Liderança de Equipas
Dossier de Liderança
Fevereiro 2022
Liderança de Equipas
ÍNDICE
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1. Aspetos conceptuais de liderança
Mais recentemente surgem abordagens mais envolventes, Cunha et al. (2016) refere
que na liderança, uma pessoa da equipa interpreta os acontecimentos pelos demais
componentes do grupo. É responsável pela escolha das metas estratégicas, pela
organização do trabalho, influencia e motiva a equipa com o objetivo de atingir as metas,
impulsiona a colaboração do grupo, apoia os membros da equipa no desenvolvimento de
competências, gera confiança dos membros e também é responsável por conseguir que
pessoas externas cooperem com eles.
Ser líder é ser o exemplo, ouvir, aprender, ser resiliente, justo, humilde, motivador,
flexível, proactivo, estratega, ter capacidade de tomar decisões, de construir
relacionamento, de adaptação, capacidade de antecipação de problemas, de interação e
harmonização, sempre tendo como foco a estratégia da organização.
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2. O modelo de liderança situacional
O modelo de liderança situacional proposto por Blanchard & Hersey, exibe um líder
com capacidade de adaptação, variando entre quatro estilos de liderança passíveis de
serem adotados, face ao estado de maturidade do colaborador, de acordo com também
quatro níveis. A maturidade é a capacidade e disposição dos colaboradores em assumir
responsabilidades e coordenar o seu próprio comportamento, sujeita a variação de acordo
com a situação de atuação ou tarefa atribuída (Blanchard & Hersey, 1986, cit. in Andrade
et al., 2010). Esta abordagem pretende evidenciar meios para a criação de um ambiente e
recursos necessários para o desenvolvimento do colaborador e realização das tarefas
propostas, através da otimização da relação e interação entre o líder e o liderado (Andrade
et al., 2010).
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M4 (Realizador autónomo) – O colaborador já realiza o seu trabalho de forma autónoma,
desta forma apresenta maturidade alta. Está, também, bastante motivado. E4 – Delegar:
O líder deve adotar uma postura de pouco foco na tarefa e pouco foco no relacionamento.
Ou seja, deve reconhecer o bom desempenho do colaborador e confiar-lhe novas
responsabilidades.
A inteligência artificial afirma-se já, com todo o seu impacto nas organizações.
Utilizada em atendedores automáticos de apoio ao cliente, quando ponderamos esta
tecnologia e o seu imenso potencial, nomeadamente na simplificação de processos,
tomamos consciência que a abertura para o digital por parte dos líderes e a sua adaptação
á transformação tecnológica, são preponderantes para a condução das organizações ao
sucesso. É necessária capacidade de transformação, resiliência e adaptação às diferentes
realidades, pois as mudanças decorrentes da evolução digital são imensas e extremamente
rápidas, impactando diretamente nas metodologias de gestão dos líderes.
Liderar as novas gerações, nascidas em plena era digital e de perfil mais aventureiro,
caracterizadas pela busca incessante de novas experiências, objetivos guiados por
“trabalhar para viver” e não “viver para trabalhar”, apresenta por si um dos grandes
desafios da liderança contemporânea.
Evolução digital: os desafios decorrentes deste fator vão muito para além do teletrabalho,
sendo que com a evolução do digital na maioria das empresas, as relações humanas
reduzem-se bastante, os colaboradores não convivem, somente se encontram em salas
virtuais para trabalhar, perdem-se os momentos de descontração, que são extremamente
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importantes, o que se traduz em menor produtividade decorrente da insatisfação dos
colaboradores.
4. Recomendações e conclusões
A Liderança Humanizada deve ser o caminho a seguir em prol da adaptação aos novos
desafios e busca pelo sucesso da organização. O líder deve surgir na sua forma mais
empática, assertiva e solidária, investindo esforços na escuta ativa e compreensão das
emoções dos seus colaboradores. Deve ser promovido o trabalho em equipa, o espirito
solidário e um ambiente de trabalho positivo e livre, onde o bem-estar das pessoas é
prioritário e a sua importância é reconhecida.
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BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, R., MOURA, M. & TORRES, P. (2010). Contribuições da liderança situacional para
as organizações.
GALVÃO, C., TREVIZAN, M., SAWADA, N. & FÁVERO, N. (1997). O estilo de liderança
exercido pelo enfermeiro de unidade de internação cirúrgica sob o enfoque da liderança
situacional. Revista latino-am. enfermagem, 5 (2), 39-74.
HERSEY, P.; BLANCHARD, K.H. (1986) Psicologia para administradores: a teoria e as técnicas
da liderança situacional. São Paulo: Editora Pedagógica Universitária.
(Consulta a 14 Fev:)
https://www.portaldalideranca.pt/conhecimento/lideranca/4077-qual-o-maior-desafio-para-os-
lideres-nos-proximos-20-anos
https://www.dn.pt/dinheiro/lideranca-humanizada-e-o-desafio-do-futuro-do-trabalho-
14320761.html
https://blog.eureca.me/lideranca-do-futuro/
https://www.pontotel.com.br/lideranca-humanizada/#1