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Direito da Criança e do
Adolescente
Profª. Franciele Kühl
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Revisão Turbo | 35º Exame de Ordem
Direito da Criança e do Adolescente
Querido aluno,
Com carinho,
Equipe 1ª Fase Ceisc ♥
@prof.frankuhl
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Direito da Criança e do Adolescente
Criança Adolescente
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2. Sobre o Trabalho
IDADE TRABALHO
Constitucionalmente não é permitido (art. 7º,
Menores de 14 anos
inciso XXXIII, da CF).
Contrato de aprendizagem (art. 60 a 67, do
Entre 14 e 24 anos de idade
ECA; art. 403 e 428, da CLT)
Proibido trabalho:
a) Noturno (22h às 5h);
b) Perigoso;
c) Insalubre;
Adolescente entre 16 até 18 anos d) Penoso;
e) Prejudicial à formação ou desenvolvimento
físico, psíquico, moral e social;
f) Realizado em horário e locais que não
permitam a frequência escolar.
• A idade máxima do jovem aprendiz não se aplica à pessoa com deficiência (art. 428, §
5º, da CLT.
• Essas regras aplicam-se aos adolescentes aprendizes também.
Antes dos 14 anos o trabalho artístico é possível com autorização do Poder Judiciário, a
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Trata-se do direito das crianças e adolescentes em serem educadas sem nenhum tipo
de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante.
4. Direito à Educação
Art. 53, do ECA. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no
mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da
educação básica.
Atenção: para irmãos no mesmo ciclo ou etapa escolar, é garantida a vaga na mesma escola.
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5.3 Apadrinhamento
• Adolescente que se encontre em acolhimento institucional ou familiar poderá participar de
programa de apadrinhamento, que consiste em um vínculo externo, temporário, com
pessoa física e jurídica, que não tem a pretensão de adotar, mas contribuir para o
crescimento do infante.
• A falta de recursos financeiros, por si só, não é motivo para colocar a criança em
acolhimento institucional ou familiar.
• Condenação criminal também não importará na destituição do poder familiar, salvo em
caso de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem
igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.
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Família natural
Família
extensa/ampliada Guarda
Família
Tutela
substituta
Nacional
Adoção
Internacional
Atenção: A jurisprudência reconhece como família ampliada aqueles que não sejam parentes,
mas possuam vínculo de afetividade e afinidade.
Artigo 1.691 do Código Civil. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os
imóveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os limites
da simples administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante
prévia autorização do juiz.
Parágrafo único. Podem pleitear a declaração de nulidade dos atos previstos neste artigo:
I - os filhos;
II - os herdeiros;
III - o representante legal.
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Não somente em razão de ato praticado pela criança, mas pela família, sociedade e Estado
Ação ou omissão
Acolhimento institucional somente será pelo Poder Judiciário, respeitado o contraditório e a ampla
defesa
Medidas Adolescentes
socioeducativas
Via de regra, somente aplicada autoridade judiciária
Pode ser aplicada pelo MP se for em meio aberto, sem que haja processo judiciário
Não há aplicação das disposições do Código penal, pois adolescentes são inimputáveis
Serão analisados os
antecedentes e os motivos que
levaram ao ato infracional.
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Caderno de Questões – Direito da Criança e do Adolescente
Franciele Kühl
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Franciele Kühl
XXXI Exame
1) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q42
O adolescente João, com 16 anos completos, foi apreendido em flagrante quando praticava ato infracional análogo
ao crime de furto. Devidamente conduzido o processo, de forma hígida, ele foi sentenciado ao cumprimento de
medida socioeducativa de 1 ano, em regime de semiliberdade.
A) A medida de liberdade assistida será fixada pelo prazo máximo de 6 meses, sendo que, ao final de tal período,
caso João não se revele suficientemente ressocializado, a medida será convolada em internação.
B) A medida aplicada foi equivocada, pois deveria ter sido, necessariamente, determinada a internação de João.
C) No regime de semiliberdade, João poderia sair da instituição para ocupações rotineiras de trabalho e estudo,
sem necessidade de autorização judicial.
D) A medida aplicada foi equivocada, pois não poderia, pelo fato análogo ao furto, ter a si aplicada medida diversa
da liberdade assistida.
XXVIII Exame
2) FGV – 2019 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q42
Carla, de 11 anos de idade, com os pais destituídos do poder familiar, cresce em entidade de acolhimento
institucional faz dois anos, sem nenhum interessado em sua adoção habilitado nos cadastros nacional ou
internacional. Sensibilizado com a situação da criança, um advogado, que já possui três filhos, sendo um adotado,
deseja acompanhar o desenvolvimento de Carla, auxiliando-a nos estudos e, a fim de criar vínculos com sua família,
levando-a para casa nos feriados e férias escolares.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, de que forma o advogado conseguirá obter a convivência
temporária externa de Carla com sua família?
A) Acolhimento familiar.
B) Guarda estatutária.
C) Tutela.
D) Apadrinhamento.
XXVI Exame
3) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q43
Maria, em uma maternidade na cidade de São Paulo, manifesta o desejo de entregar Juliana, sua filha recém-
nascida, para adoção. Assim, Maria, encaminhada para a Vara da Infância e da Juventude, após ser atendida por
uma assistente social e por uma psicóloga, é ouvida em audiência, com a assistência do defensor público e na
presença do Ministério Público, afirmando desconhecer o pai da criança e não ter contato com sua família, que vive
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no interior do Ceará, há cinco anos. Assim, após Maria manifestar o desejo formal de entregar a filha para adoção,
o Juiz decreta a extinção do poder familiar, determinando que Juliana vá para a guarda provisória de família
habilitada para adoção no cadastro nacional. Passados oito dias do ato, Maria procura um advogado, arrependida,
afirmando que gostaria de criar a filha.
A) Sim, uma vez que a mãe poderá se retratar até a data da publicação da sentença de adoção.
B) Sim, pois ela poderá se arrepender até 10 dias após a data de prolação da sentença de extinção do poder familiar.
D) Não, já que Maria somente poderia se retratar até a data da audiência, quando concordou com a adoção.
4) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q42
Em cumprimento de mandado de busca e apreensão do Juízo Criminal, policiais encontraram fotografias de
adolescentes vestidas, em posições sexuais, com foco nos órgãos genitais, armazenadas no computador de um
artista inglês. O advogado do artista, em sua defesa, alega a ausência de cena pornográfica, uma vez que as
adolescentes não estavam nuas, e que a finalidade do armazenamento seria para comunicar às autoridades
competentes.
Considerando o crime de posse de material pornográfico, previsto no Art. 241-B do ECA, merecem prosperar os
argumentos da defesa?
A) Sim, pois, para caracterização da pornografia, as adolescentes teriam que estar nuas.
B) Não, uma vez que bastava afirmar que as fotos são de adolescentes, e não de crianças.
C) Sim, uma vez que a finalidade do artista era apenas a de comunicar o fato às autoridades competentes.
D) Não, pois a finalidade pornográfica restou demonstrada, e o artista não faz jus a excludente de tipicidade.
Passados dez anos, João faz contato com Maria e diz que gostaria de levar o filho para morar com ele. Maria,
desesperada, procura um advogado para obter orientações sobre o que fazer, já que João é foragido da Justiça,
com condenação por crime de estupro de vulnerável, além de nunca ter procurado o filho Paulinho, que não o
reconhece como pai.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a opção que indica a ação mais indicada para
regularizar de forma definitiva o direito à convivência familiar da avó com o neto.
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