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ELETROCARDIOGRAFIA

o Os vetores apontam no sentido sudoeste (da parede


esquerda do septo para a direita, e o impulso é pra
baixo).
• Onda R
o Despolarização das paredes livres dos ventrículos;
• O nó sinusal determina a frequência cardíaca do coração, o Os vetores são formados da parede interna para a
logo, é chamado de marcapasso do coração (isto é, determina externa dos ventrículos, sendo maiores no ventrículo
o passo); esquerdo do que no ventrículo direito, além de
• O nó atrioventricular tem a função de impedir que átrios e apontarem para baixo mas em direções opostas.
ventrículos contraiam-se simultaneamente; Assim, somando os vetores, resulta em um único
• Cada vez que a célula despolariza, o coração bate; vetor no sentido sudeste.
• FC normal = 50 a 100 bpm; • Onda S
• Nó sinusal – nó atrioventricular – feixe de His – ramo o Despolarização da porção basal das paredes dos
esquerdo feixe de His e ramo direito feixe de His – fibras de ventrículos;
Purkinje; o Os vetores apontam na direção noroeste, tanto no
• O tamanho das ondas (logo, a amplitude do vetor resultante ventrículo esquerdo quanto no ventrículo direito;
do impulso) é diretamente proporcional à quantidade de o É um pouco maior (em amplitude) do que a onda do
músculos que o estímulo elétrico penetra (quanto maior a septo interventricular.
despolarização, maior o vetor); • Onda T
• Onda P o Repolarização dos ventrículos
o Despolarização dos átrios; § Via de regra, quando o QRS é
o O vetor é sentido sudeste, resultante do estímulo predominantemente positivo, a onda T tende
lançado pelo nó sinusal, que sai um para esquerda do a ser positiva
paciente e outro para baixo • Nomenclatura do QRS
o Logo após, o segmento PR, uma linha reta, devido ao o Nem todo eletro tem ondas QRS;
delay que tem no nó AV. o Onda Q = primeira onda negativa;
• Onda Q o Onda R = primeira onda positiva;
o Despolarização do septo interventricular; o Onda S = primeira onda negativa após a onda R;
o Quando a onda é pequena, a letra é minúscula. o Derivação I
Quando grande, a letra é maiúscula; § Entre braço direito (-) e esquerdo(+).
o Quando só onda negativa, é chamada de QS; o Derivação II
o Quando tem uma segunda onda positiva, é chamada § Entre braço direito (-) e perna esquerda (+).
de R’. o Derivação III
• A repolarização dos átrios não é observada no eletro, pois § Entre braço esquerdo (-) e perna esquerda (+).
acontece ao mesmo tempo que a despolarização dos o Derivação aVL
ventrículos (vetores neste muito maiores); § Do coração (ponto central até o braço
• OBS.: esquerdo.
o Intervalo: engloba uma ou mais ondas; o Derivação aVR
o Segmento: não engloba onda. § Do coração até o braço direito.
o Derivação aVF
§ Do coração até o pé.
o Estas derivações são conhecidas como periféricas ou
frontais porque permitem definir a localização dos
estímulos elétricos no plano frontal, isto é, para cima
ou para baixo e para esquerda ou para a direita. Elas
não permitem dizer se o estímulo está indo para
frente ou para trás;
o Elas enxergam a mesma coisa por ângulos diferentes.
• Derivações precordiais
o Estão no plano horizontal;
o Permitem dizer se o estímulo está indo para frente ou
para trás;
ELETRODOS E DERIVAÇÕES o Se o estímulo estiver indo pra trás, QRS em V1 será
negativo. Se estiver indo pra frente, QRS em V1 será
• Derivações frontais positivo;
o Medida de diferença de potencial entre dois pontos
distintos;
o Como suspeitar se os eletrodos precordiais estão mal o O eixo QRS estar normal não significa q o eletro está
posicionados? normal. Este é apenas um dos parâmetros a ser
§ QRS cresce lentamente até chegar na analisado.
voltagem máxima, que pode ser em V4,V5 ou o -30 a 90 graus: eixo normal
V6 (neste é menos comum). § Isto porque, na despolarização ventricular
o Em dextrocardia, tudo é negativo em DI e QRS (que ocorre em três partes), a despolarização
negativos em precordiais. (e a amplitude vai ficando na parede livre do ventrículo é maior (maior
cada vez menor) vetor).
§ Quando suspeitar, inverter as posições dos o -30 a -90 graus: eixo desviado para a esquerda
eletrodos; § Hipertrofia do ventrículo esquerdo.
§ Ondas negativas em DI: o 90 a 180 graus: eixo desviado para a direita
• Se QRS negativos em precordiais: § Hipertrofia do ventrículo direito.
dextrocardia; o 180 a -90 graus: desvio extremo do eixo.
• Se QRS em progressão de R em • Primeiro passo para definir o eixo QRS
precordiais: troca de eletrodos nos o Definir a derivação em que o QRS é mais isodifásico
braços. (com uma onda negativa e uma positiva, ambas com
mesma amplitude;
o Se uma onda/complexo é isodifásica em uma
derivação, significa que está perpendicular (90˚)
àquele local;
o Se 5 derivações estão ou totalmente positivas, ou
totalmente negativas, a sexta derivação (mesmo se
não estiver enxergando) é provavelmente a mais
isodifásica;
o QRS, predominantemente positivo ou isodifásico em
ELETROCARDIOGRAMA DI e DII, é um eixo normal;
o Ex.:
• O eixo normal do QRS é de -30 a 90 graus
§ No eletro abaixo, o QRS está isodifásico em
aVL. Assim, o eixo está ou 90˚ à esquerda de
aVL (ou seja, em -120˚), ou 90 à direita de aVL
(ou seja, em DII)
• Quando não cair em uma derivação
exata, como neste caso em que 90˚ à
esquerda de aVL caiu em -120˚,
considerar a derivação mais próxima, o No plano horizontal, como definir se o eixo QRS está
que neste caso é aVR. Assim, analisar a indo para frente ou para trás
direção do eixo comparando o eixo § Como o ventrículo esquerdo é maior que o
QRS de aVR e DII. direito, o fisiológico é o eixo QRS estar
§ Analisando o eletro, vemos que o QRS em aVR direcionado para trás;
está totalmente negativo, ou seja, o eixo está § Para isso, observar v1, pois é o eletrodo mais
se afastando de aVR, enquanto em DII, ele está anterior. Assim, o normal em v1 é ver o QRS
totalmente positivo, ou seja, se aproximando negativo
de DII. Portanto, o eixo está em DII (o que • Se QRS positivo em V1, o eixo está para
explica a maior amplitude) frente;
• Se estivesse positivo em aVR, e • Se QRS negativo em V1, o eixo está
negativo em DII, o eixo estaria em - para trás.
120˚, e não em aVR.
Eixo em DII (60˚) é fisiológico, já que está entre
§
-30˚ e 90˚.
9 PASSOS PARA INTERPRETAR UM
ELETROCARDIOGRAMA
1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

• Nome;
• Idade;
• Peso e altura; o Sobrecargas ventriculares importantes;
• Sexo; o Crianças com parede torácica muito fina.
• Quadro clínico. • Usar 2N se complexos com voltagem muito baixo (ex.:
pacientes obesos) ou se quiser avaliar melhor algum
2. PADRONIZAÇÃO componente isolado (ex.: onda p).

• Velocidade: 25mm/s; 3. DEFINIR O RITMO E A FREQUÊNCIA CARDÍACA PELO


• Cada quadradinho equivale a: ELETROCARDIOGRAMA
o 1mm;
o 0,1mV; • Critérios para que o ritmo seja sinusal fisiológico
o 0,04s. o A onda P tem que estar localizada no quadrante
• Assim, cada quadrado maior, que contém 5 quadradinhos, inferior esquerdo (entre 0˚ e 90˚). Assim, ela
equivale a: obrigatoriamente tem que ser positiva em DI e em
o 5mm; aVF (consequentemente, será positiva em DII e
o 0,5mV; negativa em aVR);
o 0,2s. o A cada onda P, tem que se seguir um complexo QRS;
• Para checar a padronização, verificar na lateral direita do o As ondas P tem que ter a mesma morfologia;
eletro. O normal é ter 10 quadradinhos. Pode ser que esteja o FC entre 50 e 100bmp (adultos).
escrito em baixo da folha também; • Qualquer coisa diferente de ritmo sinusal é chamada de
arritmia;
• Definindo a frequência cardíaca pelo eletro
o Ritmo cardíaco regular
§ Basta ver quantos quadradinhos separam
cada batimento (x);
§ 1 minuto contém 1500 quadradinhos;
§ Se x = 20, então FC = 1500 / 20 = 75bpm.
§ 1 minuto contém 300 quadrados grandes;
§ Se x = 4, então FC = 300 / 4 = 75bpm.
• Usar N/2 se complexos com voltagem muito grande
o Ritmo cardíaco irregular
o O eletrocardiograma padrão registra 10
segundos de batimento;
o Contar a quantidade de batimentos (QRS) que
existe no DII longo e multiplique por 6.

4. ONDA P

• Despolarização dos átrios e ajuda a definir se o ritmo é


sinusal; o Sobrecarga atrial esquerda
• Em V1, a onda P costuma ser isodifásica; § Tende a aumentar a duração da onda P (>= 3
• Características da onda P normal quadradinhos (>=120ms));
o Amplitude de até 2,5mm (dois quadradinhos e meio); § Pode aparecer dois picos na onda P (bífida);
o Duração de até 0,11s (2,75 quadradinhos). § Índice de Morris
• Diagnostica sobrecargas atriais • Se a fase negativa da onda P em V1 > 1
o Sobrecarga atrial direita quadradinho de duração e de
§ Dilatação atrial causa aumento da amplitude amplitude (área > 1mm2).
da onda P; § Fibrilação atrial é sinal indireto de sobrecarga
§ Verificar a amplitude da onda P nas derivações atrial esquerda. Pode ser tanto a causa quanto
inferiores (DII, DIII e aVF); a consequência.
§ Onda P com amplitude > 2,5mm, em DII, DIII e § Mulher jovem, dispneica, sobrecarga atrial
aVF, temos SAD; esquerda = sempre pensar em estenose
§ Não tende a aumentar a duração da onda P. mitral.
• É causado pelo nó atrioventricular;
• A duração normal é de 120 a 200ms (3 a 5 quadradinhos);
• Se PR > 200ms (5 quadradinhos) em todos os batimentos
o Bloqueio atrioventricular de primeiro grau;
o Causas:
§ Medicações que diminuem a frequência
cardíaca (betabloqueador, amiodarona);
o Um eletrocardiograma normal não descarta § Doenças do sistema de condução;
sobrecarga atrial § Atletas;
§ Ele é muito específico e pouco sensível para § Endocardite
detectar sobrecargas de câmaras; • Comum endocardite em valva aórtica
§ Ou seja, se diz que tem sobrecarga, acerta formar um abscesso perto da valva que
quase sempre. Se diz que não tem, não exclui. comprime o sistema de condução
cardíaca;
5. INTERVALO PR • Paciente com endocardite e PR longo
=> pensar em abscesso;
• Vai do começo da onda P até o começo do complexo QRS; • Endocardites em valvas esquerdas =>
• Segmento PR vai do final da onda P até o início do QRS; repetir eletrocardiograma
diariamente, pois se alargou o PR, a
causa deve ser um abscesso.
• Se PR < 120ms (3 quadradinhos)
o Pensar em pré-excitação ventricular (síndrome de
Wolff-Parkinson-White);
o Nó AV ligado aos ventrículos por uma via acessória.
• Se PR > 240ms, ter cautela ao usar betabloqueadores;
• Paciente jovem com quadro febril, sopro, dor de garganta
recente, bloqueio atrioventricular => pensar em febre
reumática aguda (pode ser endocardite também).
6. COMPLEXO QRS o Como o VD é três vezes menor que o VE, a SVD tem
que ser muito grande pra aparecer no
• Principal causa de aumento de amplitude do QRS é eletrocardiograma;
sobrecarga de ventrículo esquerdo o Quando detectado, já é um evento tardio;
o Hipertrofia concêntrica o O principal diagnóstico para diagnosticar SVD é a onda
§ Área cardíaca igual, mas a parede do R de grande amplitude em V1 (positivo, geralmente
ventrículo esquerdo é mais espessa. maior que a onda S).
o Hipertrofia excêntrica • Baixa voltagem (vários critérios, que variam)
§ Área cardíaca dilatada devido à dilatação do o Amplitude < 5mm no plano frontal;
ventrículo esquerdo. o Amplitude < 10mm no plano horizontal;
o No eletro, não é dado o diagnóstico do tipo de o Causas
hipertrofia. Por isso, é chamado de sobrecarga de § Qualquer coisa que se interponha entre o
ventrículo esquerdo. coração e os eletrodos
• Sobrecarga de ventrículo esquerdo (Há mais de 40 critérios § Tecido adiposo, mama grande, derrame
para diagnosticar) pericárdico, fibrose miocárdica (células
o Critério Sokolow-Lyon morreram, não contraem mais, não geram
§ Critério mais clássico; amplitude no QRS), amiloidose cardíaca,
§ A soma da amplitude da onda R em V5 ou V6 derrame pleural volumoso, pneumopatias
(a que for maior) com a amplitude da onda S intersticiais, enfisema, DPOC, pneumotórax,
em V1 deve ser maior que 35mm. etc.
o Onda R em aVL > 10mm; • Alternância elétrica no eletrocardiograma
o Critério de Cornell o Pensar em derrame pericárdico (swing heart).
§ R aVL + S V3 > 28mm se sexo masculino; • Paciente jovem, dor torácica, sem comorbidades, sem
§ R aVL + S V3 > 20mm se sexo feminino. estenose, e sobrecarga de ventrículo esquerdo no
o Se eletrocardiograma mostrar SVE, é porque tem eletrocardiograma > miocardiopatia hipertrófica;
(muito específico), mas se não mostrar, não descarta • Duração normal do QRS
(pouco específico). o Até 120ms (3 quadradinhos);
• Sobrecarga de ventrículo direito o Se >= 120ms, temos um bloqueio de ramo
§ Quando QRS positivo, é esperado ST e T § Pensar no BDASE no ECG quando o eixo QRS
invertido (infra de ST); estiver desviado para a esquerda
§ QRS negativo, é esperado ST e T positivo. o DII e DII negativos e S DIII > S DII.
o Se V1 é negativo, então é um bloqueio de ramo
esquerdo
o Se V1 é positivo, então é um bloqueio de ramo direito
(RSR’);
o Sempre que houver bloqueio de ramo, investigar se
há cardiopatia estrutural;

§ Bloqueio da divisão posteroinferior é raro


(desvia o eixo para a direita);
§ Bloqueio da divisão anteromedial é discutível
se existe ou não.
§ BRD + BDASE = pensar em Chagas.

o Hemibloqueios 7. SEGMENTO ST
§ O ramo esquerdo é composto por três ramos
• Anterossuperior, posteroinferior e • As síndromes coronarianas agudas costumam se apresentar
anteromedial. no ECG através de mudanças no segmento ST e na onda T;
§ O bloqueio da divisão anterossuperior • Ponto J é o ponto localizado na transição do final do QRS para
esquerdo é o mais comum, por ser o mais fino, o começo do segmento ST;
mais longo e submetido ao maior stress • O normal é o segmento ST estar na linha base do ECG
hemodinâmico; o Ele deve estar alinhado com o ponto de início do QRS
(margem de erro de meio quadradinho é tolerado)
§ Se acima da linha = supra de ST;
§ Se abaixo da linha = infra de ST.
• Supra de ST
o Para medir, traçar uma linha a partir do ponto J e
contar os quadradinhos entre a linha do início do QRS
e a do ponto J;

o No IAM, a maioria dos casos tem concavidade para


baixo
§ A fase hiperaguda do infarto com supra
(costuma acontecer nos primeiros minutos do
infarto) pode ter supra de ST com concavidade
para cima.
o Causas
• Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST
§ IAM, pericardite, aneurisma de VE,
o No IAM, o miocárdio, que recebe menos sangue, tem
hipercalcemia, embolia pulmonar, brugada,
o potencial de ação alterado. Isso faz com que o
BRE, HVE, repolarização precoce, Takotsubo,
interior da célula fique menos negativo que o normal,
etc.
fazendo com que surja uma diferença de potencial
o O segmento ST corresponde à fase 2 (platô) do
entre o miocárdio sadio e o acometido pelo IAM.
potencial de ação.
Assim, como a área acometida fica menos negativa
o Causas benignas de supra de ST costumam ter a
que o miocárdio sadio, forma vários vetores, fazendo
concavidade para cima (“supra feliz”);
com que, onde deveria ser uma linha reta, se forme
um vetor resultante que é captado pelo eletro
formando a supra de ST
o Na vigência de IAM e supra de ST, significa que há uma
lesão miocárdica (morte de miócitos);
o Nas primeiras horas do IAM com supra, se abrir a • Supra de ST com concavidade para
artéria evita morte adicional de músculo. Quanto baixo;
mais rápido tratar, menos perde músculo; • Surgimento de ondas Que (quanto
o Tempo = miocárdio. Paciente com dor torácica na mais onda Q e menos onda R, pior,
emergência? Fazer ECG em no máximo 10 minutos menos músculo para salvar);
(não precisa esperar a troponina pra tratar o • Redução progressiva da onda R;
paciente). • Onda T começa a se inverter .
o Fases do IAMCSST não reperfundido
§ A terapia de reperfusão é benéfica nas fases
hiperaguda e aguda;
§ Fase hiperaguda
• Segundos /minutos após a oclusão
coronariana;
• Ondas T hiperagudas;
• Supra de ST discreto com concavidade
para cima.
§ Fase subaguda
• Mais de 12h após a oclusão
coronariana;
• Supra de ST com concavidade para
baixo;
• Onda Q (frequentemente QS, ausência
de onda R);
• Onda T invertida.
§ Fase aguda
• Primeiras horas após a oclusão
coronariana;
o Diagnóstico de IAMCSST
§ Quadro clínico compatível;
§ E supra de ponto J >= 1mm em pelo menos
duas derivações contiguas
• Parede inferior (DII, DIII, aVF);
• Septo e ventrículo direito (V1);
• Parede anterior (V2 a V4);
§ Fase crônica (cicatricial) • Parede lateral (V5, V6, DI, aVL);
• Semanas após o IAM; • OBS.::
• ST volta à linha de base o V2, V3:
§ Pode acontecer de não voltar § J >= 2,5mm (homens <
ao normal. Nesse caso, tem 40 anos);
pensar em aneurisma de VE (há § J >= 2mm (homens >=
uma persistência do supra de 40 anos);
ST por mais do que 4-6 semanas § J >= 1,5mm (mulheres).
após o IAM). o V7, V8, V9, V3R, V4R: J >=
• Onda Q (frequentemente QS); 0,5mm.
• Onda T pode permanecer invertida ou § Nomenclatura:
voltar ao normal. • V1, V2: parede anterosseptal;
• V1, V2, V3, V4: parede anterior;
• V4, V5, V6: parede anterolateral;
• V5, V6: parede lateral baixa;
• V1, V2, V3, V4, V5, V6: parede anterior
extensa;
• V3R, V4R: ventrículo direito
o Eletrodo V3 no lado direito =
V3R;
o Eletrodo V4 no lado direito =
V4R. o Resumo sucinto sobre irrigação do coração
• V7, V8, V9: parede dorsal. § Artéria descendente anterior irriga a parede
• Ex.: acometimento de toda a parede anterior;
anterior, DI e aVL: infarto anterior § Artéria coronária direita irriga a parede
extenso. inferior (VD);
§ No IAM, quanto maior o supra e quanto mais § Artéria circunflexa irriga a parede lateral.
derivações acometidas, pior o prognóstico; o No infarto em VD, evitar nitrato e morfina, pois pode
§ Imagem em espelho provocar hipotensão.
• As derivações opostas das derivações • Infarto Agudo do Miocárdio Posterior (ou dorsal)
que estão com supra de ST possuem o Paciente com muita dor torácica típica e ausência de
infra de ST; supra = pensar em infarto dorsal;
• A imagem em espelho ratifica que o o Pode ser visto através das derivações V7, V8 e V9
diagnóstico é um IAMCSST; § Basta trocar um eletrodo qualquer e ler eles
• Logo, se houver dúvida se um supra é no que usar para substituir.
ou não isquêmico, procure se há o Outra forma de pensar em infarto posterior é se tiver
imagem em espelho. Se sim, aumenta infra de ST de V1 a V3 (imagem em espelho).
a chance de ser IAM. • Infra de ST
• Infarto Agudo do Miocárdio de Ventrículo Direito o Diferença anatômica entre SCA com supra de ST e SCA
o Sempre que tiver supra inferior, pensar em IAM de VD sem supra de ST
e sempre fazer V3R e V4R § Supra: artéria fechada – vetor em direção ao
eletrodo;
§ Sem supra de ST: artéria semiocluída – vetor
para longe do eletrodo.
o No infra, a região mais acometida é a subendocárdica.
Assim, os vetores apontam de fora para dentro,
formando no eletro uma onda negativa;
o Alteração dinâmica de ST e/ou onda T e dor torácica:
§ Reafirma que é SCA. Paciente alto risco.
o Causas
§ SCA, SVE, uso de digital, taquicardia, DHE,
bloqueios de ramo, pré-excitação ventricular.
• Eletrocardiograma normal não síndrome coronariana aguda.
É um exame complementar.

8. ONDA T

• Corresponde ao final da fase 2 e à fase 3 do potencial de ação; • Principais causas de alterações de onda T
• Costuma ser negativa em aVR; o DAC, DHE, eventos intracranianos, SVE,
• Pode ser negativa em DIII, aVL e V1; medicamentos.
• Se encontrar onda T negativa ou achatada em qualquer outra • Onda T apiculadas
derivação: procurar doença; o IAM;
• Causas de onda T alteradas o Hipercalcemia
o Primárias: problema está na fase 3 do potencial de § Frequência cardíaca baixa e QRS largo =
ação lembrar de potássio.
§ Isquemia miocárdica, miocardite (igual IAM,
mas viral. IAM estudar histórico), uso de
drogas (ex.: digital), distúrbios
hidroeletrolíticos (ex.: alterações do potássio).
o Secundárias: problema está na despolarização
§ BRE, SVE, pré-excitação ventricular, ritmo de
marcapasso.
• Onda T invertida e simétrica: sempre considerar
coronariopatia; • Alteração clássica em eletro em casos de eventos cerebrais
agudos
o Ondas T negativas gigantes (> 10mm de
profundidade).

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