introdução

Boatos dizem que um mapa ancestral está em algum local da República de Wam’Mawina. Di-
versas facções da região começam a movimentar suas influências para colocar as mãos no que
parece ser a última pista para acessar os ricos cofres soterrados dos anões de NoáTorá. Cabe
aos heróis encontrar os quatro mapas que, juntos, traçam a trilha até este tesouro de valor
incalculável.
Esta aventura em Skyfall RPG
(SFRPG) foi escrita para ser
jogada com 4 a 6 personagens de
2º nível. Você pode usar a ver-
são mais recente do playtest de
SFRPG ou jogar com personagens
criados usando as regras de Tor-
menta 20 (T20).
Cada jogador precisa estar fami-
liarizado com seu personagem e
concordar com o seguinte back-
ground de aventura:

Somos um grupo de aventureiros

que está tentando conquistar um
lugar entre as renomadas guildas
da capital Alberich. Os Mapas para
NoáTorá são uma ótima oportu-
nidade, pois vão nos dar dinheiro,
recursos e poderosos aliados. Juntos,
somos mais fortes.
 RESUMO DA AVENTURA
A civilização enânica sofreu muito ao
longo de muitos séculos, com suas ca-
pitais sendo destruídas por monstros,
anjos e eventos catastróficos. Uma dessas
capitais foi NoáTorá. Considerada uma
joia da civilização enânica, NoáTorá
era rica em minérios preciosos, ouro e
material mágico. Infelizmente, a cidade
foi destruída pelo Dragão Vermelho da
Nova Alvorada, Jörmu.
Os túneis de acesso à cidade foram sela-
dos e todo o contato com a superfície
foi eliminado. Os anões passaram
a viver em Törmund, uma
antiga cidade de gigantes
conquistada com muito
suor e sangue. Mais
tarde ela seria des-
truída pela Segun-
da Grande Que-
da, dando início
à diáspora do
povo enânico.
Os Mapas para NoáTorá são quatro ma-
pas distintos que, quando combinados,
oferecem um guia para chegar na cidade
destruída. Esses mapas estão espalhados
pela região de Wam’Mawina e muitos
grupos de aventureiros estão em busca
desse pedaço de história.
A aventura se passa inteiramente nessa
região, com o grupo viajando por diver-
sos cantos de Wam’Mawina em busca de
pistas que podem levá-los até os quatro
mapas. Além do grupo de personagens,
outras facções também entraram nessa
empreitada e podem ser aliados ou ad-
versários — tudo dependendo de como
os personagens vão interagir com eles.
Por fim, se os aventureiros forem bem-
-sucedidos em encontrar os quatro ma-
pas, o grupo poderá realizar o ritual para
encontrar a entrada de NoáTorá. Esta
aventura finaliza com a abertura dos
túneis.
A segunda parte (a ser publicada) é
a viagem subterrânea em direção aos
escombros da cidade e, por fim, os desa-
fios que protegem os cofres dos anões de
NoáTorá.
 PADRONIZAÇÕES
Este livro foi organizado para servir
como um guia prático para o mestre.
Os jogadores não precisam ter acesso às
informações aqui contidas e cabe a você,
mestre do jogo, gerenciar a partida. Eles
são os protagonistas — lembre-se disso.
Estamos usando alguns padrões para
este documento. É importante estar fami-
liarizado com estas padronizações para
melhor aproveitar o livro.
Sempre que você encontrar esta
caixa saiba que se trata de uma
dica para sua aventura. Loca-
lização de tabelas, referências
adicionais e dicas de narração.
Você pode usar estas informa-
ções durante sua preparação ou
improvisação.
“
Narração
As informações nestas caixas,
em itálico, podem ser lidas em
voz alta ou parafraseadas para
os jogadores. São narrações de
situações dramáticas para alguns
encontros. Você sempre poderá
usar as informações descritas no
encontro para fazer sua narração.
Monstros e Adversários. Todos os
monstros e adversários neste livro apare-
cem em negrito e itálico. As fichas dessas
criaturas estão disponíveis no Capítulo 4.
MEDINDO TEMPO
Outro conceito importante para o cená-
rio é a forma como decorre e é medido o
tempo em Opath, o principal continente
do cenário e também local da aventura.
Um dia tem 24 horas e cinco dias fazem
uma Lua. Três Luas (quinze dias) fazem
um Ciclo e 16 Ciclos (240 dias ou 48 luas)
fazem um Anel.
O nome de cada um dos cinco dias de
uma Lua é relacionado com o principal
evento do período. O primeiro dia é
chamado de Lunadi, ou “dia da lua” em
Gnomês Arcaico, por ser o primeiro dia
que Lapis (a pequena lua azul de Opath)
aparece no céu ainda nova. O segundo
é Metudi, ou “dia da meia lua”, onde
Lapis está crescente. O terceiro é Plenudi,
ou “lua plena”, por ser o momento que
a lua azul está completamente visível no
céu. O quarto é Minidi, por ser o dia de
lua minguante. O quinto e último dia é
Tenedris, o “dia da escuridão”; neste dia
a lua Lapis desaparece do céu, preparan-
do-se para mais um ciclo.
A passagem do tempo também pode ser
medida pelas fases da lua maior, Var-
mah, mas não é um calendário muito
utilizado. Colocamos um calendário no
final deste livro, inclusive com as des-
crições de grandes eventos e feriados no
cenário. Você pode utilizá-lo para dar
mais vida para seu jogo ou, simplesmen-
te, para marcar a passagem do tempo.
DINHEIRO
Usamos duas moedas em SFRPG: o tro-
cado (T$) e o pila (P$). 10 T$ são equiva-
lentes a 1 P$. Enquanto o trocado é uma
moeda de prata, o pila é uma moeda de
ouro. Caso esteja jogando com regras de
T20 considere que 1 P$ = 1 TO (Tibar de
ouro).
COMO GERENCIAR ESTA AVENTURA
Esta é uma aventura de exploração. O
grupo começa sua aventura na taverna
“Bode Resfriado”, e em seguida deve sair
viajando pela região em busca das par-
tes do mapa. Durante a viagem eles vão
se deparar com muitos perigos, além de
possíveis aliados e inimigos.
Sua tarefa como mestre é gerenciar o de-
senvolvimento da aventura e da trama,
mantendo jogadores engajados dentro
da narrativa que está sendo criada cole-
tivamente. Esta aventura foi projetada
para poder ser jogada de duas formas:
direcionando o grupo ou de maneira
emergente.
DIRECIONANDO O GRUPO
Aqui é você que escolhe quais são os
eventos que os personagens vão viven-
ciar, além de determinar onde vão en-
contrar as partes do mapa e quais peri-
gos devem enfrentar.
Alguns mestres preferem fazer dessa
forma para garantir mais controle sobre a
narrativa, criando uma experiência proje-
tada para seu grupo de jogo.
Se optar por jogar dessa forma, reco-
mendamos que os personagens façam 4
encontros com combate até encontrarem
uma das partes do mapa, no 5º encontro.
Também recomendamos que você faça
combates a cada dois ou três hexágonos
(ver o Capítulo 2 para mais informações).
Isso ajuda o grupo a sentir que está via-
jando e vivenciando perigos.
Jogar dessa forma requer uma prepa-
ração muito específica e trabalhosa por
parte do mestre. Você deverá preparar
todos os encontros, hexágonos, adversá-
rios e recompensas da campanha.
Faça os personagens subirem de nível
toda vez que recuperarem uma parte do
mapa, chegando no 6º nível em SFRPG/
T20.
JOGANDO DE MANEIRA
EMERGENTE
Talvez você prefira jogar de maneira
emergente, deixando a sorte determinar
boa parte da aventura, criando assim
uma surpresa para todos (inclusive
você!).
Se optar por esse estilo de jogo, sua
preparação será diferente do método
anterior: agora o que você precisa fazer
é ler este documento por inteiro e se
familiarizar com todas as regras e possi-
bilidades. Recomendamos usar post-its
ou outros métodos para guardar infor-
mações importantes (vamos destacar
essas informações ao longo da aventura).
Em seguida, pegue o mapa da região e
escolha quatro hexágonos para colocar as
partes do mapa. Quando o grupo chegar
em um desses hexágonos, role o encontro
aleatório e, como recompensa, entregue
uma das partes do mapa. Para ser mais
emocionante, role um encontro com um
perigo.
Esse tipo de jogo deixa tudo muito emo-
cionante pois você, enquanto Mestre,
saberá a localização dos mapas, mas todo
o resto é totalmente aleatório. Esse estilo
pode, também, fazer com que a campa-
nha fique longa, pois a localização dos
mapas depende unicamente da sorte.
Use os artifícios descritos neste livro para
dar pistas da localização de cada uma
das partes.
Os personagens também ganham nível
quando encontram cada uma das partes
do mapa, chegando no 6º nível no final
da aventura.
ETAPAS DA
AVENTURA
Esta aventura possui três etapas: “O
Bode Resfriado”; “Buscando o Mapa”;
e “O Confronto Final”. Cada etapa está
separada em um capítulo diferente deste
livro.
Cada capítulo contém todas as informa-
ções necessárias para guiar a aventura
durante cada uma das etapas. Ainda as-
sim, recomendamos que faça a leitura do
livro todo antes de começar a jogar. Isso
facilitará o fluxo de cada partida.
O BODE RESFRIADO
Esta é a introdução da aventura e tam-
bém será um importante ponto de retor-
no para os personagens. Aqui o grupo de
aventureiros será introduzido a Farlish,
dono da taverna e estalagem e persona-
gem importante dentro da aventura.
É aqui que os personagens vão conseguir
missões adicionais e contato com as fac-
ções que estão atrás do mapa.
BUSCANDO O MAPA
Esse capítulo é o grosso da aventura:
o hexcrawl e exploração da região de
Wam’Mawina. Grande parte dessa
jornada consiste em procurar pistas e
investigar uma região rica em histórias,
conflitos e perigos.
Neste capítulo você encontrará as regras
para esse tipo de aventura, além das
mecânicas de encontros aleatórios. Essa
etapa finaliza quando os personagens
coletaram as quatro partes do mapa.
O CONFRONTO FINAL
O momento derradeiro: o confronto
final. Nessa última etapa, os personagens
descobrem como usar o mapa e fazem
os confrontos finais com as facções que
interagiram durante toda a aventura.
Para essa parte é importante que já
estejam bem preparados, já que ela é
consideravelmente letal. Considere o
equipamento do grupo e o quão bem
descansados estão.
 HISTÓRICO DA REGIÃO
Esta aventura se torna ainda mais rica
quando o mestre entende um pouco da
região e sua história. Sinta-se livre para
introduzir esses elementos em suas nar-
rativas, de modo a deixá-las ainda mais
profundas.
A REPÚBLICA DE WAM’MAWINA
Ao sul do Atoleiro de Kramboso há
uma terra rica em fazendas, pomares e
bosques. Wam’Mawina é fruto do encon-
tro entre diversas culturas, paisagens e
acidentes felizes. Geografia
Quando a tribo Bo saiu do Arquipéla-
go de Huma, ela aportou na cidade de
Maruma, capital do Reino de Blurgh’ta.
Foi lá que os humani da tribo Bo encon-
traram os anuros e fizeram os primeiros
acordos de paz. Estes adoráveis homens-
-sapo estavam em constante conflito com
o povo-lagarto de Wam e pediram ajuda
aos imigrantes de Huma.
Os humani da tribo Bo fizeram o inima-
ginável: formaram um acordo de paz
entre Wam e Blurgh’ta. O povo-lagarto
queria apenas um retorno seguro para o
subterrâneo e os agora m’bo consegui-
ram negociar com todas as criaturas que
encontravam no caminho.
No fim, a região de Wam ficou vazia, e
os m’bo começaram a povoá-la. A Re-
pública de Wam’Mawina nasce deste
esforço de manter a diplomacia, a paz e
a miscigenação cultural. Os novos mora-
dores mantiveram parte da arquitetura
e costumes do povo-lagarto, além de
contar com a contribuição de anões que
fugiam de Törmund e também com a
ajuda de anuros que exploravam a re-
gião, agora pacífica.
POLÍTICA E PODER
A estrutura de poder em Wam’Mawina
é um pouco diferente das outras regiões.
Existe um presidente eleito pelo povo em
eleições diretas, onde todos os habitantes
que pagam impostos para os Governado-
res (responsáveis pelas microrregiões in-
ternas) podem votar. A república segue
um modelo político de democracia-re-
presentativa — algo realmente novo para
o continente de Opath.
Wam’Mawina está repleta de pomares,
fazendas e pequenas cidades de merca-
dores e artesãos. O povo m’bo mantém
as tradições dos povos próximos e faz da
região um ponto seguro no meio caos.
Se você procura um local para descan-
sar, conseguir comida e se aventurar
pelos túneis deixados pelo povo-lagarto,
Wam’Mawina é a escolha certa.
Pontos de Interesse
Pontos de interesse deixam a aventura
mais interessante e completa. Alguns
pontos já estão determinados no mapa
(como é o caso de Nambowa) e outros
podem ser determinados aleatoriamente
ou seguindo alguns critérios (ver Capítu-
lo 2).
Nambowa
A capital da região é a antiga cidade de
Nambowa. Originalmente chamada de
Szassazszk, foi reconstruída pelos m’bo
para servir de capital para sua república.
Boa parte da arquitetura do povo-lagar-
to está em pé até hoje, e os costumes de
povos locais se misturaram com a cultura
da cidade. De certa forma, Nambowa