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A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns.

A taxa de prevalência

de 12 meses de depressão unipolar é de 6,6%, e a taxa de prevalência ao longo

da vida é de 16,2% (Kessler et al., 2003). O caso de depressão de Martha não é

atípico. Mulheres têm, consistentemente, uma probabilidade duas vezes maior

de desenvolver depressão do que homens. O transtorno inicia com maior frequência da metade para o
fim da adolescência e início da vida adulta.

Aproximadamente 25% dos adultos com depressão descrevem início antes de atingirem

a idade adulta, e 50% descrevem início até os 30 anos (Kessler et al., 2005). Em

consonância com essas estatísticas, a depressão de Martha teve início aos 25 anos

e evoluiu para uma condição crônica. Enquanto a maioria (aproximadamente

70%) das pessoas se recuperam no prazo de um ano, muitos sofrem problemas

significativos mesmo cinco anos após a primeira experiência). A menos que a depressão seja tratada de
forma adequada, ela costuma durar um período de quatro meses a um ano. Recaídas e recorrências de
depressão são comuns; a maioria (entre 50 e 85%) dos pacientes

deprimidos sofre episódios múltiplos PULA O SLIDE (Coyne et al., 1999; Solomon et al., 2000).

Como no caso de Martha, esses episódios podem estar associados a estressores,

mas nem sempre é o caso. Infelizmente, apenas uma minoria (21,7%) dos pacientes recebe tratamento
adequado durante um período de 12 meses.

A depressão de Martha parece estar vinculada a problemas interpessoais. É

bastante comum que a depressão esteja vinculada a problemas sociais e interpessoais ou mudanças,
como casamento, divórcio, ou conflito conjugal, perda

de um ente querido, desemprego, mudança para uma nova vizinhança ou o

nascimento de um filho. Portanto, compreender o contexto social e interpessoal da depressão pode


levar a novas formas de lidar com a manifestação depressiva atual e com os episódios futuros. PULA OS
SLIDES As técnicas terapêuticas para explorar e alterar os fatores interpessoais e sociais que contribuem
para a depressão

constituem a base para a terapia interpessoal (TIP; Weissman et al., 2007).

Embora a TIP não seja incompatível com o tratamento cognitivo-comportamental tradicional de


depressão, há uma série de diferenças dignas de nota.

O mais importante é que a TIP não presume que cognições mal-adaptativas

estejam associadas à depressão. Ao contrário, a depressão é encarada como

uma doença médica, e os problemas interpessoais podem contribuir para os

sintomas de tal patologia. Portanto, a TIP se concentra muito menos nas cognições e é orientada para o
luto, as disputas de papéis interpessoais, os déficits

interpessoais e as transições de função

TIP é de uma vivência terapêutica que possibilita a descoberta das conclusões pessoais que foram
registradas no inconsciente do sujeito e que são descritos conscientemente, aparecendo como códigos
existenciais, sem distorções racionalizadas dos mesmos.

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