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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3
9 BIBLIOGRAFIA.............................................................................................42
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor
e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado.
O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos
ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar,
as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
3
2 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO
4
na área, desenvolveu cursos de especialização e publicações referentes à
temática dos processos de aprendizagem, voltados mais especificamente à
análise destes. Essa preocupação em compreender os processos e as
dificuldades que afetam a aprendizagem de alunos propicia ao psicopedagogo
um grande campo de pesquisa e de atuação. Lembramos que de acordo com o
Código de Ética, a intervenção psicopedagógica é sempre relacionada ao
processo de aprendizagem, tendo natureza interdisciplinar e utilizando recursos
das várias áreas do conhecimento humano, para a compreensão do ato de
aprender. (Machado. Deisy. 2010).
5
criança em situação de aprendizagem, o uso de técnicas e instrume ntos
específicos e, quando necessário, o encaminhamento para profissionais de
outras áreas, como a neurologia, fonoaudiologia e psicologia. (Machado. Deisy.
2010).
Considerando tudo que foi exposto sobre a atuação do psicopedagogo,
destacamos a experiência realizada na Anhanguera Educacional – Faculdades de
Valinhos - FAV, que apoiou uma iniciativa pioneira na área da Psicopedagogia,
visando melhorar e aperfeiçoar a formação deste profissional. No ano de 2005, foi
organizado um Laboratório de Psicopedagogia, local este em que três alunas
formadas pela referida instituição, iniciaram um programa de atendimento
psicopedagógico com a supervisão de uma professora do curso. Esse atendimento
é gratuito e objetiva atender crianças e adolescentes, encaminhados por seus
professores e pelo Conselho Tutelar, com queixas de dificuldades escolares, assim
como formar profissionais melhores preparados para compreender as dificuldades
que os alunos possam estar enfrentando no cotidiano escolar. (Machado. Deisy.
2010).
3 AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
6
a) a identificação dos principais fatores responsáveis pelas dificuldades da
criança. Precisamos determinar se tratasse de um distúrbio de aprendizagem ou de
uma dificuldade provocada por outros fatores (emocionais, cognitivos, sociais...).
Isto requerer que sejam coletados dados referente à natureza da dificuldade
apresentada pela criança, bem como que se investigue a existência de quadros
neuropsiquiátricos, condições familiares, ambiente escolar e oportunidades de
estimulação oferecidas pelo meio a que a criança pertence;
b) o levantamento do repertório infantil relativo as habilidades acadêmicas
e cognitivas relevantes para a dificuldade de aprendizagem apresentada, o que
inclui: conhecimento, pelo profissional, do conteúdo acadêmico e da proposta
pedagógica, à qual a criança está submetida; investigação de repertórios relevantes
para a aprendizagem, como a atenção, hábitos de estudos, solução de problemas,
desenvolvimento psicomotor, linguístico, etc.; avaliação de pré-requisitos e/ou
condições que facilitem a aprendizagem dos conteúdos; identificação de padrões
de raciocínio utilizados pela criança ao abordar situações e tarefas acadêmicas,
bem como déficits e preferências nas modalidades percentuais etc;
c) a identificação de características emocionais da criança, estímulos e
esquemas de reforçamento aos quais responde e sua interação com as exigências
escolares propriamente ditas.
7
Ela deve ser um processo dinâmico, pois é nela que são tomadas decisões
sobre a necessidade ou não de intervenção psicopedagógica. Ela é a investigação
do processo de aprendizagem do indivíduo visando entender a origem da
dificuldade e/ou distúrbio apresentado. Inclui entrevista inicial com os pais ou
responsáveis pela criança, análise do material escolar, aplicação de diferentes
modalidades de atividades e uso de testes para avaliação do desenvolvimento,
áreas de competência e dificuldades apresentadas. Durante a avaliação podem ser
realizadas atividades matemáticas, provas de avaliação do nível de pensamento e
outras funções cognitivas, leitura, escrita, desenhos e jogos. (Machado. Deisy.
2010).
Inicialmente, deve-se perceber, na consulta inicial, que a queixa apontada
pelos pais como motivo do encaminhamento para avaliação, muitas vezes pode não
só descrever o “sintoma”, mas também traz consigo indícios que indicam o caminho
para início da investigação. “A versão que os pais transmitem sobre a problemática
e principalmente a forma de descrever o sintoma, dão-nos importantes chaves para
nos aproximarmos do significado que a dificuldade de aprender tem na família”
(FERNÁNDEZ, 1991, p. 144).
Segundo Coll e Martín (2006), avaliar as aprendizagens de um aluno
equivale a especificar até que ponto ele desenvolveu determinadas capacidades
contempladas nos objetivos gerais da etapa. Para que o aluno possa atribuir sentido
às novas aprendizagens propostas, é necessária a identificação de seus
conhecimentos prévios, finalidade a que se orienta a avaliação das competências
curriculares. Dentre os instrumentos de avaliação também podemos destacar:
escrita livre e dirigida, visando avaliar a grafia, ortografia e produção textual (forma
e conteúdo); leitura (decodificação e compreensão); provas de avaliação do nível
de pensamento e outras funções cognitivas; cálculos; jogos simbólicos e jogos com
regras; desenho e análise do grafismo.
Conforme Coll; Marchesi; Palacios (2007), a avaliação psicopedagógica irá
fornecer informações importantes em relação as necessidades dos seus alunos,
8
bem como de seu contexto escolar, familiar e social, e ainda irá justificar se há ou
não necessidade de introduzir mudanças na oferta educacional.
Depois de coletadas informações que considera importante para a
avaliação, o psicopedagogo irá intervir visando à solução de problemas de
aprendizagem em seus devidos espaços, uma vez que a avaliação visa reorganizar
a vida escolar e doméstica da criança e, somente neste foco ela deve ser
encaminhada, vale dizer que fica vazio o pedido de avaliação apenas para justificar
um processo que está descomprometido com o aluno e com a sua aprendizagem.
“De fato, se pensarmos em termos bem objetivos, a avaliação nada mais é do que
localizar necessidades e se comprometer com sua superação” (VASCONCELOS,
2002, p. 83).
9
Fernández (1991) afirma que o diagnóstico, para o terapeuta, deve ter a
mesma função que a rede para um equilibrista. É ele, portanto, a base que dará
suporte ao psicopedagogo para que este faça o encaminhamento necessário.
É um processo que permite ao profissional investigar, levantar hipóteses
provisórias que serão ou não confirmadas ao longo do processo recorrendo, para
isso, a conhecimentos práticos e teóricos. Esta investigação permanece durante
todo o trabalho diagnóstico através de intervenções e da “escuta
psicopedagógica...” para que “se possa decifrar os processos que dão sentido ao
observado e norteiam a intervenção” (BOSSA, 2000, p. 24).
10
é uma exploração problemática do aluno frente à produção acadêmica. (Machado.
Deisy. 2010).
Durante o diagnóstico psicopedagógico, o discurso, a postura, a atitude do
paciente e dos envolvidos são pistas importantes que ajudam a chegar nas
questões a serem desvendadas. É através do desenvolvimento do olhar e da escuta
psicopedagógica, trabalhados e incorporados pelo profissional que poderão ser
lançadas as primeiras hipóteses acerca do indivíduo. Esse olhar e essa escuta
ultrapassam os dados reais relatados e buscam as entrelinhas, a emoção, a
elaboração do discurso inconsciente que o atendido traz. (Machado. Deisy. 2010).
O objetivo do diagnóstico é obter uma compreensão global da sua forma de
aprender e dos desvios que estão ocorrendo neste processo que leve a um
prognóstico e encaminhamento para o problema de aprendizagem. Procura-se
organizar os dados obtidos em relação aos diferentes aspectos envolvidos no
processo de aprendizagem de forma particular. Ele envolve interdisciplinaridade em
pelo menos três áreas: neurologia, psicopedagogia e psicologia, para possibilitar a
eliminação de fatores que não são relevantes e a identificação da causa real do
problema. (Machado. Deisy. 2010).
É nesse momento que o psicopedagogo irá interagir com o cliente (aluno),
com a família e a escola, partes envolvidas na dinâmica do processo de ensino-
aprendizagem. Também é importante ressaltar que o diagnóstico possui uma
grande relevância tanto quanto o tratamento, por isso ele deve ser feito com muito
cuidado, observando o comportamento e mudanças que isto pode acarretar no
sujeito. (Machado. Deisy. 2010).
O diagnóstico psicopedagógico é visto como um momento de transição, um
passaporte para a intervenção, devendo seguir alguns princípios, tais como: análise
do contexto e leitura do sintoma; explicações das causas que coexistem
temporalmente com o sintoma; obstáculo de ordem de conhecimento, de ordem da
interação, da ordem do funcionamento e de ordem estrutural; explicações da origem
do sintoma e das causas históricas; análise do distanciamento do fenômeno em
relação aos parâmetros considerados aceitáveis, levantamento de hipótese sobre a
11
configuração futura do fenômeno atual e, indicações e encaminhamentos.
(Machado. Deisy. 2010).
O diagnóstico não pode ser considerado como um momento estático, pois
é uma avaliação do aluno que envolve tanto os seus níveis atuais de
desenvolvimento, quanto as suas capacidades e possibilidades de aprendizagem
futura. Por muitos anos, era uma tarefa exclusiva dos especialistas, que analisavam
algumas informações dos alunos, obtidas através da família e às vezes da escola,
e logo após devolviam um laudo diagnóstico, quase sempre com termos técnicos
incompreensíveis. A distância existente no relacionamento entre os especialistas, a
família e a escola impediam o desenvolvimento de um trabalho eficiente com o
aluno. (Machado. Deisy. 2010).
A proposta atual é que o diagnóstico seja um trabalho conjunto onde todas
as pessoas que estão envolvidas com o aluno devem participar, e não atuar como
meros coadjuvantes desse processo. Ele não é um estudo das manifestações
aparentes que ocorrem no dia-a-dia escolar, é uma investigação profunda, na qual
são identificadas as causas que interferem no desenvolvimento do aluno, sugerindo
atividades adequadas para correção e/ou compensação das dificuldades,
considerando as características de cada aluno. (Machado. Deisy. 2010).
O diagnóstico não deverá somente fundamentar uma deficiência, mas
apontar as potencialidades do indivíduo. Não é simplesmente o que este tem, mas
o que pode ser e como poderá se desenvolver. (Machado. Deisy. 2010).
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estagnado e construir. Que ele seja o fio condutor que norteará a intervenção
psicopedagógica. (Machado. Deisy. 2010).
13
O uso de jogos também é sugerido como recurso, considerando que o
sujeito através deles pode manifestar, sem mecanismos de defesas, os desejos
contidos em seu inconsciente. Além do mais, no enfoque psicopedagógico os jogos
representam situações-problemas a serem resolvidos, pois envolvem regras,
apresentam desafios e possibilita observar como o sujeito age frente a eles, qual
sua estrutura de pensamento, como reage diante de dificuldades. (Machado.
Deisy. 2010).
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4.3 Entrevista Familiar Exploratório Situacional (E.F.E.S.)
15
Algumas circunstâncias do parto como falta de dilatação, circular de cordão,
emprego de fórceps, adiamento de intervenção de cesárea, “costuma ser causa da
destruição de células nervosas que não se reproduzem e também de posteriores
transtornos, especialmente no nível de adequação perceptivo-motriz” (PAÍN, 1992,
p. 43).
É interessante perguntar se foi uma gravidez desejada ou não, se foi aceito
pela família ou rejeitado. Estes pontos poderão determinar aspectos afetivos dos
pais em relação ao filho. (Machado. Deisy. 2010).
Posteriormente é importante saber sobre as primeiras aprendizagens não
escolares ou informais, tais como: como aprendeu a usar a mamadeira, o copo, a
colher, como e quando aprendeu a engatinhar, a andar, a andar de velocípede, a
controlar os esfíncteres, etc. A intenção é descobrir “em que medida a família
possibilita o desenvolvimento cognitivo da criança – facilitando a construção de
esquemas e deixando desenvolver o equilíbrio entre assimilação e acomodação...”
(WEISS, 1992, p. 66).
É interessante saber sobre a evolução geral da criança, como ocorreram
seus controles, aquisição de hábitos, aquisição da fala, alimentação, sono etc., se
ocorreram na faixa normal de desenvolvimento ou se houve defasagens.
Se a mãe não permite que a criança faça as coisas por si só, não permite
também que haja o equilíbrio entre assimilação e acomodação. Alguns pais
retardam este desenvolvimento privando a criança de, por exemplo, comer sozinha
para não se lambuzar, tirar as fraldas para não se sujar e não urinar na casa, é o
chamado de hipoassimilação (PAÍN, 1992), ou seja, os esquemas de objeto
permanecem empobrecidos, bem como a capacidade de coordená-los.
Por outro lado, há casos de internalização prematura dos esquemas, é o
chamado de hiperassimilação (PAÍN, 1992), pais que forçam a criança a fazer
determinadas coisas das quais ela ainda não está preparada para assimilar, pois
seu organismo ainda está imaturo, o que acaba desrealizando negativamente o
pensamento da criança. É interessante saber se as aquisições foram feitas pela
criança no momento esperado ou se foram retardadas ou precoces.
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Saber sobre a história clínica, quais doenças, como foram tratadas, suas
consequências, diferentes laudos, sequelas também é de grande relevância, bem
como a história escolar, quando começou a frequentar a escola, sua adaptação,
primeiro dia de aula, possíveis rejeições, entusiasmo, porque escolheram aquela
escola, trocas de escola, enfim, os aspetos positivos e negativos e as
consequências na aprendizagem. (Machado. Deisy. 2010).
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Neste tipo de sessão, observa-se a conduta do sujeito como um todo,
colocando também um foco sobre o nível pedagógico, contudo deve-se ter como
postulado que sempre estarão implicados o seu funcionamento cognitivo e suas
emoções ligadas ao significado dos conteúdos e ações. Para Paín (1992).
semprefamilia.com.br
18
Existem diversos testes e provas que podem ser utilizados num diagnóstico,
como as provas de inteligência (WISC é o mais conhecido, porém de uso exclusivo
de psicólogos, CIA, RAVEN); provas de nível de pensamento (Piaget); avaliação do
nível pedagógico (atividades com base no nível de escolaridade, E.O.C.A.);
avaliação perceptomotora (Teste de Bender, que tem por objetivo avaliar o grau de
maturidade visomotora do sujeito); testes projetivos (CAT, TAT, Desenho da família;
Desenho da figura humana; Casa, árvore e pessoa - HTP, também são de uso de
psicólogos); testes psicomotores e jogos psicopedagógicos.
19
e depois com os pais” (PAÍN, 1992, p. 72). É um encontro entre sujeito,
psicopedagogo e família, visando relatar os resultados do diagnóstico, analisando
todos os aspectos da situação apresentados, seguindo de uma síntese integradora
e um encaminhamento. É uma etapa do diagnóstico muito esperada pela família e
pelo sujeito e que deve ser bem conduzida de forma que haja participação de todos,
procurando eliminar as dúvidas, afastando rótulos e fantasmas que geralmente
estão presentes em um processo diagnóstico. Não é suficiente apresentar apenas
as conclusões. É necessário aproveitar esse espaço para que os pais assumam o
problema em todas as suas dimensões.
Weiss (1992) orienta organizar os dados sobre o paciente em três áreas:
pedagógica, cognitiva e afetivo-social, e posteriormente rearrumar a sequência dos
assuntos a serem abordados, a que ponto dará mais ênfase. É necessário haver
um roteiro para que o psicopedagogo não se perca e os pais não fiquem confusos.
Tudo deve ser feito com muito afeto e seriedade, passando segurança. Os pais,
assim, muitas vezes acabam revelando algo neste momento que surpreende e
acaba complementando o diagnóstico.
É importante que se toque inicialmente nos aspectos mais positivos do
paciente para que o mesmo se sinta valorizado. Muitas vezes a criança já se
encontra com sua auto-estima tão baixa que as revelações apenas dos aspectos
negativos acabam perturbando-o ainda mais, o que acaba por inviabilizar a
possibilidade para novas conquistas. Depois, deverão ser mencionados os pontos
causadores dos problemas de aprendizagem. (BEAUCLAIR, 2009).
Posterior a esta conduta deverá ser mencionada as recomendações como
troca de escola ou de turma, amenizar a superproteção dos pais, estimular a leitura
em casa etc; e as indicações que são os atendimentos que se julgue necessário
como fonoaudiólogo, psicólogo, neurologista etc. (BEAUCLAIR, 2009).
Para Fonseca (1995, p.9), As crianças não podem continuar a ser vítimas
de métodos por mais populares que sejam. Temos que ajustar as
condições internas de aprendizagem, isto é, as condições da criança (o
que pressupõe um estudo aprofundado do seu desenvolvim ent o
biopsicossocial) às exigências das tarefas educacionais, ou seja, às
condições externas da aprendizagem, ou melhor, às condições de ensino
inerentes ao professor e ao sistema de ensino, ou seja, aos seus
processos de transmissão cultural.
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A ressignificação da unidade ensino/aprendizagem, a partir das
relações que o sujeito estabelece entre o objeto de conhecimento e
suas possibilidades de conhecer, observar e refletir, a partir das
informações que já possui;
A prevenção de fracassos na aprendizagem e a melhoria da
qualidade do desempenho escolar.
22
O psicopedagogo desenvolve seu trabalho entendendo que a intervenção
psicopedagógica deve abrir espaços que proporcione a construção da autoria de
pensamento dos sujeitos envolvidos na dinâmica escolar, incentivando, estimulando
e motivando ensinantes e aprendentes para que sejam participativos e criem laços
e interdependência positiva, despertando o interesse nos alunos a aprender e nos
professores a vontade de ensinar. Para isso, é preciso libertar a inteligência
aprisionada, que só poderá ocorrer através do encontro com o prazer de aprender
que foi perdido. (Machado. Deisy. 2010).
23
apresentam dificuldades em relação a um conteúdo ou unidade específica,
ou apresentam dificuldades em relação a conjuntos de vários conteúdos.
24
de “brinquedo educativo”. Os jogos educativos podem ser poderosos aliados para
intervirmos nos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem da leitura,
escrita e matemática sem ocasionar treinos enfadonhos e sem sentido. Brincando,
por exemplo, elas podem compreender os princípios de funcionamento do sistema
alfabético e podem socializar seus saberes com os colegas. (Machado. Deisy.
2010).
25
identificação das dificuldades no processo de aprendizagem. A informática pode
provocar uma maior vinculação dos alunos aos conteúdos, de forma agradável e
lúdica.
Na intervenção psicopedagógica é preciso construir a partir do trabalho com
a equipe docente, projetos integrados que utilizem os recursos tecnológicos para
que os conteúdos formais possam ser mediados de forma prazerosa e dinâmica,
tendo visto que o computador se faz presente no cotidiano da criança, mesmo não
estando incorporado no cotidiano da escola. (Machado. Deisy. 2010).
26
ensino aprendizagem. Sánchez (2004, p. 16), postula que: “o campo da intervenção
psicopedagógica é entendida como fazendo parte integral das dificuldades de
aprendizagem”. Uma intervenção dentro de um contexto determinado deve valorizar
a globalidade dos sujeitos envolvidos que interagem em outros contextos como: a
família, a escola, a sala de aula, grupos e a comunidade onde se encontra inserido.
Neste sentido, a intervenção psicopedagógica na instituição educacional
torna-se uma ferramenta essencial para a melhoria nos indicadores de
aprendizagem, já que através do planejamento e de suas ações, torna o estudo
atraente e divertido por meio de atividades planejadas e estruturadas de forma
dinâmica e motivadora, dando oportunidade para os sujeitos envolvidos no aprender
(pais, educadores e educandos) desenvolverem e descobrirem suas
potencialidades. (Machado. Deisy. 2010).
6 TRILHA METODOLÓGICA
6.1 Desenvolvimento
27
originada pela busca de solução para os problemas reais situa o intervencionismo
como ponto central das novas pesquisas em educação.
A escolha da metodologia da pesquisa-ação deu-se por opção de uma
orientação teórica concreta que levasse em consideração as sutis e variáveis
relações que ocorrem dentro e fora da instituição, como também a teoria sistêmica
para descrever as relações e os intercâmbios que ocorrem na escola durante o
processo de intervenção psicopedagógica. Como Chizotti (2011, p. 84) afirma: “A
intervenção torna-se indispensável para identificar as teorias em uso, contrapô-las
e modificá-las para, finalmente, avaliar os efeitos das mudanças dos
comportamentos dos participantes”.
28
sobre a avaliação dos possíveis efeitos, desejados ou não”. Desta forma, na
pesquisa-ação é necessário que haja uma relação entre o saber formal e o saber
informal, de forma que pesquisadores e participantes evoluam no processo de
aprendizagem através da intervenção realizada. A etapa final da pesquisa-ação é a
Avaliação, que consiste na concretização da pesquisa através da realização de uma
ação planejada. Segundo Thiollent (2003, p.70) “a ação corresponde ao que precisa
ser transformado para realizar a solução de determinado problema”. Deve haver o
retorno da informação aos grupos envolvidos na pesquisa, para fazer conhecer os
resultados da pesquisa e contribuir para a tomada de consciência sobre o tema
pesquisado.
29
Sabemos que o sentido das aprendizagens é o único e particular na vida
de cada um, e que inúmeros são os fatores afetivo-emocionais que podem
impedir o investimento energético necessário ás aquisições escolares.
(BOSSA, 2000, p.18).
30
reação de temor, gerando ansiedade e angustias básicas: o aluno não avança na
construção do conhecimento e pode apresentar condutas estereotipadas e
regressivas”.
Bossa (2000) ao falar do sofrimento da criança com Dificuldades de
aprendizagem diz:
31
Neste contexto a autora enfatiza que muitas vezes se olha para o sintoma,
mas não se busca saber o que está causando o problema. Na verdade, é necessário
investigar a causa da dificuldade de aprendizagem e não apenas se prender a esse
comportamento inadequado apresentado pela criança. (Machado. Deisy. 2010).
Bossa (2000) diz que muitos alunos enfrentam esse problema no início da
vida escolar, outros apresentam no decorrer dos anos, e muitos levam durante todo
o ciclo escolar. Independente do ano escolar, e da idade as dificuldades de
aprendizagem aparecem e são visíveis. Em sua grande maioria podem ser
superadas ou amenizadas se bem diagnosticadas e tratadas, com exceção de
casos específicos.
Smith e Strick (2001) aconselham que os pais precisam estar atentos ao
comportamento diferenciado da criança e a sua expressão verbal na fase escolar:
Realmente sinais como estes abordados por Smith e Strick (2001) são
bastante significativos para perceber que a criança está passando por dificuldade
no processo de aprendizagem. O sofrimento, a frustração, o sentimento de
inferioridade é perceptível quando a criança expressa “Eu não consigo”, “Não tenho
jeito mesmo”.
Por isso, não apenas os pais, mas o professor e todos os envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem da criança precisam apresentar um olhar
atento a esses sintomas para identificar as causas e intervir o quanto antes.
(PEREIRA. EDILENE. 2013).
32
esperada de acordo com sua idade cronológica e ano escolar. (PEREIRA.
EDILENE. 2013).
Contudo, às vezes, este fracasso escolar pode estar relacionado a uma
dificuldade de aprendizagem específica. Farrell (2008) fala sobre essas dificuldades
de aprendizagem específicas e aponta entre elas a dislexia, dispraxia e a discalculia
que estão presente no meio escolar. Por isso, neste tópico será abordada entre as
dificuldades de aprendizagem específicas a Dislexia, Disgrafia, Discalculia que
estão relacionados à aquisição da escrita, leitura e do raciocínio matemático. E com
base em alguns autores, neste tópico será descrito brevemente alguns sinais e
características comuns de cada uma dessas dificuldades, que é um conhecimento
essencial ao professor para auxiliar o aluno no processo de ensino e aprendizagem.
Embora a aprendizagem esteja presente desde o início da vida, geralmente
é na escola que as dificuldades de aprendizagem são percebidas, pois, ela passa a
ser sistematizada.
33
processamento adequado de informações: atenção, percepção visual,
processamento da linguagem ou coordenação muscular. (SMITH e
STRICK, 2001, p. 36).
34
Ianhez e Nico (2002) apresentam alguns sintomas comuns da dislexia como
a demora na aquisição da leitura e escrita, lentidão, dificuldades com os sons das
palavras, com rimas, escrita incorreta, omissão de letras, dificuldade em associar o
som ao símbolo e dificuldades nas atividades que envolvem sequenciação, entre
outros.
Também, segundo Topczewski (2000, p. 59) “as crianças disléxicas
apresentam uma leitura lenta, trabalhosa, palavra por palavra, e isso interfere na
compreensão de texto. Além disso, as distorções que aparecem na escrita reforçam
o diagnóstico”. O autor enfatiza que é essencial que os pais, professores estejam
atentos às características dessa dificuldade de aprendizagem para não punir a
criança, pensando que esta não gosta de ler ou escrever ou tem falta de interesse
no processo de aprendizagem.
O diagnóstico da dislexia é trabalhoso e requer um olhar atento. Segundo a
Associação Brasileira de Dislexia - ABD (2012) o diagnóstico da dislexia é realizado
por uma equipe multidisciplinar que avalia, observa e investiga, com base em
critérios que levam a identificação da mesma.
35
Para Topczewski (2000, p. 65) “a disgrafia caracteriza-se por uma escrita
mal elaborada, feia, não se conseguindo, muitas vezes, decifrar o que está escrito.
Às vezes, nem a própria criança consegue entender o que escreveu”. Aqui se
observa que a grafia mal traçada e ilegível não se trata do não querer da criança
em caprichar na escrita, mas isto é uma consequência desse distúrbio de
aprendizagem. Na verdade, por mais que essa criança se esforce para adquirir
habilidade na escrita e na leitura, ela apresentará grande dificuldade, que
consequentemente pode levar a frustração escolar se não for auxiliada.
Davis e Braun (2004) explicam que a disgrafia dos alunos disléxicos é
resultado de uma desorientação que implica na dificuldade da escrita.
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Topczewski (2000) apresenta algumas dificuldades que o aluno com
discalculia apresenta no processo de aprendizagem. Na matemática assim, como
na leitura e na escrita o aluno dislexico com discalculia, também realiza inversões.
Perez (2012) diz que “A leitura e a escrita são habilidades essenciais para
o ser humano se desenvolver plenamente nos dias atuais. Uma pessoa que não
sabe ler acaba ficando totalmente fora do contexto social em que vive”. Isso nos faz
pensar como o aluno disléxico pode sofrer se não for compreendido e ajudado no
processo de ensino e aprendizagem escolar.
Smith e Strick (2001) também fazem menção que embora às crianças com
dificuldade de aprendizagens sejam muito criativas, talentosas, por apresentarem
dificuldade na escrita e na leitura que é algo valorizado na sociedade, suas outras
habilidades são desconsideradas. Mas, a escola precisa auxiliar este aluno em suas
dificuldades de aprendizagem e encaminha-lo a uma avaliação diagnóstica. Isto
possibilitará também a escola orientação para uma intervenção adequada.
Luca (2012) em seu artigo “E a escola o que pode fazer pelo disléxico? ”,
apresenta algumas orientações aos professores para auxiliar o aluno disléxico no
processo de ensino e aprendizagem. Entre as orientações abordadas por este autor
estão: Evitar expor o aluno disléxico a ler em voz alta na sala de aula, realizar lei tura
prévia da prova para auxiliar na decodificação ou dar a oportunidade de realiza-la
oralmente, além de atividades que envolvam escrita oferecer outras formas de
trabalho extra, sempre que não conseguir identificar o que o aluno escreveu
perguntar a ele, oferecer mais tempo para o aluno realizar as atividades, permitir
que o aluno utilize recursos como calculadora, tabuada, formas escritas que
auxiliem nos cálculos matemáticos.
A partir da ideia apresentada pelos diversos autores já citados percebe-se
como é essencial a avaliação diagnóstica do aluno que apresenta características da
dislexia. Isto possibilita uma intervenção precoce, que lhe dá condições de adquirir
37
as habilidades básica para leitura, escrita e a matemática. A criança disléxica
necessita de um olhar especial dentro do contexto escolar, uma vez que as
pesquisas apontam que sua dificuldade de aprendizagem é neurológica. Ou seja,
ela está diretamente relacionada à dificuldade de processamento das informações.
E quando a criança é diagnosticada, o professor tem a oportunidade de ensinar
utilizando ferramentas adequadas de ensino. (PEREIRA. EDILENE. 2013).
8 INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
38
pela referida autora é que durante o processo de intervenção jamais se pode
trabalhar a dificuldade em si, mas a aquisição da habilidade necessária para
aprendizagem. Trabalhar o sintoma aqui significa, por exemplo, se a criança não
sabe ler apenas lhe apresentar atividades de leitura o que comprometeria ainda
mais a aprendizagem.
Rubinstein et al (1999) também destacam que a intervenção
psicopedagógica jamais pode estar vinculada somente ao aspecto pedagógico
porque isto poderia prejudicar o atendimento das necessidades específicas que leva
o aluno a baixo desempenho escolar. O psicopedagogo não deve se preocupar em
“mostrar trabalho”, mas, sim em ajudar o aluno a desenvolver.
Ao falar sobre a escolha dos procedimentos, e da proposta de intervenção
Rubinstein et al (1999) destacam que estas variam de acordo com cada caso. E o
processo de intervenção é caracterizado com o termo de dinamismo, o que remete
que não há algo pronto ou predeterminado, igualmente a ser utilizado em cada caso.
Assim, todas as atividades escolhidas e aplicadas são especificas em cada caso, e
têm o objetivo de contribuir para modificação do pensamento, desenvolver
habilidades comprometidas e ativar as funções cognitivas do aluno.
Durante o processo de intervenção, o psicopedagogo utiliza durante as
sessões com a criança, diversos recursos e estratégias para sanar as dificuldades
de aprendizagem. Bossa (2000) explica que durante esse processo o
psicopedagogo utiliza jogos, histórias, propõe para criança desenhar entre outras
estratégias que possibilitam revelar sentimentos que comprometem sua
aprendizagem. E com base nestas revelações, é possível o psicopedagogo auxiliar
a criança em suas dificuldades escolares, fazendo apontamentos, questionamento
que estimula o pensamento. Ainda, permite escolher novas estratégias para intervir
sobre as dificuldades de aprendizagem. E assim, como as estratégias são
diferenciadas em cada caso, o tempo para a realização da intervenção também. As
sessões variam de acordo com necessidade de intervenção.
De acordo com Ide apud Sisto (1996, p.115) o objetivo da intervenção
psicopedagógica na aprendizagem é “de fazer a mediação entre a criança e seus
objetos de conhecimento”. Esta citação permite refletir sobre a responsabilidade,
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conhecimento, e competência do psicopedagogo que conduz essa mediação no
processo interventivo. Este profissional precisa ter a sensibilidade, de observar,
analisar e escolher quais procedimentos necessários à intervenção.
Segundo Pain (1985, p. 77) “no tratamento psicopedagógico procura-se
desenvolver no sujeito a dimensão do seu poder (poder de escrever, poder saber,
poder fazer), para que de crédito as potencialidades de seu ego”. Realmente, o
poder de aprender faz com que o aluno se sinta capaz e motivado dentro de si, para
buscar o conhecimento.
Assim, Pain (1985, p. 80-82) explica que o tratamento psicopedagógico tem
três objetivos fundamentais: “uma aprendizagem que seja realização para o sujeito,
uma aprendizagem independente por parte do sujeito e propiciar uma correta
autovalorização”.
Quando Pain (1985) fala do primeiro objetivo do tratamento
psicopedagógico que é “uma aprendizagem que seja realização para o sujeito”,
onde se percebe que a autora está se referindo a apropriação do saber pelo aluno.
Já no segundo objetivo apresentado que é “uma aprendizagem independente por
parte do sujeito”, significa que através da mediação do terapeuta durante as
sessões este aluno precisa ser preparado para aprender sozinho, a ter suas
próprias experiências. E no terceiro objetivo proposto que é “propícia uma correta
autovalorização”, a autora está transparecendo que finalmente este aluno tem sua
autoestima elevada, pois, conseguiu durante o tratamento perceber que é capaz de
aprender.
Contudo, para que a intervenção psicopedagógica consiga atingir os
objetivos propostos, é essencial que durante o processo de tratamento o
psicopedagogo continue a manter o vínculo com a família, e a escola, estabelecido
durante o diagnóstico. Bossa (2000) diz que através deste contato será possível o
psicopedagogo realizar orientações junto ao professor e a família, que favoreça a
aprendizagem do aluno que está sendo atendido. No diálogo estabelecido, o
psicopedagogo poderá levar os pais e o professor a compreender as possíveis
causas das dificuldades, e qual seria a melhor maneira de auxiliar esta criança.
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Sem dúvida, através dos autores aqui citados, observa-se o quanto a
intervenção psicopedagógico pode auxiliar o aluno a superar ou diminuir o baixo
desempenho escolar, e, também elevar sua autoestima, sua motivação, e despertar
o desejo de aprender. Em análise mais ampla, percebe-se como a intervenção
psicopedagógica influência uma mudança na história de vida de todos os sistemas
e sujeitos envolvidos no processo de intervenção. (PEREIRA. EDILENE. 2013).
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