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Coordenação e Elaboração:
Comissão Científica da UBS
(Alexandre Tocoloa, Ana Jamisse, Carlos Mafumisse, Fidel Bilika & Maira Francisco)
NAMPULA
2020
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Índice
Sumário
Introdução ..................................................................................................................................................... 4
I – Conceitos Básicos .................................................................................................................................... 5
1.1 Projecto ............................................................................................................................................. 5
1.2 Dissertação ........................................................................................................................................ 6
II – Estruturas de Projecto de Dissertação e Dissertação .............................................................................. 7
Tabela 1: Estrutura e Critérios de Avaliação de Projecto de Dissertação ..................................................... 7
NOTA IMPORTANTE:................................................................................................................................ 9
2.1 Elementos Pré-textuais...................................................................................................................... 9
2.2 Elementos Textuais ......................................................................................................................... 10
2.2.1 Parte I – Introdução ..................................................................................................................... 10
2.2.1.1 Problematização .......................................................................................................................... 11
2.2.1.2 Pergunta de partida e hipótese/s .................................................................................................. 13
2.2.1.3 Justificativa, Motivação, Pertinência ou Relevância do Estudo.................................................. 15
2.2.1.4 Objectivos (Objectivo geral e Objectivos específicos) ............................................................... 16
2.2.1.5 Questões de investigação (ou variáveis) ..................................................................................... 18
2.2.2 Parte II – Marco Teórico (Revisão da Literatura) ....................................................................... 18
2.2.3 Parte III – Metodologia ou Desenho Metodológico .................................................................... 21
2.2.3.1 Tipo de Pesquisa ......................................................................................................................... 22
2.2.3.1.1 Tipo de Pesquisa quanto a abordagem .................................................................................... 22
2.2.3.1.2 Tipo de Pesquisa quanto aos objectivos .................................................................................. 23
2.2.3.1.3 Tipo de Pesquisa quanto aos procedimentos ........................................................................... 25
2.2.3.2 Métodos de pesquisa ................................................................................................................... 27
2.2.3.3 Participantes (Universo e Amostra) ............................................................................................ 29
2.2.3.4 Instrumentos de Recolha de Dados ............................................................................................. 30
2.2.3.3.1. Inquérito por Entrevista .......................................................................................................... 31
2.2.3.3.2. Inquérito por Questionário ...................................................................................................... 31
2.2.3.3.3. Observação .............................................................................................................................. 32
2.2.3.3.4. Análise documental ................................................................................................................. 35
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2.2.3.5 Modelo, formas e ou técnicas de apresentação, análise e tratamento de dados .......................... 36
2.2.3.6 Cronograma (Só para Projecto de Dissertação) .......................................................................... 37
2.2.3.7 Orçamento (Só para Projecto de Dissertação) ............................................................................ 39
2.2.4 Parte IV – Apresentação, análise e tratamento de dados ............................................................ 39
2.2.5 Parte V – Conclusões e sugestões ............................................................................................... 42
2.2.6 Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 43
2.3 Elementos Pós-textuais ................................................................................................................... 43
2.3.1 Apêndices.................................................................................................................................... 43
2.3.2 Anexos ........................................................................................................................................ 44
2.4 Regras Gerais de Citação e Referências Bibliográficas .................................................................. 44
Capítulo III – Proposta de formatação ........................................................................................................ 58
3.1 Aspectos de formatação .................................................................................................................. 58
4.1 Critérios de avaliação da dissertação (Relatório de avaliação) ....................................................... 60
Referências Bibliográficas .......................................................................................................................... 62
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Introdução
Na actualidade a questão de produção de trabalhos científicos tem sido uma agenda de muito
debate, sobretudo quando a questão diz respeito a optar ou não a uma determinada linha de
investigação. Porém, nesta compilação apresentaremos uma posição neutra, querendo assim dizer
que um leque de formas para produção de trabalhos.
As normas de produção científica virão clarificar em parte o rumo de pesquisa que se pretende
tomar e garantirá uma certa uniformização em termos de procedimentos a serem pautados pelos
nossos estudantes. Assim, os nossos estudantes finalistas do 2º ciclo do Ensino Superior, estarão
capacitados para construção do seu próprio compilado (projecto e ou dissertação).
O Manual que se faz presente é fruto de várias leituras de autores que abordam questões de
investigação nos seus respectivos manuais, com consentimento do Conselho Científico da
Instituição.
A estrutura do manual compreende os itens que se devem seguir quer no projecto de dissertação,
assim como a própria dissertação, desde os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Será
considerado como um manual de referência para o uso interno especificamente e como um dos
documentos com a acreditação da Universidade Lúrio.
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I – Conceitos Básicos
A estrutura do manual compreende aos itens que se devem seguir quer no projecto de dissertação,
assim como na própria dissertação, desde os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
1.1 Projecto
Projecto é o esboço que orienta a realização de um estudo ou pesquisa. É descrição breve de uma
proposta de investigação, procurando nortear as etapas a serem seguidas pelo pesquisador, bem
como apresentar a metodologia e verificar a viabilidade da pesquisa. É lá onde encontramos os
vários procedimentos e metodologias que nortearão o tal estudo e ou a pesquisa, adquiridas durante
a realização das cadeiras curriculares e o qual estará como resultado a relação entre a teoria
(conhecimentos dos diversos módulos) e a prática (estudo empírico “experimental” – campo).
O Projecto de Pesquisa é um documento que tem por finalidade antever e metodizar as etapas
operacionais de um trabalho de pesquisa. Nele, você irá traçar os caminhos que deverão ser
trilhados para alcançar seus objectivos.
O esquema para elaboração de um projecto de pesquisa não é único e não existem regras fixas para
sua elaboração. No projecto de pesquisa você mostrará o que pretende fazer; que diferença a
pesquisa trará para a área a qual pertence, para a universidade, para o país e para o mundo; como
está planejada a execução; quanto tempo levará para a sua execução e quais as pessoas e os
investimentos necessários à viabilização da pesquisa proposta (Silva & Menezes, 2005).
Em suma, o Projecto de Pesquisa é um documento que tem por finalidade explicitar as várias
etapas de um trabalho de pesquisa, abordando os seguintes aspectos, entre outros: o que será
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pesquisado; por que desejamos fazer a pesquisa; como será realizada; quais recursos serão
necessários para sua execução; quanto tempo levaremos para executá-la etc. (Predanov & Freitas,
2013).
É, na realidade, uma carta de intenções onde são traçados os caminhos que deverão ser trilhados
para alcançar seus objectivos. É um documento para avaliação da proposta apresentada a fim de
obtermos aprovação e/ ou financiamento. Cada instituição também tem suas regras próprias para
avaliação.
1.2 Dissertação
A dissertação, que, no sentido etimológico de origem grega, significa dis (prefixo indicador de
separação e afastamento) e sertare (ajuntar, ligar, entrelaçar), designa um estudo teórico, de
natureza reflexiva, o qual consiste na ordenação de ideias sobre determinado tema. Exige, por isso,
a capacidade de sistematização dos dados colectados, sua ordenação e interpretação (Predanov &
Freitas, 2013).
Trata-se da comunicação dos resultados de uma pesquisa e de uma reflexão, que versa sobre um
tema igualmente único e delimitado. A dissertação deve ser elaborada de acordo com as mesmas
directrizes metodológicas, técnicas e lógicas do trabalho científico.
As dissertações são trabalhos adoptados nos cursos de mestrado, estando também submetidas à
sua defesa por um júri devidamente constituído. Ela deve evidenciar o conhecimento de literatura
existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização efectivamente.
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II – Estruturas de Projecto de Dissertação e Dissertação
A estrutura de trabalho científico corresponde na prática as partes ou elementos que compõem a
pesquisa científica, seja ela MONOGRAFIA CIENTÍFICA (para o nível de licenciatura), a
DISSERTAÇÃO (para o nível de mestrado) e TESE (para o nível de doutoramento).
Normalmente, a pesquisa científica de qualquer nível académico, na sua estrutura engloba três (3)
elementos, a saber: (i) Elementos Pré-textuais; (ii) Elementos Textuais; e (iii) Pós-textuais. De
seguida será apresentado, a estrutura de trabalho científico para o nível de Mestrado, aprovado e
adoptado pela Unilúrio Business School (UBS), na tabela subsequentemente:
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Técnicas e instrumentos de análise de dados
Descrição do local da investigação
Considerações éticas
Cronograma e Apresentação das actividades a desenvolver em função
Orçamento (opcional) dos prazos 1–2
Descrição de custos dos meios e recurso a usar
(opcional)
Referências Uso de normas APA 6ª edição com o mínimo de 20 2–3
Bibliográficas referências
O projecto deve conter um mínimo de 18 e um máximo de 30 páginas
Após a aprovação do projecto de dissertação pela UBS, segue-se a elaboração da dissertação, que deve
obedecer a estrutura de pesquisa abaixo:
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Identificação do objecto de estudo
(participantes/amostra) e caracterização do local do
estudo.
Metodologias da Identificação de técnicas de recolha de dados e sua 7–9
Investigação validação tendo em conta o quadro teórico.
Forma como os dados recolhidos serão tratados.
Identificação das limitações do estudo
Considerações éticas
Caracterizar o local da investigação
Organização dos dados e sua análise em texto e ou em
forma gráfica (imagens, tabelas ou quadros).
Apresentação, análise Interpretação dos resultados obtidos de acordo com
e tratamento de dados categorizações feitas previamente ou seguindo a 10 –12
organização dos elementos da investigação.
NOTA IMPORTANTE:
1. Em cada parte ou capítulo apresentado na estrutura da dissertação acima, deve-se
apresentar uma introdução, dizendo o que abordará no início e no final de capítulo um
sumário.
2. Dispensa-se do sumário na parte introdutória da dissertação, pois termina com a estrutura
da pesquisa.
Os elementos pré-textuais: são todos os elementos, embora alguns não sejam de carácter
obrigatório, que antecedem o texto principal e vêm apresentadas em folhas numeradas com
algarismos romanos minúsculos a partir da folha de rosto (i).
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Capa
Folha de Rosto
Índice
Declaração
Agradecimentos
Dedicatória
Listas de ilustrações/ tabelas/ abreviaturas e siglas/ mapas/ símbolos e
Resumo.
Quanto à organização dos elementos textuais (texto propriamente dito) do relatório da pesquisa,
não existe uma única maneira de realizá-la, seja o texto, um projecto de dissertação ou uma
dissertação. Há nomenclaturas que diferem de autor para autor, de instituição para instituição.
Porém há pontos em comum, que indicam que tais relatórios de pesquisa devem possuir os itens a
seguir.
É o conjunto de elementos do próprio texto ou corpo do trabalho. Apresentação das informações
e dos argumentos de forma detalhada. Consiste na fundamentação lógica do trabalho e tem por
objectivo expor e demonstrar as principais ideias. A subdivisão do corpo da comunicação em itens
e subitens permite ao leitor ou ouvinte melhor compreensão. É importante observar certo equilíbrio
entre as frases, ou seja, longas intercaladas com curtas, para evitar o cansaço e favorecer a
assimilação.
Nesta parte de trabalho, serão apresentados o tema de pesquisa, o problema a ser pesquisado e a
justificativa. Contextualize, abordando o tema de forma a identificar os motivos ou o contexto no
qual o problema ou a(s) questão(ões) de pesquisa foram identificados.
Permita que se tenha uma visualização situacional do problema. Restrinja sua abordagem
apresentando a(s) questão(ões) que fizeram você propor esta pesquisa.
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Mostra claramente o propósito e o alcance do relatório. Indica as razões da escolha do tema.
Apresenta o problema e as hipóteses (Indique as hipóteses ou os pressupostos que estão guiando a
execução da pesquisa. Hipóteses ou pressupostos são respostas provisórias para as questões
colocadas acima) que conduziram a sua realização. Lista os objectivos da pesquisa (Silva &
Menezes, 2005).
2.2.1.1 Problematização
A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com
a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa (Silva, 2004).
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A pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objectiva buscar
sua solução. Problema é a indagação referente à relação entre duas ou mais variáveis ou como
“uma questão relevante que nos intriga e sobre a qual as informações disponíveis são
insuficientes”.
É a etapa mais difícil de projecto de pesquisa, exigindo por parte do pesquisador muita arte e
habilidade de leitura e reflexão para abordar o processo com o máximo de cuidado.
O pesquisador insere-se na população que deseja estudar e juntamente com seus elementos, em
constante interacção, tenta levantar os problemas que serão pesquisados, com o objectivo de
produzir um conhecimento concreto da prática que vivencia. Aqui o pesquisador acredita que a
população que pretende estudar é a única que tem condições de levantar os problemas prioritários
de pesquisa.
O problema sinaliza o foco que será dado à pesquisa. Geralmente devemos considerar na escolha
desse foco:
a) A relevância do problema: o problema será relevante, em termos científicos, quando
propiciar conhecimentos novos à área de estudo e, em termos práticos, a relevância refere-
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se aos benefícios que sua solução trará para a humanidade, o país, a área de conhecimento
etc.;
b) A oportunidade de pesquisa: escolhemos determinado problema considerando a
possibilidade de obter prestígio pessoal, profissional, intelectual ou financiamento.
De seguida apresenta-se no quadro-resumo 2, os principais conteúdos colocados na
problematização de uma dissertação.
Quadro – resumo 2: Principais elementos da problematização
A problematização ilustra a inquietação da pesquisa, e deve conter normalmente:
A descrição prática da inquietação da inquietação levantada na pesquisa;
Descrever como é a inquietação apresentada se manifesta no local do estudo;
Demonstrar as implicações da inquietação levantada para o local do estudo.
Quando se parte de uma hipótese (ou várias), significa que o problema já está bem definido e
delimitado. A abordagem, neste caso, é uma abordagem de índole quantitativa, tendo como
propósito validar ou testar essa(s) hipótese(s). As hipóteses constituem “respostas” supostas e
provisórias ao problema (Silva, 2004).
Importa, no entanto, referir que nem todos os tipos de pesquisa requerem hipóteses (neste caso
opta-se por uma pergunta de partida).
Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema de
pesquisa. As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o
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desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode ter muitas hipóteses, que são soluções
possíveis para a sua resolução.
A hipótese define até aonde você quer chegar e, por isso, será a directriz de todo o processo de
investigação. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema proposto
(Silva & Menezes, 2005).
Existem na literatura especializada sobre pesquisa, vários tipos de hipóteses e exigências na sua
formulação. O processo de formulação de hipóteses é de natureza criativa e requer experiência na
área.
Essa suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo ser testada para
verificarmos sua validade. Exactamente por tratar-se de uma explicação, a hipótese é sempre
enunciada na forma afirmativa.
Um mesmo problema pode ter várias hipóteses, que são soluções possíveis para a sua resolução.
Além disso, à medida que verificarmos uma hipótese e não pudermos comprová-la, isto é, a
explicação não se ajustar ao problema, automaticamente poderemos criar outra, agora com maior
grau de informação do que antes.
A formulação de hipóteses é quase inevitável para quem é estudioso da área que pesquisa.
Geralmente, com base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador acaba “apostando”
naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa. Uma vez formulado o problema, é
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proposta uma resposta suposta, provável e provisória (hipótese), que seria o que o pesquisador
entende ser plausível como solução do problema (Predanov & Freitas, 2013).
De seguida apresenta-se no quadro-resumo 3, os principais conteúdos que se espera numa pergunta
partida e hipóteses:
Quadro – resumo 3: Principais elementos da pergunta de partida e hipóteses
Na questão de partida e hipóteses é fundamental se lembrar dos seguintes aspectos:
A pergunta de partida deve estar alinhada com a problematização, ou seja, com o
problema descrito e escrito de forma positiva, evitando o juízo de valores.
A pergunta de partida igualmente deve estar alinhado do tema da pesquisa, ou seja, a sua
formulação deve tomar em conta o tema da pesquisa.
As hipóteses e as questões de investigação podem ser adoptadas nas pesquisas
qualitativas ou quantitativas, dependendo a finalidade da pesquisa.
Para eliminar a redundância na pesquisa, deve-se escolher questões de pesquisa ou
hipóteses, não ambos na mesma pesquisa, ao mesmo que as hipóteses se baseiam nas
questões de pesquisa.
As hipóteses devem ser realísticos e ligado com a questão de partida levantada na
pesquisa.
Este ponto é o único item do projecto que apresenta respostas à questão por quê? De suma
importância, geralmente é o elemento que contribui mais directamente na aceitação da pesquisa
pela(s) pessoa(s) ou entidades que vai financiá-la (Silva, 2004).
A justificativa consiste em uma exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e
dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa.
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A Justificativa, num projecto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que
o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efectivado. Devemos tomar o cuidado, na elaboração
da Justificativa, de não tentarmos justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou
concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do
tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de levar a efeito tal empreendimento
(Predanov & Freitas, 2013).
Os trabalhos académicos, em qualquer nível, poderiam ser mais pertinentes, se também fossem
relevantes em termos sociais, ou seja, estudassem temas de interesse comum, se se dedicassem a
confrontar-se com problemas sociais preocupantes, “buscassem elevar a oportunidade
emancipatória das maiorias.
De seguida apresenta-se no quadro-resumo 4, os principais conteúdos que se espera numa
justificativa de pesquisa:
Quadro – resumo 4: Principais elementos da justificativa
A justificativa indica a razão da escolha do tema, e deve conter os seguintes elementos:
A razão prática (dia-a-dia) da escolha do tema;
A razão teórica (da literatura) da escolha do tema, ligado ao curso;
O porquê da escolha do local de pesquisa;
O porquê da escolha do espaço temporal da pesquisa.
A experiência do pesquisador nesta fase é relevante, mesmo porque se deve ter em conta que
alguns dos objectivos, normalmente, surgem durante a formulação do problema.
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Os objectivos gerais estão mais ligados a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se
com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula-se
directamente à própria significação da tese proposta pelo projecto. Deve iniciar com um verbo de
acção (Silva, 2004).
Quanto aos objectivos específicos, apresentam carácter mais concreto. Têm função intermediária
e instrumental, permitindo de um lado, atingir o objectivo geral e, de outro, aplicar este a situações
particulares.
O pesquisador deve elaborar objectivos tendo em conta que ele deve ser claro, simples e preciso
para não dar lugar a interpretações subjectivas. Deve ser mensurável (nas abordagens
quantitativas), dando a possibilidade de avaliar o seu cumprimento. Deve ser alcançável durante o
período em que a pesquisa irá decorrer e deve ser orientado para o fenómeno estudado, de modo a
satisfazer a necessidade concreta do grupo-alvo.
Subsequentemente apresenta-se no quadro-resumo 5, onde apresenta-se os principais elementos a
ter em conta no objectivo da pesquisa:
Quadro – resumo 5: Principais elementos de um objectivo da pesquisa
O objectivo indica a finalidade da pesquisa, e deve observar os seguintes aspectos:
Devem estar subdivididos em objectivo gerais e específicos;
O objectivo geral deve estar ligado ao tema de pesquisa e a pergunta de partida
(problema);
Os objectivos específicos devem permitir a concretização do objectivo geral;
Ainda, os objectivos específicos devem ser concretos, operacionais e ligado
normalmente ao local do estudo.
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2.2.1.5 Questões de investigação (ou variáveis)
Como se pode ver, a hipótese, pode também ser entendida como uma relação hipotética entre duas
ou mais variáveis. As variáveis têm como propósito efectuar uma correlação causal (causas versus
efeitos), enquanto as questões de investigação procuram realizar sucessivas aproximações a um
determinado objecto de estudo, de modo a compreendê-lo a partir do quadro de referência
simbólico (sentido, significados, valores, afectos…) dos actores ou, ainda, para produzir
conhecimento prático (emancipador) que se revista de utilidade social e/ou comunitária (e/ou
profissional).
Subsequentemente apresenta-se no quadro-resumo 6, onde apresenta-se os principais elementos
que compõem as questões de investigação:
Quadro – resumo 6: Componentes de questão de investigação
As questões de investigação devem ser formuladas, em observância aos seguintes aspectos:
As questões de investigação podem ser adoptadas nas pesquisas qualitativas ou
quantitativas, dependendo a finalidade da pesquisa.
Para eliminar a redundância na pesquisa, deve-se escolher questões de pesquisa ou
hipóteses, não ambos na mesma pesquisa, ao mesmo que as hipóteses se baseiam nas
questões de pesquisa.
As questões de investigação devem estar ligadas directamente com os objectivos
específicos da pesquisa, e sendo igual em termos de números.
A revisão da literatura pode ser vista como o momento em que você situa seu trabalho, pois, ao
citar uma série de estudos prévios que servirão como ponto de partida para sua pesquisa, você irá
“afunilando” sua discussão. Mostra, por meio da compilação crítica e retrospectiva de várias
publicações, o estágio de desenvolvimento do tema da pesquisa e/ou estabelece um referencial
teórico para dar suporte ao desenvolvimento o trabalho.
Nesta fase você deverá responder às seguintes questões: quem já escreveu e o que já foi publicado
sobre o assunto, que aspectos já foram abordados, quais as lacunas existentes na literatura. Pode
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objectivar determinar o “estado da arte”, ser uma revisão teórica, ser uma revisão empírica ou
ainda ser uma revisão histórica (Silva & Menezes, 2005).
A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos para você evitar a duplicação
de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Favorecerá a definição de contornos mais precisos
do problema a ser estudado.
Todo projecto de pesquisa e dissertação deve conter as premissas ou pressupostos teóricos sobre
os quais o pesquisador (o coordenador e os principais elementos de sua equipe) fundamentará sua
interpretação (Silva, 2004).
O marco teórico (quadro teórico para uns, referente teórico ou epistemológico para outros),
normalmente começa com a revisão da literatura (bibliografia), ou seja, com a análise ou
levantamento das mais recentes obras científicas disponíveis (artigos científicos ou outro tipo de
documentação considerada relevante), que tratem do assunto ou que dêem corpo teórico e
metodológico para o desenvolvimento do projecto de pesquisa. O desenvolvimento do marco
teórico está dependente da correcta formulação do problema.
A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição
da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes. Tanto a
confirmação, em dada comunidade, de resultados obtidos em outra sociedade quanto a enumeração
das discrepâncias são de grande importância (Silva, 2004).
Nesta fase, o pesquisador apresenta o “estado da arte”, mostrando que se encontra actualizado
sobre as últimas discussões no campo do conhecimento em estudo. Além de artigos em periódicos
nacionais e internacionais e livros já publicados, as monografias, dissertações e teses constituem
fontes de referência e de consulta.
A ciência lida com conceitos, isto é, termos simbólicos que sintetizam as coisas e os fenómenos
perceptíveis na natureza, no mundo psíquico do homem ou na sociedade, de forma directa ou
indirecta. Para que se possa esclarecer o facto ou fenómenos que se está investigando a ter
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possibilidade de comunicá-lo, de forma não ambígua, é necessário defini-lo com precisão. Os
termos precisam ser especificados para a compreensão de todos (Silva, 2004).
O marco teórico deve integrar o relatório. É um elemento importante dado que nele são
explicitados os principais conceitos e termos técnicos a serem utilizados na pesquisa. A coerência
e a vinculação entre o marco teórico, o problema e a metodologia adoptada é essencial pois
clarifica a lógica da construção do objecto de estudo além de ser o principal referente para a
interpretação e discussão dos resultados da pesquisa. Para além disso, é nesta exigência de
articulação que se vai construindo o rigor metodológico, condição sine qua non do processo de
validação interna do estudo.
Contudo, a forma de apresentação do marco teórico nos trabalhos científicos não é consensual
entre pesquisadores. Alguns preferem uma apresentação sistematizada dentro de um capítulo ou
secção, reservado para o efeito. Outros consideram essa prática desnecessária, inserindo o marco
teórico ao longo da análise dos dados. Esta última alternativa exige maior competência e
capacidade de raciocínio por parte do pesquisador.
Em qualquer circunstância, porém, a literatura revista deve formar com os dados um todo
integrado: o referencial teórico servindo à interpretação (...) orientando a construção do objecto e
fornecendo parâmetros para a comparação com os resultados e conclusões do estudo em questão.
Discutindo os diferentes pontos de vista dos autores e como o mesmo conceito deve ser entendido
no trabalho.
De seguida apresenta-se no quadro-resumo 7, os principais conteúdos que se espera numa revisão
de literatura ou marco teórico:
Quadro – resumo 7: Principais elementos do Marco Teórico
O marco teórico pressupõe a existência de seguintes elementos:
Apresentar no mínimo duas (2) teorias de base relevantes, que ajuda a interpretar o
fenómeno em pesquisa, mostrando a sua relevância na pesquisa;
A definição dos conceitos fundamentais da pesquisa, que são normalmente retirado do
tema da pesquisa;
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Na definição dos conceitos adverte-se o uso de 3 ou mais definições diferentes sobre o
assunto em questão, demonstrando no final qual das definições será adoptado na
pesquisa;
Na discussão teórica feita, deve priorizar o uso de artigos científicos e documentos
recentes e a literatura nacional existente.
Os tópicos ou subtítulo abordados na discussão teórica nesta fase devem ser extraídos a
partir dos objectivos específicos da pesquisa.
Para Predanov & Freitas (2013) o método é um procedimento ou caminho para alcançar
determinado fim e que a finalidade da ciência é a busca do conhecimento, podemos dizer que o
método científico é um conjunto de procedimentos adoptados com o propósito de atingir o
conhecimento.
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2.2.3.1 Tipo de Pesquisa
A pesquisa sempre parte de um problema, de uma interrogação, uma situação para a qual o
repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada. Para solucionar esse problema,
são levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas pela pesquisa.
Pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é,
um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são básicos
no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O
ambiente natural é a fonte directa para colecta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. É
descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu
significado são os focos principais de abordagem (Silva, 2004).
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Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte directa dos dados. O pesquisador
mantém contacto directo com o ambiente e o objecto de estudo em questão, necessitando de um
trabalho mais intensivo de campo.
Nesse caso, as questões são estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem qualquer
manipulação intencional do pesquisador.
A utilização desse tipo de abordagem difere da abordagem quantitativa pelo fato de não utilizar
dados estatísticos como o centro do processo de análise de um problema, não tendo, portanto, a
prioridade de numerar ou medir unidades (Predanov & Freitas, 2013).
Os dados colectados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior número possível de
elementos existentes na realidade estudada. Preocupa-se muito mais com o processo do que com
o produto. Na análise dos dados colectados, não há preocupação em comprovar hipóteses
previamente estabelecidas, porém estas não eliminam a existência de um quadro teórico que c a
colecta, a análise e a interpretação dos dados.
Pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em
números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de recursos e de
técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de
correlação, análise de regressão, etc...).
No que diz respeito à triangulação metodológica, apesar de importante para a validação dos
resultados das pesquisas, torna-se auspicioso que cada técnica de análise seja trabalhada de acordo
com os seus próprios princípios, para que só após sejam realizados cruzamentos entre os resultados
obtidos na aplicação de cada uma.
Pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-
lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento bibliográfico; entrevistas com
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pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que
estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de
caso (Silva, 2004).
Quando o pesquisador apenas registra e descreve os factos observados sem interferir neles. Visa a
descrever as características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados: questionário
e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento (Predanov & Freitas, 2013).
Pesquisa explicativa visa identificar os factores que determinam ou contribuem para a ocorrência
dos fenómenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das
coisas. Quando realizada nas ciências naturais requer o uso do método experimental e nas ciências
sociais requer o uso do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa
Experimental e Pesquisa Ex-post-facto (Silva, 2004).
Quando o pesquisador procura explicar os porquês das coisas e suas causas, por meio do registro,
da análise, da classificação e da interpretação dos fenómenos observados. Visa a identificar os
factores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenómenos; “aprofunda o
conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas” (Gil, 2010, p. 28).
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2.2.3.1.3 Tipo de Pesquisa quanto aos procedimentos
Coutinho (2003) refere que quase tudo pode ser um “caso”: um indivíduo, um personagem, um
pequeno grupo, uma organização, uma comunidade ou mesmo uma nação. Quando envolve o
estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectos de maneira que se permita o seu amplo e
detalhado conhecimento.
“É uma investigação que se assume como particularística, isto é, que se debruça deliberadamente
sobre uma situação específica que se supõe ser única ou especial, pelo menos em certos aspectos,
procurando descobrir a que há nela de mais essencial e característico e, desse modo, contribuir
para a compreensão global de um certo fenómeno de interesse”. (Ponte, 2006, p.2).
O estudo de caso consiste em colectar e analisar informações sobre determinado indivíduo, uma
família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo
com o assunto da pesquisa.
É um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma categoria de investigação
que tem como objecto o estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar-se de um
sujeito, de um grupo de pessoas, de uma comunidade etc. São necessários alguns requisitos básicos
para sua realização, entre os quais, severidade, objectivação, originalidade e coerência (Predanov
& Freitas, 2013).
Martins (2006, p.11) ressalta que “como estratégia de pesquisa, um Estudo de Caso,
independentemente de qualquer tipologia, orientará a busca de explicações e interpretações
convincentes para situações que envolvam fenómenos sociais complexos”, e, também, a
elaboração “de uma teoria explicativa do caso que possibilite condições para se fazerem
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inferências analíticas sobre proposições constatadas no estudo e outros conhecimentos
encontrados.” (Martins, 2006, p. 12).
É aquela quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros,
revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias,
dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em
contacto directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em relação aos dados
colectados na internet, devemos atentar à confiabilidade e fidelidade das fontes consultadas
electronicamente (Predanov & Freitas, 2013).
Pesquisa Documental quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento
analítico (Silva, 2004).
O documento é qualquer registro que possa ser usado como fonte de informação, por meio de
investigação, que engloba: observação (crítica dos dados na obra); leitura (crítica da garantia, da
interpretação e do valor interno da obra); reflexão (crítica do processo e do conteúdo da obra);
crítica (juízo fundamentado sobre o valor do material utilizável para o trabalho científico).
Os documentos são classificados em dois tipos principais: fontes de primeira mão e fontes de
segunda mão. Gil (2008) define os documentos de primeira mão como os que não receberam
qualquer tratamento analítico, como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos,
diários, filmes, fotografias, gravações etc. Os documentos de segunda mão são os que, de alguma
forma, já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas
estatísticas, entre outros.
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Pesquisa Experimental quando se determina um objecto de estudo, selecciona-se as variáveis que
seriam capazes de influenciá-lo, define-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objecto.
Levantamento quando a pesquisa envolve a interrogação directa das pessoas cujo comportamento
se deseja conhecer.
Pesquisa Ex-Post-Facto quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. Pesquisa acção
quando concebida e realizada em estreita associação com uma acção ou com a resolução de um
problema colectivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema
estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (Silva, 2004).
O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método que parte do geral e, a
seguir, desce ao particular. A partir de princípios, leis ou teorias consideradas verdadeiras e
indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares com base na lógica. “Parte de princípios
reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira
puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica.” (Gil, 2008, p. 9).
O método dedutivo encontra ampla aplicação em ciências como a Física e a Matemática, cujos
princípios podem ser enunciados como leis. Já nas ciências sociais, o uso desse método é bem mais
restrito, em virtude da dificuldade para obter argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser
colocada em dúvida.
O método indutivo é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral (Silva & Freitas, 2013).
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A Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,
suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é
muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.
Na visão de Silva & Freitas (2013) essa generalização não ocorre mediante escolhas a priori das
respostas, visto que essas devem ser repetidas, geralmente com base na experimentação. Isso
significa que a indução parte de um fenómenos para chegar a uma lei geral por meio da observação
e de experimentação, visando a investigar a relação existente entre dois fenómenos para se
generalizar.
Já outro método, tratado por Silva & Freitas (2013), método dialéctico parte da premissa de que,
na natureza, tudo se relaciona, transforma-se e há sempre uma contradição inerente a cada
fenómeno. Nesse tipo de método, para conhecer determinado fenómenos ou objecto, o pesquisador
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precisa estudá-lo em todos os seus aspectos, suas relações e conexões, sem tratar o conhecimento
como algo rígido, já que tudo no mundo está sempre em constante mudança.
O método fenomenológico não é dedutivo nem empírico. Consiste em mostrar o que é dado e em
esclarecer esse dado. A fenomenologia não se preocupa, pois, com algo desconhecido que se
encontre atrás do fenómeno; só visa o dado, sem querer decidir se esse dado é uma realidade ou
uma aparência (Silva & Freitas, 2013).
Amostra é parte da população ou do universo, seleccionada de acordo com uma regra ou plana. A
amostra pode ser probabilística e não-probabilística (Silva & Menezes, 2005).
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A principal vantagem da amostragem por tipicidade está nos baixos custos de sua selecção.
Entretanto, requer considerável conhecimento da população e do subgrupo seleccionado.
amostras casuais simples – cada elemento da população tem oportunidade igual de ser
incluído na amostra;
A definição do instrumento de colecta de dados dependerá dos objectivos que se pretende alcançar
com a pesquisa e do universo a ser investigado.
O instrumento de colecta de dados escolhido deverá proporcionar uma interacção efectiva entre
você, o informante e a pesquisa que está sendo realizada. Para facilitar o processo de tabulação de
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dados por meio de suportes computacionais, as questões e suas respostas devem ser previamente
codificadas (Silva & Menezes, 2005).
É uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O
questionário deve ser objectivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções As
instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração
do informante e facilitar o preenchimento.
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O questionário deverá ser construído em blocos temáticos obedecendo a uma ordem lógica na
elaboração das perguntas. A redacção das perguntas deverá ser feita em linguagem compreensível
ao informante. A linguagem deverá ser acessível ao entendimento da média da população estudada.
A formulação das perguntas deverá evitar a possibilidade de interpretação dúbia, sugerir ou induzir
a resposta. Cada pergunta deverá focar apenas uma questão para ser analisada pelo informante.
O questionário deverá conter apenas as perguntas relacionadas aos objectivos da pesquisa. Devem
ser evitadas perguntas que, de antemão, já se sabe que não serão respondidas com honestidade
(Silva & Menezes, 2005).
2.2.3.3.3. Observação
O êxito da utilização dessa técnica vai depender do observador, de estar ele atento aos
fenómenos que ocorrem no mundo que o cerca, de sua perspicácia, seu discernimento,
preparo e treino, além de ter uma atitude de prontidão. No entanto, a observação não
estruturada pode apresentar perigos: quando o pesquisador pensa que sabe mais do que o
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realmente presenciado ou quando se deixa envolver emocionalmente. A fidelidade, no
registro dos dados, é factor importantíssimo na pesquisa científica (Predanov & Freitas,
2013).
É utilizada com frequência em pesquisas que têm como objectivo a descrição precisa dos
fenómenos ou o teste de hipóteses. Nas pesquisas desse tipo, o pesquisador sabe quais os
aspectos da comunidade ou do grupo que são significativos para alcançar os objectivos
pretendidos. Por essa razão, elabora previamente um plano de observação.
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observação não-participante – o pesquisador presencia o fato, mas não participa;
observação em equipe – feita por um grupo de pessoas; o pesquisador toma contacto com
a comunidade, o grupo ou a realidade estudada, mas sem integrar-se a ela: permanece de
fora. Presencia o fato, mas não participa dele; não se deixa envolver pelas situações; faz
mais o papel de espectador. Isso, porém, não quer dizer que a observação não seja
consciente, dirigida, ordenada para um fim determinado. O procedimento tem carácter
sistemático.
É mais aconselhável do que a individual, pois o grupo pode observar a ocorrência por vários
ângulos. Quando a equipe está vigilante, registrando o problema na mesma área, surge a
oportunidade de confrontar seus dados posteriormente, para verificar as predisposições
(Predanov & Freitas, 2013).
observação em laboratório – onde tudo é controlado. É aquela que tenta descobrir a acção
e a conduta, a que teve lugar em condições cuidadosamente dispostas e controladas.
Entretanto, muitos aspectos importantes da vida humana não podem ser observados sob
condições idealizadas no laboratório. Podemos afirmar que a observação em laboratório
tem, até certo ponto, um carácter artificial, mas é importante estabelecer condições o mais
próximo do natural, que não sofram influências indevidas pela presença do observador ou
por seus aparelhos de medição e registro.
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2.2.3.3.4. Análise documental
A análise documental deverá extrair um reflexo objectivo da fonte original, permitirá localização,
identificação, organização e avaliação das informações contidas no documento, além da
contextualização dos fatos em determinados momentos.
A razão da escolha desta técnica de recolha de dados, está no facto de ser muito importante fazer
uma apreciação aos documentos utilizados por uma instituição quando se realiza uma pesquisa,
pois estes trazem à superfície o que não pode ser dito pelos participantes, por exemplo, as actas
e/ou relatórios.
Os documentos podem ser públicos (documento que serve como um guia para a acção da escola,
uma exigência legal) ou privados, ou ainda documentos solicitados ou não solicitados, caso sejam
produzidos com uma intenção deliberada ou não. A análise de documentos é vista como uma
construção a partir de um texto que é, também, uma representação de uma realidade.
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A definição da amostra ou participantes de pesquisa é feita de acordo com os critérios
de amostragem da pesquisa.
O material recolhido e analisado é utilizado para validar evidências de outras fontes e/ou
acrescentar informações. Descrevem analiticamente os dados levantados, através de uma
exposição sobre o que foi observado e desenvolvido na pesquisa. A descrição pode ter o apoio de
recursos estatísticos, tabelas e gráficos, elaborados no decorrer da tabulação dos dados. Na análise
e discussão, os resultados estabelecem as relações entre os dados obtidos, o problema da pesquisa
e o embasamento teórico dado na revisão da literatura. Os resultados podem estar divididos por
tópicos com títulos logicamente formulados (Silva & Menezes, 2005).
Ao longo da investigação podem ser elaborados relatórios do tipo descritivo ou reflexivo, como
ferramenta de recolha de dados. Os relatórios podem também surgir numa fase final, de forma a
redigir conclusões sobre os dados recolhidos.
Há diferentes técnicas que podem ser utilizadas na execução de pesquisas diferenciadas, mas a
análise de conteúdo consiste numa técnica de análise de dados que vem sendo utilizada com
frequência nas pesquisas qualitativas.
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A análise de conteúdo, além de realizar a interpretação após a colecta dos dados, desenvolve-se
por meio de técnicas mais ou menos refinadas.
Ao se trabalhar com a análise de conteúdo, de acordo com Bardin (2011), o cuidado com a
descrição e execução de cada uma das fases da análise, por mais que se mantenham a flexibilidade
e a criatividade, caracteriza-se como forma de gerar confiabilidade e validade.
Os textos podem ser considerados tanto uma unidade discursiva como manifestação material do
próprio discurso; podem ter grande variedade de formas, ou seja, escritos, palavras, fotos,
símbolos, artefactos, entre outros.
No que tange à análise de narrativas, utiliza-se das narrativas (falas) dos participantes da pesquisa.
A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser divida em partes,
fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra.
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Não esquecer que, se determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos vários
membros da equipe, existem outras que dependem das anteriores, como é o caso da análise e
interpretação, cuja realização depende da codificação e tabulação, só possíveis depois de colhidos
os dados (Silva, 2004).
Exemplo de um cronograma
Ano 2018 e 2019
2 Compra de Material x x
3 Elaboração de Instrumentos x x x x x
de Recolha de Dados e
Impressão
5 Recolha de Dados x x x x
6 Tabulação de Dados x x x x
7 Análise e Interpretação de x x x x x x
Dados
8 Digitação de Dados x x x x x x x X x x
9 Redacção da Dissertação x x x x x X x x
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2.2.3.7 Orçamento (Só para Projecto de Dissertação)
Respondendo à questão com quanto?, o orçamento distribui os gastos por vários itens, que devem
necessariamente ser separados. Inclui:
b.2) elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou serem
alugados, computadores, calculadoras, etc.. (Silva, 2004).
Exemplo de orçamento
N/O Material Quantidade Preço Unitário (Mt) Preço Global
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Existem diferentes formas de analisar e interpretar os dados obtidos na pesquisa. Estes dois
processos aparecem sempre relacionados na pesquisa qualitativa.
A análise tem como foco a organização e estruturação dos dados de tal forma que possam fornecer
respostas ao problema de pesquisa. Já a interpretação tem como objectivo a procura pelo
sentido/significado mais amplo das mensagens trocadas na comunicação entre pesquisador e
participantes, ou presentes em documentos/bibliografia (quando a pesquisa é em fontes
secundárias), o que é feito mediante articulação e integração com os conhecimentos anteriormente
obtidos (referencial teórico e bibliográfico da pesquisa).
Os textos resultantes das transcrições são transformados em formato electrónico tendo em vista a
sua exploração com o apoio de um software adequado.
Após esta fase de tratamento dos dados e que consistiu basicamente as tarefas de: a) identificação,
b) transcrição e c) organização da base de dados, obtém-se uma base de dados a partir da qual são
trabalhadas as fases seguintes de análise dos dados (“a codificação” e a “criação de categorias”).
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A análise qualitativa é menos formal do que a quantitativa, pois, nesta última, seus passos podem
ser definidos de maneira relativamente simples. A análise qualitativa depende de muitos factores,
como a natureza dos dados colectados, a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os
pressupostos teóricos que nortearam a investigação. Podemos, entretanto, definir esse processo
como uma sequência de actividades, que envolve a redução dos dados, a sua categorização, sua
interpretação e a redacção do relatório.
Os dados são classificados pela divisão em subgrupos e reunidos de modo que as hipóteses possam
ser comprovadas ou refutadas. Os resultados obtidos são analisados, criticados e interpretados.
A categorização dos dados possibilita sua descrição. Contudo, mesmo que a pesquisa seja de cunho
descritivo, é necessário que o pesquisador ultrapasse a mera descrição, buscando acrescentar algo
ao questionamento existente sobre o assunto.
Nas análises qualitativas, o pesquisador faz uma abstracção, além dos dados obtidos, buscando
possíveis explicações (implícitas nos discursos ou documentos), para estabelecer configurações e
fluxos de causa e efeito. Isso irá exigir constante retomada às anotações de campo, ao campo, à
literatura e até mesmo à colecta de dados adicionais.
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Na análise e interpretação dos dados deve ter em conta os seguintes aspectos:
Nas pesquisas qualitativas, obriga-se a transcrição das informações obtidas pelos
participantes de pesquisa, em forma de texto, ou seja, as opiniões obtidas recolhidas.
As afirmações feitas pelo pesquisador, deve-se ser sempre fundamentada por dados
empíricos ou fontes fidedignas;
Os subtítulos criados na análise e interpretação dos dados deriva dos objectivos da
pesquisa sempre;
Nas pesquisas quantitativas, as informações obtidas são apresentadas em números ou
estatísticas, em tabelas, gráficos, círculos, entre outros meios.
Na análise e interpretação dos dados exige-se o cruzamento entre a teoria e prática, ou
seja, as ideias dos principais autores e os dados recolhidos no terreno ou na prática.
Exige-se que a escrita feita de maneira simples e coerente, para facilitar a compreensão.
Constitui a parte final do processo. Apresenta uma síntese completa dos resultados da pesquisa, o
resumo das principais informações ou dos argumentos (Predanov & Freitas, 2013).
As conclusões e descobertas são assim mais convincentes e apuradas já que advêm de um conjunto
de confirmações. Além disso os potenciais problemas de validade do estudo são atendidos, pois as
conclusões, nestas condições, são validadas através de várias fontes de evidência.
Apresenta a síntese interpretativa dos principais argumentos usados, onde será mostrado se os
objectivos foram atingidos e se a(s) hipótese(s) foi (foram) confirmada(s) ou rejeitada(s).
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recomenda-se em função da conclusão a que se tiver chegado. Para tal: diz-se o que foi constatado,
elabora-se a sugestão com base na constatação e explica-se a finalidade da recomendação.
2.3.1 Apêndices
Constituem-se, geralmente, de ideias do próprio autor do trabalho, incluídas para ilustrar o texto e
complementar seu raciocínio ao mesmo tempo, sem desviar e prejudicar a unidade básica do
conteúdo apresentado. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelos respectivos títulos (Predanov & Freitas, 2013).
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2.3.2 Anexos
Documentos consultados. Consiste em um texto ou documento, não elaborado pelo autor, que
serve de fundamentação, comprovação e ilustração.
Por anexos entendemos quaisquer documentos compatíveis com o trabalho desenvolvido e que
podem ser incorporados a este, por ilustrarem e/ou complementarem determinados pontos
discutidos.
A citação bibliográfica é uma forma de referência breve que: (i) se coloca entre (parênteses) dentro
de um texto; (ii) se acrescenta a um texto sob forma de nota de rodapé, final de capítulo ou no final
da obra completa.
As citações podem ser diretas ou indiretas. Para as citações indiretas, as normas da APA (American
Psychological Association) empregam o método de citação autor-data, ou seja, apelido do autor,
vírgula e ano de publicação. A numeração da página só é colocada quando há uma citação direta.
Page 44 of 63
Nesse caso, usa-se o apelido do autor citado, vírgula, ano, vírgula seguido de “p.” e o número
específico da página ou número de parágrafo em materiais não paginados.
Quando nas citações, os autores estiverem fora dos parênteses, utilizar sempre “e” (português);
“and” (inglês); para separar o penúltimo do último autor citado.
O “&” é inserido sempre entre o penúltimo e o último autor quando citados entre parênteses e nas
referências.
Nas citações diretas e nas referências, usa-se o “p.” quando indicar apenas uma página citada, e
“pp.”, quando houver mais de uma página citada.
Citação:
Citação direta é a transcrição literal de trecho do original, seu próprio trabalho publicado
anteriormente ou instruções verbais, e pode ser feita de duas formas: com mais de 40 palavras e
com menos de 40 palavras. Nela é obrigatório a menção da página ou do número do parágrafo para
material sem paginação. Nesse caso, usa-se o apelido do autor citado, ano, vírgula seguido de “p.”
e o número da página.
Para citação direta com menos de 40 palavras, mantemos no corpo do texto entre aspas duplas.
Exemplo 1.1:
Segundo Alves (2012, p. 90), “o plágio consiste em apresentar como seu um trabalho
intelectual realizado por outro. Há quem considere o plágio um roubo e, por isso, de
acordo com as leis vigentes no País, um crime”.
Page 45 of 63
Caso a referência apareça no final da frase, feche a citação com aspas; indique a fonte entre
parêntese e depois o ponto final.
Exemplo 1.2:
Questionar, entretanto, não é apenas “resmungar contra, falar mal, desvalorizar, mais
articular discurso com consistência lógica e capaz de convencer” (Prodanov & Freitas,
2013, p. 16).
2.4.2.1.2 Citação direta acima de 40 palavras
Exemplo 1.2:
Oriented basic research is carried out with the expectation that it will produce a broad
base of knowledge likely to form the background to the solution of recognized or
expected current or future problems or possibilities. Applied research is also original
investigation undertaken in order to acquire new knowledge. It is, however, directed
primarily towards a specific pratical aim or objective. Applied research develops
ideas into operational form. Experimental development is systematic work, drawing
on existing knowledge gained from research and practical experiments that is directed
to producing new materials, products and devices; to installing new processes,
systems and services; or to improving substantially those already produced or
installed. (Jain, Triandis, & Weick, 2010, p. 7)
Nas citações diretas de material eletrónico deve se escrever o apelido do autor, e número da página
entre parênteses. Porém, muitas fontes eletrónicas não indicam número de página, para esses casos
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use o número do parágrafo. Se o texto não tiver paginação e for muito longo, recomenda-se que
na citação use um título abreviado entre aspas para a citação entre parênteses.
Citação
Quando o que queremos como indivíduos entra em choque com o que é melhor para o
grupo, temos o dilema social. Os cientistas mostraram que, “se o dilema social que os
indivíduos enfrentam depende de trabalharem juntos, a cooperação pode triunfar” (Hilbe,
Šimsa, Chatterjee & Nowak, 2018, “New tools to systematically,” para. 2). (O Título
completo é: “New tools to systematically build cooperation: Theory of repeated games”)
Referência
Hilbe, C., Šimsa, Š., Chatterjee, K., e Nowak, M. A. (2018). Evolution of cooperation in
stochastic games. Nature. DOI: 10.1038/s41586-018-0277-x. Recuperado de
www.sciencedaily.com/releases/2018/07/180704135323.htm
Use reticências (. . .) com cada ponto separado por espaço para indicar que o texto foi suprimido.
Exemplo 1.3:
“A ciência tem como objectivo fundamental chegar à veracidade dos factos . . . o que
torna, porém, o conhecimento científico distinto dos demais é que tem como
característica fundamental a sua verificabilidade” (Gil, 1989, p. 27).
Page 47 of 63
Para supressão entre duas orações use quatro pontos: o primeiro para indicar o final da primeira
oração citada e os outros são os pontos das reticências indicando a supressão.
Exemplo 1.4:
Page 48 of 63
2.4.2.1.5 Inserção de texto
Exemplo 1.5:
“Os seres humanos tratam suas reputações como uma forma de capital social. [As
pessoas] investem estrategicamente em sua boa reputação quando suas acções
benevolentes são amplamente observadas” (Hilbe, Schmid, Tkadlec, Chatterjee, &
Nowak, 2018, p.1).
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destaca-los em itálico e na sequência indique esta
alteração com a expressão “grifo nosso” entre colchetes.
Para trabalhos onde o destaque já faça parte da obra consultada, use “grifo do autor”. Por outro
lado, para trabalhos em inglês use “emphasis added” em ambos os casos.
Exemplo 1.6:
Citação indireta é a transcrição de conceitos do autor consultado, porém escritos com as próprias
palavras do pesquisador.
Na citação indireta o autor tem a liberdade de parafrasear ou referir-se a uma ideia contida em
outro trabalho.
Page 49 of 63
Exemplo 1.7:
Conforme Aguiar (2007), os objectivos gerais devem traduzir no modo mais sumário
possível a objectivação das questões de investigação.
Exemplo 1.8:
Objectivos gerais devem traduzir no modo mais sumário possível a objectivação das
questões de investigação (Aguiar, 2007).
A citação de citação é a transcrição direta ou indireta de uma obra da qual não se teve acesso.
Deve ser usada moderamente, se possível, evitada.
Indicar o autor da obra original e o ano (se possível), logo após acrescentar “como citado em”
(artigo em português); “as cited in” (artigo em inglês), autor, ano e página da obra utilizada para
consulta. Na lista de referências, indicar apenas os dados da obra consultada.
Citação:
As pesquisas podem ser agrupadas em níveis. Assim, “Duverger (1962) distingue três
níveis de pesquisa: descrição, classificação e explicação” (Duverger, 1962 como citado
em Gil, 1986, p. 44).
Reputations undergo constant changes in time. “They are affected by rumors and
gossip” (Ohtsuki, Iwasa, & Nowak, 2015), which themselves can spread in a population
and develop a life of their own (Ohtsuki, Iwasa, & Nowak, 2015 as cited in Hilbe,
Schmid, Tkadlec, Chatterjee, & Nowak, 2018, p.1).
Referências:
Hilbe, C., Schmid, L., Tkadlec, J., Chatterjee, K., e Nowak, M. A. (2018). Indirect reciprocity
with private, noisy, and incomplete information. PNAS, 1 – 6. DOI:
10.1073/pnas.1810565115
Page 50 of 63
2.5 Modelos de citação
Page 51 of 63
2.5.1 Citação com vários autores colaborando de uma mesma ideia
Quando houver a citação de dois ou mais trabalhos no texto, dentro ou fora dos parênteses, deve-
se apresenta-los na mesma ordem que aprecem nas referências, ou seja, em ordem alfabética de
autores, separado por ponto e vírgula.
Quando diversos autores com o mesmo apelido estiverem nas citações, colocar as iniciais do nome
em todas as citações no texto, mesmo que seja de anos diferentes.
Citação
J. C. Maxwell (2004)
(J. C. Maxwell, 2004)
E. P. Reis e Calapez (2008)
(E. P. Reis & Calapez, 2008)
Quando dois ou mais autores tiverem o mesmo apelido na mesma obra, cita-se normalmente, sem
necessidade de inserir os pré-nomes.
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Reis e Reis (2008)
Para citação do mesmo autor com várias datas de publicação, segue-se a ordem cronológica
crescente.
Exemplo 1.11:
Segundo Reis (1990, 2008, 2015), a população alvo é constituída por todos os elementos
sobre os quais se deseja obter um determinado conjunto de informações.
2.5.4 Citação de um mesmo autor com obras com a mesma data de publicação
Diversos documentos do mesmo autor, publicados num mesmo ano, devem ser identificados, no
corpo do texto, após o ano de publicação pelos sufixos a, b e c, sem espaçamento e em ordem
alfabética. Na lista de referências, são ordenados alfabeticamente pelo título.
Citação:
Reis (2008a)
Reis (2008b)
Reis (2008c)
(Reis, 2008a, 2008b, 2008c)
Referência:
Reis, E. (2008a). Estatísitca Aplicada- Vol. 2 (4ª ed.). Lisboa: Edições Sílabo.
Reis, E. (2008b). Applied Statistics for Business and Economics (2nd ed.). Lisbon: Porto
Editora.
Reis, E. (2008c). Business Strategy: Tatics for survival and competitive advantage (1st ed.).
Lisbon: Porto Editora.
Em casos onde tenha citações de uma obra de autor e outras deste mesmo autor com outros autores,
a ordem na lista de referências deverá ser primeiro pelo único autor e as posteriores pelos autores
múltiplos.
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Exemplo 1.12:
Citação:
Escreva por extenso o nome completo dos autores em grupo na primeira citação e abreviado a
partir de então. Na lista de referências deve-se acrescentar vírgula e “&” entre eles.
(UniLúrio Business School [UBS] & Universidade Católica de Moçambique [UCM], 2019).
Citações subsequentes:
UBS e UCM (2019)
(UBS & UCM, 2019)
Exemplo 1.13:
No entendimento dos autores Reis, Melo, Andrade e Calapez (2008, p. 49), “ os custos
resultantes do estudo de toda uma população são, por vezes, tão elevados, que a melhor
alternativa consiste em retirar uma amostra dessa população e estimar esses parâmetros
a partir dos valores amostrais, inferindo assim da amostra para a população”.
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2.5.8 Citação traduzida
As citações incluídas no texto original não devem ser omitidas. Os trabalhos citados não precisam
ser apresentados na sua lista de referências (a menos que você os cite como fontes básicas em outra
parte do trabalho).
Exemplo 1.14:
Quando a obra não tiver autor identificado, faça a chamada no texto pelo título ou pelas primeiras
palavras do título da lista de referência (geralmente o título) e o ano. Os títulos dos artigos e
capítulos de livros são colocados entre aspas duplas e os títulos dos livros, periódicos, folhetos ou
relatórios em itálico.
Exemplo 1.15:
Estudos do First National Bank (FNB) prevê que Moçambique terá um crescimento
acelerado do que os seus vizinhos, embora leve mais tempo devido ao impacto dos
ciclones Idai e Keneth (“FNB prevê”, 2019).
Referência:
FNB prevê economia moçambicana a “boleia do carvão e gás” (2019, setembro 17). O País.
Recuperado de http://opais.sapo.mz/fnb-preve-economia-mocambicana-a-boleia-do-carvao-e-
gas
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Quando o Anônimo for tratado como autoria, trate com nome real, utilize Anônimo, para artigo
em português, `Anonymous´ para artigos em inglês, seguida de vírgula e ano de publicação.
Anónimo (2019)
(Anónimo, 2019)
Exemplo 1.16:
Exemplo 1.18:
“A educação profissional estrutura-se e funciona num sistema integrado, coerente e
flexível orientado para o mercado de trabalho” (Lei n. 6, 2016).
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2.6.3 Citação com Jr., Filho, Sobrinho, Neto, etc.
Não incluir na citação no corpo do texto, sufixos como Jr., F°., Sob°., Neto, II, III etc. Na lista
de referências incluí-los após o último nome abreviado acrescido de vírgula antes do sufixo.
Andrade (2008)
(Andrade, 2008)
Elizabeth, Paulo e Rosa (2019)
(Elizabeth, Paulo, & Rosa, 2019)
Andrade, R., Jr. (2008). Mercado de capitais: Oportunidade de investimento. Jornal de Economia
e Negócios, 37(12), 12-20.
Elizabeth, R., Paulo, M., Jr., & Rosa, A. (2012). O impacto do agronegócio na melhoria da renda
dos agregados familiares. Jornal de Agronegócio, 11(3), 200-2015.
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Capítulo III – Proposta de formatação
Na escrita deve-se fazer uso da ortografia oficial. O tipo da letra deve ser de tamanho médio e
redondo (times new roman), evitando tipo inclinado e de fantasia. Para o texto usar fonte de
tamanho 12 e para os títulos fonte de tamanho 14. Para citações de mais de três linhas, notas de
rodapé, paginação, legendas usar fonte de tamanho 10.
A folha deve apresentar margem superior e à esquerda, de 3 cm, e inferior e à direita, de 2 cm. A
numeração das páginas deve aparecer no canto superior direito da lauda, duas linhas acima da
primeira linha do texto, usando-se fonte tamanho 10.
As dissertações devem estar acompanhadas com as fichas de progresso, que explica quantos
encontros os estudantes tiveram com seus supervisionados. Cada dissertação deve ter um mínimo
de cinco fichas de progresso.
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FICHA DE PROGRESSO DA DISSERTAÇÃO
1. Identificação
Nome Completo do Estudante:
Título da Dissertação:
Curso:
Supervisor: Co-Supervisor:
Data da reunião: DD/MM/AAA ____ /___/____ Local:
Hora Inicio: ___: ___ Hora Fim ___: ___
2. Observações/Sugestões e Recomendações
4. Comentários do supervisor
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Assinatura do Supervisor
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Data: ____/____/___
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4.1 Critérios de avaliação da dissertação (Relatório de avaliação)
Itens a avaliar Valores
1. Quanto a forma
1.1 Aspecto estrutural e estético da dissertação
Apresentação gráfica: margens e numeração das páginas: uniformização de elementos
pré-textuais, textuais e pós-textuais
Configuração e formatação: espaçamentos, tamanho e tipo de letra; divisão do texto em
capítulos e parágrafos; uso de títulos e subtítulos.
Uso de trechos introdutórios e conclusivos na passagem de um capítulo para o outro. 0 – 2,5
1.2 Aspecto linguístico
Qualidade da redacção: nível de linguagem.
Clareza de ideias expostas, sua argumentação e fundamentação.
Frases gramaticalmente correctas e sem erros ortográficos.
Uso correcto de sinais de pontuação e acentuação
2. Quanto ao conteúdo
2.1 Consistência e lógica do trabalho. Conteúdos no lugar certo: equilibrados, com
clareza e abrangentes. Originalidade e criatividade ao longo do trabalho. 0 – 2,0
3.0 Introdução
3.1 Abordagem global da temática a abordar:
Tema, contextualização, delimitação, formulação da pergunta de partida, objectivos:
geral e específicos, questões de investigação ou hipóteses, justificativa e estrutura da 0 – 3,0
dissertação.
4.0 Marco Teórico
4.1 Abrangência temática, relevância e amplitude das fontes usadas. Clareza na
exposição das ideias, discussão, posicionamento, argumentação e fundamentação. 0 – 3,5
5.0 Metodologia
5.1 Metodologia de Investigação
Classificação da investigação – abordagem (qualitativa, quantitativa ou mista); 0 – 3,5
tipo (exploratória, descritiva e explicativa);
Participantes/amostra;
Técnicas e instrumentos de recolha de dados;
Técnicas e instrumentos de análise de dados;
Descrição do local da investigação;
Considerações éticas
Notas e citações: referências bibliográficas (frequência e exactidão).
Uso adequado da informação nas figuras, tabelas e análises.
6.0 Apresentação, análise, interpretação e discussão dos resultados
6.1 Verificação lógica das unidades de análise ou das hipóteses. Capacidade de
relacionar o que apresenta, analisa, interpreta e discute com as unidades 0 – 3,5
(resultados).
7.0 Conclusões e sugestões
7.1 Lógica da conclusão com o todo da pesquisa e a relação da conclusão, sugestão
com todos os dados analisados, interpretados e discutidos. 0 – 2,0
Nota final do Orientador/Avalista 20,0
Orientador/Avalista
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Autor da dissertação: _________________________________________________________
Observação:
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Orientador/Avalista
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Referências Bibliográficas
Chizzotti, A. (2006). Pesquisa em ciências humanas e sociais (8ª. ed.). São Paulo, Brasil: Cortez.
Gil, A. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. (6ª. ed.). São Paulo, Brasil: Atlas.
______. (2010). Como elaborar projectos de pesquisa. (5ª. ed.). São Paulo, Brasil: Atlas.
Ponte, J. (2006). Estudos de caso em educação matemática. Bolema, 25, 105-132. Este artigo é
uma versão revista e actualizada de um artigo anterior: Ponte, J. (1994). O estudo de caso na
investigação em educação matemática. Quadrante, 3(1), pp3-18. (re-publicado com
autorização).
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Sampieri, R., Collado, C. & Lúcio, P. (2006). Metodologia de Pesquisa. (3ª Ed.). São Paulo, Brasil:
Mc GrawHill.
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