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22/04/2022
SÃO LUIS/MA
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
ASSUNTO: CRÍTICO-RACIONALISTA
“Trabalho apresentado
com obtenção de conhecimento e notas
para a disciplina filosofia da Religião”
ALUNOS
Cristiane
Jacivania
Jose de Ribamar
Klesi
Marlyangela
Sebastiana
Resumo do período
A filosofia moderna começa no século XV quando tem início a Idade Moderna. Ela
permanece até o século XVIII, com a chegada da Idade Contemporânea. Ela marca uma
transição do pensamento medieval, fundamentado na fé e nas relações entre os homens e Deus,
para o pensamento antropocêntrico, marca da modernidade, que eleva a humanidade a um novo
status como o grande objeto de estudo. Contexto Histórico O final de Idade Média esteve
calcada no conceito de teocentrismo (Deus no centro do mundo) e no sistema feudal, terminou
com o advento da Idade Moderna. Essa fase reúne diversas descobertas científicas (nos campos
da astronomia, ciências naturais, matemática, física, etc.) o que deu lugar ao pensamento
antropocêntrico (homem no centro do mundo). Assim, esse período esteve marcado pela
revolução do pensamento filosófico e científico. Isso porque deixou de lado as explicações
religiosas do medievo e criou novos métodos de investigação científica. Foi dessa maneira que
o poder da Igreja Católica foi enfraquecendo cada vez mais. Nesse momento, o humanismo tem
um papel centralizador oferecendo uma posição mais ativa do ser humano na sociedade. Ou
seja, como um ser pensante e com maior liberdade de escolha. Diversas transformações
ocorreram no pensamento europeu da época dos quais se destacam:
• a passagem do feudalismo para o capitalismo;
• o surgimento da burguesia;
• a formação dos estados nacionais modernos;
• o absolutismo;
• o mercantilismo;
• a reforma protestante;
• as grandes navegações;
• a invenção da imprensa;
• a descoberta do novo mundo;
• o início do movimento renascentista.
As principais características da filosofia moderna estão pautadas nos seguintes conceitos:
• Antropocentrismo e Humanismo
• Cientificismo
• Valorização da natureza
• Racionalismo (razão)
• Empirismo (experiências)
• Liberdade e idealismo
• Renascimento e iluminismo Filosofia laica (não religiosa)
O início do pensamento moderno se deu com os filósofos René Descartes e Galileu
Galilei, deixando para trás as ideias aristotélicas e abrindo caminhos para a possibilidade de
explicações pautadas na ciência. Diante desse contexto, o final da Idade Média trouxe consigo
muitas descobertas científicas e também grandes transformações culturais na Europa,
provocando intensa repercussão no meio artístico e em outros campos do saber. Nesse
momento, apesar de muitas características clássicas do período medieval terem sido
preservadas, surgiram novos paradigmas, como, por exemplo, a ideia do homem como centro
do universo - antropocentrismo. Assim, pode-se dizer que as novas formas de pensar
desenvolvidas a partir do Renascimento e difundidas pelo Humanismo colaboraram então para
a consolidação do período conhecido como Filosofia Moderna. O Homem Vitruviano foi
reproduzido durante o Renascimento e para filosofia está relacionado ao conceito de
antropocentrismo. (Imagem: Pixabay) Escolas da Filosofia Moderna A Filosofia Moderna
destacou-se por diversas características e escolas e, por isso, foi organizada a partir de correntes
filosóficas que abordaram temas de mais destaque na época, como o Racionalismo e o
Empirismo. A primeira corrente ganhou força a partir dos ideais difundidos pelos filósofos René
Descartes e Gottfried Wilhelm Leibniz. Para os racionalistas, o conhecimento verdadeiro era
aquele obtido a partir da racionalidade, devendo eliminar tudo que se aprende a partir das
experiências. Já a segunda corrente filosófica defendia uma ideia contrária ao racionalismo,
seguindo a concepção de que a experiência prática era a chave para a construção do
conhecimento. Quanto mais intensa e rica fosse essa vivência, maior e mais profundo seria esse
aprendizado. Os filósofos que impulsionaram essa corrente foram Thomas Hobbes, John Locke
e David Hume. Vale destacar que durante a modernidade essa discussão entre racionalistas e
empiristas contribuiu para que surgisse uma busca pela verdade absoluta e final. E alinhado
com o dogmatismo está o ceticismo que, para estudiosos, é uma das características relevantes
da Filosofia Moderna, pois entre os filósofos do período questionavam-se tudo que lhes eram.
Principais filósofos
René Descartes (1596-1650) – é o filósofo que mais cai no ENEM. Conhecido pela
frase “penso, logo existo”, o pensador era cético quanto aos sentidos e valorizava o
conhecimento dominado pela razão. Foi criador do método cartesiano, o qual seguia as regras
da evidência, análise, ordem e enumeração. Descartes é considerado o “pai da filosofia
moderna” e faz parte da corrente racionalista.
Thomas Hobbes (1588-1679) – empirista, defendia a ideia de que não existia
representação mental e entendimento sem a prévia experiência. Era defensor da monarquia e
acreditava que o ser humano era inclinado para o mal e, por isso, precisava de uma intervenção
forte, aplicada por leis. Criador da frase “ o homem é o lobo do homem”, tinha em mente que
o ser humano nutria uma necessidade de se livrar desse estado natural para então se relacionar
socialmente.
John Locke (1632-1704) – considerado um dos filósofos mais influentes da
modernidade, John Locke defendia o empirismo e a liberdade individual, tornando-se precursor
de muitas ideias apresentadas no Iluminismo francês no século XVII.
David Hume (1711-1776) – tinha fortes argumentos céticos, o que causou grande
repercussão na época. Chegou a ser acusado de heresia pela Igreja Católica e foi um grande
crítico do racionalismo. Para ele, o conhecimento estava relacionado às impressões sensoriais,
como a visão, o tato, a audição, olfato e o paladar, e as ideias que surgem na consciência.
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) – considerado um dos mais renomados pensadores
do Iluminismo, Rousseau tinha uma tese de que o ser humano viveria melhor em seu estado
natural, em liberdade. Era contrário aos ideais de Hobes e acreditava que as leis, o governo e a
moral instituída na sociedade corrompia o homem.
Filósofos do Período Crítico-Racionalista
René Descartes
Gottfried Wilhelm Leibniz
Emanuel Kant
Baruch Spinoza
Karl Rahner
René Descartes e seus pensamentos
René Descartes nasceu em 1596 e morreu em 1650. Era católico convicto. Por isso, o
que pretende é a fundamentação filosófica para uma ordem sócio-política que não findasse num
ateísmo ou materialismo. Essa fundamentação tinha de ser filosófica porque, com o cisma no
Cristianismo, já não poderia mais ser puramente pela fé.
Descartes recebeu educação escolástica no Colégio Jesuíta La Fleche. Se mais tarde, duvidou
de tudo e de todos, não vai, em momento algum, renegar seus preceptores, ou sua Fé e sua
religião. O que ele busca é justamente afirmar isso com uma certeza absoluta, coisa que não se
tinha conseguido até então. O problema está, pois, no método.
Descartes e o livre arbítrio.
Fundador do racionalismo moderno, o filósofo René Descartes (1596-1650) associa a
liberdade ao conceito de livre-arbítrio. O homem é livre na medida em que pode escolher fazer
ou não alguma coisa sem ser coagido por força exterior. Na visão cartesiana, a liberdade é o ato
de saber avaliar bem e racionalmente todas as alternativas disponíveis antes de tomar uma
decisão. Para ele, age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas que
precedem a escolha.
Descarte e a existência humana.
Descartes mostrou, a partir do pensamento dedutivo, a existência do homem e de Deus.
Desde então, o pensamento cartesiano foi associado a uma visão extremamente racionalista do
homem Descartes dividiu o ser humano em dois elementos, como Platão, e nomeou-lhes res
cogitans e res extensa, isto é, coisa pensante e coisa extensa. Para ele, a coisa pensante era uma
espécie de alma que habitava o corpo (coisa extensa) e era capaz de pensar, além de estar com
o conhecimento racional naturalmente embutido dentro de si.
Descarte e a imortalidade da alma.
Quanto à alma, Descartes chega à conclusão de que o pensamento é a substância da alma
e é por meio do pensamento que ele acredita na sua própria existência. Ele pode negar quase
tudo, menos a sua existência, pois negaria também a sua capacidade raciocinativa. Não é
possível pensar e não existir. A alma não está condenada à morte. A partir do momento que ela
surgiu, não há nada que tem o poder de aniquilá-la, sendo assim eterna nossa alma é de uma
natureza inteiramente independente do corpo e, por conseguinte, que não está absolutamente
sujeita a morrer com ele; depois, dado que não se vê outras causas que a destrua, somos
naturalmente levados a julgar, a partir disso, que ela é imortal.
Descarte e a razão
Segundo este autor, a razão é a única via segura pela qual o conhecimento do mundo
pode ser obtido. Particularmente, a visão racionalista de Descartes defende a possibilidade de
alcance de uma verdade absoluta, incontestável. Mas afinal, como seria viável desenvolver o
conhecimento em busca desse tipo de verdade superior? De acordo com o pensamento
cartesiano, era necessário primeiramente duvidar de todo conhecimento acumulado
anteriormente sobre um assunto . O método cartesiano é baseado na dedução pura, consiste em
começar com verdades ou axiomas simples e evidentes por si mesmos, e depois raciocinar com
bases nele, até chegar a conclusões particulares.
Diante de todos os estudos que Kant realizara, uma das coisas mais importante é a questão do
conhecimento humano. Antes o problema do conhecimento empírico dava respostas contraria
ao racionalismo. Por isso, Kant não vê outra saída senão empreender uma crítica do
conhecimento da razão para determinar se ela pode ir mais além dos limites da experiência. Por
isso, emprega seu original “método transcendental”, consistente em buscar quais condições
fazem possíveis um “juízo sintético a priori”, e dizer que é um juízo cientifico, já que a outra
classe de juízo seja, “sintético a posteriori” que não é senão constatação feitos (empirismo),
seja o “analítico a priori”.
Então, Kant explicita esse conhecimento por meio da crítica da razão pura distinguindo duas
formas básicas:
1.- Conhecimento empírico (a posteriori) - aquele que se refere aos estudos fornecidos pelos
sentidos, isto é, que é posterior à experiência.
2.- Conhecimento puro (a priori) – aquele que não depende de quaisquer dados dos sentidos,
ou seja, que é anterior à experiência. Nasce puramente de uma operação racional. É uma
afirmação universal. Além disso, é uma afirmação que, para ser válida, não depende de
nenhuma condição específica. Trata-se de uma afirmação necessária.