Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA EM NEGÓCIOS
Olá cursistas!
Bom trabalho!
2
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
3
ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES A DISTÂNCIA
Para obter sucesso na finalização de seus estudos pelo CETEG é importante seguir
alguns passos:
1- Participe das atividades presenciais obrigatórias, elas serão o início da discussão
das disciplinas;
2- Leia com atenção todo o material recebido bem como o material disponível no
AVA;
3- Realize as atividades propostas pelo seu tutor no AVA;
4- Para acessar o AVA siga os passos do manual do MOODLE;
5- Utilize seu login e sua senha de acesso que serão encaminhados para seu email
pelo seu tutor;
6- Durante todo o período do curso você terá à sua disposição tutores para auxiliá-
lo, neste curso a profissional indicada é Missaela Lima, seu email:
cetegtutoria@gmail.com
Telefone: (62) 3095-2095
7- O cursista será avaliado ao final do curso, mediante participação nas atividades
propostas e avaliação presencial final, exigindo-se média mínima: 6,0 (seis),
frequência mínima de 75% que será acompanhada via relatórios da plataforma,
atividades a distância e avaliação presencial.
Equipe do CETEG
4
ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE AVALIAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM
TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AOS CURSISTAS
5
Programa de Disciplina
EMENTA:
Apresentar noções de Economia, bem como sua aplicabilidade no ambiente de
negócios. Como ferramenta para as discussões serão apresentados, dentro do contexto
empresarial, questões de introdução à economia e microeconomia, bem como suas
interações e aplicações
.
OBJETIVOS
CONTEÚDO
Introdução à economia
Demanda, oferta e equilíbrio de mercado
Elasticidades
Produção
Estruturas de Mercado.
METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIAS:
6
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 17.ed. São Paulo: Atlas, 1997.
7
Texto – Aula Presencial
: A CIÊNCIA "ECONOMIA"
1. DEFINIÇÕES:
8
teorias e leis que pudessem ser estabelecidas para os três compartimentos da atividade
econômica: FORMAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO das riquezas. As definições da
ECONOMIA fundamentaram-se nessa chamada trilogia teórica (formação, distribuição e
consumo), os principais representantes foram: MALTHUS, LAW, STUART MILL,
QUESNAY, CANTILLON, DAVID RICARDO E JEAN BAPTISTE SAY.
9
mecanicistas, organicistas e posteriormente humanas, através das quais os economistas
procuraram interpretar os principais fenômenos da atividade econômica.
Os economistas do grupo Organicista pretendiam que o organismo econômico se
comportasse como um órgão vivo. Os problemas de natureza econômica eram expostos
numa terminologia retirada da Biologia, tais como "órgão", "função", circulação, "fluxos",
"fisiologia", etc. A concepção Organicista da Economia se faz presente em vários textos
históricos, por exemplo: "as partes principais da Economia Social são relacionadas
com os órgãos dos quais a sociedade se serve para a criação, a distribuição e o
consumo dos bens, do mesmo modo como as partes principais da fisiologia do
homem são os órgãos que se relacionam com a nutrição, o crescimento e o
desenvolvimento do corpo humano".1
Já os mecanicistas pretendiam que as leis da economia se comportassem como
determinadas leis da Física e a terminologia usada era: "estática", "dinâmica",
"aceleração", rotação", "fluidez", "força", etc. Os textos referentes são: "A Economia
deveria se ocupar dos resultados produzidos por uma combinação de forças e
esses resultados deveriam ser descobertos com o auxilio da natureza mecânica
das atividades individuais."22
Todavia, as concepções Organicista e mecanicista, hoje, foram ultrapassadas pela
concepção humana da Economia, a qual coloca no plano superior os móveis
psicológicos da atividade humana. A Economia repousa sobre os atos humanos e é por
excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual ser a de se obter resultados
cada vez mais precisos para os fenômenos econômicos, é quase que impossível se
fazer análises puramente frias e numéricas, isolando as complexas reações do homem
no contexto das atividades econômicas.
Felizmente, porém, o economista não precisa dar respostas com aproximação de muitas
casas decimais, pelo contrário, se apenas conseguir determinar o sentido geral de
causas e efeitos já terá dado um formidável passo avante.
Após todos esses enfoques a respeito da concepção da economia sua melhor definição
foi dada pelo economista americano Paul Samuelson: "Economia é uma ciência
social que estuda a administração dos recursos escassos entre usos alternativos
e fins competitivos." Para complementar pode-se lembrar das palavras do Professor
Antônio Delfim Netto: "Economia é a arte de pensar". Apesar de especificado seu objeto,
a Economia relaciona-se com as demais áreas do conhecimento humano. A seguir
discutiremos a inter-relação da Economia com as demais ciências. Veremos que a
Economia é uma ciência social, ou seja, poderemos afirmar que ela não tem como agir
sozinha, depende das outras ciências sociais como, a Geografia, História, Direito,
Política, Sociologia matemática, Estatística, para a solução dos problemas.
2. OBJETO DA ECONOMIA:
1
Texto de Jean B. Say - Século XVIII.
2 Texto de Hermann H. Gossen - século XIX:
10
Para ADAM SMITH, em seu livro "A Riqueza das Nações", esclarece que o OBJETO
da economia era o de empreender pesquisa sobre a natureza e as origens das
riquezas das nações, dizia respeito à formação das riquezas;
Para DAVID RICARDO, o OBJETO da economia dizia respeito ao terreno das
investigações sobre a repartição da riqueza, ou seja, sua distribuição;
Para KEYNES, em seu livro "A Teoria Geral" de 1936, o OBJETO da economia
deveria centralizar na pesquisa das forças que governam o volume da produção e do
emprego em seu conjunto , estava analisando o plano da produção, através da
análise das flutuações da atividade econômica, por isso a economia deveria
primordialmente preocupar-se em corrigir os desajustes e desequilíbrios.
O OBJETO central da Economia Contemporânea mantém-se ligado à dicotomia
entre recursos escassos e necessidades ilimitadas.
11
minério de ferro são abundantes, porém, o minério pré-usinável, as chapas de aço e
finalmente o automóvel são bens econômicos escassos. Logo, o conceito de escassez
econômica deve ser entendido como a situação gerada pela razão de se produzir bens
com recursos limitados, a fim de satisfazer as ilimitadas necessidades humanas.
Todavia, somente existirá escassez se houver uma procura para a aquisição do bem.
Por exemplo: o hino nacional na cabeça de um alfinete é um bem raro, mas não é
escasso porque não existe uma procura para aquisição.
Poder-se-ia perguntar: porque são os bens procurados (desejados)? A resposta é
relativamente simples: um bem é procurado porque é útil. Por UTILIDADE entende-se
"a capacidade que tem um bem de satisfazer uma necessidade humana.".
Desta última definição resta-nos conceituar o que são bem e necessidade humana.
BEM é tudo aquilo capaz de atender uma necessidade humana. Eles podem ser:
MATERIAIS - pois se pode atribuir-lhes características física de peso, forma, dimensão,
etc. Por exemplo: automóvel, moeda, borracha, relógio, etc.; IMATERIAIS - são os de
caráter abstrato, tais como: a aula ministrada, a hospedagem prestada, a vigilância do
guarda-noturno, etc. (em geral todos os serviços prestados são bens imateriais, ou seja,
se acabam quase que simultaneamente à sua produção).
O conceito de necessidade humana é concreto, neutro e subjetivo, porém, para não se
omitir da questão, definir-se á "NECESSIDADE HUMANA" como qualquer manifestação
de desejo que envolva a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a
sobrevivência ou para a realização social do indivíduo. Assim sendo, ao economista
interessa a existência das necessidades humanas a serem satisfeitas com bens
econômicos, e não a validade filosófica das necessidades.
Para se perceber a dificuldade da questão, é melhor exemplificar: para os muitos
pobres, a carne seca pode ser uma necessidade e não o ser para os mais ricos; para os
pobres um carro pode não ser uma necessidade, porém, para os da classe média já o é;
para os ricos a construção de uma mansão pode ser uma necessidade, ao passo que
pode não o ser para os de renda média.
O fato concreto é que no mundo de hoje todos pensam que desejam e "necessitam" de
geladeiras, esgotos, carros, televisão, rádios, educação, cinemas, livros, roupas,
cigarros, relógio, etc. As ilimitadas necessidades já se expandem para fora da esfera
biológica da sobrevivência. Poder-se-ia pensar que o suprimento dos bens destinados a
atender às necessidades biológicas das sociedades modernas seja um problema
solucionado com ele também o problema da escassez. Todavia, numa contra-
argumentação dois problemas surgem: o primeiro é que essas necessidades renovam-
se dia a dia e exigem contínuo suprimento dos bens a atendê-las; segundo é a
constante criação de novos desejos, e necessidades, motivadas pela perspectiva que se
abre a todos os povos, de sempre aumentarem o padrão de vida. Da noção biológica,
devemos evidentemente passar à noção psicológica da necessidade, observando que a
saturação das necessidades, e, sobretudo dos desejos humanos, está muito longe de
ser alcançada, mesmo nas economias altamente desenvolvida de nossa época.
Consequentemente, também o problema de escassez se renova.
Uma vez explicado o sentido econômico de escassez e necessidade, torna-se fácil
entender que "ECONOMIA é a ciência social que ocupa da administração dos
recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos", ou "ECOPNOMIA é
o estudo da organização social, através da qual os homens satisfazem suas
necessidades de bens e serviços escassos". As definições trazem de forma
explícita que o objeto da Ciência Econômica é o estudo da escassez e que ela se
classifica entre as Ciências Sociais.
12
3. PROBLEMAS ECONÔMICOS BÁSICOS
O QUE e QUANTO produzir? - Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos
(carros, cigarros, café, roupa, etc.) e em que quantidades deverão ser colocadas à
disposição dos consumidores.
COMO produzir? - Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, com que
recursos e de que maneira ou processo técnico.
PARA QUEM produzir? - Ou seja, para quem se destina a produção, fatalmente para
os que têm renda.
É muito fácil entender que: QUAIS, QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir não
seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Todavia, na realidade
existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de
fabricação. Baseada nessas restrições, a Economia deve optar dentre os bens a serem
produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos em produção.
Dentro desta linha de análise, observamos então que todas as sociedades sempre se
defrontaram, além dos dilemas básicos, com uma tríade de problemas fundamentais,
que se inter-relacionam nos níveis econômico, tecnológico e social.
13
economia é atender, em escala ótima, as prioridades sociais manifestadas, se esses
bens não satisfizerem plenamente às aspirações coletivas, outras opções deverão ser
adotadas, até que as unidades de produção realmente se ajustem às escalas ideais de
preferência.
Por fim, a solução da questão para quem produzir (SOCIAL) implica a obtenção de
eficiência distributiva. Aqui não se trata de alcançar as fronteiras de produção, mas sim
as do bem-estar social e individual. Maximizar o produto é, sem dúvida, uma importante
meta, mas distribuí-lo satisfatoriamente entre os que participam do processo produtivo é
também um objeto de importância fundamental. Defrontam-se, assim, os sistemas
econômicos constituídos não apenas com os problemas relacionados à otimização das
opções de produção e de emprego dos recursos, mas ainda com os decorrentes da
atribuição, aos proprietários dos recursos mobilizados, de parcelas justas e compatíveis
com as contribuições individuais.
TABELA 6.1
NÍVEIS DE REFERÊNCIA E ESQUEMA DE SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS
ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS
1. O QUE E QUANTO ECONÔMICO Adoção de opções lógicas,
PRODUZIR que satisfaçam plenamente
às necessidades e aos
desejos da coletividade.
Pressupõe que as fronteiras
de produção sejam
atingidas.
2. COMO PRODUZIR TECNOLÓGICO Obtenção de eficiência
produtiva. Pressupõe
eficiente combinação, ótima
alocação dos recursos e
maximização dos níveis de
produção pela plena
mobilização dos fatores
disponíveis.
3. PARA QUEM SOCIAL Obtenção da eficiência
distributiva. Pressupõe que
as fronteiras do bem-estar
individual e social sejam
alcançadas.
14
Essas considerações indicam que a constituição de um Sistema Econômico Ideal, capaz
de harmonizar a solução dos três problemas econômicos centrais, talvez represente o
objeto-síntese da organização econômica das nações. Como indicamos na Figura 7.1,
os três problemas econômicos fundamentais encontram-se fortemente inter-
relacionados, de tal sorte que - conseguindo compatibilizar as soluções envolvidas - um
sistema ideal deveria obter elevada eficiência produtiva, combinada com apreciável
eficiência distributiva. A primeira seria alcançada através de corretas opções
econômicas e tecnológicas; a Segunda, através de correta repartição da produção
elaborada.
Em tal sentido, a solução integrada dos problemas envolvidos deverá ser conduzida ao
seu ponto máximo, de tal forma que se eleve à mais alta expressão possível a área
representada pelo intercruzamento dos três círculos da figura em referência. Numa
situação extrema, se houvesse perfeita harmonização e compatibilização no
encaminhamento dos três problemas fundamentais, os três círculos ficariam justapostos
e a área de intercruzamento alcançaria sua mais alta expressão.
FIGURA 6.1
INTER-RELAÇIONAMENTO DA TRÍADE DOS PROBLEMAS ECONÔMICOS
CENTRAIS
O QUE E
COMO
QUANTO
PRODUZI
PRODUZIR
Adoção de opções que R
satisfaçam plenamente Combinação
às necessidades eficiente e
coletivas. ótima locação
dos recursos
PARA QUEM
PRODUZIR
Correta repartição da
produção obtida com
vista à justiça
A constituição de um
distributiva sistema econômico
ideal implica a
gradativa ampliação
desta área do
cruzamento.
15
harmonizar a solução dos três problemas econômicos fundamentais - em seus níveis
econômicos, tecnológicos e sociais.
Ao decidir "o que" deverá ser produzido e "como", o sistema econômico terá realmente
decidido como alocar ou distribuir os recursos disponíveis entre os milhares de
diferentes possíveis linhas de produção. Quanta terra destinar-se-á ao cultivo do café?
Quanto à pastagem? Quantas fábricas para a produção de camisas? Quantas ao
automóvel? Analisar todos esses problemas simultaneamente é por demais complicado.
Para simplificar, suponha-se que somente dois bens econômicos deverão ser
produzidos: camisas e carros. Haverá sempre uma quantidade máxima de carros
(camisas) produzida anualmente, quando todos os recursos forem destinados à sua
produção e nada à produção de camisas (carros). A quantidade exata depende da
quantidade e da qualidade dos recursos produtivos existentes na Economia e do nível
tecnológico com que sejam combinados. Evidentemente, fora das quantidades máximas
existem infinitas possibilidades de combinações intermediárias entre carros e camisas a
serem produzidos.
Analisaremos a tabela abaixo:
16
TABELA 6.2
BENS QUANTIDADE Possibilidades Intermediárias Quantidade
MÁXIMA DE Máxima de
CARROS camisas
A B C D E F
Carros(milhares) 150 140 120 90 70 0
0 10 20 30 40 50
Pode-se representar tal tabela conforme gráfico abaixo:
Camisas
(milhões)
F E Curva da
50 - Transformação
D da Produção
40 -
30 - C
20 -
B
10 -
A
0
50 100 150 computadores (milhares)
17
curso de Administração, Economia, Processamento de Dados, etc. em vez de estar
trabalhando e recebendo um salário.
Por exemplo, poderá ser o ponto dentro da área, conforme o gráfico abaixo:
50
40
30
20
15
10
0
50 100 150
Isto quer dizer que, na medida em que está consumindo (produzindo) pouco de um bem,
o sacrifício de se consumir (produzir) menos ainda é muito grande. Por exemplo,
passando de B para C, ganham-se 10 milhões de camisas e sacrificam-se 20 mil carros.
Agora, se passar de D para E, ganham-se 10 milhões de camisas, porém, sacrificam-se
40 mil carros.
Este fenômeno dos custos crescentes surge na medida em que se transferem recursos
18
adequados e eficientes de uma atividade para outra, onde eles se apresentam
ineficientes e inadequados. Assim, se insistir somente na produção de camisas, tem-se
que recorrer aos soldadores de chapas de aço para passarem a pregar mangas de
camisas, ainda que muitos poucos consigam fazê-lo.
19