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«OS TOCOISTAS»
Relembrada em 25 de Julho de 1949
Por Sua Santidade Profeta Simão Gonçalves Toco
NOTA PROPEDÉUTICA……………………………………………………………...1
ORIGEM DA DO PORTUGUÊS……………………………………………………...2
NÍVEIS DE LÍNGUA………………………………………………………………….3
A SINTAXE DA CONCORDÂNCIA………………………………………………...13
A SINTAXE DA REGÊNCIA………………………………………………………...15
BÔNUS………………………………………………………………………………..19
BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………………....20
NOTA PROPEDÉUTICA
Benquistos irmãos da Classe Pastoral Tocoísta, a presente apostila tem como finalidade,
ao aprimoramento dos elementos essenciais da Língua Portuguesa, sendo ela, como
sabemos, a língua oficial da Nação Angolana e o principal veículo de comunicação
entre os falantes do nosso código linguístico, por corolário da colonização, da qual foi-
nos imposta.
De realçar que, nunca devemos ignorar às nossas línguas nacionais, pois elas encerram
o garante da salvaguarda do nosso riquíssimo mosaico cultural, como identidade fulcral
de um povo. Devido às condições e contextos em que surge a Língua Portuguesa, fomos
obrigados à aceitá-la nas mais variadíssimas situações, em que nos impuseram. Assim,
não se quer ignorar as competências linguísticas que o seio pastoral possui sobre o
português, até porque, sendo ela hoje, uma língua materna de milhares angolanos, o seu
conhecimento é quase sem precedentes.
Realçar que, o espaço sui géneris que a Igreja vai galgando nos tempos hodiernos, urge
a necessidade e a obrigação de se aprimorar o discurso oral, através de outros elementos
importantes como: a articulação correcta das palavras, a sua entoação e a convicção, que
permitirá a boa recepção por parte dos ouvintes, sem querer gorar o conhecimento das
línguas tradicionais. Por isso, não nos apegaremos a todos os aspectos gramaticais, mas
somente naquilo que diz respeito aos elementos onde notam-se maiores dificuldades no
seio da Classe.
Assim, amados irmãos da Classe Pastoral, esta apostila permitirá o relembrar de certos
aspectos gramaticais que, na nossa memória encontram-se esquecidos por razões de
tempo, ou mesmo por seguirmos outras áreas académicas e profissionais muito longe da
Língua Portuguesa. Sem olvidar que, só com a participação nas aulas de Língua
Portuguesa, será possível compreender o que aqui elencaremos.
Logo, toda a glória rende ao Amado Pai Mayamona, por nos facultar este grande ensejo,
em aprimorarmos algumas competências da nossa língua oficial.
Bom proveito.
O Autor
ORIGEM DO PORTUGUÊS
Assim, tal como a língua latina sempre acompanhou o movimento expansionista dos
romanos, também as línguas românicas acompanharam à colonização para a África,
América e Ásia. Hoje, o português é a terceira das línguas românicas mais falada e em
quinto lugar de todas as línguas do mundo, totalizando cerca de 170 milhões de pessoas
distribuídas por todos os continentes. Actualmente o português é a língua nacional do
Brasil e Portugal e a língua oficial de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique,
São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Até a sua afirmação como língua, o português passou pelas seguintes fases:
É importante realçar aqui, a contribuição do escritor português Luís de Camões, que não
sendo o criador do português moderno, libertou-o de alguns arcaicos e foi um escritor
consumado e sem rival , a burilar a frase portuguesa, descobrindo e aproveitando todos
os recursos, de que dispunha o idioma, para representar as ideias de modo elegante,
enérgico e expressivo. A sua influencia fez-se sentir na literatura de então, até aos
nossos dias.
NÍVEIS DE LINGUA
1- Linguagem Padrão;
2- Linguagem Cuidada;
3- Linguagem Literária;
4- Linguagem Familiar;
5- Linguagem Popular;
6- Linguagem Técnica;
7- Linguagem Científica.
Mas a língua padrão, que também pode ser designada por norma, requer dos falantes
que a exprimem maior cuidado no seu uso. Tem-se considerado que, no ensino-
aprendizagem do português, há quatro competências básicas a desenvolver: escutar,
falar, ler e escrever.
Durante o discurso, a competência que requer maior atenção é aquela que tem que ver
com a produção.
PRONOMES PESSOAIS
Regras de Pronominalização
QUADRO GERAL DOS PRONOMES PESSOAIS
Ex:
Ex:
2ª Posição Mesoclítica- Coloca-se no meio do verbo, nas frases que indicam tempo
futuro do modo condicional.
Ex:
Ex:
Visto que, não conjuga verbos, o complemento MIM não se usa em frases como:
NB: Não podemos dizer: É importante que todos nós participemos ao colóquio.
FUTURO IMPERFEITO DO MODO CONJUNTIVO
Quando o tempo futuro imperfeito encontra-se no modo conjuntivo, deve ser antecedido
pela conjunção condicional SE a conjunção temporal QUANDO e o pronome relativo
QUE.
Verbos Dar, Desfazer, Dizer, Fazer, Ir, Prever, Propor, Querer, Supor, Ter, Ver e Vir
Ex:
Ex:
Teremos bênçãos, se formos ao Ntaya.
Amada, quando previres um mal, ora.
Se o mestre propuser dois hinos, ficará melhor.
Quando eles quiserem, podem vir à Igreja.
Outros exemplos:
Há termos na língua portuguesa que causam muita confusão, tanto na escrita como na
oralidade (fala) e um dos problemas que mais enfrentamos é o das palavras parónimas.
Palavras Parónimas: são aquelas que têm a grafia e a pronúncia semelhantes, mas cujo
significado é diferente. Isto é, palavras parecidas, mas, não a mesma coisa.
MAS x MAIS
Mas: é uma conjunção adversativa. Ex: Ela entendeu, mas parece que ainda tem
dúvidas.
SENÃO x SE NÃO
Senão: designa conjunção contra posicional. Ex: Não grites, senão o bebé vai acordar.
RATIFICAR x RECTIFICAR
Rectificar: é quando se faz correcções. Ex: Rectificamos o decreto, porque havia erros.
DESPENSA x DISPENSA
Dispensa: permissão obtida para fazer algo. Ex: Deram-lhe dispensa para estar no
Concílio.
EMIGRAR x IMIGRAR
Emigrar: acto de sair do país de origem. Ex: Os israelitas emigraram para o Egipto.
Imigrar: entrar num país estrangeiro. Ex: Muitos malianos imigraram no nosso país.
MANDADO x MANDATO
Mandado: ordem judicial. Ex: A polícia tem um mandado para prender o ladrão.
Mandato: autoridade recebida para executar acções. Ex: O mandato do Secretário dura
5 anos.
DESCRIÇÃO x DISCRIÇÃO
Descrição: relato sobre as características de algo. Ex: A descrição que deu, ajudou-me
encontrar a loja.
SOAR x SUAR
Suar: designa a produção de suor. Ex: Jesus orou bastante até suar sangue.
EMINENTE x IMINENTE
Iminente: trata de algo que está para acontecer. Ex: Há um perigo iminente na estrada,
por causa dos buracos.
ELEGÍVEL x ILEGÍVEL
Elegível: que pode ser eleito. Ex: Cada munícipe é elegível para as autarquias.
Preposição DE: é uma palavra invariável que liga dois ou mais termos de uma frase.
Ex:
Ex:
Ainda que eu ande pelos vales da sombra da morte, não temerei mal algum.
A SINTAXE DA CONCORDÂNCIA
Meti na sopa dois gramas de sal. E NÃO Meti na sopa duas gramas de sal.
Grande parte dos pastores compareceu à palestra. E NÃO Grande parte dos pastores
compareceram à palestra.
Pode haver muitas razões para tal atitude. E NÃO Podem haver muitas razões para tal
atitude.
O representante entrou com o fiscal. E NÃO O representante entrou junto com o fiscal.
Os cristãos devem estar sempre alerta. E NÃO Os cristãos devem estar sempre alertas.
A SINTAXE DA REGÊNCIA
Regência Verbal: é o modo pelo qual o verbo se relaciona com os seus complementos.
Ex:
Como vimos acima, os verbos auxiliares do português são: Ter, Haver, Ser e Estar.
Exemplos:
GANHAR: A velha guarda havia ganhado E NÃO A velha guarda havia ganho.
Exemplos:
AFIXAR: A lista dos pregadores está afixa no templo E NÃO A lista dos pregadores
está afixada no templo.
OCULTAR: O pecado foi oculto várias vezes E NÃO O pecado foi ocultado várias
vezes.
SITUAR: A Catedral está sita na Avenida Pedro de Castro E NÃO a Catedral está
situada na avenida Pedro de Castro.
AGRADECER: Estamos gratos pelas bênçãos do Pai. E NÃO Estamos agradecidos
pelas bênçãos do Pai.
PRENDER: Pela sua indisciplina foi preso E NÃO Pela sua indisciplina foi prendido.
INCLUIR: Já está incluso o valor do dízimo E NÃO Já está incluído o valor do dízimo.
OMITIR: O assunto foi omisso para não chegar à Classe Pastoral E NÃO O assunto foi
omitido para não chegar à Classe Pastoral.
OBS: Os verbos Abrir, Cobrir, Dizer, Escrever, Fazer, Pôr, Ver e Vir, só se
empregam no Particípio Passado Irregular (forma forte)
Exemplos:
Abrir Aberto
Cobrir Coberto
Dizer Dito
Escrever Escrito
Fazer Feito
Pôr Posto
Ver Visto
Vir Vindo
PARTICULARIDADES DA CONJUGAÇÃO PRONOMINAL
Quando a forma verbal termina em r, s ou z os pronomes tomam a forma lo, la, los, las.
Exemplos:
Quando a forma verbal termina em ditongo nasal, os pronomes tomam a forma no, na,
nos, nas.
Exemplos:
SIMÕES, Sérgio Lourenço. Regência Nominal e Verbal Sem Segredos. São Paulo. 2009