDEDANOEDEPERIGO De perigo concreto: exige-se a efetiva comprovação


de perigo para o bem jurídico tutelado. Ex: exposição
da vida ou saúde de outrem a perigo.
Crime se consuma quando o
bem jurídico é colocado em
Quando há efetiva lesão risco, sem precisar que
ao bem jurídico tutelado. ocorra a efetiva lesão. De perigo abstrato: dispensa-se a comprovação de
Ex: furto, roubo. que houve efetivo perigo ao bem jurídico tutelado.
Ex: tráfico de drogas.

CRIMESIMPLES, COMPLEXO,QUALIFICADOEPRIVILEGIADO
É aquele que possui um
Aquele em que são previstas determinadas
único tipo penal. Ex: furto.
situações que autorizam a diminuição da
pena imposta ao agente. Ex: homicídio
Aquele que resulta da união de dois privilegiado quando cometido por motivo de
ou mais tipos penais. Ex: extorsão relevante valor social.
Pode derivar do tipo penal básico ou
mediante sequestro (extorsão +
complexo, cuja pena sofre um
sequestro).
agravamento, com novos patamares de
mínimo e máximo. Ex: extorsão mediante
sequestro qualificada pela morte.
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Condutas paralelas: quando todos, pretendendo


CRIMEUNISSUBJETIVOEPLURISSUBJETIVO alcançar um fim único, auxiliam-se mutualmente na
execução do tipo penal. Ex: associação criminosa.

Aquele que pode ser praticado


Condutas divergentes: quando os agentes
por uma ou várias pessoas (de Aquele em que o concurso de
dirigem suas ações uns contra os outros. Ex: rixa.
concurso eventual). agentes é imprescindível para
a sua consumação.
Condutas bilaterais: quando o tipo pressupõe a atuação
de dois agentes cujas condutas são propensas a se
encontrar, pois partem de pontos opostos. Ex: bigamia.

crimecomissivoeomissivo Omissivo próprio ou puro: omissão está condita no


próprio tipo penal, podendo ser praticada por qualquer
pessoa que se encontre na posição indicada no tipo
São aqueles realizados por penal. Ex: omissão de socorro.
meio de uma ação, de um São aqueles realizados por
fazer, de uma conduta meio de uma omissão, de um
positiva. Ex: roubo. não fazer, de uma conduta
negativa. Omissivo impróprio ou impuro: tipo penal descreve uma
ação, mas a omissão do agente, que descumpre seu dever
jurídico de agir, produz resultado naturalístico e sua
responsabilização penal. Art. 13, §2º, CP.
CRIMEUNISSUBSISTENTEEPLURISSUBSISTENTE
Crimehabitual
Aquele em que são necessários
Aquele em que um só ato dois ou mais atos para consumar o
de execução é capaz de crime. Ex: homicidio praticado com Aquele que somente se consuma com a
consumar o crime. Ex: diversos golpes de faca. prática reiterada e uniforme de vários atos
crimes contra a honra. Obs: tentativa é admitida. que revelam um estilo de vida do agente.
Ex: exercício irregular da medicina.
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Solucionado pelo princípio Quando uma conduta deixa de ser


da retroatividade da lei considerada crime, retroage para alcançar
mais benéfica. fatos pretéritos. É causa extintiva da
punibilidade, fazendo cessar os efeitos
penais da sentença condenatória,
CONFLITODELEI permanecendo os extrapenais. A condenação
Em regra, a lei aplicável a um ABOLITIOCRIMINIS em relação ao crime abolido não pode ser
crime é aquela vigente ao tempo PENALNOTEMPO considerada para fins de reincidência ou
da execução deste. Princípio
antecedentes criminais. Art. 2º, CP.
tempus regit actum.

TEORIADA NOVATIOLEGISIN
ATIVIDADE MELLIUS
EFICÁCIADALEI
PENALNOTEMPO A lei posterior, que, de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que
CRIME decididos por sentença transitada
PERMANENTEE em julgado. Art. 2º, §único, CP.
CONTINUADO NOVATIOLEGIS
INCRIMINADORA
NOVATIOLEGISIN
Se uma lei penal nova tiver vigência durante o PEJUS A lei nova incrimina fatos antes
considerados lícitos. Não
crime permanente ou durante a continuidade
retroage, tendo eficácia somente
delitiva, deverá ser aplicada ao caso, mesmo
em relação a fatos praticados a
que prejudicial. Súm. 711, STF.
Lei nova mais severa que a partir de sua vigência.
anterior. Ex: Lei nº 11.343/06
aumentou a pena do crime de
tráfico de drogas. Não retroage.
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eficáciadal ei penal noespaço


Art. 5º, CP: aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e
PRINCÍPIODA regras de direito internacinal, ao crime cometido no território nacional.
(Regra geral).
TERRITORIALIDADE Exceções: brasileiro comete crime no exterior ou estrangeiro comete delito no
Brasil: Código Penal adotou o princípio da territorialidade mitigada.

Art. 5º, §1º, CP: consideram-se extensão do território brasileiro as


territóriobrasil eiro embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do
por extensão governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como aeronaves e as
embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se achem
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

1) Princípio da nacionalidade ativa: art. 7º, I, alínea "d", II, alínea "b". Crime praticado por
brasileiro fora do país. O agente será punido de acordo com a lei brasileira, independente da
nacionalidade do sujeito passivo e do bem jurídico tutelado, dependendo, apenas, do cumprimento
das condições previstas no art. 7º, §2º, CP.
exceções aoprincípioda
territorial idade 2) Princípio da nacionalidade passiva: art. 7º, §3º. CP. Crime praticado contra vítima
brasileira. Deve obedecer também as condições do art. 7º, §2º, CP.

3) Princípio da defesa real ou proteção: art. 7º, I, alíneas "a", "b", "c'. Aplicação da lei brasileira
aos crimes praticados no exterior que ofendam bens jurídicos pertencentes ao Brasil,
qualquer que seja a nacionalidade do agente ou lugar do crime.

1) Incondicionada: aquela que não depende de nenhuma condição, a simples prática do


delito no exterior já autoriza a aplicação da lei brasileira. Art. 7º, I, CP.
Obs: mesmo que tenha sido absolvido no exterior, será julgado no Brasil. Caso tenha sido
TIPOSDEEXTRATERRITORIALIDADE condenado, computa-se a pena cumprida. É exceção ao princípio do bis in idem.

2) Condicionada: depende de condições cumulativas previstas no art. 7º, §2º, alíneas "a" - "e" e
§3º, CP.

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