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EDIÇÃO
PREPARATÓRIO PARA
RESIDÊNCIA EM
MEDICINA
VETERINÁRIA
PREPARATÓRIO PARA
RESIDÊNCIA EM
MEDICINA
VETERINÁRIA
AUTORES
Ana Paula de Souza Borges | Bianca Cascardo
Carolina Bistritschan Israel | Catarina Rafaela Alves da Silva
Clarissa Fernandes Goulart | Daniela Mello Vianna Ferrer
Dayse Batista Santos | Dayseanne Bezerra | Denise Gonçalves
Elan Cardozo Paes de Almeida | Endrigo Adonis Braga de Araujo
Fabiana Martins Dias de Andrade | Haroldo Ramanzini
Iara Oliveira Valerio dos Santos | Luciana Maria Curtio Soares
Marcos Vinicius Dias Rosa | Paloma Santana
Renato Leão Sá de Oliveira
REVISORES TÉCNICOS
Ana Luisa Alves Marques Probo | Arthur Igor Cruz Lima
Daniela Mello Vianna Ferrer | Luciana Azevedo Matias Silvano
Maria Eduarda Monteiro Silva | Paula de Mattos Guttmann | Priscila Tucunduva
COAUTORA
Nhirneyla Marques Rodrigues
COLABORADORA
Verena Lima Marques
2021
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Fe-
vereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte,
sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se
também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERRER, Daniela Mello Vianna. Preparatório para Residência em Medicina Veterinária. 4. ed. Salvador,
BA: Editora Sanar, 2021.
Ana Paula de Souza Borges Pública Sergio Arouca, ENSP/FIOCRUZ (2007). Desde 2002 é
professora titular do Centro Universitário Serra dos Órgãos.
Médica Veterinária pela Universidade Federal de Mato Gros- É médica veterinária da Prefeitura Municipal de Duque de
so pela UFMT. Residência Médica Uniprofissional em Patolo- Caxias (SMS) no núcleo de zoonoses e animais peçonhentos
gia Animal pela UFMT. Mestre em Ciências Veterinárias pela desde 1993. Tem experiência na área de Medicina Veteriná-
UFMT. Experiência profissional em Tecnologia de Produtos de ria, atuando principalmente nas seguintes áreas: Clínica Mé-
Origem Animal. dica de Animais de Produção, Animais Selvagens, Zoonoses
e Saúde Pública.
Bianca Cascardo
Dayse Batista Santos
Graduada em Medicina Veterinária pela UFF (1990). Mestre
em Clínica de Grandes Animais pela UFF. Doutoranda em Clí- Mestranda em Ensino e Relações Étnico – Raciais pelo Pro-
nica de Grandes pela UFF. Especialista em Ortopedia Equina. grama de Pós - Graduação em Ensino e Relações Étnicas pela
Trabalha desde 1990 no Jockey Club Brasileiro como Médi- Universidade Federal do Sul da Bahia. Especialista em Saúde
ca Veterinária. Atual Presidente do Conselho Deliberativo Coletiva com Concentração em Gestão de Atenção Básica,
da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo de Corrida pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal
(ABCCC). da Bahia. Especialista em Gestão Cultural pela Universidade
Estadual de Santa Cruz. Educadora Popular em Saúde pela
FIOCRUZ. Graduada em Enfermagem pela Universidade Es-
Carolina Bistritschan Israel tadual de Santa Cruz. Atualmente é apoiadora institucional,
Graduada em Medicina Veterinária pela Unifeso (2008). Es- com ênfase nas ações de educação permanente em saúde no
pecialista em Clínica médica e cirúrgica pela Equalis (2010). Departamento de atenção Básica da Secretaria Municipal de
Mestre em clínica e reprodução animal com ênfase em cirur- Saúde de ilhéus, Bahia.
gia e oncologia veterinária (2013). Especialista em Anestesio-
logia Veterinária pela PAV (2018). Atualmente em formação Dayseanny Bezerra
em Citologia Veterinária pela Vetschool.
Médica Veterinária pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Mestre em Ciência Animal pela Universidade Federal do Piauí
Catarina Rafaela Alves da Silva (UFPI). Doutora em Ciência Animal pela Universidade Federal
do Piauí (UFPI) com foco em indução cirúrgica de nefropatia
Graduada em Medicina Veterinária pela UFPI. Doutora e
em modelo animal não convencional e terapia celular em le-
Mestre em ciência animal pela UFPI. Especialista em clínica
são aguda renal em modelo animal convencional. Professora
médica e cirúrgica de cães e gatos. Especialista em clínica
efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-
médica e cirúrgica de felinos. Residência em Anestesiologia
gia do Piauí (IFPI) campus Paulistana/PI.
Veterinária pela UFPI.
Denise Gonçalves
Clarissa Fernandes Goulart
Médica Veterinária pela Unesp – Jaboticabal (1998). Espe-
Enfermeira graduada pela Escola de Enfermagem da Univer- cialista em ultrassografia de pequenos animais (2001). Es-
sidade Federal de Minas Gerais. Mestranda no Programa de pecialista em radiodiagnóstico (2003). Mestre em Cirurgia/
Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG (CAPES 5), na linha Diagnóstico por imagem pela USP (2015). Socio-proprietária
de pesquisa “Gestão e Educação na Saúde e Enfermagem”. da empresa Echorad Diagnostico Veterinário. Docente na
Áreas de interesse: Educação em Saúde, Promoção de Saúde, Universidade Unifaccamp desde 2018.
Prevenção de Agravos, Educação em Saúde e Enfermagem,
Tecnologia Educacional, Saúde Pública e Saúde Coletiva.
Elan Cardozo Paes de Almeida
Daniela Mello Vianna Ferrer Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense.
Mestre em Patologia pela Universidade Federal Fluminense.
Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense Doutora em Patologia (Anatomia Patológica) pela Universi-
(1991). Mestre em Biologia Animal (Zoologia) pela Univer- dade Federal Fluminense. Atualmente é professora associada
sidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1999). Doutora em I da Universidade Federal Fluminense e Perita cadastrada no
Ciências pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Serviço de Divisão de Perícias do TJRJ. Certificada em Patologia
(2004). Especialista em Sanidade de Ruminantes pela Univer- Veterinária pela Associação Brasileira de Patologia Veterinária
sidade do Grande Rio, UNIGRANRIO (2006). Especialista em (ABPV). Membro da Associação Brasileira de Medicina Veteri-
Saúde Pública (Sanitarista) pela Escola Nacional de Saúde nária Legal (ABMVL). Membro da comissão de títulos de espe-
cialista da Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal Iara Oliveira Valerio dos Santos
(ABMVL) e Coordenadora estadual da Associação Brasileira de
Medicina Veterinária Legal no estado do Rio de Janeiro Presi- Mestre em ciências veterinárias, pela Universidade Fede-
dente da Comissão Estadual de Medicina Veterinária Legal do ral Rural do Rio de Janeiro com ênfase em clínica cirúrgica
CRMV/RJ (Biênio 2019/2020 e Triênio 2020/2022). Autora do Li- de felinos. Especialização em Ortopedia pela Anclivepa SP.
vro: Novo Código de Ética Médica Veterinária Comentários sob Residência em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais pela
a ótica pericial; Autora dos capítulos de Patologia e Ética Médi- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Graduada em
ca Veterinária do Livro Preparatório para Residência em Medi- Medicina Veterinária pela Universidade Estácio de Sa. Atual-
cina Veterinária; Autora dos capítulos de Perícia em Patologia e mente e médica veterinária autônoma. Experiencia em clíni-
Entomologia Forense do livro Tratado de Medicina Veterinária ca cirúrgica e ortopedia de pequenos animais.
Legal; Autora do capítulo de Biópsia tumoral e Neoplasias He-
patobiliares em Felinos do livro Oncologia Felina; autora dos
capítulos de Patologia Animal e Biossegurança, Biotecnologia
e Bioterismo no livro BIZU o X da questão - 2.000 questões para Luciana Maria Curtio Soares
concursos de medicina veterinária; Autora do capítulo de Pla- Médica Veterinária pela Universidade Estadual Paulista e
tinosomose no livro Coletâneas em Medicina e Cirurgia Felina.
aprimoramento com ênfase em Patologia Veterinária pela
Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase
mesma instituição. Mestre em Ciências Veterinárias pela Uni-
em Anatomia Patologia Animal e Medicina Veterinária Legal,
versidade Federal do Mato Grosso. Residência em Patologia
atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia pato-
Veterinária pela Universidade Federal do Mato Grosso. Atual-
lógica veterinária, perícia veterinária, patologia experimental,
patologia geral, diagnóstico anatomopatológico veterinário e mente atua como patologista veterinária em laboratório pri-
bioterismo. vado, em Cuiabá/MT.
FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL
O livro Preparatório para residência em Medicina Veterinária será um grande facilitador para
seus estudos, sendo uma ferramenta diferencial para o aprendizado e, principalmente, ajudando
você a conseguir os seus objetivos.
Bons Estudos!
5. Anestesiologia e Emergência......................................................................................241
Carolina Bistritschan Israel, Catarina Rafaela Alves da Silva e Renato Leão Sá de Oliveira
5.1 Abordagem emergencial...................................................................................................................... 241
5.2 Anestésicos gerais inalatórios e injetáveis............................................................................................. 243
5.3 Medicação pré-anestésica..................................................................................................................... 244
5.4 Monitoração anestésica........................................................................................................................ 245
5.5 Abordagem emergencial...................................................................................................................... 248
5.6 Analgesia............................................................................................................................................ 249
5.7 Anestesia em equinos........................................................................................................................... 249
5.8 Anestesia locorregional........................................................................................................................ 249
5.9 Anestésicos gerais inalatórios e injetáveis............................................................................................. 252
5.10 Avaliação pré-anestésica.................................................................................................................... 257
5.11 Bloqueadores neuromusculares.......................................................................................................... 258
5.12 Farmacologia..................................................................................................................................... 259
5.13 Riscos anestésicos.............................................................................................................................. 263
5.14 Plano anestésico................................................................................................................................ 264
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................264
1. Abordagem do paciente na emergência................................................................................................... 264
2. Manejo e avaliação da dor...................................................................................................................... 266
3. Aparelhos e circuitos anestésicos............................................................................................................. 267
4. Monitoração anestésica.......................................................................................................................... 268
5. Opioides................................................................................................................................................ 269
6. Agonistas α2 adrenérgicos...................................................................................................................... 270
6. Patologia Clínica........................................................................................................275
Ana Paula de Souza Borges
6.1 Anemias.............................................................................................................................................. 275
6.2 Avaliação da hemostasia e distúrbios da coagulação.............................................................................. 277
6.3 Bioquímica.......................................................................................................................................... 278
6.4 Citopatologia....................................................................................................................................... 281
6.5 Distúrbios do equilíbrio ácido-básico e eletrólitos.................................................................................. 282
6.6 Doenças linfoproliferativas e neoplasias mieloides................................................................................. 284
6.7 Hematologia........................................................................................................................................ 284
6.8 Imunologia.......................................................................................................................................... 285
6.9 Métodos diagnósticos........................................................................................................................... 285
6.10 Parasitologia..................................................................................................................................... 287
6.11 Tecnologia laboratorial, coleta e processamento de amostras............................................................... 287
6.12 Urinálise............................................................................................................................................ 291
6.13 Análise de líquor................................................................................................................................ 292
6.14 Efusões cavitárias............................................................................................................................... 293
6.15 Fluído ruminal................................................................................................................................... 293
6.16 Gasometria........................................................................................................................................ 294
6.17 Hematologia...................................................................................................................................... 294
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................295
1. Eritrograma........................................................................................................................................... 295
2. Eritrócitos.............................................................................................................................................. 296
3. Hemoglobina......................................................................................................................................... 296
4. Anemias................................................................................................................................................ 296
4.1 Classificação..................................................................................................................................................................297
4.2 Anemia hemolítica imunomediada...............................................................................................................................298
5. Leucograma.......................................................................................................................................... 298
5.1 Leucocitose...................................................................................................................................................................299
5.2 Leucopenia...................................................................................................................................................................299
6. Hemostasia........................................................................................................................................... 299
7. Desordens plaquetárias quantitativas..................................................................................................... 300
8. Bioquímica clínica: função renal............................................................................................................. 300
8.1 Urinálise.......................................................................................................................................................................300
9. Provas de função renal........................................................................................................................... 301
9.1 Provas bioquímicas.......................................................................................................................................................301
9.2 Bioquímica clínica: função hepática..............................................................................................................................301
9.3 Indicação de provas enzimáticas...................................................................................................................................302
9.4 Proteínas plasmáticas...................................................................................................................................................302
9.5 Bilirrubinas...................................................................................................................................................................302
10. Bioquímica clínica: função pancreática.................................................................................................. 302
10.1 Pâncreas exócrino.......................................................................................................................................................302
10.2 Pâncreas endócrino.....................................................................................................................................................302
10.3 Testes bioquímicos pancreáticos.................................................................................................................................302
11. Bioquímica clínica: função muscular...................................................................................................... 302
12. Bioquímica clínica: marcadores ósseos.................................................................................................. 303
12.1 Mensuração de glicose ...............................................................................................................................................303
12.2 Derrames cavitários....................................................................................................................................................303
12.3 Análise de líquor.........................................................................................................................................................304
12.4 Eletrólitos....................................................................................................................................................................304
12.5 Hemogasometria........................................................................................................................................................305
13. Exames microbiológicos........................................................................................................................ 306
13.1 Métodos de diagnóstico molecular.............................................................................................................................306
13.2 Bacteriologia..............................................................................................................................................................306
13.3 Micologia....................................................................................................................................................................308
13.4 Virologia.....................................................................................................................................................................309
7. Patologia Veterinária..................................................................................................311
Elan Cardozo Paes de Almeida
7.1 Lesões reversíveis e irreversíveis e morte celular (degeneração, calcificação, pigmentação)...................... 311
7.2 Alterações circulatórias........................................................................................................................ 314
7.3 Inflamação e reparo............................................................................................................................. 316
7.4 Alterações cadavéricas......................................................................................................................... 318
7.5 Necropsia............................................................................................................................................ 319
7.6 Patologia do sistema nervoso............................................................................................................... 323
7.7 Patologia do sistema cardiovascular...................................................................................................... 325
7.8 Patologia do sistema digestório............................................................................................................ 326
7.9 Patologia do sistema reprodutor........................................................................................................... 327
7.10 Patologia do sistema urinário............................................................................................................. 327
7.11 Patologia do sistema respiratório........................................................................................................ 330
7.12 Alterações anatomopatológicas variadas............................................................................................. 331
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................334
1. Patologia geral ..................................................................................................................................... 334
1.1 Lesões celulares (reversível e irreversível).....................................................................................................................334
1.2 Calcificações patológicas...............................................................................................................................................336
1.3 Pigmentações...............................................................................................................................................................337
1.4 Alterações circulatórias.................................................................................................................................................339
1.4.1 Edema................................................................................................................................................................340
1.5 Inflamação (aguda e crônica)........................................................................................................................................341
1.6 Reparo tecidual (regeneração e cicatrização)................................................................................................................346
2. Patologia especial.................................................................................................................................. 347
2.1 Necropsia......................................................................................................................................................................347
2.2 Alterações cadavéricas..................................................................................................................................................347
2.3 Paratuberculose (doença de Johne)..............................................................................................................................349
2.4 Intoxicação por gossipol................................................................................................................................................349
2.5 Patologias renais...........................................................................................................................................................349
03
Alternativa D: INCORRETA. As proteases compõem o (COREMU – UFG – 2021) Os distúrbios eletro-
veneno das Loxosceles, porém não são respon- líticos influenciam diretamente o traça-
sáveis pela penetração dos outros componen- do eletrocardiográfico dos animais. Os achados
tes.2 eletrocardiográficos como bradicardia, depres-
▍Resposta: Ⓐ são de onda P, aumento e estreitamento de on-
22 ▕ Autoras: Dayseanny Bezerra e Paloma Santana
04 (COREMU – UFG – 2021) A disfunção ventri- tivos disponíveis sejam utilizados com certo
cular sistólica é uma das condições clíni- grau de cautela, e seguindo sempre protoco-
cas para o desenvolvimento do choque cardio- lo padrão previamente estabelecido conforme
gênico. Esta disfunção está presente em qual recomendação do Guidelines for the identifica-
enfermidade? tion, evaluation, and management of systemic
hypertension in dogs and cats, 2018.
Ⓐ Cardiomiopatia dilatada. Ⓔ O objetivo do tratamento anti-hipertensivo
Ⓑ Tamponamento cardíaco. é aumentar a probabilidade e severidade de le-
Ⓒ Cardiomiopatia hipertrófica concêntrica. são em órgão-alvo.
Ⓓ Taquiarritmia.
GRAU DE DIFICULDADE
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. A pressão arterial sistóli-
Alternativa A: CORRETA. A cardiomiopatia dilatada ca de animais normotensos é até 150mmHg.10
é caracterizada pela dilatação ventricular com Alternativa B: INCORRETA. O cateterismo arterial é
perda de contratilidade miocárdica progressi- um método invasivo, sendo contraindicado pa-
va.6 ra triagem de animais hipertensos.10
Alternativa B: INCORRETA. O tamponamento cardía- Alternativa C: INCORRETA. Os órgãos alvos da hiper-
co está relacionado com efusão pericárdica.7 tensão arterial sistêmica são cérebro, rins, olhos
Alternativa C: INCORRETA. A cardiomiopatia hiper- e coração.10
trófica concêntrica resulta em disfunção dias- Alternativa D: CORRETA. Apesar dos métodos indi-
tólica.8 retos de avaliação de pressão arterial serem uti-
Alternativa D: INCORRETA. As taquiarritmia podem lizados com frequência, possuem limitações e
cursar com disfunções ventriculares, supraven- para diminuir possíveis erros de interpretações,
triculares e sinusal.9 as aferições devem seguir os protocolos do Gui-
▍Resposta: Ⓐ deline.10
Alternativa E: INCORRETA. O objetivo do tratamen-
to anti-hipertensivo é diminuir as lesões em ór-
Ⓒ I – estágio A, II – estágio B1, III – estágio B2, Alternativa A: INCORRETA. Pode haver aumento de
IV – estágio C, V – estágio D. proteína mitocondrial.13
Ⓓ I – estágio B2, II – estágio C, III – estágio D, IV Alternativa B: CORRETA. A cardiomiopatia arritmo-
– estágio A, V – estágio B1. gênica está relacionada com a mutação da es-
Ⓔ I – estágio B2, II – estágio A, III – estágio D, IV triatina.6
– estágio B1, V – estágio C. Alternativa C: INCORRETA. Na cardiomiopatia dilata-
da há estiramento do miocárdio.13
GRAU DE DIFICULDADE Alternativa D: INCORRETA. Essa redução não está
envolvida na cardiomiopatia arritmogênica.13
Alternativa E: INCORRETA. A isquemia miocárdica
RESOLUÇÃO: No estágio A, encontram-se os ani-
está relacionada principalmente com a cardio-
mais com risco de desenvolvimento da doen-
miopatia hipertrófica.8
ça ou sem alterações aparente, por isso, não é
▍Resposta: Ⓑ
indicado intervenção medicamentosa. No es-
tágio B1 não há certeza de desenvolvimento 1.3 DERMATOLOGIA
da doença e nem manifestação clínica, por is-
09
so, a terapia ainda é contraindicada. No estágio (COREMU – UNESC – 2021) Foi atendido um
B2 há regurgitação valvular e achados nos exa- felino, pelo curto brasileiro, macho, cin-
mes de imagem de aumento atrial e ventricu- co meses de idade, não domiciliado, com le-
lar, por isso, já é indicado cirurgias, modificação sões pruriginosas, dermatite seborreica e pápu-
dietética e medicações que retardem o remo- lo-crostosas em região de margens de pavilhão
delamento cardíaco. No estágio C há o desen- auricular, face, axilas e períneo. Diante do ex-
volvimento de sinais clínicos de insuficiência posto, a principal suspeita diagnóstica é:
cardíaca e por isso pode haver necessidade de
intervenção hospitalar. O estágio D é o termi- Ⓐ dermatofitose.
nal e o tratamento geralmente é refratário nas Ⓑ dermatite atópica.
doses comuns e tem o objetivo de dar confor- Ⓒ demodiciose.
to ao paciente.12 Ⓓ sarna notoédrica.
Ⓔ pênfigo foliáceo.
▍Resposta: Ⓔ
GRAU DE DIFICULDADE
antitussígeno como afirma a assertiva, porém Alternativa A: INCORRETA. A paralisia de laringe (PL)
tem ampla utilidade clínica como agente muco- é definida como uma falha na abdução das car-
lítico, como antídoto para intoxicação por ace- tilagens aritenoideas e das cordas vocais duran-
taminopheno, na prevenção de disfunção renal te a inspiração, que resultará em obstrução das
por uso de radiocontrastes e como potencializa- vias áreas superiores e dispneia inspiratória e
dor dos efeitos hemodinâmicos da nitrogliceri- não expiratória, podendo ser de leve a grave. A
na. Existem quatro possíveis mecanismos antio- PL, quando unilateral, frequentemente é assin-
xidantes para a N-acetilcisteína: (1) ligação dire- tomática. 72,75
ta, e eliminação de radicais livres por reação de Alternativa B: INCORRETA. Dispneia inspiratória é
Redox (cisteína-cistina); (2) modulação do en- um sinal clínico típico da paralisia de laringe,
dotélio lesado; (3) produção de disulfito duran- porém estertores não são sinal clínico desta
te reação do grupo sulfídrico da N-acetilcisteína afecção, estando mais relacionadas à doenças
com o da membrana enzimática e como (4) pre- cardíacas. 72,75
cursor de glutationa.72,78 Alternativa C: INCORRETA. A dispneia inspirató-
▍Resposta: Ⓑ ria é característica de paralisia da laringe e si-
bilos não estão dentre os sinais comuns desta
doença, estando presente em bronquites em
70 (NÚCLEO DE CONCURSOS – UFPR – 2021) Em
cães que apresentam paralisia de laringe,
as manifestações clínicas usualmente incluem:
cães.72,75
Alternativa D: CORRETA. Os principais sinais clíni-
cos apresentados pelos animais portadores da
Ⓐ dispneia expiratória e crepitações pulmo- paralisia de laringe são a intolerância ao exer-
nares. cício, estridor inspiratório e dispneia inspirató-
Ⓑ dispneia inspiratória e estertores. ria. Também podem apresentar cianose, sínco-
Ⓒ dispneia expiratória e sibilos. pe, disfonia, engasgos e tosse no momento de
Ⓓ dispneia inspiratória e estridores. alimentação e, geralmente, megaesôfago asso-
Ⓔ padrão respiratório inalterado e cianose. ciado.72,75
Alternativa E: INCORRETA. O padrão respiratório fica
GRAU DE DIFICULDADE alterado durante a paralisia de laringe, poden-
do inclusive levar a um quadro de cianose. 72,75
▍Resposta: Ⓓ
RESUMO
PRÁTICO
com a extremidade de uma haste de algodão Figura 1. Reflexo pupilar à luz, demonstran-
e observando a ocorrência de um movimento do a diferença entre as respostas direta e
de piscar normal. Geralmente é muito difícil to- consensual
car a córnea desta forma sem que o animal ten-
te piscar.79
tes de contato especiais (goniolentes). As len- dos axônios do nervo óptico se cruza no quias-
tes de Koeppe e de Barkan estão entre as mais ma óptico (particularmente os que levam in-
escolhidas. Estas são posicioadas sobre a cór- formações provenientes do campo visual la-
nea anestesia e permitem que a luz se incline teral) e passa pelo trato óptico contralateral,
(por refração), de forma que o ângulo de drena- NGL e radiações ópticas, até o córtex visual (Fi-
gem possa ser avaliado.79 gura 2). O córtex visual deve estar funcional
Eletroretinografia – O eletroretinograma para que o animal processe e responda ade-
(ERG) é a reposta elétrica registrada quando a quadamente a estímulos visuais.84
retina é estimulada com luz.79
Mensuração da pressão arterial – A mensu- Figura 2. Sistema visual
ração da pressão sanguínea é realizada rotinei-
ramente em pacientes oftálmicos, uma vez que
a hipertensão é uma causa comum de doenças
ocular em cães e especialmente gatos.79
1.2 NEUROOFTALMOLOGIA
Retina
A função do olho nada mais é que permi-
tir que a visão ocorra, ou seja, captar a luz e fo- Nervo óptico
car sobre os fotorecepetores, que são traduto-
res que convertem a luz em impulsos elétricos Quiasma óptico
ção (reflexo direto). A pupila oposta deve se ta pupilar à luz requer menos fotorreceptores
contrair simultaneamente (resposta consen- funcionais e axônios do nervo óptico que a vi-
sual). O sistema visual sensorial é o mesmo são; portanto, lesões parciais nos componen-
que o descrito para resposta à ameaça, exce- tes proximais do sistema visual (retina, nervo
to que alguns axônios do trato óptico fazem óptico, quiasma óptico, trato óptico), por ve-
sinapse antes do NGL no núcleo pré-tectal, lo-
zes, podem causar perda da visão com RPLs
calizado na junção entre o mesencéfalo e o
normais, similar a lesões no prosencéfalo.84
tálamo. A maioria dos axônios originados nes-
De modo geral, pacientes com doenças que
te núcleo se cruza na linha média novamen-
te e faz sinapse no componente parassimpá- manifestam sinais neuroftálmicos apresentam
tico (SNAP) do núcleo oculomotor ipsolateral prognóstico melhor, se a patologia é apenas in-
ao olho que está sendo estimulado. A estimu- flamatória. O prognóstico nas doenças infeccio-
lação dos axônios parassimpáticos do nervo sas e acidente vascular cerebral é mais reserva-
oculomotor (CN3) resulta em constrição das do. Doenças neoplásicas, embora algumas ve-
pupilas. Como alguns dos axônios que saem zes tratadas com êxito, em geral apresentam
do núcleo pré-tectal não se cruzam, também prognóstico desfavorável.83
há estimulação do núcleo oculomotor con-
tralateral, resultando em uma resposta pupi- 1.3 FARMACOLOGIA OCULAR
lar consensual um pouco mais fraca. A respos-
Quanto à farmacologia ocular, geralmente
ta pupilar à luz pode ser mínima se a luz utili-
zada não for intensa o suficiente, se o animal usa-se a via tópica para a conjuntiva e superfí-
estiver nervoso e tiver alto tônus simpático de cie corneal, a via tópica e/ou sistêmica para as
repouso, ou se houver doença ocular (atrofia camadas mais profundas da córnea, íris e cor-
da íris ou pressão intraocular muito aumenta- po ciliar e a via sistêmica quanto remete ao seg-
da) impedindo a constrição pupilar. A respos- mento posterior e órbita (Tabela 1).85