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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA NAVAL
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA NAVAL

ESTALEIROS
Arthur da Rocha Cabral
Pedro Tavares da Silva
Peterson Nilo Souza de Jesus
Robson Leandro Sousa Andrade Junior
Samea Silvestre de Souza
1. O que é um
estaleiro?
Estaleiro é o local no qual ocorre o
reparo ou a construção de embarcações.
2. História e Evolução

Período anterior a 2ª Guerra Mundial: trabalho manual, capacidade de


estoque, área e içamento limitados.

Período inicial da guerra até a década de 60: pré-fabricação e novas


tecnologias de soldagem e corte de chapa.

Final da década de 60 a início de 70: guindastes maiores, diques de


construção e mecanização do trabalho. Início da construção em blocos.

Década de 70: o planejamento do espaço, facilitar a logística do material,


tecnologia de processamento do aço e linha de montagem.

Atualidade: utilização de apenas um dique, ciclos curtos de produção e alta


produtividade, módulos de construção e painéis pré-fabricados.
3. Tipos de Estaleiros

Figura 1 – Estaleiro de grande porte Figura 2 – Estaleiro de médio porte


3. Tipos de Estaleiros

Figura 3 – Estaleiro de pequeno porte Figura 4 – Estaleiro militar


4. Indústria Naval Mundial
Projeto

Processamento da chapa

Mecânica

5. Processo de Elétrica

Construção Tubulação

Submontagem e montagem

Pintura

Edificação
5.1 Corte das chapas
Serra de corte Oxicorte
► Feito a partir de uma oxirreducão
► Corte mecânico do ferro e do fornecimento de
calor.
5.1 Corte das chapas
Corte por plasma Corte a jato d’água
► Feito a partir de um jato de água a
► Realiza corte com auxílio de um altíssima pressão.
fluxo continuo é concentrado de
gás a altas temperaturas.
► Um dos principais processos desempenhados
pelo estaleiro;
► Processo de união de materiais,
particularmente metais;
► Utilizada na fabricação e recuperação de
peças, equipamentos e estruturas;
► Existem dois tipos de métodos de soldagem:
por fusão e por pressão.
6. Soldagem
6.1 Soldagem por
fusão

► A energia é aplicada com


objetivo de gerar calor capaz de
fundir o material base.
► A solda é obtida a partir da
solubilização na fase líquida das
partes a serem unidas.
Soldagem por fusão
Arco elétrico
► Tem como fonte de calor um arco voltaico formado por um eletrodo e a
chapa a ser soldada.
Soldagem por fusão
Arco submerso Eletrodo revestido
► Proteção: fluxo de pó liberado por ► Proteção: Nuvem de gás formada
um equipamento específico. pela evaporação do revestimento
dos eletrodos.
Soldagem por fusão

MAG MIG
► Proteção: Gases a base de o O2 e N2. ► Proteção: Gases inertes como o Hélio
e o Xenônio.
6.2 Soldagem por pressão
► Fundamenta-se em aplicações de tensões sobre os materiais base capazes de
gerarem uma adesão entre as superfícies.

Por resistência

► A soldagem por resistência elétrica utiliza o aquecimento por efeito Joule


para realizar a fusão da face comum entre as duas peças a serem soldadas;
► Com aplicação de pressão por eletrodos de cobre e a posterior passagem de
corrente, ocorre a fusão desta face em comum.
Soldagem e segurança

► Os métodos de soldagem como um todo oferecem uma serie de riscos aos


profissionais que os desenvolvem.
► Risco de choque elétrico: amenizado pelo aterramento correto das
ferramentas de soldagem.
► Risco de queimaduras: amenizado pela utilização de equipamentos de
proteção térmica.
► Emissão de raios violetas: amenizado com o uso de equipamentos tais como
mascaras, macacões, sapatos especiais e luvas.
Processos de Equipamentos

Inclui todas as partes não estruturais de um navio, entre estes itens estão:
► Sistemas principais de propulsão;
► Tubulação;
► Sistemas de aquecimento, ventilação e resfriamento;
► Sistemas elétricos.
Maquinário

► A maioria dos estaleiros compram os sistemas de propulsão e auxiliar de


fontes externas.
► Instalação dos sistemas de propulsão: instalação e alinhamento do eixo
Tubulação

► A manufatura e instalação dos sistemas de tubulação representam uma das


maiores tarefas na construção naval.
► A oficina de tubulação é responsável pela fabricação das redes para óleo
hidráulico, óleo lubrificante, combate a incêndio e descarga de gases.
► O corte pode ser mecânico, por serras especiais, ou térmico, por oxicorte.
Tubulação
► Os materiais de encanamento de bordo são feitos de aço, metais não ferrosos,
como cobre, ligas e plásticos (PVC).
► O processo de corte de tubos pode ser mecânico ou térmico.
► A fase de curvatura de tubos pode ser a mais cara fase do trabalho de
fabricação de peças.
► As duas bases do processo de dobra são dobras frias e dobras quentes
6. Tipos de Construção

6.1 Construção por Sistemas


A montagem dos elementos estruturais realiza-se na carreira de construção, um a
um. O aprestamento realiza-se parcialmente na carreira, mas sobretudo após o
lançamento à água.

► Método tradicional
► Método da caixa de ovos
► Método das chapas individuais
Método Tradicional
Método da Caixa de Ovos
Método das Chapas Individuais
6. Tipos de Construção

6.2 Construção por Blocos


Essa forma de construção foi
fundamentada na evolução da solda e
com o advento das ferramentas
elevatórias, e faz parte da terceira
geração de estaleiros.
Construção por Blocos
Para facilitar a construção desses blocos mais complexos utilizam-se dimensões
menores nestas peças, exemplo disto são os blocos de proa e popa.
Construção por Blocos
Construção por Blocos

O grau de desenvolvimento do projeto estrutural depende dos seguintes


elementos:
► Definição dos blocos e métodos de montagem;
► Tipo de traçagem;
► Tipo de corte (manual ou por CN);
► Extensão da soldadura automática;
► Disponibilidade de uma instalação automática de fabricação de painéis;
► Espaços e meios em geral.
Métodos de Construção

O sistema de construção em blocos pode ser dividido em dois métodos:


a) Método de Construção Piramidal: posiciona-se um primeiro bloco do fundo do
navio e a construção progride a partir deste bloco inicial, posicionando-se os
blocos mais próximos da quilha e depois os mais altos.

b) Método de Construção por Ilhas: existem dois ou mais pontos por onde se
inicia a construção do navio. Depois de posicionados os blocos iniciais, eles
progridem como no processo da pirâmide.
1º Nível – Fabricação
de Peças
► Chapas direitas;
► Chapas curvas;
► Perfilados.
2º Nível – Montagem de Peças

► Montagem de perfilados de
secções não oferecidas pela
siderurgia;
► Montagem de componentes
como, por exemplo, de um
esquadro ligado à aba de um
perfilado.
3º Nível - Montagem de
blocos de 2 dimensões

► Construção do painel
► Montagem sobre o painel dos
elementos resistentes.
4º Nível - Montagem de
blocos de 3 dimensões

► De blocos direitos;
► De blocos curvos;
► De superestruturas.
5º Nível - Montagem do casco

Casa da Corpo
Corpo de ré Corpo de vante Superestrutura
máquina cilíndrico

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