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EDIÇÃO

PREPARATÓRIO PARA

RESIDÊNCIA EM
MEDICINA
VETERINÁRIA
PREPARATÓRIO PARA

RESIDÊNCIA EM
MEDICINA
VETERINÁRIA
AUTORES
Ana Paula de Souza Borges | Bianca Cascardo
Carolina Bistritschan Israel | Catarina Rafaela Alves da Silva
Clarissa Fernandes Goulart | Daniela Mello Vianna Ferrer
Dayse Batista Santos | Dayseanne Bezerra | Denise Gonçalves
Elan Cardozo Paes de Almeida | Endrigo Adonis Braga de Araujo
Fabiana Martins Dias de Andrade | Haroldo Ramanzini
Iara Oliveira Valerio dos Santos | Luciana Maria Curtio Soares
Marcos Vinicius Dias Rosa | Paloma Santana
Renato Leão Sá de Oliveira

REVISORES TÉCNICOS
Ana Luisa Alves Marques Probo | Arthur Igor Cruz Lima
Daniela Mello Vianna Ferrer | Luciana Azevedo Matias Silvano
Maria Eduarda Monteiro Silva | Paula de Mattos Guttmann | Priscila Tucunduva

COAUTORA
Nhirneyla Marques Rodrigues

COLABORADORA
Verena Lima Marques
2021
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Fe-
vereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte,
sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se
também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.

Título | Preparatório para Residência em Medicina Veterinária


Editor | Karen Nina Nolasco
Diagramação | Microart Design Editorial
Capa | Fabrício Sawczen
Copidesque | Microart Design Editorial
Conselho Editorial | Caio Vinicius Menezes Nunes
Paulo Costa Lima
Sandra de Quadros Uzêda
Silvio José Albergaria da Silva

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)

F385p Ferrer, Daniela Mello Vianna.


Preparatório para Residência em Medicina Veterinária / Daniela Mello Vianna Ferrer. – 4.
ed. – Salvador, BA : Editora Sanar, 2021.
528 p.; il.; 16x23 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-65-89822-21-9
1. Clínica Cirúrgica. 2. Clínica Médica. 3. Medicina Veterinária. 4. Patologia. 5, Questões. 6.
Residência I. Título. II. Assunto. III. Ferrer, Daniela Mello Vianna.
CDD 636.089
CDU 619

ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO


1. Medicina Veterinária.
2. Veterinária.
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERRER, Daniela Mello Vianna. Preparatório para Residência em Medicina Veterinária. 4. ed. Salvador,
BA: Editora Sanar, 2021.

Editora Sanar Ltda.


Rua Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho das Árvores,
Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770, Salvador - BA.
Telefone: 71.3052-4831
www.sanarsaude.com.br
atendimento@editorasanar.com.br
Autores

Ana Paula de Souza Borges Pública Sergio Arouca, ENSP/FIOCRUZ (2007). Desde 2002 é
professora titular do Centro Universitário Serra dos Órgãos.
Médica Veterinária pela Universidade Federal de Mato Gros- É médica veterinária da Prefeitura Municipal de Duque de
so pela UFMT. Residência Médica Uniprofissional em Patolo- Caxias (SMS) no núcleo de zoonoses e animais peçonhentos
gia Animal pela UFMT. Mestre em Ciências Veterinárias pela desde 1993. Tem experiência na área de Medicina Veteriná-
UFMT. Experiência profissional em Tecnologia de Produtos de ria, atuando principalmente nas seguintes áreas: Clínica Mé-
Origem Animal. dica de Animais de Produção, Animais Selvagens, Zoonoses
e Saúde Pública.
Bianca Cascardo
Dayse Batista Santos
Graduada em Medicina Veterinária pela UFF (1990). Mestre
em Clínica de Grandes Animais pela UFF. Doutoranda em Clí- Mestranda em Ensino e Relações Étnico – Raciais pelo Pro-
nica de Grandes pela UFF. Especialista em Ortopedia Equina. grama de Pós - Graduação em Ensino e Relações Étnicas pela
Trabalha desde 1990 no Jockey Club Brasileiro como Médi- Universidade Federal do Sul da Bahia. Especialista em Saúde
ca Veterinária. Atual Presidente do Conselho Deliberativo Coletiva com Concentração em Gestão de Atenção Básica,
da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo de Corrida pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal
(ABCCC). da Bahia. Especialista em Gestão Cultural pela Universidade
Estadual de Santa Cruz. Educadora Popular em Saúde pela
FIOCRUZ. Graduada em Enfermagem pela Universidade Es-
Carolina Bistritschan Israel tadual de Santa Cruz. Atualmente é apoiadora institucional,
Graduada em Medicina Veterinária pela Unifeso (2008). Es- com ênfase nas ações de educação permanente em saúde no
pecialista em Clínica médica e cirúrgica pela Equalis (2010). Departamento de atenção Básica da Secretaria Municipal de
Mestre em clínica e reprodução animal com ênfase em cirur- Saúde de ilhéus, Bahia.
gia e oncologia veterinária (2013). Especialista em Anestesio-
logia Veterinária pela PAV (2018). Atualmente em formação Dayseanny Bezerra
em Citologia Veterinária pela Vetschool.
Médica Veterinária pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Mestre em Ciência Animal pela Universidade Federal do Piauí
Catarina Rafaela Alves da Silva (UFPI). Doutora em Ciência Animal pela Universidade Federal
do Piauí (UFPI) com foco em indução cirúrgica de nefropatia
Graduada em Medicina Veterinária pela UFPI. Doutora e
em modelo animal não convencional e terapia celular em le-
Mestre em ciência animal pela UFPI. Especialista em clínica
são aguda renal em modelo animal convencional. Professora
médica e cirúrgica de cães e gatos. Especialista em clínica
efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-
médica e cirúrgica de felinos. Residência em Anestesiologia
gia do Piauí (IFPI) campus Paulistana/PI.
Veterinária pela UFPI.

Denise Gonçalves
Clarissa Fernandes Goulart
Médica Veterinária pela Unesp – Jaboticabal (1998). Espe-
Enfermeira graduada pela Escola de Enfermagem da Univer- cialista em ultrassografia de pequenos animais (2001). Es-
sidade Federal de Minas Gerais. Mestranda no Programa de pecialista em radiodiagnóstico (2003). Mestre em Cirurgia/
Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG (CAPES 5), na linha Diagnóstico por imagem pela USP (2015). Socio-proprietária
de pesquisa “Gestão e Educação na Saúde e Enfermagem”. da empresa Echorad Diagnostico Veterinário. Docente na
Áreas de interesse: Educação em Saúde, Promoção de Saúde, Universidade Unifaccamp desde 2018.
Prevenção de Agravos, Educação em Saúde e Enfermagem,
Tecnologia Educacional, Saúde Pública e Saúde Coletiva.
Elan Cardozo Paes de Almeida
Daniela Mello Vianna Ferrer Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense.
Mestre em Patologia pela Universidade Federal Fluminense.
Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense Doutora em Patologia (Anatomia Patológica) pela Universi-
(1991). Mestre em Biologia Animal (Zoologia) pela Univer- dade Federal Fluminense. Atualmente é professora associada
sidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1999). Doutora em I da Universidade Federal Fluminense e Perita cadastrada no
Ciências pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Serviço de Divisão de Perícias do TJRJ. Certificada em Patologia
(2004). Especialista em Sanidade de Ruminantes pela Univer- Veterinária pela Associação Brasileira de Patologia Veterinária
sidade do Grande Rio, UNIGRANRIO (2006). Especialista em (ABPV). Membro da Associação Brasileira de Medicina Veteri-
Saúde Pública (Sanitarista) pela Escola Nacional de Saúde nária Legal (ABMVL). Membro da comissão de títulos de espe-
cialista da Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal Iara Oliveira Valerio dos Santos
(ABMVL) e Coordenadora estadual da Associação Brasileira de
Medicina Veterinária Legal no estado do Rio de Janeiro Presi- Mestre em ciências veterinárias, pela Universidade Fede-
dente da Comissão Estadual de Medicina Veterinária Legal do ral Rural do Rio de Janeiro com ênfase em clínica cirúrgica
CRMV/RJ (Biênio 2019/2020 e Triênio 2020/2022). Autora do Li- de felinos. Especialização em Ortopedia pela Anclivepa SP.
vro: Novo Código de Ética Médica Veterinária Comentários sob Residência em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais pela
a ótica pericial; Autora dos capítulos de Patologia e Ética Médi- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Graduada em
ca Veterinária do Livro Preparatório para Residência em Medi- Medicina Veterinária pela Universidade Estácio de Sa. Atual-
cina Veterinária; Autora dos capítulos de Perícia em Patologia e mente e médica veterinária autônoma. Experiencia em clíni-
Entomologia Forense do livro Tratado de Medicina Veterinária ca cirúrgica e ortopedia de pequenos animais.
Legal; Autora do capítulo de Biópsia tumoral e Neoplasias He-
patobiliares em Felinos do livro Oncologia Felina; autora dos
capítulos de Patologia Animal e Biossegurança, Biotecnologia
e Bioterismo no livro BIZU o X da questão - 2.000 questões para Luciana Maria Curtio Soares
concursos de medicina veterinária; Autora do capítulo de Pla- Médica Veterinária pela Universidade Estadual Paulista e
tinosomose no livro Coletâneas em Medicina e Cirurgia Felina.
aprimoramento com ênfase em Patologia Veterinária pela
Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase
mesma instituição. Mestre em Ciências Veterinárias pela Uni-
em Anatomia Patologia Animal e Medicina Veterinária Legal,
versidade Federal do Mato Grosso. Residência em Patologia
atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia pato-
Veterinária pela Universidade Federal do Mato Grosso. Atual-
lógica veterinária, perícia veterinária, patologia experimental,
patologia geral, diagnóstico anatomopatológico veterinário e mente atua como patologista veterinária em laboratório pri-
bioterismo. vado, em Cuiabá/MT.

Endrigo Adonis Braga de Araujo Marcos Vinicius Dias Rosa


Médico Veterinário pela Escola de Medicina Veterinária e Médico Veterinário pela Universidade Federal Fluminense
Zootecnia da Universidade Federal da Bahia (2012). Residên- (2013). Pós-Graduado em Clínica e Cirurgia de Equinos pelo
cia em Medicina Veterinária - Fisiopatologia da Reprodução Instituto Brasileiro de Veterinária (2015). Mestre em Ciência
e Obstetrícia pela FMVZ-UNESP - Botucatu/SP (2014); Mestre Animal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
em Biotecnologia Animal na área de Reprodução Animal (2019). Residência na Clínica Veterinária HDM Horse Service.
pela FMVZ-UNESP - Botucatu/SP (2016). Doutor em Ciência Professor no Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFE-
Animal nos Trópicos pela EMEVZ/UFBA. Atuou como Profes- SO. Experiência na área de Grandes Animais, com ênfase em
sor Substituto na Universidade Federal da Bahia ministran- Clínica Cirúrgica de Equinos.
do as disciplinas: Obstetrícia Veterinária e Fisiopatologia da
Reprodução, e como Professor Convidado em curso de pós-
Paloma Santana
-graduação lato sensu (Reprodução Equina) pelo Instituto
Brasileiro de Veterinária (IBVET). Atualmente é professor na Médica Veterinária pela Universidade Federal da Bahia (2018).
Faculdade Anísio Teixeira (FAT) – Feira de Santana/Bahia e no Mestranda em Zootecnia com ênfase em Nutrição de Cães e
Centro Universitário UniFTC – Salvador. Desde junho de 2017 Gatos pela Universidade Federal da Bahia. Autora colabora-
exerce a função de Coordenador do Curso de Medicina Vete- dora da Sanar desde 2019. Possui experiência com docência
rinária da UniFTC – Salvador. para graduação e cursos técnicos veterinários. Além disso,
atua profissional, acadêmica e cientificamente nas áreas de
Fabiana Martins Dias de Andrade Clínica Médica e Nutrição de Pequenos Animais.
Mestranda em Epidemiologia Políticas e Práticas de Saúde
das Populações pela Universidade Federal de Minas Gerais Renato Leão Sá de Oliveira
(UFMG) e graduada em Enfermagem pela mesma institui-
Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal
ção. Atualmente é pesquisadora do grupo “Observatório de
Rural do Rio de Janeiro, com dissertação em Anestesiologia
Doenças e Agravos não Transmissíveis”.
Veterinária. Graduado em Medicina Veterinária pela Univer-
sidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Residência em Anes-
Haroldo Ramanzini tesiologia Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio
Doutor em Linguística, pela Universidade Estadual Paulista. de Janeiro. Especialização em Anestesiologia Veterinária pela
Mestre em Teoria Literária, pela Universidade Estadual Paulis- PAV – pós-Anestesia Veterinária. Atualmente e Doutorando
ta. Bacharel e Licenciado em Letras, pela Universidade de São pelo Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária
Paulo. Atualmente é professor, escritor e tradutor. da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Revisores Técnicos

Ana Luisa Alves Marques Probo Worker - Equinology/California (2002). Pós-graduanda em


medicina Veterinária Intesiva e Emergência de Pequenos
Médica Veterinária pela Universidade Federal do Piauí (2011). Animais pela EQUALIS. Pós-graduanda em Clínica de Felinos.
Residência no Hospital Veterinário Universitário da UFPI (2017) Trabalhou no departamento de fisioterapia veterinária da
na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. Universidade Anhembi Morumbi até 2008.
Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de
Campina Grande (2013). Doutora pela Universidade Federal
de Campina Grande com a linha de pesquisa “Diagnóstico e Maria Eduarda Monteiro Silva
caracterização das doenças de ruminantes e equinos” atuando Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense
na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. Expe- (2000). Mestre em Concentração em Patologia e Reprodução
riência nas áreas de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, Ex-
Animal, sub-área ornitopatologia pela Universidade Federal
tensão Rural, Doenças infecciosas, Patologia Clínica Veterinária.
Fluminense (2003). Doutora em Patologia com área de concen-
tração em Patologia Investigativa pela Universidade Federal Flu-
Arthur Igor Cruz Lima minense (2010). Atualmente é docente no Centro Universitário
Dentista. Especialista em Saúde da Família. Mestrando do Serra dos Órgãos, nas disciplinas de Processos Patológicos e Pa-
programa de pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho tologia Clínica Animal. Tem experiência na área de Medicina Ve-
pela UFBA. Professor de cursos de pós-graduação em Saúde terinária, com ênfase em Anatomia Patológica, Patologia Clínica
Coletiva e Odontologia em Saúde Coletiva. Reconhecido pela e Ornitopatologia. Atua como Responsável Técnica no Biotério
Forbes em 2020 como “Under 30” e pelo MIPAD100 como Um do Centro Universitário Serra dos Órgãos -UNIFESO.
dos 100 Afrodescendentes Mais Influentes do Mundo. Fellow
do Yunus&Youth, formação global em empreendedorismo Paula de Mattos Guttmann
social. Possui Certificação em Inovação Política. CEO e Funda-
dor da AfroSaude, healhtech que cria tecnologias em saúde Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense
para a comunidade negra. (1999). Mestre em Clínica e Reprodução de Equinos pela Uni-
versidade Federal Fluminense (2013). Professora no Centro
Daniela Mello Vianna Ferrer Universitário Serra dos Órgãos lecionando as disciplinas: Clínica
de equinos, reprodução e diagnóstico por imagem desde 2009.
Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense
(1991). Mestre em Biologia Animal (Zoologia) pela Universida-
de Federal Rural do Rio de Janeiro (1999). Doutora em Ciências
Priscila Tucunduva
pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2004). Es- Médica Veterinária pelo Centro Universitário Serra dos Ór-
pecialista em Sanidade de Ruminantes pela Universidade do gãos - UNIFESO (2004). Especialista em Clínica Médica de Fe-
Grande Rio, UNIGRANRIO (2006). Especialista em Saúde Públi- linos Domésticos pelo Instituto Qualittas de São Paulo (2009).
ca (Sanitarista) pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio
Mestre em Ciências Veterinárias, na área de Parasitologia Ani-
Arouca, ENSP/FIOCRUZ (2007). Desde 2002 é professora titu-
mal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2018).
lar do Centro Universitário Serra dos Órgãos. É médica vete-
Tem experiência na área de Medicina Veterinária com ênfase
rinária da Prefeitura Municipal de Duque de Caxias (SMS) no
núcleo de zoonoses e animais peçonhentos desde 1993. Tem em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais. Atuou
experiência na área de Medicina Veterinária, atuando princi- por 12 anos como médica veterinária e preceptora de está-
palmente nas seguintes áreas: Clínica Médica de Animais de gio na Clínica Escola de Medicina Veterinária do UNIFESO. Foi
Produção, Animais Selvagens, Zoonoses e Saúde Pública. durante 5 anos responsável técnica, gestora e coordenadora
da Clínica Escola de Medicina Veterinária do UNIFESO, pre-
ceptora e responsável pelos estágios supervisionados na Clí-
Luciana Azevedo Matias Silvano
nica Escola. Atualmente é sócia-proprietária de um petshop e
Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Es- clínica veterinária, atuando como clínica e cirurgiã de animais
tadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Equine Body de pequeno porte.
Coautora Colaboradora
Nhirneyla Marques Rodrigues Verena Lima Marques
Médica Veterinária graduada pela Universidade Federal do Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade Salvador
Piauí. Mestre em Ciência Animal - UFPI. Possui Residência (UNIFACS). Atualmente é Diretora Científica do Grupo de estu-
Multiprofissional em Medicina Veterinária - Área de Clínica dos e extensão em doenças infecciosas (UNIFACS). Bacharel em
Médica e cirúrgica de cães e gatos - (UFPI). Especialização Urbanismo pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
em Clínica médica e cirúrgica de pequenos animais (Instituto
Qualittas); Aprimoramento em Oftalmologia Veterinária (ITA-
VET). Especialização em Oftalmologia Veterinária (Anclivepa
SP - em andamento); Especialização em Oftalmologia Clínica
Veterinária (Faculdade Unyleya - em andamento). Atua no
atendimento clínico e cirúrgico de pequenos animais.
Apresentação

O livro Preparatório para residência em Medicina Veterinária é o mais organizado e completo


livro para os Médicos Veterinários que desejam ser aprovados nos concursos do Brasil. Fruto de um
rigoroso trabalho de seleção de questões de concursos e elaboração de novos conteúdos, atende
às mais diversas áreas de conhecimento na Medicina Veterinária.
A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos ser de fun-
damental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames na
Medicina Veterinária:
1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas), por autores especializados.
2. 100% das questões são de concursos passados.
3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nos concursos.
4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.
5. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo com o seguin-
te modelo:

FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL

O livro Preparatório para residência em Medicina Veterinária será um grande facilitador para
seus estudos, sendo uma ferramenta diferencial para o aprendizado e, principalmente, ajudando
você a conseguir os seus objetivos.

Bons Estudos!

Karen Nina Nolasco


Editora
Sumário

1. Clínica Médica de Pequenos Animais..............................................................................21


Dayseanny Bezerra e Paloma Santana
1.1  Acidentes por animais peçonhentos........................................................................................................ 21
1.2 Cardiologia............................................................................................................................................ 21
1.3 Dermatologia........................................................................................................................................ 24
1.4  Distúrbios hepatobiliares e do pâncreas................................................................................................... 26
1.5 Endocrinologia....................................................................................................................................... 28
1.6 Gastroenterologia.................................................................................................................................. 30
1.7 Infectologia........................................................................................................................................... 33
1.8  Medicina felina...................................................................................................................................... 34
1.9  Nefrologia e urologia............................................................................................................................. 38
1.10 Semiologia.......................................................................................................................................... 44
1.11 Neonatologia....................................................................................................................................... 44
1.12 Neurologia........................................................................................................................................... 45
1.13 Oftalmologia....................................................................................................................................... 47
1.14 Oncologia............................................................................................................................................ 48
1.15  Terapêutica medicamentosa................................................................................................................. 49
1.16  Trato respiratório................................................................................................................................. 51
RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................ 52
1. Oftalmologia........................................................................................................................................... 52
1.1  Semiologia oftálmica......................................................................................................................................................52
1.1.1  Exame oftálmico................................................................................................................................................53
1.1.2  Avaliação da visão e testes neurológicos............................................................................................................53
1.2 Neurooftalmologia.........................................................................................................................................................55
1.3  Farmacologia ocular........................................................................................................................................................56
2. Oncologia................................................................................................................................................ 57
2.1  Neoplasias de glândulas mamárias.................................................................................................................................57
3. Cardiologia.............................................................................................................................................. 58
3.1  Cardiopatias congênitas de cães e gatos.........................................................................................................................58
4. Dermatologia.......................................................................................................................................... 59
4.1 Piodermites....................................................................................................................................................................59
4.2  Dermatite atópica...........................................................................................................................................................60
5.  Doenças infecciosas.................................................................................................................................. 61
6. Endocrinologia........................................................................................................................................ 65
6.1 Hipotireoidismo..............................................................................................................................................................65
6.2 Hipertireoidismo.............................................................................................................................................................65
6.3 Hiperadrenocortiscismo..................................................................................................................................................66
6.4 Hipoadrenocorticismo.....................................................................................................................................................66
6.5  Diabetes mellitus............................................................................................................................................................66
7.  Trato respiratório..................................................................................................................................... 67
7.1  Colapso de traqueia........................................................................................................................................................67
7.2  Síndrome do cão braquicefálico......................................................................................................................................67
8.  Distúrbios hepatobiliares e do pâncreas.................................................................................................... 68
8.1  Identificação dos distúrbios hepatobiliares.....................................................................................................................68
8.2  Distúrbios hepáticos........................................................................................................................................................68
8.3  Distúrbios biliares...........................................................................................................................................................69
8.4 Pancreatite......................................................................................................................................................................69
8.5  Insuficiência pancreática exócrina...................................................................................................................................70

2. Clínica Médica de Grandes Animais................................................................................73


Marcos Vinicius Dias Rosa
2.1  Afecções de animais jovens (potros, bezerros e neonatos)......................................................................... 73
2.2  afecções do sistema digestório................................................................................................................ 75
2.3  Afecções do sistema locomotor (ossos, músculos e articulações)................................................................ 76
2.4  Afecções do sistema reprodutor de machos e fêmeas................................................................................ 77
2.5  Afecções do sistema neurológico............................................................................................................. 78
2.6  Afecções do sistema respiratório............................................................................................................. 79
2.7  Afecções gestacionais e periparto............................................................................................................ 79
2.8  Clínica de equinos.................................................................................................................................. 81
2.9  Cólica equina......................................................................................................................................... 87
2.10  Clínica de ruminantes........................................................................................................................... 89
2.11  Doenças bacterianas............................................................................................................................. 91
2.12  Doenças parasitárias............................................................................................................................ 92
2.13  Doenças fúngicas................................................................................................................................. 93
2.14  Doenças multifatoriais......................................................................................................................... 93
2.15  Intoxicação por ingestão de alimentos ou plantas tóxicas....................................................................... 94
2.16  Clínica de ruminantes........................................................................................................................... 95
2.17 Protozooses......................................................................................................................................... 96
RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................ 97
1. Esôfago................................................................................................................................................... 97
1.1  Obstrução esofágica........................................................................................................................................................97
1.1.3 Diagnóstico........................................................................................................................................................97
1.1.4  Tratamento clínico..............................................................................................................................................97
1.1.5  Tratamento cirúrgico..........................................................................................................................................98
2. Tétano..................................................................................................................................................... 99
2.1 Etiologia.........................................................................................................................................................................99
2.2 Epidemiologia.................................................................................................................................................................99
2.3 Patogênese...................................................................................................................................................................100
2.4  Sinais clínicos................................................................................................................................................................100
2.5  Diagnóstico diferencial.................................................................................................................................................101
2.6  Todas as espécies..........................................................................................................................................................101
2.7 Cavalos..........................................................................................................................................................................101
2.8 Ruminantes..................................................................................................................................................................101
2.9 Controle........................................................................................................................................................................101
3.  Úlcera de sola........................................................................................................................................ 102
3.1  Sinais clínicos................................................................................................................................................................102
3.2 Tratamento...................................................................................................................................................................102
3.3 Prevenção.....................................................................................................................................................................103
4.  Exames do sistema digestório de bovinos ................................................................................................ 103
4.1  Exame retal...................................................................................................................................................................103
4.2  Coleta de fluido ruminal................................................................................................................................................104
4.3  Análise de fluido ruminal..............................................................................................................................................104
5.  Hemiplegia laringeana........................................................................................................................... 104
5.1  Sinais clínicos................................................................................................................................................................105
5.2 Diagnóstico...................................................................................................................................................................106
5.3 Tratamento...................................................................................................................................................................107
5.4 Prognóstico...................................................................................................................................................................107
6.  Fluidoterapia em equinos....................................................................................................................... 107
6.1  Resultados de laboratoriais...........................................................................................................................................108
6.1.6  Volume globular e proteínas plasmáticas totais...............................................................................................108
6.1.7  Plano de fluidoterapia......................................................................................................................................108
6.1.8  Tipos de fluido..................................................................................................................................................109
6.2  Produção de urina e gravidade específica da urina........................................................................................................109
7.  Exame neurológico................................................................................................................................ 110
7.1  Localização das Lesões e Sinais Clínicos.........................................................................................................................111
7.2  Exame da cabeça..........................................................................................................................................................113
7.3  Exame dos nervos cranianos.........................................................................................................................................113
7.4  Exame da postura e marcha (alterações do tronco encefálico, cerebelo o medula)........................................................113
7.5  Exame do pescoço e membros anteriores......................................................................................................................114
7.6  Exame do tronco, membros posteriores, ânus e cauda..................................................................................................114
8.  Mieloencefalite Protozoárica Equina (EPM) ............................................................................................. 114
8.1 Etiologia.......................................................................................................................................................................114
8.2 Epidemiologia...............................................................................................................................................................114
8.3  Fatores de risco.............................................................................................................................................................114
8.4 Transmissão..................................................................................................................................................................115
8.5 Patogênese...................................................................................................................................................................115
8.6  Sinais clínicos................................................................................................................................................................115
8.7 Diagnóstico...................................................................................................................................................................116
8.8  Diagnóstico diferencial.................................................................................................................................................116
8.9 Tratamento...................................................................................................................................................................116
8.10 Controle......................................................................................................................................................................117
9.  Laminite equina.................................................................................................................................... 117
9.1 Etiologia.......................................................................................................................................................................117
9.2 Epidemiologia...............................................................................................................................................................118
9.3 Patogênese...................................................................................................................................................................118
9.4  Sinais clínicos................................................................................................................................................................119
9.5 Prognóstico...................................................................................................................................................................120
9.6 Tratamento...................................................................................................................................................................120
9.6.1  Tratamento do processo de incitação ou doença..............................................................................................120
9.7  Crioterapia ou resfriamento digital...............................................................................................................................121
9.8  Medicamentos antiinflamatórios..................................................................................................................................121
9.9  Drogas vasodilatadoras.................................................................................................................................................121
9.10 Anticoagulantes..........................................................................................................................................................121
9.11  Suporte mecânico.......................................................................................................................................................122
9.12 Controle......................................................................................................................................................................122

3. Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais.........................................................................123


Ana Paula de Souza Borges e Iara Oliveira Valerio dos Santos
3.1  Clínico-cirúrgica abdominal.................................................................................................................. 123
3.2  Clínico-cirúrgica das neoplasias............................................................................................................. 134
3.3  Clínico-cirúrgica ortopédica.................................................................................................................. 136
3.4  Clínico-cirúrgica torácica...................................................................................................................... 143
3.5  Hérnias e herniações............................................................................................................................ 145
3.6  Infecção e profilaxia da infecção........................................................................................................... 147
3.7  Técnicas cirúrgicas................................................................................................................................ 149
3.8  Tipos de suturas, aplicações e materiais para sutura............................................................................... 150
3.9  Tipos e manejo de feridas..................................................................................................................... 151
3.10  Avaliação pré-operatória.................................................................................................................... 152
3.11  Clínica-cirúrgica oftálmica.................................................................................................................. 154
3.12  Clínico-cirúrgica de sistema reprodutivo.............................................................................................. 155
3.13  Clínico-cirúrgica do sistema neurológico.............................................................................................. 158
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................159
1.  Fistula oronasal adquirida...................................................................................................................... 159
2.  Corpo estranho...................................................................................................................................... 160
3.  Dilatação Volvulo-Gástrica (DVG)............................................................................................................ 163
3.1  Considerações gerais.....................................................................................................................................................163
4. Intussuscepção...................................................................................................................................... 164
5. Hérnias................................................................................................................................................. 166
5.1  Tratamento cirúrgico.....................................................................................................................................................166
6. Hemoperitônio...................................................................................................................................... 166
7. Uroabdomen......................................................................................................................................... 167
8.  Biomateriais, sutura e hemostasia.......................................................................................................... 168
9.  Sistema tegumentar e cicatrização de feridas.......................................................................................... 170
10.  Ruptura do ligamento cruzado cranial................................................................................................... 170
11.  Luxação de patela................................................................................................................................ 170
12.  Displasia coxofemoral.......................................................................................................................... 171

4. Clínica Cirúrgica de Grandes Animais............................................................................173


Bianca Cascardo, Daniela Mello Vianna Ferrer e Endrigo Adonis Braga de Araujo
4.1  Afecções do sistema digestório e glândulas anexas................................................................................. 173
4.2  Afecções do sistema locomotor (ossos, músculos e articulações).............................................................. 174
4.3  Afecções sistema urinário..................................................................................................................... 175
4.4  Afecções do sistema neurológico........................................................................................................... 175
4.5  Cirurgia do sistema respiratório............................................................................................................ 176
4.6  Cirurgia de cavidade abdominal............................................................................................................ 178
4.7  Cirurgia do sistema locomotor.............................................................................................................. 183
4.8  Cirurgia do sistema reprodutor de machos e fêmeas............................................................................... 184
4.9  Manejo de feridas................................................................................................................................ 187
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................191
1.  Insuficiência e falência renal.................................................................................................................. 191
2.  Doenças dos rins.................................................................................................................................... 192
3.  Doenças da bexiga, ureteres e uretra...................................................................................................... 193
4.  Uretrostomia em ruminantes.................................................................................................................. 195
5.  Exame semiológico e afecções neurológicas............................................................................................. 196
6.  Afecções neurológicas ............................................................................................................................ 199
7.  Amputação de dedo em bovino............................................................................................................... 201
8.  Fixação dorsal da patela......................................................................................................................... 202
9.  Ruptura traumática dos extensores digitais (tendões do membro torácico e pélvico).................................. 203
10.  Ruptura traumática dos flexores digitais (tendões do membro torácico e pélvico).................................... 204
11.  Tendinite do flexor digital superficial.................................................................................................... 205
12. Rumenotomia...................................................................................................................................... 207
13.  Obstrução de jejuno em bovino (laparatomia do flanco).......................................................................... 207
14.  Deslocamento de abomaso (omentopexia e abomasopexia).................................................................... 208
15.  Compactação de cólon maior................................................................................................................ 211
16.  Laparatomia em equinos...................................................................................................................... 213
17.  Hérnia x eventração x evisceração......................................................................................................... 218
18.  Síndrome de úlcera gástrica equina....................................................................................................... 220
19. Sinusite............................................................................................................................................... 223
20.  Principais afecções da faringe e da laringe (causadoras de baixa performance)........................................ 226
21. Mastectomia........................................................................................................................................ 230
22. Distocias.............................................................................................................................................. 230
23.  Cesariana em bovinos........................................................................................................................... 231
24.  Acropostite- fimose.............................................................................................................................. 233
25. Criptorquidismo................................................................................................................................... 234
26.  Ação da flunixin meglumine................................................................................................................... 237
27. Pitiose................................................................................................................................................. 237
28.  Manejo de feridas................................................................................................................................ 238
29.  Padrões de suturas............................................................................................................................... 238

5. Anestesiologia e Emergência......................................................................................241
Carolina Bistritschan Israel, Catarina Rafaela Alves da Silva e Renato Leão Sá de Oliveira
5.1  Abordagem emergencial...................................................................................................................... 241
5.2  Anestésicos gerais inalatórios e injetáveis............................................................................................. 243
5.3  Medicação pré-anestésica..................................................................................................................... 244
5.4  Monitoração anestésica........................................................................................................................ 245
5.5  Abordagem emergencial...................................................................................................................... 248
5.6 Analgesia............................................................................................................................................ 249
5.7  Anestesia em equinos........................................................................................................................... 249
5.8  Anestesia locorregional........................................................................................................................ 249
5.9  Anestésicos gerais inalatórios e injetáveis............................................................................................. 252
5.10  Avaliação pré-anestésica.................................................................................................................... 257
5.11  Bloqueadores neuromusculares.......................................................................................................... 258
5.12 Farmacologia..................................................................................................................................... 259
5.13  Riscos anestésicos.............................................................................................................................. 263
5.14  Plano anestésico................................................................................................................................ 264
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................264
1.  Abordagem do paciente na emergência................................................................................................... 264
2.  Manejo e avaliação da dor...................................................................................................................... 266
3.  Aparelhos e circuitos anestésicos............................................................................................................. 267
4.  Monitoração anestésica.......................................................................................................................... 268
5. Opioides................................................................................................................................................ 269
6.  Agonistas α2 adrenérgicos...................................................................................................................... 270

6. Patologia Clínica........................................................................................................275
Ana Paula de Souza Borges
6.1 Anemias.............................................................................................................................................. 275
6.2  Avaliação da hemostasia e distúrbios da coagulação.............................................................................. 277
6.3 Bioquímica.......................................................................................................................................... 278
6.4 Citopatologia....................................................................................................................................... 281
6.5  Distúrbios do equilíbrio ácido-básico e eletrólitos.................................................................................. 282
6.6  Doenças linfoproliferativas e neoplasias mieloides................................................................................. 284
6.7 Hematologia........................................................................................................................................ 284
6.8 Imunologia.......................................................................................................................................... 285
6.9  Métodos diagnósticos........................................................................................................................... 285
6.10 Parasitologia..................................................................................................................................... 287
6.11  Tecnologia laboratorial, coleta e processamento de amostras............................................................... 287
6.12 Urinálise............................................................................................................................................ 291
6.13  Análise de líquor................................................................................................................................ 292
6.14  Efusões cavitárias............................................................................................................................... 293
6.15  Fluído ruminal................................................................................................................................... 293
6.16 Gasometria........................................................................................................................................ 294
6.17 Hematologia...................................................................................................................................... 294
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................295
1. Eritrograma........................................................................................................................................... 295
2. Eritrócitos.............................................................................................................................................. 296
3. Hemoglobina......................................................................................................................................... 296
4. Anemias................................................................................................................................................ 296
4.1 Classificação..................................................................................................................................................................297
4.2  Anemia hemolítica imunomediada...............................................................................................................................298
5. Leucograma.......................................................................................................................................... 298
5.1 Leucocitose...................................................................................................................................................................299
5.2 Leucopenia...................................................................................................................................................................299
6. Hemostasia........................................................................................................................................... 299
7.  Desordens plaquetárias quantitativas..................................................................................................... 300
8.  Bioquímica clínica: função renal............................................................................................................. 300
8.1 Urinálise.......................................................................................................................................................................300
9.  Provas de função renal........................................................................................................................... 301
9.1  Provas bioquímicas.......................................................................................................................................................301
9.2  Bioquímica clínica: função hepática..............................................................................................................................301
9.3  Indicação de provas enzimáticas...................................................................................................................................302
9.4  Proteínas plasmáticas...................................................................................................................................................302
9.5 Bilirrubinas...................................................................................................................................................................302
10.  Bioquímica clínica: função pancreática.................................................................................................. 302
10.1  Pâncreas exócrino.......................................................................................................................................................302
10.2  Pâncreas endócrino.....................................................................................................................................................302
10.3  Testes bioquímicos pancreáticos.................................................................................................................................302
11.  Bioquímica clínica: função muscular...................................................................................................... 302
12.  Bioquímica clínica: marcadores ósseos.................................................................................................. 303
12.1  Mensuração de glicose ...............................................................................................................................................303
12.2  Derrames cavitários....................................................................................................................................................303
12.3  Análise de líquor.........................................................................................................................................................304
12.4 Eletrólitos....................................................................................................................................................................304
12.5 Hemogasometria........................................................................................................................................................305
13.  Exames microbiológicos........................................................................................................................ 306
13.1  Métodos de diagnóstico molecular.............................................................................................................................306
13.2 Bacteriologia..............................................................................................................................................................306
13.3 Micologia....................................................................................................................................................................308
13.4 Virologia.....................................................................................................................................................................309

7. Patologia Veterinária..................................................................................................311
Elan Cardozo Paes de Almeida
7.1  Lesões reversíveis e irreversíveis e morte celular (degeneração, calcificação, pigmentação)...................... 311
7.2  Alterações circulatórias........................................................................................................................ 314
7.3  Inflamação e reparo............................................................................................................................. 316
7.4  Alterações cadavéricas......................................................................................................................... 318
7.5 Necropsia............................................................................................................................................ 319
7.6  Patologia do sistema nervoso............................................................................................................... 323
7.7  Patologia do sistema cardiovascular...................................................................................................... 325
7.8  Patologia do sistema digestório............................................................................................................ 326
7.9  Patologia do sistema reprodutor........................................................................................................... 327
7.10  Patologia do sistema urinário............................................................................................................. 327
7.11  Patologia do sistema respiratório........................................................................................................ 330
7.12  Alterações anatomopatológicas variadas............................................................................................. 331
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................334
1.  Patologia geral ..................................................................................................................................... 334
1.1  Lesões celulares (reversível e irreversível).....................................................................................................................334
1.2  Calcificações patológicas...............................................................................................................................................336
1.3 Pigmentações...............................................................................................................................................................337
1.4  Alterações circulatórias.................................................................................................................................................339
1.4.1 Edema................................................................................................................................................................340
1.5  Inflamação (aguda e crônica)........................................................................................................................................341
1.6  Reparo tecidual (regeneração e cicatrização)................................................................................................................346
2.  Patologia especial.................................................................................................................................. 347
2.1 Necropsia......................................................................................................................................................................347
2.2  Alterações cadavéricas..................................................................................................................................................347
2.3  Paratuberculose (doença de Johne)..............................................................................................................................349
2.4  Intoxicação por gossipol................................................................................................................................................349
2.5  Patologias renais...........................................................................................................................................................349

8. Diagnóstico por Imagem.............................................................................................353


Denise Gonçalves
8.1  Avaliação de abdome........................................................................................................................... 353
8.2  Avaliação de fraturas............................................................................................................................ 355
8.3  Avaliação de tórax................................................................................................................................ 355
8.4  Avaliação ortopédica............................................................................................................................ 358
8.5  Imaginologia aplicada.......................................................................................................................... 361
8.6  Sistema musculoesquelético................................................................................................................. 365
8.7  Técnica radiográfica............................................................................................................................. 366
8.8  Técnica ultrassonográfica..................................................................................................................... 366
8.9  Avaliação ecocardiográfica................................................................................................................... 367
8.10  Meios de contrastes............................................................................................................................ 368
8.11  Projeções radiográficas....................................................................................................................... 369
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................369

9. Clínica e Manejo de Animais Selvagens.........................................................................377


Luciana Maria Curtio Soares
9.1  Clínica de primatas............................................................................................................................... 378
9.2  Diagnóstico por imagem....................................................................................................................... 380
9.3  Doenças infecciosas.............................................................................................................................. 381
9.4  Exame clínico....................................................................................................................................... 383
9.5  Exames complementares...................................................................................................................... 384
9.6  Intoxicação por metais pesados............................................................................................................ 386
9.7  Manejo ambiental................................................................................................................................ 387
9.8  Manejo nutricional............................................................................................................................... 388
9.9  Procedimentos de contenção química................................................................................................... 389
9.10  Procedimentos cirúrgicos.................................................................................................................... 390
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................391
1.  Diagnóstico por imagem........................................................................................................................ 391
2.  Exames complementares........................................................................................................................ 393
2.1  Exame de sangue..........................................................................................................................................................393
2.2  Hematologia de mamíferos não domésticos, aves e répteis..........................................................................................395
2.3  Hemoparasitas de aves, répteis, peixes e anfíbios.........................................................................................................397
2.4  Bioquímica clínica de mamíferos não domésticos, aves e répteis..................................................................................398
3. Aves...................................................................................................................................................... 401
3.1  Terapêutica de emergência...........................................................................................................................................401
3.1.1  Recepção do paciente crítico............................................................................................................................401
3.1.2  Avaliação do paciente crítico ...........................................................................................................................401
3.1.3  Abordagem do paciente crítico.........................................................................................................................401
3.1.4  Tratamento emergencial e de suporte..............................................................................................................401
3.1.5  Unidades de cuidados intensivos......................................................................................................................401
3.2  Intoxicação por metais pesados....................................................................................................................................402
3.3  Manejo nutricional........................................................................................................................................................403
3.4  Manifestações clínicas inespecíficas de algumas doenças.............................................................................................404
3.4.1 Ascite ................................................................................................................................................................404
3.4.2 Excrementos ......................................................................................................................................................404
3.4.3 Pododermatite...................................................................................................................................................404
3.4.4 Hemossiderose x hemocromatose......................................................................................................................404
3.5  Doença fúngica.............................................................................................................................................................404
3.5.1 Aspergilose........................................................................................................................................................404
3.6  Doenças virais...............................................................................................................................................................405
3.6.1 Poxvirose...........................................................................................................................................................405
3.6.2 Circovirose..........................................................................................................................................................405
4.  Testudines (quelônios)........................................................................................................................... 405
4.1  Anatomia e fisiologia....................................................................................................................................................405
4.2  Diagnóstico por imagem...............................................................................................................................................406
4.3 Fluidoterapia................................................................................................................................................................406
4.4  Exame clínico................................................................................................................................................................406
4.4.1 Cavidade oral.....................................................................................................................................................406
4.4.2 Doenças Óssea Metabólica (DOM)......................................................................................................................406
4.4.3 Esteatose hepática.............................................................................................................................................406
4.5 Cirurgias........................................................................................................................................................................407
4.5.1 Plastrotomia e celiotomia..................................................................................................................................407
4.5.2 Procedimentos cirúrgicos do pênis.....................................................................................................................407
4.5.3 Cistotomia..........................................................................................................................................................407
4.5.4 Cirurgias gastrointestinais..................................................................................................................................407
5. Serpentes.............................................................................................................................................. 407
5.1  Manejo nutricional de serpentes criadas em cativeiro..................................................................................................407
6.  Mamíferos selvagens............................................................................................................................. 408
6.1  Doenças infecciosas em mamíferos selvagens...............................................................................................................408
6.2  Procedimentos de contenção química em cervídeos.....................................................................................................409
6.3  Clínica de primatas.......................................................................................................................................................410

10. SUS e Saúde Pública....................................................................................................415


Clarissa Fernandes Goulart, Dayse Batista Santos e Fabiana Martins Dias de Andrade
10.1 Saúde coletiva..................................................................................................................................... 415
10.1.1  Vigilância epidemiológica........................................................................................................................................450
10.1.2  Vigilância sanitária...................................................................................................................................................451
10.1.3  Sistema Único de Saúde...........................................................................................................................................453
RESUMO PRÁTICO...........................................................................................................................................476
1. Saúde Pública......................................................................................................................................... 476
1.1  Constituição da República Federativa do Brasil.............................................................................................................476
1.2  Lei nº 8.080 ..................................................................................................................................................................477
1.3  Lei nº 8.142/1990.........................................................................................................................................................478
1.4  Decreto nº 7.508/2001..................................................................................................................................................479
1.5  Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora......................................................................................479
1.6  Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012.....................................................................................................481
1.7  Lei nº 13.427, De 30 de março de 2017.........................................................................................................................482
1.8  Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência.....................................................................................482
1.9  Política Nacional de Atenção Básica .............................................................................................................................483
1.10  Política Nacional de Humanização..............................................................................................................................484
2. Sistema Único de Saúde (SUS), políticas e programas................................................................................. 485
2.1  Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990......................................................................................................................485
2.2  Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011....................................................................................................................487
2.3  Política Nacional de Atenção Hospitalar .......................................................................................................................488
2.4  Política Nacional de Atenção Básica .............................................................................................................................489
2.5  Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (PNASS) .................................................................................490
2.6  Política Nacional de Humanização (Pnh).......................................................................................................................491
2.7  Política Nacional de Educação Permanente em Saúde..................................................................................................492
2.8  Política Nacional de Educação Popular em Saúde.........................................................................................................493
2.9  Rede de Atenção à Saúde..............................................................................................................................................495
2.10  Política Nacional de Promoção da Saúde ....................................................................................................................496
2.11  Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.............................................................................................497
2.12  Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais ..........................................498
2.13  Política de Vigilância em Saúde...................................................................................................................................499
2.14  Determinantes Sociais da Saúde.................................................................................................................................500
2.15  Núcleo Ampliado de Saúde da Família........................................................................................................................501
2.16  Plano Plurianual (PPA) 2012-2015.............................................................................................................................501
2.17  Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde.......................................................................................................503

11. Como Resolver Questões Discursivas?..........................................................................505


Haroldo Ramanzini
  Questões Discursivas................................................................................................................................... 519
Ana Paula de Souza Borges, Dayse Batista Santos, Denise Gonçalves e Marcos Vinicius Dias Rosa
Clínica Médica de
Pequenos Animais 1
Autoras: Dayseanny Bezerra e Paloma Santana
Coautora: Nhirneyla Marques Rodrigues
Revisão Técnica: Priscila Tucunduva

1.1  ACIDENTES POR ANIMAIS


PEÇONHENTOS
02 (COREMU – UFG – 2021) O veneno botrópico
possui atividade vasculotóxica sistêmica

01 (COREMU – UFG – 2021) Qual é o compo- associada à presença de:


nente da peçonha da Loxosceles que é
Ⓐ crotapotina.
responsável pela facilitação e penetração dos
Ⓑ metaloproteinases.
componentes do veneno, contribuindo para o
Ⓒ apamina.
espalhamento gravitacional da lesão?
Ⓓ lectinas.
Ⓐ Hialuronidase.
GRAU DE DIFICULDADE
Ⓑ Metaloproteinase.
Ⓒ Fosfolipase A2.
Ⓓ Protease. Alternativa A: INCORRETA. A crotapotina é um com-
ponente do veneno crotálico.2
GRAU DE DIFICULDADE Alternativa B: CORRETA. As metaloproteinases
atuam principalmente na matriz extracelular
do endotélio vascular com ação hemorrágica,
Alternativa A: CORRETA. A hialuronidase é uma toxi-
fibrinolítica e colagenolítica.3
na das Loxosceles conhecida como fator de es-
Alternativa C: INCORRETA. A apamina é uma fração
palhamento por desorganizar o tecido devido do veneno das abelhas.2
a degradação dos constituintes da matriz extra- Alternativa D: INCORRETA. As lectinas potencializam
celular.1 a ação das metaloproteinases, e ligam-se seleti-
Alternativa B: INCORRETA. As metaloproteinases vamente a glicoconjugados.4
são as principais proteínas do veneno botró- ▍Resposta: Ⓑ
pico.2
Alternativa C: INCORRETA. O veneno das Loxosceles 1.2  CARDIOLOGIA
possuem fosfolipase D.2

03
Alternativa D: INCORRETA. As proteases compõem o (COREMU – UFG – 2021) Os distúrbios eletro-
veneno das Loxosceles, porém não são respon- líticos influenciam diretamente o traça-
sáveis pela penetração dos outros componen- do eletrocardiográfico dos animais. Os achados
tes.2 eletrocardiográficos como bradicardia, depres-
▍Resposta: Ⓐ são de onda P, aumento e estreitamento de on-
22 ▕ Autoras: Dayseanny Bezerra e Paloma Santana

da T, prolongamento do complexo QRS e do in- comum na rotina de atendimento de cães e ga-


tervalo PR, assim como flutter e fibrilação ven- tos. Essa é comumente secundária a alterações re-
tricular podem ser observados nos pacientes nais como doença renal crônica e alterações en-
que apresentam: dócrinas como hipertiroidismo em felinos e Hipe-
radrenocorticismo em cães. Em relação à Hiper-
Ⓐ hipernatremia. tensão arterial sistêmica assinale a opção correta:
Ⓑ hipercloremia.
Ⓒ hipocalcemia. Ⓐ Atualmente é proposto que pressão abaixo
Ⓓ hipercalemia. de 180 mmHg são animais considerados nor-
motensos.
GRAU DE DIFICULDADE Ⓑ O cateterismo de uma artéria adequada é
considerado o padrão-ouro e o método mais
Resposta: As alterações descritas no eletrocar- prático para triagem e tratamento da hiperten-
diograma são de uma paralisação atrial que po- são arterial na rotina clínica.
de ocorrer por cardiomiopatia ou hipercalemia. Ⓒ Os órgãos considerados órgãos-alvo em ca-
A hipercalemia resulta em falha progressiva na so de hipertensão arterial sistêmica são: cére-
despolarização atrial devido a disfunção do po- bro, rim, fígado e coração.
tencial de ação dentro dos miócitos atriais.5 Ⓓ Estimações indiretas não invasivas da pres-
▍Resposta: Ⓓ são arterial com uso do Doppler e os disposi-
tivos oscilométricos são comumente utiliza-
dos, sendo recomendado que estes disposi-

04 (COREMU – UFG – 2021) A disfunção ventri- tivos disponíveis sejam utilizados com certo
cular sistólica é uma das condições clíni- grau de cautela, e seguindo sempre protoco-
cas para o desenvolvimento do choque cardio- lo padrão previamente estabelecido conforme
gênico. Esta disfunção está presente em qual recomendação do Guidelines for the identifica-
enfermidade? tion, evaluation, and management of systemic
hypertension in dogs and cats, 2018.
Ⓐ Cardiomiopatia dilatada. Ⓔ O objetivo do tratamento anti-hipertensivo
Ⓑ Tamponamento cardíaco. é aumentar a probabilidade e severidade de le-
Ⓒ Cardiomiopatia hipertrófica concêntrica. são em órgão-alvo.
Ⓓ Taquiarritmia.
GRAU DE DIFICULDADE
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. A pressão arterial sistóli-
Alternativa A: CORRETA. A cardiomiopatia dilatada ca de animais normotensos é até 150mmHg.10
é caracterizada pela dilatação ventricular com Alternativa B: INCORRETA. O cateterismo arterial é
perda de contratilidade miocárdica progressi- um método invasivo, sendo contraindicado pa-
va.6 ra triagem de animais hipertensos.10
Alternativa B: INCORRETA. O tamponamento cardía- Alternativa C: INCORRETA. Os órgãos alvos da hiper-
co está relacionado com efusão pericárdica.7 tensão arterial sistêmica são cérebro, rins, olhos
Alternativa C: INCORRETA. A cardiomiopatia hiper- e coração.10
trófica concêntrica resulta em disfunção dias- Alternativa D: CORRETA. Apesar dos métodos indi-
tólica.8 retos de avaliação de pressão arterial serem uti-
Alternativa D: INCORRETA. As taquiarritmia podem lizados com frequência, possuem limitações e
cursar com disfunções ventriculares, supraven- para diminuir possíveis erros de interpretações,
triculares e sinusal.9 as aferições devem seguir os protocolos do Gui-
▍Resposta: Ⓐ deline.10
Alternativa E: INCORRETA. O objetivo do tratamen-
to anti-hipertensivo é diminuir as lesões em ór-

05 (COREMU – UFRRJ – 2020) A hipertensão ar-


terial sistêmica é uma condição clínica
gãos-alvos.10
▍Resposta: Ⓓ
Clínica Médica de Pequenos Animais ▏ 23

06 (COREMU – UFRRJ – 2020) A Doença Valvar


Degenerativa Crônica de Mitral (DVDCM)
é a cardiopatia mais comumente encontrada
07 (VUNESP – UNESP – 2021) Segundo o recen-
te consenso (ACVIM Consensus – 2019)
para o diagnóstico e tratamento da doença val-
em cães. Sobre a DVDCM é correto afirmar que: var mitral mixomatosa (MMVD) em cães, assi-
I. A prevalência aumenta acentuadamente nale a alternativa correta quanto ao tratamen-
com a idade em cães de raças pequenas, to da doença relacionada às situações relatadas
com até 85% desta população, mostrando nos itens I a V.
evidência de lesão valvular aos 13 anos de I. Tratamento neste estágio deve ser: Pi-
idade. mobendan, restrição leve de sódio e dietas
II. A presença de DVDCM na ausência de si- altamente palatáveis; inibidores da enzima
nais clínicos pode ou não influenciar no conversora de angiotensina; cirurgia, se
curso da vida do cão afetado. disponível.
III. O aumento da frequência cardíaca em cães II. Nenhum tratamento medicamentoso re-
com DVDCM é moderadamente preditivo comendado para qualquer paciente. Ne-
para a progressão da insuficiência cardíaca nhum tratamento dietético recomendado
congestiva. para qualquer paciente. Reprodutores
IV. Embora a causa da DVDCM permaneça potenciais não devem mais ser colocados
desconhecida, a doença tem um compo- em reprodução se um sopro ou evidência
nente hereditário em algumas raças e a
ecocardiográfica de regurgitação mitral
gravidade da doença pode ter um compo-
(MR) forem identificados precocemente,
nente genético em outras raças.
durante a faixa etária normal de reprodu-
V. A regurgitação valvar progressiva aumenta
ção (<6-8 anos deidade).
o trabalho cardíaco, levando ao remodela-
III. Os tratamentos, emergencial e em casa,
mento ventricular (hipertrofia excêntrica
envolvem os mesmos fármacos (pimoben-
do átrio e do ventrículo e alterações da
dan, furosemida, espironolactona e inibi-
matriz intercelular) e, eventualmente, à
dores da ECA, dieta) do estágio anterior,
disfunção ventricular.
contudo, deve-se ajustar as doses pela
Ⓐ As afirmativas I, III e IV estão corretas refratariedade, e estratégias terapêuticas,
Ⓑ As afirmativas II, IV e V estão corretas como bloqueio sequencial de néfrons (as-
Ⓒ As afirmativas I, II, IV e V estão corretas sociação de diuréticos) e sildenafil, podem
Ⓓ Todas as afirmativas estão corretas ser introduzidos.
Ⓔ Todas as afirmativas estão erradas. IV. O tratamento não é recomendado para es-
ses cães porque, neste estágio da doença,
GRAU DE DIFICULDADE a progressão para insuficiência cardíaca é
incerta, é improvável que ocorra dentro do
Assertiva I: VERDADEIRA. A DVDCM acomete prin- intervalo de avaliação recomendado, e não
cipalmente cães idosos e de porte pequeno.11 há evidência de que a medicação é eficaz
Assertiva II: VERDADEIRA. A doença possui caráter nesta fase.
progressivo e alterações valvulares sutis prece- V. O tratamento hospitalar (emergencial)
dem a evidência clínica da disfunção.11 inclui: furosemida, pimobendan, oxige-
Assertiva III: VERDADEIRA. O aumento da frequên- nioterapia, punções nos casos de efusões,
cia cardíaca é um mecanismo compensatório sedação, vasodilatadores (nitroprussiato,
da disfunção ventricular sistólica.11 inibidores da ECA); tratamento em casa
Assertiva IV: VERDADEIRA. As raças mais afetadas (furosemida, pimobendan, inibidor da
são Cavalier King Charles Spaniel, Poodle mi- ECA, espironolactona, dieta).
niatura, Sptiz Alemão, Yorkshire e Chihuahua.11
Assertiva V: VERDADEIRA. Um dos objetivos do tra- Ⓐ I – estágio C, II – estágio D, III – estágio A, IV
tamento para DVDCM é retardar o remodela- – estágio B1, V – estágio B2.
mento cardíaco.11 Ⓑ I – estágio B1, II – estágio B2, III – estágio C,
▍Resposta: Ⓓ IV – estágio D, V – estágio A.
24 ▕ Autoras: Dayseanny Bezerra e Paloma Santana

Ⓒ I – estágio A, II – estágio B1, III – estágio B2, Alternativa A: INCORRETA. Pode haver aumento de
IV – estágio C, V – estágio D. proteína mitocondrial.13
Ⓓ I – estágio B2, II – estágio C, III – estágio D, IV Alternativa B: CORRETA. A cardiomiopatia arritmo-
– estágio A, V – estágio B1. gênica está relacionada com a mutação da es-
Ⓔ I – estágio B2, II – estágio A, III – estágio D, IV triatina.6
– estágio B1, V – estágio C. Alternativa C: INCORRETA. Na cardiomiopatia dilata-
da há estiramento do miocárdio.13
GRAU DE DIFICULDADE Alternativa D: INCORRETA. Essa redução não está
envolvida na cardiomiopatia arritmogênica.13
Alternativa E: INCORRETA. A isquemia miocárdica
RESOLUÇÃO: No estágio A, encontram-se os ani-
está relacionada principalmente com a cardio-
mais com risco de desenvolvimento da doen-
miopatia hipertrófica.8
ça ou sem alterações aparente, por isso, não é
▍Resposta: Ⓑ
indicado intervenção medicamentosa. No es-
tágio B1 não há certeza de desenvolvimento 1.3  DERMATOLOGIA
da doença e nem manifestação clínica, por is-

09
so, a terapia ainda é contraindicada. No estágio (COREMU – UNESC – 2021) Foi atendido um
B2 há regurgitação valvular e achados nos exa- felino, pelo curto brasileiro, macho, cin-
mes de imagem de aumento atrial e ventricu- co meses de idade, não domiciliado, com le-
lar, por isso, já é indicado cirurgias, modificação sões pruriginosas, dermatite seborreica e pápu-
dietética e medicações que retardem o remo- lo-crostosas em região de margens de pavilhão
delamento cardíaco. No estágio C há o desen- auricular, face, axilas e períneo. Diante do ex-
volvimento de sinais clínicos de insuficiência posto, a principal suspeita diagnóstica é:
cardíaca e por isso pode haver necessidade de
intervenção hospitalar. O estágio D é o termi- Ⓐ dermatofitose.
nal e o tratamento geralmente é refratário nas Ⓑ dermatite atópica.
doses comuns e tem o objetivo de dar confor- Ⓒ demodiciose.
to ao paciente.12 Ⓓ sarna notoédrica.
Ⓔ pênfigo foliáceo.
▍Resposta: Ⓔ
GRAU DE DIFICULDADE

08 (NÚCLEO DE CONCURSOS – UFPR – 2021) Nos


cães, a cardiomiopatia arritmogênica é
caracterizada pelo desenvolvimento de arrit-
Alternativa A: INCORRETA. Na dermatofitose as le-
sões mais comuns são alopecia circular ou irre-
mias ventriculares originadas especialmente gular multifocal, com ou sem descamação, eri-
no ventrículo direito. A gênese dessas arritmias trema, liquenificação e alguns casos, hiperpig-
envolve miocitólise, fibrose e infiltração fibroa- mentação.14
diposa no miocárdio. Qual mecanismo está en- Alternativa B: INCORRETA. A dermatite atópica po-
volvido nesse processo? de ter diversas manifestações, sendo na sua for-
ma não complicada os sinais de eritrema, man-
Ⓐ Redução da quantidade de mitocôndrias chas de lambedura, erupções papulares, alope-
nos cardiomiócitos. cia autoinduzida e escoriação.14
Ⓑ Alteração em proteínas ligadas com a jun- Alternativa C: INCORRETA. Na demodicose os sinais
ção entre cardiomiócitos. clínicos iniciais são alopecia focal, multifocal ou
Ⓒ Estiramento dos cardiomiócitos. generalizado, cursando com prurido quando
Ⓓ Redução no número de junções gap nos há infecção bacteriana secundária.15
cardiomiócitos. Alternativa D: CORRETA. A manifestação da sarna
notoédrica são bem semelhantes a da esca-
Ⓔ Isquemia miocárdica.
biose canina, porém, nos felinos as lesões ge-
GRAU DE DIFICULDADE ralmente se concentram no pavilhão auricular
e cabeça.16
52 ▕ Autoras: Dayseanny Bezerra e Paloma Santana

antitussígeno como afirma a assertiva, porém Alternativa A: INCORRETA. A paralisia de laringe (PL)
tem ampla utilidade clínica como agente muco- é definida como uma falha na abdução das car-
lítico, como antídoto para intoxicação por ace- tilagens aritenoideas e das cordas vocais duran-
taminopheno, na prevenção de disfunção renal te a inspiração, que resultará em obstrução das
por uso de radiocontrastes e como potencializa- vias áreas superiores e dispneia inspiratória e
dor dos efeitos hemodinâmicos da nitrogliceri- não expiratória, podendo ser de leve a grave. A
na. Existem quatro possíveis mecanismos antio- PL, quando unilateral, frequentemente é assin-
xidantes para a N-acetilcisteína: (1) ligação dire- tomática. 72,75
ta, e eliminação de radicais livres por reação de Alternativa B: INCORRETA. Dispneia inspiratória é
Redox (cisteína-cistina); (2) modulação do en- um sinal clínico típico da paralisia de laringe,
dotélio lesado; (3) produção de disulfito duran- porém estertores não são sinal clínico desta
te reação do grupo sulfídrico da N-acetilcisteína afecção, estando mais relacionadas à doenças
com o da membrana enzimática e como (4) pre- cardíacas. 72,75
cursor de glutationa.72,78 Alternativa C: INCORRETA. A dispneia inspirató-
▍Resposta: Ⓑ ria é característica de paralisia da laringe e si-
bilos não estão dentre os sinais comuns desta
doença, estando presente em bronquites em
70 (NÚCLEO DE CONCURSOS – UFPR – 2021) Em
cães que apresentam paralisia de laringe,
as manifestações clínicas usualmente incluem:
cães.72,75
Alternativa D: CORRETA. Os principais sinais clíni-
cos apresentados pelos animais portadores da
Ⓐ dispneia expiratória e crepitações pulmo- paralisia de laringe são a intolerância ao exer-
nares. cício, estridor inspiratório e dispneia inspirató-
Ⓑ dispneia inspiratória e estertores. ria. Também podem apresentar cianose, sínco-
Ⓒ dispneia expiratória e sibilos. pe, disfonia, engasgos e tosse no momento de
Ⓓ dispneia inspiratória e estridores. alimentação e, geralmente, megaesôfago asso-
Ⓔ padrão respiratório inalterado e cianose. ciado.72,75
Alternativa E: INCORRETA. O padrão respiratório fica
GRAU DE DIFICULDADE alterado durante a paralisia de laringe, poden-
do inclusive levar a um quadro de cianose. 72,75
▍Resposta: Ⓓ

RESUMO
PRÁTICO

1.  OFTALMOLOGIA dem-se os exames na devida ordem: exame a


distância, exame próximo (leitura do teste la-
1.1  SEMIOLOGIA OFTÁLMICA crimal de Schirmer, teste de visão e neuroló-
gico, oftalmoscopia). Os testes avançados in-
Ao se deparar com uma enfermidade oftál- cluem: uso de corantes oftlámicos, investiga-
mica, deve-se estar atento às alterações apre- ção do ducto nasolacrimal, tonometria e inves-
sentadas pelo paciente e tudo deverá ser regis- tigação laboratorial.79 O exame oftálmico re-
trado em fichas adequadas. O exame oftálmico quer delicadeza e a devida sequência de reali-
baseia-se no levantamento do histórico, consi- zação do mesmo, assume uma importância ain-
derado passo inicial para realizar um bom diag- da maior quando comparada a outros sistemas,
nóstico, principalmente quando se suspeita de pois qualquer inversão na ordem dos procedi-
doenças de caráter hereditário e para se esta- mentos impossibilita a realização posterior de
belecer o prognóstico.79,80 Em seguida, proce- alguns deles.80
Clínica Médica de Pequenos Animais ▏ 53

1.1.1  Exame oftálmico ma, abaixo, lateral e medial. O olho contralate-


ral pode ser coberto pela mão, para ser testado
Para um exame oftálmico bem conduzido, cada olho separadamente.79
deve-se realizá-lo detalhadamente, com abor- São testadas as vias visuais (nervo óptico e
dagem padronizada, associada a instalações e nervo craniano II) e habilidade para fechar as
equipamentos apropriados.79 Às vezes, é neces- pálpebras (nervo facial e nervo craniano VII).
sária contenção física ou química em pacientes
não colaborativos.80 2) Reflexo do ofuscamento
Exame a distância – o paciente deve ser Para realização deste teste é necessária uti-
avaliado quanto ao comportamento e aparên- lização de uma fonte de luz muito forte (Tran-
cia geral dos olhos, desconforto visual, simetria, siluminador de Finhoff ). Observa-se que o ani-
aumento de secreção ou lacrimejamento, au- mal pisca e algumas vezes se afasta quando a
mento ou diminuição do bulbo ocular, assime- luz forte é direcionada para cada olho. Isto tes-
trias, prurido periorbitário, déficit visual, dentre ta dois nervos: óptico e facial, mas diferente
outros.79 do reflexo de ameaça, não é necessário o en-
Exame próximo – Primeira parte do exa- volvimento do córtex cerebral para que o refle-
me em cômodo bem iluminado, paciente gen- xo ocorra. Este é um teste útil se a retina e ner-
tilmente contido. Inspeção próxima da aparên- vo óptico não puderem ser examinados devi-
cia geral dos olhos e da face é realizada com ilu- do à opacidade ocular, no caso de catarata por
minação, com uma lanterna-caneta. Alguns fa- exemplo. Um reflexo positivo sugere que a reti-
tores devem ser considerados: presença de se- na e o nervo óptico estão funcionais.79
creção ocular e sua natureza, tamanho de am-
bos os olhos deve ser comparados (devem ser 3) Capacidade de rastrear objeto ou teste
simétricos).79 É nesta etapa que se realiza o tes- do algodão
te lacrimal de Schirmer (medição lacrimal), an- Consiste em lançar à frente do animal pe-
tes mesmo que os olhos sejam limpos ou ma- quenas bolas de algodão, observando se o pa-
nipulados. ciente acompanha sua trajetória.81 O algodão é
Além de ser o momento para a colheita de utilizado por não apresentar cheiro forte nem
amostras laboratoriais. Swabs para cultivo e iso- ruído ao cair.79
lamento bacteriano.79
Teste de Schirmer – Tiras com barras colo- 4) Teste do labirinto ou do obstáculo
ridas. Vem em pacote estéril. Devem ser dobra-
O paciente é colocado em um cômodo não
das ainda no pacotinho (evitando que o suor e
familiar e objetos são espalhados pelo mesmo.
oleosidade das mãos interfiram na leitura do
O animal é mantido em lado do cômodo, en-
exame). O pedaço menor é colocado no saco
quanto seu tutor o chama do lado oposto. Ani-
conjuntival ventral, na metade a dois terços ao
mais com visão normal se movimentarão com
longo do canto medial (distante da terceira pál-
segurança, mas animais com visão comprome-
pebra). A tira permanece na posição por 1 mi- tida serão hesitantes e lentos, podendo colidir
nuto, antes de ser removida, é imediatamente com os objetos.79
lida até o nível onde foi molhada a graduação.79
5) Reflexo palpebral
1.1.2  Avaliação da visão e testes neurológicos
Utilizado para checar se o animal pode pis-
car normalmente. A estimulação sensorial do
1) Resposta à ameaça
nervo trigêmeo (nervo craniano V), ao se to-
Consiste em movimentar a mão em direção car a pele nos cantos medial e lateral, deveria
aos olhos do animal, fazendo com que o ani- resultar em um fechamento brusco das pálpe-
mal pisque. Deve-se evitar formar correntes de bras (nervo facial – nervocraniano VII). O animal
ar.79,80 também pode tentar se afastar.
É importante estimular na frente dos olhos, A sensibilidade da córnea também pode
como também a partir de outros ângulos: aci- ser testada tocando-se a superfície da córnea
54 ▕ Autoras: Dayseanny Bezerra e Paloma Santana

com a extremidade de uma haste de algodão Figura 1. Reflexo pupilar à luz, demonstran-
e observando a ocorrência de um movimento do a diferença entre as respostas direta e
de piscar normal. Geralmente é muito difícil to- consensual
car a córnea desta forma sem que o animal ten-
te piscar.79

6) Reflexos pupilares à luz


A luz é incidida em um olho e uma respos-
ta normal é observada quando a pupila se con-
trai rapidamente. Este é o reflexo direto. O olho
oposto é examinado (com a luz ainda incidindo
no primeiro olho) e a constrição da pupila con-
tralateral deve ter ocorrido, este é o reflexo con-
sensual ou indireto (Figura 1). A luz deve então
ser movida para o segundo olho, que é testa-
do da mesma forma. O nervo aferente envolvi-
do é o nervo óptico (nervo craniano II), enquan-
to que a constrição pupilar é mediada pelas fi-
bras parassimpáticas que correm no nervo ocu-
lomotor (nervo craniano III).
A fonte de luz é, então, alternada entre os
dois olhos no teste de alternância do flash de Direta Consensual
luz. A luz é incidida no primeiro olho por uns
poucos segundo e então é movida rapidamen- Fonte: Viana, Bretas, Fulgêncio (2013).85
te para o segundo olho. É feita uma nota sobre a
Investigação do sistema nasolacrimal – po-
resposta da segunda pupila – ela pode contrair
de ser feita utilizando o corante de fluoresceína.
depois, permanecer igual ou dilatar. Uma res-
Para avaliar a patência dos ductos nasola-
posta normal mostraria ambas as pupilas fican- crimais deve-se instilar 1 gota de fluoresceí-
do mióticas, com frequência com maior cons- na em cada olho e as narinas são observadas
trição da pupila ilumina por último. Se a segun- quanto ao aparecimento da coloração verde
da pupila dilatar repentinamente, sob ilumina- brilhante. Apesar de o corante geralmente apa-
ção direta, esta é uma resposta anormal (deno- recer rapidamente, ele pode demorar até 5 mi-
minada teste de alternância do flash de luz po- nutos. Deve-se checar também a boca (alguns
sitivo) e indica uma lesão na retina ou no nervo ductos nasolacrimais tem abertura na boca).
óptico deste olho. Este teste pode gerar resultados falso negati-
Além do exame quanto à habilidade de vos, por isso, a lavagem nasolacrimal é realiza-
da com frequência.79
constrição, a velocidade e o grau da constrição
Tonometria – É a mesuração da pressão in-
pupilar também devem ser avaliados. Além dis-
traocular (PIO), por meio de um instrumento
so, a posição em repouso de ambas as pupilas chamado de tonômetro. Diferentes tipos estão
devem ser avaliada. Elas devem ser simétricas disponíveis, mas os mais comuns para uso geral
e semidilatadas sob pouca luz, com constrição são o Schiotz (tonometria de indetação) e o to-
moderada sob luz ambiente do consultório.79 nopen (tonometria de aplanação). Para medir a
PIO, os animais não devem estar sedados, mas
deve ser instilado anestésico tópico nos olhos.
A leitura deve ser feita em ambos os olhos.79
Gonioscopia – É o exame do ângulo iride-
ocorneano (drenagem). Devem ser usadas len-
Clínica Médica de Pequenos Animais ▏ 55

tes de contato especiais (goniolentes). As len- dos axônios do nervo óptico se cruza no quias-
tes de Koeppe e de Barkan estão entre as mais ma óptico (particularmente os que levam in-
escolhidas. Estas são posicioadas sobre a cór- formações provenientes do campo visual la-
nea anestesia e permitem que a luz se incline teral) e passa pelo trato óptico contralateral,
(por refração), de forma que o ângulo de drena- NGL e radiações ópticas, até o córtex visual (Fi-
gem possa ser avaliado.79 gura 2). O córtex visual deve estar funcional
Eletroretinografia – O eletroretinograma para que o animal processe e responda ade-
(ERG) é a reposta elétrica registrada quando a quadamente a estímulos visuais.84
retina é estimulada com luz.79
Mensuração da pressão arterial – A mensu- Figura 2. Sistema visual
ração da pressão sanguínea é realizada rotinei-
ramente em pacientes oftálmicos, uma vez que
a hipertensão é uma causa comum de doenças
ocular em cães e especialmente gatos.79

1.2  NEUROOFTALMOLOGIA

Retina
A função do olho nada mais é que permi-
tir que a visão ocorra, ou seja, captar a luz e fo- Nervo óptico
car sobre os fotorecepetores, que são traduto-
res que convertem a luz em impulsos elétricos Quiasma óptico

para a passagem pelo córtex visual.82 É respon- Trato óptico


sável pela recepção das imagens e a transmis- Núcleo geniculado
lateral
são para o sistema nervoso central.80
Radiações ópticas
Sinais clínicos de disfunção ocular podem
se manifestar como distúrbios nas vias neuro-
anatômicas que permitem a visão normal. A vi-
são é ótima quando olhos suficientemente pro-
tegidos recebem quantidade de luz adequada
enquanto mantém as imagens estáveis na reti-
na.Várias sistemas neurológicos complexos es- Fonte: Deboer (2004).87
tão envolvidos na visão, inclusive sistema sen-
sitivo visual (retina para córtex visual), sistema Quiasma óptico – O olho é a menor parte
nervoso autônomo (função pupilar e produção do sistema visual.82,84 Fibras, que se originam
de lágrimas), sistema oculomotor (controle ner- na camada de fibras nervosas da retina, con-
voso do globo ocular, pálpebra e posição e mo- vergem para o disco óptico, voltam-se poste-
vimento da terceira pálpebra) e sistema sensiti- riormente, ganham um envoltório de mieli-
vo somático do trigêmio (sensação de dor) do na e passam através da abertura cibriforme
olho e anexos.83 na esclera, a lâmina cibriforme. As fibras pas-
Inicialmente, a visão deve ser avaliada, ob- sam de nervo óptico para o quiasma óptico.
servando a resposta do animal ao ambiente. Essas fibras provenientes de regiões retinia-
Se houver suspeita de perda de visão unilate- nas distintas e se mantém em posições defi-
ral, o olho normal deve ser coberto durante o nidas junto ao nervo óptico e em todo o ca-
teste a ser realizado.84 Para a visão estar pre- minho do córtex visual. Fibras dos nervos óp-
sente, todo o sistema visual deve estar intac- ticos de ambos os olhos emergem no quias-
to. Isso inclui a retina, o nervo óptico (que pas- ma óptico.82
sa através do quiasma óptico até o trato óp- Reflexos pupilares à luz – O reflexo pupi-
tico e faz sinapse no núcleo geniculado late- lar à luz (RPL) deve ser avaliado sempre, inde-
ral [NGL], no diencéfalo), e axônios que se pro- pendentemente do fato de o animal ser cego
jetam até o córtex visual como uma faixa de ou não. Uma luz intensa é direcionada para a
fibras denominada radiação óptica. A maioria pupila, e a pupila é avaliada quanto à constri-
56 ▕ Autoras: Dayseanny Bezerra e Paloma Santana

ção (reflexo direto). A pupila oposta deve se ta pupilar à luz requer menos fotorreceptores
contrair simultaneamente (resposta consen- funcionais e axônios do nervo óptico que a vi-
sual). O sistema visual sensorial é o mesmo são; portanto, lesões parciais nos componen-
que o descrito para resposta à ameaça, exce- tes proximais do sistema visual (retina, nervo
to que alguns axônios do trato óptico fazem óptico, quiasma óptico, trato óptico), por ve-
sinapse antes do NGL no núcleo pré-tectal, lo-
zes, podem causar perda da visão com RPLs
calizado na junção entre o mesencéfalo e o
normais, similar a lesões no prosencéfalo.84
tálamo. A maioria dos axônios originados nes-
De modo geral, pacientes com doenças que
te núcleo se cruza na linha média novamen-
te e faz sinapse no componente parassimpá- manifestam sinais neuroftálmicos apresentam
tico (SNAP) do núcleo oculomotor ipsolateral prognóstico melhor, se a patologia é apenas in-
ao olho que está sendo estimulado. A estimu- flamatória. O prognóstico nas doenças infeccio-
lação dos axônios parassimpáticos do nervo sas e acidente vascular cerebral é mais reserva-
oculomotor (CN3) resulta em constrição das do. Doenças neoplásicas, embora algumas ve-
pupilas. Como alguns dos axônios que saem zes tratadas com êxito, em geral apresentam
do núcleo pré-tectal não se cruzam, também prognóstico desfavorável.83
há estimulação do núcleo oculomotor con-
tralateral, resultando em uma resposta pupi- 1.3  FARMACOLOGIA OCULAR
lar consensual um pouco mais fraca. A respos-
Quanto à farmacologia ocular, geralmente
ta pupilar à luz pode ser mínima se a luz utili-
zada não for intensa o suficiente, se o animal usa-se a via tópica para a conjuntiva e superfí-
estiver nervoso e tiver alto tônus simpático de cie corneal, a via tópica e/ou sistêmica para as
repouso, ou se houver doença ocular (atrofia camadas mais profundas da córnea, íris e cor-
da íris ou pressão intraocular muito aumenta- po ciliar e a via sistêmica quanto remete ao seg-
da) impedindo a constrição pupilar. A respos- mento posterior e órbita (Tabela 1).85

Tabela 1. Vias de administração de formulações oftálmicas diversas


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Colírios
Suspensões e emulsões
Via tópica
Sprays
Pomadas
Necessária sedação do animal
Rapidamente absorvida e eliminada
Tratamento de processos infecciosos e/ou inflamatório do bulbo do olho
Via subconjuntival
Aplicação de anestésicos locais (pequenos procedimentos cirúrgicos)
Administração de midriáticos (romper sinéquias)
Utilizam-se soluções isotônicas em volume nunca superior a 1ml
Indicada nas infecções graves do seguimento anterior ou durante cirurgias
Via intracameral
Necessita de anestesia geral
Pouco usada na Medicina Veterinária
Via intravitreal
Indicada em alterações sérias que envolvem o segmento posterior do bulbo do olho

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