Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vá r i os a ut ore s .
I n c l ui b i b l i og r a f ia s
I SBN 9 7 8 -8 5 - 7 6 9 6 - 1 8 7 - 1
1 . G e re n c i a me n t o c o s t e iro . 2 . E c o s s is t e ma s . 3 . P r a ia s
4 . P r a i a s d e b a n h o . I . P o le t t e , M a rc u s . . . e t a l. I I . T ít u lo .
CD U : 5 5 1 . 4 3 5 . 3 2
I S BN: 9 7 8 -6 5 -8 7 5 8 2 -5 1 -1
3 . O S I S T E MA C OSTEI RO EM M UD AN Ç A C O N T ÍN U A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0
4 . A BI O TA D AS P RAI AS ARENOSAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4
5 . A S P R A I A S C OM O SI STEM AS SOCIO E C O L Ó G IC O S. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 8
6 . A S P R A I AS AO LONGO D O TEM P O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7
8. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................61
6. AS PRAIAS
AO LONGO
DO TEMPO
¹ Laboratóri o de Co n se r v a çã o e G e st ã o C o st e i r a
C e ntro d e C iênc i as Tec nol ógi c as da Te r r a e do M a r – C T T M a r – U n i v e r s i da d e d o
Val e do I t a j a í – U N I VA L I
37
On d e t u do come çou...
H
eráclito, criador da dialética, defendia que lações de sua margem. Corbin (1993) revisou inclusive
“nada é permanente, a não ser a mudança”. as visões dos gregos e romanos, encontrando muitas
De fato, as praias tanto do ponto de vista de citações na teologia e na literatura clássica deste te-
sua morfologia quanto do seu uso pela população, po- mor e inapetência pelo mar e pelas praias.
dem ser encaixadas nessa definição uma vez que têm
sofrido diversas modificações ao longo do tempo. Além disto, as terras costeiras também eram conside-
radas inúteis para as atividades produtivas desenvolvi-
Salvo alguns esparsos momentos da antiguidade - das na época, com destaque para os solos inférteis e
como na Roma antiga, com suas vilas balneárias ao muito salinos à agricultura.
lado do mar que remetiam a fins de higiene e esportivos
- as costas dos territórios com característica exposta Após o início da colonização de novos territorios além
foram principalmente vistas como um local inóspito mar, no final do século XV, foi dado o início a uma
que representava perigo às pessoas. Esta percepção modificação desta concepção e as zonas litorâneas
permaneceu por centenas de anos e começou a mu- europeias começaram a ser povoadas, principalmen-
dar a partir do período das grandes navegações. te os litorais de característica abrigada, ideais para o
estabelecimento de portos, seguidos posteriormente
Segundo Corbin (1993), historiador francês que traça a pelo desenvolvimento das atividades industriais (Mar-
história da praia no imaginário ocidental, no Ocidente, tins & Vasconselos, 2011). Muito embora, os vilarejos
antes do século XVII, a praia era um lugar tenebroso e cidades ainda apresentavam um olhar voltado aos
e pouco cobiçado. Os conceitos teológicos predomi- continentes, construídos de costas para o mar. Tal fato
nantes nessa época insinuavam imagens monstruosas se faz ainda mais importante no continente americano
do oceano, relacionando o mar com os restos de um dado que, constituído de países povoados ou colo-
dilúvio enviado como um castigo divino. As caracte- nizados, a ocupação deste território começou, quase
rísticas mutáveis do oceano, seu poder de destruição sempre, pelas praias, com as embarcações como o
durante os temporais e, em geral, sua impossibilidade principal meio de transporte para novas conquistas
de domínio por parte do homem, distanciava as popu- territoriais (Sabel apud Urry, 2001).
F O N T E: o o s u n Wo n .
39
A CHEGAD A DO BA NHO DE MA R...
F i g u r a 8 : Po r t o Bel o Beach ,
No continente europeu, a medicina foi a responsável
E s c ó c i a - 1 9 0 5 . F on t e:
por aproximar o homem à beira do mar, atribuindo F o t o s o b t i da s n a in t er n et .
41
... E, DO BA NHO DE SOL
*Figuras 12
Primeiramente, a consolidação deste fenômeno se dá
através da elite britânica que apresentava um poder
de criar tendências nas camadas sociais mais baixas,
como os burgueses, acabando por se estender à po-
pulação de um modo geral.
43
A F ONTE DE L A Z ER
F i g u r a 15 : P r ai a de
Po c i t o s , M o n t ev i déu ,
U r u g u a i - 1 9 3 8 . F o n t e:
Cabe ressaltar, porém, que no Brasil os primeiros li- p u n t av i p.co m
VOCÊ SABIA ?
F i g u r a 1 6 : Re s qu í c i o s
do s c o s t u m e s pr a i a n o s
i n d í g e n a . F o n t e : i n t e r n et .
Figu ra 17: Ip a ne m a ,
Rio de J a ne iro,
Brasil - Dé c a d a d e
6 0. Fon te : c ha r ly- s-
garage.
47
As di vers a s f unções d a s p r a i a s
Figur a 19: Ma ya Be a c h , Ta i l â n d i a , a p r a i a do f i l m e
“ The B e a c h” la nç a d o e m 2 0 0 0 . F o n a F i g u r a 2 1 :
Ca p a d o livro libro s o b re a c u l t u r a do s u r f “ Po p
S ur f Culture : Mu s i c , D e s i g n , F i l m a n d F a s h i o n
f rom the B ohe m i a n Su r f Bo o m ” . F o n t e : C h d e s t e r &
P r iore , 2008. te : Ya c h t i n g L i f e s t y l e .
49
8.BIBLIOGRAFIA
Ansell, A.D., 1983. The biology of the genus Donax. In: McLachlan
A, Erasmus T (eds) Sandy beaches as ecosystems. W Junk Pu-
Colby, M.E., 1991. Environmental management in development: the
blisher, The Hague, 607–635.
evolution of paradigms. Ecological Economics 3, 193-213.
Ariza, E., Jiménez, J.A., Sardá, R., Villares M., Pinto, J., Fraguell, R.,
Contreras, H., Defeo, O., Jaramillo, E., 1999. Life history of Emerita
Roca, E., Marti, C., Valdemoro, H., Ballester, R., Fluvia, M., 2010.
analoga (Stimpson) (Anomura, Hippidae) in a sandy beach of south
Proposal for an Integral Quality Index for Urban and Urbanized Be-
central Chile. Estuarine Coastal & Shelf Science 48, 101–112.
aches, Environmental Management 45, 998-1013.
Berkes, F., Folke, C. (Eds), 1998. Linking social and ecological sys-
Crutzen, P., Stoermer, E., 2000. The Anthropocene. Global Change
tems.Management practices and social mechanisms for building
Newsletter 41, 17-18.
resilience. Cambridge Press, Cambridge.
Boyd, J., Banzhaf, S., 2007. What are Ecosystem Services? Ecolo-
Crutzen, P., Stoermer, E.F., 2010. Have we entered the “Anthropo-
gical Economics 63(2–3), 616-626.
cene”? International Geosphere-Biosphere Programme (IGBP).
Burke, L., Kura, Y., Kasem, K., Revenga, C., Spalding, M., McAllis-
Defeo O, Scarabino V, 1990. Ecological significance of a possib-
ter, D., 2001. Coastal Ecosystems. Washington DC World Resour-
le deposit-feeding strategy in Mesodesma mactroides (Deshayes,
ces Institute. 93 pp.
1854) (Mollusca: Pelecypoda). Atlantica 12, 55–65
61
Delgado E., Defeo O., 2007. Tisular and population level responses
to habitat harshness in sandy beaches: the reproductive strategy of
Donaxhanleyanus. Marine Biology 152: (4) 919-927.
Glaser, M., Krause, G., Ratter, B., Welp, M., 2008. Human-Natu-
Lercari, D., Defeo, O., 2006. Large-scale diversity and abundan-
re-Interaction in the Anthropocene: Potential of Social-Ecological
ce trends in sandy beach macrofauna along full gradients of sali-
Systems Analysis. Preparation Paper for the DGH-Symposium.
nity and morphodynamics. Estuarine Coastal & Shelf Science 68,
Sommerhausen, www.dgh2008.org
27–35.
McArdle, S., McLachlan, A., 1991. Dynamics of the swash zone and
effluent line on sandy beaches. Marine Ecology Progress Series 76,
91–99.
63
Rodil, I., Lastra, M., 2004. Environmental factors affecting benthic
McLachlan A, Dugan J, Defeo O, Ansell A, Hubbard D, Jaramillo E, macrofauna along a gradient of intermediate sandy beaches in nor-
Penchaszadeh P., 1996. Beach clam fisheries. Oceanography and thern Spain. Estuarine Coastal & Shelf Science 61, 37–44.
Marine Biology Annual Review 34, 163–232.
Sabel, C. apud Urry, J. O Olhar do turista: lazer e viagem nas so-
McLachlan A., Defeo O., 2013. Coastal Beach Ecosystems. En: Le- ciedades contemporâneas. Tradução: Carlos Eugênio Marcondes
vin S.A. (ed.) Encyclopedia of Biodiversity, second edition, Volume de Moura, 3a edição. São Paulo: Studio Nobel, SESC, 2001. Título
2, 128-136. Waltham, MA: Academic Press. original: The Tourist Gaze. Leisure and travel in contemporary so-
cieties.
McLachlan, A., 1980. Exposed sandy beaches as semi-closed
ecosystems. Marine Environmental Research 4, 59–63. Sanchéz, D. 2011. Indicadores turísticos en la Argentina. Una pri-
mera aproximación. Investigaciones Turísticas 2, 29-65.
McLachlan, A., 1983. Sandy beach ecology–a review. En: McLa-
chlan A, Erasmus T (eds) Sandy beaches as ecosystems. W Junk Sardá, R. 2013. Ecosystem Services in the Mediterranean Sea: The
Publisher, The Hague, 321–380. need for an economic and business oriented approach. In: Hughes
TB, Ed., The Mediterranean Sea. Nova Science Publishers, Inc.
McLachlan, A., 1990. Dissipative beaches and macrofauna commu- 1-33p. ISBN 978-1-62618-238-7.
nities on exposed intertidal sands. Journal of Coastal Research 6,
57–71. Sardá, R., 2009. La estrategiacatalana de gestiónintegrada de
zonascosteras. En: GestiónIntegrada de ZonasCosteras, AENOR,
McLachlan, A., Brown, A.C., 2006. The Ecology of Sandy Shores. Madrid.
Academic Press, Burlington, MA, USA, 373pp.
Scapini, F., 2006. Keynote papers on sandhoppers orientation and
McLachlan, A., Dorvlo, A., 2005. Global patterns in sandy beach navigation. Marine and Fresh Water Behaviour and Physiology 39,
macrobenthic communities. Journal of Coast Research 21, 674– 73–85.
687.
Sekovski, I., Newton, A., Dennison, W.C., 2012. Megacities in the
McLachlan, A., Jaramillo, E., Donn, T.E., Wessels, F., 1993. Sand coastal zone: Using a driver-pressure-state-impact-response fra-
beach macrofauna communities: a geographical comparison. Jour- mework to address complex environmental problems. Estuarine
nal of Coastal Research 15, 27–38. Coastal & Shelf Science 96, 48-59.
MEA, 2005. Ecosystems and Human Well-being: Synthesis. Millen- Short A, Wright L., 1983. Physical variability of sandy beaches. In:
nium Ecosystem Assessment, Island Press, Washington, DC. McLachlan A, Erasmus T (eds). Sandy beaches as ecosystems. W.
Junk, The Hague, 133–144.
MinTur, Ministério do Turismo (2010). Turismo de Sol e Praia: Orien-
tações Básicas. Brasília, 2ª Edição, 59pp. Short A., 1996. The role of wave height, period, slope, tide range
and embaymentisation in beach classifications: a review. Revista
Nahlik, A.M., Kentula, M.E., Fennessy, M.S., Landers, D.H., 2012. Chilena de Historia Natural 69, 589–604.
Where is the consensus? A proposed foundation for moving
ecosystem concepts into practice. Ecological Economics, in press. Tett, P., Sandberg, A., Mette, A. (Eds.), 2011. Sustaining coastal
zone systems. Dunedin Academic Press, Edinburg.
Noy-Meir, I., 1979. Structure and function of desert ecosystems.
Israel Journal of Botany 28, 1–19. Tinley, K.L., 1985. Coastal dunes of South Africa. South African Na-
tional Scientific Program Report 109 CSIR, 300 pp.
Olsen, S., Tobey, J., Kerr, M., 1997. A common framework for lear-
ning from ICM experience. Ocean & Coastal Management 37, 155- Tudor, D., Williams, A., 2006. A rationale for beach selection by the
174. public on the coast of Wales, UK. Area 38, 153-164.
OMT, Organização Mundial de Turismo, 2012. Global Reporte on UNEP, United Nations Environment Programme, 2009. Susteinable
City Tourism, 6, 53pp. Coastal Tourim: An integrated planning and management approa-
ch. Paris, Francia: UNEP, 87pp.
Orams, M. 2003. Sandy Beaches as a Tourism Attraction: A Mana-
gement Challenge for the 21stCentury. Journal of Coastal Research Vallega, A., 1993. A conceptual approach to integrated coastal ma-
35, 74 – 84. nagement. Ocean & Coastal Management 21, 149-162.
Peral, F., Lozano, M., Casas, F., Oyola, M. 2010. Indicadores sinté- Williams, A, Micallef, A., 2009. Beach management: principles and
ticos de turismo sostenible: una aplicación para los destinos turísti- practice. London, Canadá: Editora Earthscan, 455pp.
cos de andalúcia. Revista Electrónica de Comunicaciones y Traba-
jos de ASEPUMA 11, 85-119. Zielinski, S., Botero, C., 2012. Guía básica para certificación de
playas turísticas. Santa Marta, Colombia: Editorial Gente Nueva,
Roca, E., Villares, M., Ortego, M., 2009. Assessing public percep- 94pp.
tions on beach quality according to beach users’ profile: A case stu-
dy in the Costa Brava (Spain). Tourism Management 30, 598-607.