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INTRODUÇÃO
RELAÇÃO INTERPESSOAIS
DESENVOLVIMENTO PESSOAL
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ESTATUTO DO IDOSO
VIOLÊNCIA E MAUS-TRATOS
ABUSOS FISICOS
ABUSOS PSICOLÓGICOS
ABANDONO
NEGLIGÊNCIA
FINANCEIROS
AUTONEGLIGÊNCIA
MOBILIDADE, POSICIONAMENTO E
TRANSFERÊNCIA
BIBLIOGRAFIA
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Cuidar dos nossos idosos
é preservar
a nossa história.
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introdução
O número de idosos vem crescendo rapidamente. Segundo a
Organização Mundial da Saúde, entre 1950 e 2025 a população de
idosos do Brasil crescerá 16 vezes, o que nos colocará, em termos
absolutos, como a sexta população de idosos do mundo, isto é,
com mais de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos.
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Outras vezes, a violência parte dos cuidadores empregados em
instituições de longa permanência para idosos ou no domicílio da
pessoa idosa, o que aponta para um sério problema resultante de
falta de cursos para qualificação de cuidadores. Por este motivo,
muitos que se empregam como cuidadores, não receberam
preparação necessária para esta função e nem encontram no seu
emprego quem os possa orientar, no seu dia-a-dia, para lidar com
situações novas e complexas.
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CAPÍTULO 1
Relações Interpessoais
Objetivos Específicos:
Objetivos Operacionalizados:
● Distinguir os tipos de variáveis que interferem na determinação das
diferenças individuais;
● Expressar a deificação de personalidade;
● Interpretar a influência das variáveis determinantes das diferenças
individuais sobre o desempenho funcional;
● Expressar a definição ‘comportamento humano;
● Identificar os aspectos que devem ser observados para se estabelecer
boas relações humanas;
● Ter consciência das dificuldades e conflitos em grupos sociais;
● Conhecer o processo da comunicação, percepção e suas regras.
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Conceito das Relações Humanas
Não é surpresa para ninguém que as pessoas diferem umas das outras, não
havendo dois seres iguais no mundo. O homem sempre teve consciência
das suas características individuais, das suas necessidades diferenciadas.
Vejamos o exemplo de dois irmãos que foram gerados por pais de uma
única família, tiveram a mesma criação, a mesma educação social e moral,
mas desde pequenos demonstram características diferentes no
comportamento no caráter moral e social.
Então façamos as perguntas: “Por que os indivíduos diferem entre si? Quais
são os fatores que produzem variações comportamentais?”
Não é fácil aceitar às vezes nem mesmo as nossas próprias atitudes, então
precisamos aprender que, se quisermos nos relacionar adequadamente
com outro indivíduo, precisamos nos relacionar bem primeiro com nós
mesmos, vencendo nossos obstáculos internos (medos, desconfiança,
insegurança, etc.).
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Como lido no início deste texto, “Onde há duas pessoas, há um
relacionamento”, e assim sendo, com certeza estaremos falando em
conflitos de crenças, costumes, gostos, educação, etc., pois
relacionamentos são repletos de ‘surpresas’, que distinguem um indivíduo
do outro.
Desenvolvimento Pessoal
Fase uterina
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Relações Interpessoais, Social e Profissional
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PARA REFLETIR
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Os grupos sociais ainda recebem classificações como:
a) Grupo organizado - se um grupo for planejado, ou premeditada a sua
formação.Exemplo: amigos de bairro, time de futebol, família, etc.
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RELAÇÕES HUMANAS
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OS DIREITOS DA PESSOA
IDOSA NA LEGISLAÇÃO
Na Constituição Federal
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Além disso, da mesma forma que os pais têm o dever de assistir, criar e
educar os filhos menores, os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar
os pais na velhice, carência ou enfermidade. A Constituição Federal garante,
ainda, aos maiores de sessenta e cinco anos a gratuidade dos transportes
coletivos (art. 230, § 2º).
No Estatuto do Idoso
Há diversas outras leis que tratam dos direitos dos idosos, como a Política
Nacional do Idoso. Entretanto, o Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/03 é o
expoente máximo da legislação protetiva ao idoso.
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O Estatuto cria, ainda, uma série de crimes específicos, merecendo
destaque os seguintes:
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e) art. 102 – quem se apropria de bens, proventos, pensão ou qualquer outro
rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade é
apenado com reclusão de 1 a 4 anos e multa;
g) art. 106 – quem induz pessoa idosa sem discernimento de seus atos a
outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor
livremente é apenado com reclusão de 2 a 4 anos.
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d) do direito à saúde – arts. 15 a 19 – destaca-se aqui o dever do Poder
Público em fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos,
especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e
outros recursos relativos ao tratamento, habilitação e reabilitação. Além
disso, há a previsão de atendimento domiciliar, incluindo a internação, para o
idoso que dele necessitar e esteja impossibilitado de se locomover;
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i) da habitação – arts. 37 e 38 – o idoso goza de prioridade na aquisição
de imóvel para moradia própria, nos programas habitacionais, públicos
ou subsidiados com recursos públicos;
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VIOLÊNCIA E MAUS-TRATOS CONTRA A PESSOA IDOSA.
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Os abusos físicos
Constituem a maior parte das queixas das pessoas idosas e costumam
acontecer no seio da família, na rua, nas instituições de prestação de
serviços, dentre outros espaços. Às vezes, o abuso físico resulta em lesões e
traumas que levam à internação hospitalar ou produzem como resultado a
morte da pessoa. Outras vezes ele é quase invisível.
As estatísticas mostram que, por ano, cerca de 10% das pessoas idosas
brasileiras morrem por homicídio. E a incidência comprovada de abusos
físicos no mundo está entre 5% a 10%, dependendo da cultura local.
O abuso psicológico
Corresponde a todas as formas de
menosprezo, de desprezo e de
discriminação que provocam sofrimento
mental. Por exemplo, ele ocorre quando
dizemos à pessoa idosa, expressões como
essas: “Você já não serve para nada”; “você
já deveria ter morrido mesmo”; “você já é a
bananeira que deu cacho” ou coisas
semelhantes.
Estudos médicos mostram que o sofrimento mental provocado por esse tipo
de maus-tratos pode provocar depressão e levar ao suicídio. É importante
ressaltar, em relação a abusos psicológicos, que os muito pobres e
dependentes financeira, emocional e fisicamente são os que mais sofrem.
Isso ocorre, no caso dos doentes, porque eles não podem dominar seu
corpo ou sua mente; e no caso dos muito pobres, porque não têm dinheiro
para se sustentar, sendo considerados um peso para muitas famílias.
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O abandono
É uma das maneiras mais perversas de violência contra a pessoa idosa e
apresenta várias facetas.
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Abusos financeiros
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Autonegligência
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Violências visíveis e invisíveis
As violências contra a pessoa idosa podem ser visíveis ou invisíveis: as
visíveis são as mortes e lesões; a invisíveis são aquelas que ocorrem sem
machucar o corpo, mas provocam sofrimento, desesperança, depressão e
medo e das quais falamos no item anterior.
Em relação às causas visíveis que levam à morte ou provocam lesões e
traumas, a Organização Mundial de Saúde trabalha com duas categorias:
acidentes e violências. No caso do idoso, essa classificação é fundamental,
pois, frequentemente os acidentes são frutos ou estão associados a maus-
tratos e abusos.
Uma das grandes queixas das pessoas mais velhas se refere às longas
esperas nos pontos de ônibus e aos arranques desferidos por motoristas
que não as esperam se acomodar em assentos. Uma das formas de
violência da qual a pessoas idosas mais se queixam é o tratamento que
recebem nas travessias e nos transportes públicos.
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Nesse último caso, o privilégio da “gratuidade do passe”, a que têm direito
por lei, se transforma em humilhação e discriminação.
Vamos agora para as nossas casas. Hoje em 26% dos lares brasileiros existe
pelo menos uma pessoa idosa e 95% delas vivem em casas próprias ou de
seus familiares. Mas, assim como nossas cidades, também nossas casas
pouco estão preparadas para acolher e responder às necessidades das
pessoas idosas. As duas maiores causas de mortes violentas revelam isso.
Por exemplo, a maioria das quedas que provoca a morte ou leva a
internações e incapacitações ocorre em casa, no trajeto do quarto para a
cozinha e do quarto para o banheiro.
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Violência contra a pessoa idosa: o que fazer?
Muita coisa pode ser feita para minimizar, reduzir ou cessar a violência
contra a pessoa idosa. Os diversos abusos, as violências, as
negligências, as violações dos direitos, as discriminações e os
preconceitos que as pessoas idosas sofrem na vida cotidiana precisam
ser prevenidos e superados. Todas essas formas de violência e maus-
tratos representam um grave problema para o bem-estar desse
segmento etário. Os diversos abusos sofridos podem causar sofrimento
psicológico, lesões, doenças, isolamento e podem até mesmo, levar à
morte.
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Damos a seguir alguns princípios que podem orientar a intervenção.
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É importante lembrar
Além desses princípios orientadores, sempre que a
pessoa idosa sofrer maus-tratos, de familiares
ou de terceiros, ela mesma ou qualquer um que
tenha conhecimento da situação deve procurar ajuda
nos serviços de saúde, da justiça ou segurança pública
da cidade para que as providências cabíveis sejam
tomadas.
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Quando procurar a Delegacia de Polícia
Se a pessoa idosa for vítima de algum crime, como
furto, roubo, lesão corporal, maus-tratos, cárcere
privado etc.;
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Unidades de Saúde
As unidades de saúde – UBS, Estratégia Saúde
da Família, Ambulatórios de especialidades, Serviços
de emergência etc – têm a responsabilidade de
atender pessoas vítimas de violência. A violência, nas
suas mais diversas manifestações é uma questão de
saúde pública, notoriamente reconhecida pela
Organização Mundial de Saúde.
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O CUIDADOR DA PESSOA IDOSA: FORMAÇÃO E RESPONSABILIDADES
Sabemos que a velhice não deve ser considerada uma doença, mas a idade
acarreta perdas funcionais no indivíduo e torna necessária uma adequação
no seu estilo de vida e novas formas de relacionamento com o meio.
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Quais os pré-requisitos para se tornar um cuidador?
Como já mencionamos anteriormente, existem duas categorias de
cuidador:
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ALTERAÇÕES COMUNS NO ENVELHECIMENTO
Envelhecer diz respeito as perdas das funções normais que ocorrem com o
passar dos anos. Estas perdas de funções começam a ficar mais evidentes
após os 60 anos, no entanto, o que mais afeta as pessoas idosas são as
mudanças de papel na sociedade.
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Entre as alterações normais do envelhecimento podemos citar:
● A pele perde a elasticidade e fica mais fina, sua menos e produz menos
sebo. Por isso é comum que ela fique mais fina, seca e áspera, sendo
mais fácil coçar e mais fácil abrir feridas com pequenos traumas;
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● Alterações na comunicação. O cuidador dever estar atento se o idoso:
Resumindo, ser idoso não é uma doença, mas é uma fase da vida
caracterizada por diminuição das reservas funcionais e da capacidade do
organismo em se adaptar a mudanças bruscas, tornando-o mais susceptível
a infecções, quedas, desidratação, efeito colateral de medicamentos, entre
outros. O idoso doente tem sinais e sintomas de doença, e deve receber
tratamento.
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Cuidados no domicílio para pessoas acamadas ou com limitações físicas
Quando a pessoa idosa não quiser fazer a sua higiene e nem deixar o
cuidador fazê-lo, deve-se manter postura determinada, explicar a sua
importância, evitando a confrontação e a discussão e conduzindo com
firmeza, passo a passo, a execução de toda a tarefa.
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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de
maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções,
devendo ser praticada sempre, ao iniciar e ao término de uma tarefa. A
higienização das mãos é a medida mais simples e eficaz para se evitar a
transmissão de microrganismos entre pacientes e entre um sítio
contaminado para outro limpo no mesmo paciente. A higiene inadequada
das mãos também contribui para a disseminação das doenças infecciosas
de origem comunitária, tais como: viroses respiratórias, pneumonia e diarreia
infecciosa
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● Quando lavar as mãos:
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● Técnica de lavagem das mãos:
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HIGIENE E CONFORTO DO PACIENTE
● Procedimentos para o Conforto do Paciente
Proporcionar conforto e uma das funções primordiais do cuidador. O
paciente deve ser atendido com delicadeza, isto é, levar em consideração
os vários problemas que ele apresenta, a fim de proporcionar-lhe o melhor
cuidado.
● Causas do desconforto
PSICOLÓGICO
● Saudades da família, solidão;
● Preocupações financeiras;
● Mudança dos hábitos, com restrição da liberdade;
● Receio de sua não reabilitação;
● Medo do diagnóstico, da dor e do desconhecido;
● Exposição do próprio corpo.
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● Como reduzir o desconforto espiritual:
1. Oportunizar assistência espiritual de acordo com sua crença.
● O desconforto físico:
● Fatores físicos que causam desconforto:
● Frio ou calor excessivo;
● Longo tempo na mesma posição;
● Postura incorreta;
● Atrito de roupas sobre feridas ou locais doloridos;
● Roupa de cama suja, enrugada ou úmida;
● Ruídos e barulho;
● Odor desagradável;
● Roupas apertadas;
● Falta de humanização ao movimentá-lo.
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● Higiene do paciente
NORMAS
01 - A higiene do paciente fica a cargo do cuidador ou familiar,
02 - Explicar sempre ao paciente o que vai ser feito;
03 - Preferencialmente realizar a higiene oral do paciente, antes do
banho e apos as refeições e quando se fizer necessário;
04 - Ao lidar com o paciente, de maneira direta, é imprescindível o uso
de luvas para procedimentos;
05 - Cuidar durante o banho, para não expor, desnecessariamente, o
paciente. A privacidade contribui muito para o conforto mental do
paciente;
06 - Secar bem toda a superfície do corpo do paciente, principalmente
as dobras;
07 - As portas do banheiro não devem ser trancadas, durante o banho;
08 - Deve-se testar a temperatura da água, antes do banho do
paciente. Geralmente se usa água morna.
Higiene bucal
O cuidado com a boca (cavidade oral) é muito importante. A higiene
bucal envolve a lavagem das próteses (dentaduras e pontes), dentes
naturais, gengivas, bochechas (mucosa oral) e língua a fim de evitar o
acúmulo de alimentos entre os dentes e infecção, o que oferece uma
sensação de bem-estar à pessoa idosa.
• com o envelhecimento ocorrem algumas alterações no organismo:
Diminuição das papilas salivares alterando assim o paladar e diminuindo
a salivação.
Oferecer bastante água durante todo o dia é muito importante para evitar a
desidratação e manter a boca sempre úmida, diminuindo assim aumento na
concentração de bactérias que se instalam na boca.
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A higiene bucal deve ser realizada rigorosamente, principalmente
após as refeições (café da manhã, almoço, jantar e lanche noturno).
Quando possível deve ser estimulada e/ou ensinada para o idoso realizar,
usando escovas (macia para as gengivas e dura para as próteses), creme e
fio dental, além de água limpa para o enxágue e bacia para desprezar o
bochecho, se necessário.
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● Como proceder quando a pessoa usa prótese
As próteses são partes artificiais, conhecidas como dentadura, ponte fixa ou
ponte móvel, colocadas na boca para substituir um ou mais dentes. A
prótese é importante tanto para manter a autoestima da pessoa, como
manter as funções dos dentes na alimentação, na fala e no sorriso. Por
todos esses motivos e sempre que possível a prótese deve ser mantida na
boca da pessoa, mesmo enquanto ela dorme.
A limpeza da boca deve ser feita mesmo que a pessoa cuidada não tenha
dentes e não use prótese.
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Quando for necessário remover a prótese, coloque-a em uma vasilha com
água e em lugar seguro para evitar queda. A água da vasilha deve ser
trocada diariamente. Não se deve utilizar produtos como água sanitária,
álcool, detergente para limpar a prótese, basta fazer a higiene com água
limpa, sabão neutro ou pasta dental.
A limpeza da boca deve ser feita mesmo que a pessoa cuidada não tenha
dentes e não use prótese.
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● Doenças da boca
Algumas doenças e alguns medicamentos podem provocar sangramento e
inflamação nas gengivas. Além disso, a boca da pessoa doente ou
incapacitada está mais sujeita às feridas, às manchas esbranquiçadas ou
vermelha e cárie nos dentes.
● Cárie dental
A cárie é a doença causada pelas bactérias que se fixam nos dentes. Essas
bactérias transformam em ácidos os restos de alimentos, principalmente
doces, que ficam grudados nos dentes. Os ácidos corroem e furam o
esmalte dos dentes.
A alimentação saudável e boa higiene da boca e dentes ainda é a melhor
e mais eficiente maneira de se prevenir a cárie dos dentes.
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IMPLEMENTAÇÃO:
❖ Avaliar a possibilidade de o paciente realizar a própria higiene.
❖ Se isto for possível, colocar o material ao seu alcance e auxiliá-lo no que
for necessário. Caso contrário, com o material e o ambiente devidamente
preparados, auxiliar o paciente a posicionar-se, elevar a cabeceira da
cama se não houver contraindicação e proteger o tórax do mesmo com a
toalha, para que não se molhe durante o procedimento.
❖ Em pacientes inconscientes ou impossibilitados de realizar a higiene
bucal, compete ao cuidador lavar-lhe os dentes, gengivas, bochechas,
língua e lábios com o auxílio de uma espátula envolvida em gaze
umedecida em solução.
❖ Após prévia verificação, se necessário, aplicar um lubrificante para
prevenir rachaduras e lesões que facilitam a penetração de
microrganismos e dificultam a alimentação.
❖ Para a proteção do profissional, convém evitar contato direto com as
secreções, mediante o uso de luvas de procedimento.
❖ Após a higiene bucal, colocar o paciente numa posição adequada e
confortável, e manter o ambiente em ordem.
❖ Comunicar anormalidades observadas.
❖ O paciente que faz uso de prótese dentária (dentadura) também necessita
de cuidados de higiene para manter a integridade da mucosa oral e
conservar a prótese limpa.
❖ De acordo com seu grau de dependência, o cuidador deve auxiliá-lo
nesses cuidados.
❖ A higiene compreende a escovação da prótese e limpeza das gengivas,
bochechas, língua e lábios - com a mesma frequência indicada para as
pessoas que possuem dentes naturais.
❖ Por sua vez, pacientes inconscientes não devem permanecer com
prótese dentária.
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Banhos:
Os hábitos relacionados ao banho, como
frequência, horário e temperatura da água,
variam de pessoa para pessoa. Sua
finalidade principal, no entanto, é a higiene
e limpeza da pele, momento em que são
removidas células mortas, sujidades e
microrganismos aderidos à pele.
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●Banho de chuveiro
O banho de chuveiro é o tipo de banho mais adequado, pois promove a
higiene mais completa e maior sensação de bem-estar para a pessoa
idosa, principalmente em locais de intenso calor no ambiente. Pode
ser promovido para pessoas idosas que andam sozinhas, com andador,
com muletas, de cadeira ou com ajuda. Contudo é necessário tomar
alguns cuidados para a segurança da pessoa idosa:
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16.Ao iniciar o banho, dependendo do grau de autonomia da pessoa
idosa, deve-se pedir que vá se despindo, e auxiliá-la, quando necessário.
Explicando as ações, proceda ao banho na sequencia:
A higiene dos cabelos deve ser feita no mínimo três vezes por semana.
Diariamente inspecione o couro cabeludo observando se há feridas, piolhos,
coceira ou áreas de quedas de cabelo.
O banho de chuveiro pode ser feito com a pessoa sentada numa cadeira de
plástico com apoio lateral colocada sobre tapete antiderrapante, ou em
cadeiras próprias para banhos, disponíveis no comércio.
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Banho no leito
NORMAS
01 - Trocar a água do banho sempre que necessário;
02 - Quando houver colostomia e/ou drenos, esvaziar as bolsas coletoras
antes do banho ou trocá-la, depois trocar as luvas e iniciar o banho;
03 - Quando o banho for dado em apenas uma pessoa, levando-se em
consideração que o paciente ajuda, seguir a mesma técnica, porém, sem
esquecer de lavar as mãos enluvadas, antes de manipular a roupa limpa;
Material
Luvas de banho,
Toalhas de banho (lençol protetor),
Material para higiene oral,
Material para higiene intima,
Pente,
Sabonete individualizado,
Comadre e/ou papagaio
Roupa para o paciente (pijama ou camisola),
Roupa de cama (02 lençóis, 01 fronha, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho,
01 fralda S/N, 01 forro S/N, colcha)
Luvas de procedimento,
Luvas de banho,
Hamper,
02 bacia,
Biombos,
Este tipo de banho deve ser realizado quando a pessoa idosa é totalmente
dependente de outra pessoa e tem muitas dificuldades de se mover, ou
quando a pessoa idosa é muito pesada e tem muitas dores ao mudar de
posição. É importante ter outra pessoa para ajudar além do cuidador, dando
mais segurança à pessoa idosa, evitando acidentes e cansaço físico.
Existem também alguns requisitos para promover o banho de leito com
segurança e conforto à pessoa idosa:
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●aproveite o momento do banho para fazer movimentos com o corpo
da pessoa idosa e massagens, para estimular a circulação sanguínea e
evitar atrofias dos músculos. Se perceber manifestações de dor durante a
movimentação da pessoa idosa, peça avaliação de algum profissional
da saúde;
●Separar todo o material necessário: bacias com água morna, retalhos
de tecido, toalhas de banho, forros plásticos, lençóis, roupas limpas,
comadre ou urinol, xampu, creme hidratante, sabonete, escova e creme
dental, pente ou escova de cabelo, luvas descartáveis, evitando ter que
interromper o banho após seu início. Dê preferência aos sabonetes
hidratantes para promover a hidratação da pele;
●providenciar um ambiente sem corrente de ar, fechando janelas e por-
tas. Desta forma, também irá dar privacidade à pessoa idosa;
●garantir boa iluminação;
●quanto à arrumação da cama, os pontos principais a serem seguidos
são: utilizar lençóis limpos, secos, passados à ferro; não deixar migalhas de
pão, fios de cabelos, etc., nos lençóis da cama; limpar o colchão, quando
necessário; observar o estado de conservação do colchão, travesseiros
e impermeável, e providenciar a troca quando necessário; não arrastar as
roupas de cama no chão, nem sacudi-las no ar; não alisar com as
mãos, as roupas de cama, mas ajeitá-las pelas pontas;
●no preparo do banho todas as ações devem ser explicadas à pessoa
idosa de forma clara e pausadamente, passo a passo e o cuidador deve
incentivá-la e motivá-la para seu próprio cuidado;
●é recomendado para o banho de leito que vá despindo a pessoa idosa
de acordo com a parte do corpo que será higienizada, nunca deixando a
pessoa idosa totalmente despida.
●Inicia-se oferecendo a comadre ou urinol à pessoa idosa. Deve-se
proceder mantendo a pessoa idosa de costas, auxiliando na retirada
das roupas e protegendo-a com o lençol. Segue-se a sequência para
o banho de leito:
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Auxilie ou faça por ela a higiene bucal e face, a seguir coloque o forro
plástico embaixo da cabeça da pessoa idosa para a lavagem dos
cabelos, utilizando os materiais disponíveis e secando bem. O corpo
será higienizado com uma luvinha de banho umedecida e ensaboada,
tomando sempre o cuidado de remover a espuma do corpo da pessoa
idosa com a toalha úmida e, em seguida, secar com uma toalha seca,
principalmente nas dobras e entre os dedos. As mãos e pés podem
ser colocados dentro da bacia com água e sabão, enxaguados e
secados. Faça a higienização da parte da frente do corpo e a seguir peça
ajuda de outra pessoa para deitar a pessoa idosa de lado, segurando-a
nesta posição para a higienização da parte de trás, nas costas. Aproveite
para trocar os lençóis da cama neste momento, esticando bem os
limpos até não deixar pregas e rugas, que podem machucar a pessoa
idosa. Se estiver sozinho, posicione a pessoa idosa de costas para cima
e deixe a troca dos lençóis para depois que terminar o banho. A higiene
dos genitais e região anal deve ser feita para finalizar o banho e em todas
as vezes que a pessoa idosa tiver eliminação urinária e fecal, evitando
assim umidade e assaduras.
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Técnica
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20 - Trocar, obrigatoriamente, a água da bacia e a luva de banho, retirando a
comadre, deixando-a ao lado do leito;
21 - Virar o paciente em decúbito lateral, colocando a toalha sob as costas e
nádegas, mantendo esta posição com o auxilio de outra pessoa;
22 - Lavar e enxugar as costas, massageando-as, incluindo nádegas e cóccix
do paciente;
23 - Deixar o paciente em decúbito lateral, empurrando a roupa úmida para
o meio do leito, enxugando o colchão;
24 - Proceder a arrumação do leito, com o paciente em decúbito lateral;
25 - Virar o paciente sobre o lado pronto do leito;
26 - Retirar a roupa suja;
27 - Fazer os cantos da cama: cabeceira e pés;
28 - Vestir o paciente;
29 - Pentear os cabelos do paciente;
30 - Trocar a fronha;
31 - Utilizar travesseiros para ajeitar o paciente no decúbito mais adequado;
32 - Limpar, bacia, comadre com água e sabão;
33 - Retirar as luvas e lavar as mãos;
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