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1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 2
1.1. Objectivos ................................................................................................................ 2
2. DESENVOLVIMENTO DO TEMA .............................................................................. 3
2.1. Conceitualização .......................................................................................................... 3
2.2. ORIGEM DOS PLASTIDEOS…………………………………………………….....4
2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS PLASTÍDEOS………………………………………….....6
2.4. TAMANHO…………………………………………………………………………..7
2.5. NÚMERO ……………………………………………………………………………7
2.6. CONSTITUIÇÃO DOS PLASTÍDEOS……………………………………………..7
3.CONCLUSÃO………………………………………………………………………...10
4.BIBLIOGRAFIA………………………………………………………………………11
1. INTRODUÇÃO
O estudo é uma prática que exige sempre a tarefa de investigação para melhor conhecer os
assuntos que fazem parte desta actividade. Assim, este é um trabalho que se insere no estudo
de um tema da cadeira de Biologia Celular e Molecular.

Assim, irei abordar o tema sobre Constituição dos Plastideos, e sua classificação.
Com este trabalho pretendemos explorar todo o potencial de informação sobre os elementos
aqui propostos, fazer a análise de vários tipos de plastideos, distinguir os conceitos de vários
tipos destes organelos e poder se adequar a linguagem conveniente quando depararmo-nos
com o tema.
O trabalho é composto por três partes, sendo a primeira a Introdução onde estão inseridos os
objectivos, a segunda parte o desenvolvimento, onde encontramos os conceitos, a origem, a
classificação e a constituição dos plastideos e a terceira parte encontramos a conclusão.

1.1. Objectivos
 Definir os plastídeos e sua costituição;
 Identificar as partes que compõem os plastídeos;
 Explicar os diversos processos que os plastídeos contribuem para as plantas.

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2. DESENVOLVIMENTO DO TEMA

2.1. Conceitualização
Segundo ALBERTS B. BRAY D. et all, (1997), os plastídios, também chamados de plastos,
são organelas celulares encontradas em células vegetais que apresentam funções de
fotossíntese, síntese de aminoácidos e ácidos graxos, além de armazenamento. Eles são
classificados de acordo com o pigmento que possuem, sendo chamados de cloroplastos,
cromoplastos e leucoplastos, (p.21).

Para Gallao (2007), plastídeos são organelas de células vegetais que possuem o próprio
genoma. Existem vários tipos dentre eles os cloroplastos, diferem entre si em estrutura e
função. Os outros plastídeos são rodeados por duas membranas do envelope mas não possuem
as membranas dos tilacoídes nem os outros componentes do aparato fotossintético.
Os cloroplastos são os plastos mais conhecidos e apresentam a coloração verde graças à
presença de clorofila. Neles há também a presença de carotenoides, pigmentos que variam do
amarelo ao vermelho, porém são mascarados pela clorofila. É nessa organela que ocorre o
processo de fotossíntese, que é responsável pela produção de glicose para a planta. Esses
plastídios são encontrados em todas os vegetais de coloração verde, ocorrendo principalmente
nas folhas, porém podem aparecer em caules e em algumas raízes aéreas.

O cloroplasto apresenta-se revestido por uma dupla membrana formada por proteínas e
lipídios, assim como os outros plastídios. Em seu interior observa-se o estroma ou matriz,
onde está imerso o sistema de membranas. Esse sistema é constituído por estruturas achatadas,
semelhantes a moedas, que recebem o nome de tilacoides. Estes podem estar agrupados em
pilhas, que são chamadas de granum. O conjunto desses granum forma o grana. As clorofilas
e os carotenoides estão contidas nos tilacoides.

Os cromoplastos são plastídios que sintetizam carotenoides, sendo eles os responsáveis pela
coloração de flores, frutos, raízes e folhas velhas que apresentam tons de amarelo a vermelho.
Como exemplo de raiz rica em carotenoides, podemos citar a cenoura. Diferentemente dos
cloroplastos, os cromoplastos não participam do processo de fotossíntese. Podemos relacioná-
los com a função de atração de polinizadores
(https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/plastidios.htm).

Os leucoplastos são plastos que não apresentam nenhum tipo de pigmento, sendo encontrados
normalmente em partes da planta que não estão em contato direto com a luz. Com base na
substância que sintetizam, eles são denominados em:
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Amiloplastos (produzem amido), proteinoplastos (produzem proteínas) e elaioplastos
(produzem substâncias lipofílicas).

Todos os plastídios citados anteriormente são formados a partir de estruturas indiferenciadas e


sem cor denominadas proplastídios. Eles são encontrados no embrião e em regiões
meristemáticas. Vale destacar que os plastídios podem se transformar em outros tipos
facilmente. Podemos observar esse fenômeno na batata, que, quando exposta à luz, transforma
parte de seus amiloplastos em cloroplastos. Outro exemplo é o dos cloroplastos que se
transformam em cromoplastos durante o amadurecimento de alguns frutos.

Os plastídios são considerados organelas semiautônomas e apresentam características que os


tornam semelhantes às bactérias. Dentre essas semelhanças, podemos citar a presença de
DNA, ribossomos menores do que os encontrados no citoplasma e a inibição da síntese de
proteínas por antibióticos. Outra característica importante é sua capacidade de autoduplicação
(https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/plastidios.htm).

2.2. ORIGEM DOS PLASTIDEOS

De acordo o Department of Ecology and Evolutionary Biology, supõe-se que os plastídeos


tenham sido originados de cianobactérias, por endossimbiose. Divergiram em 3 linhagens, os
sendo chamadas de: cloroplastos, estes encontrados nas algas verdes e plantas; rodoplastos,
estes encontrados em algas vermelhas; e em cianelas, encontradas nas glaucófitas.

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Edna Scremin Dias (UFMS)

Os plastídeos diferem em pigmentação e estrutura. Os cloroplastos, por exemplo, perderam


toda ficobilissoma, os complexos captadores de luz encontrados nas cianobactérias, algas
vermelhas e glaucofitas, mas contém tilacoides em estroma e granos - somente as plantas e
nas algas verdes mais proximamente aparentadas. O plastídeo glaucocistofíceo - em contraste
com os cloroplastos e os rodoplastos - ainda são envoltos por vestígios de uma parede celular
cianobacteriana. Todos estes plastídeos primários são envoltos por duas membranas.

Plastídeos complexos originam-se de endossimbiose secundária, quando um eucarionte e


absorve uma alga vermelha ou verde, retendo o plastídeo da alga, que é tipicamente envolto
por mais de duas membranas, e tem suas capacidade metabólica ou fotossintética limitada.
Algas com plastídeos complexos derivados de endossimbiose secundária de algas vermelhas
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incluem os heterocontes, haptófitas, criptomônadas, e a maioria
dos dinoflagelados (rodoplastos). Aqueles que fazem endossimbiose com alga verde
são euglenoides e os cloraracniófitos (cloroplastos). O filo de protozoários Apicomplexa, de
parasitas obrigatórios, dentre os quais o plasmódio causador da malária, também tem
plastídeos complexos, embora essa organelas tenha sido perdida em alguns apicomplexanos,
como o Cryptosporidium parvum, causador da criptosporidiose. O apicoplasto não é mais
capaz de realizar a fotossíntese (sendo um leucoplasto), mas ainda é uma organela essencial.
Estes plastídeos são extremamente reduzidos e não está bem claro se eles derivaram da alga
verde ou vermelha.

Cleptoplastídeos são plastídeos capturados de uma alga que serve de


alimento. Alguns dinoflagelados, ciliados, foraminíferos e lesmas-do-mar do
clado Sacoglossa alimentam-se de algas, e utilizam-se dos plastídeos da alga digerida para
realizar temporariamente fotossíntese; mas depois de algum tempo os plastídeos também são
digeridos. Este proceso é chamado "cleptoplastia"

2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS PLASTÍDEOS

2.3.1. Plastídeos das Plantas

Os proplastídeos (indiferenciados) podem diferenciar-se de acordo com a sua função nos


seguintes tipos:

 Amiloplastos: para a acumulação de amido como substância de reserva.


 Cloroplastos: para a fotossíntese.
 Etioplastos: cloroplastos que não estiveram expostos à luz.
 Elaioplastos: para o acúmulo de lipídio.
 Cromoplastos: para o armazenamento de pigmentos.
 Leucoplastos: para a reserva de substâncias.

2.3.2. Plastídeos das Algas


Nas algas, o termo leucoplasto é usado quando se está a referir a plastídeos sem pigmentação.
A sua função nas algas difere da função nas plantas. Os 'etioplastos, os amiloplastos e os
cromoplastos são específicos das plantas, não ocorrendo em algas. Os plastídeos algais
diferem dos plastídeos vegetais porque poderão possuir pirenoides.

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Segundo Para Gallao (2007), os diferentes plastídeos são classificados de acordo com o tipo
de pigmento que contêm:
- cloroplasto clorofila;
- cromoplastos não possuem clorofila mas possuem carotenóides responsáveis pela cor
amarela, laranja e vermelha responsáveis pelas cores de flores e frutos não se sabe ao certo a
sua exata função no metabolismo celular.
- leucoplastos não possuem pigmentos armazenam uma variedade de fontes de energia em
tecidos não-fotossintéticos. - ex: amiloplasto, amido oleoplasto, lipídeos proteoplastos,
proteina.

2.4. TAMANHO
• 2 a 4 µm de largura;
• 5 a 10 µm de comprimento;

Devido ao seu tamanho são facilmente visualizados ao microscópio ótico comum.

2.5. NÚMERO
• Varia em função da espécie e do tecido vegetal:
– Parênquima foliar encontrados de 10 a 100 cloroplastos por célula.
1- Cloroplasto de gramíneas;
2- Alga Spyrogira em formato de fita espiralada;
3- Alga Zygnema em forma de estrela.

2.6. CONSTITUIÇÃO DOS PLASTÍDEOS


2.6.1. Ultra-Estrutura
Os cloroplastos são organelas delimitadas por dupla membrana, semelhante as mitocôndrias.

• Espaço intermembranas → espaço existente entre as duas membranas;

A membrana interna delimita o estroma → análogo à matriz mitocondrial e contém diversas


enzimas, grãos de amido, ribossomos, DNA e RNA.

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Edna Scremin Dias (UFMS)

Suspensos no estroma, encontram-se pilhas de pequenas bolsas achatadas, os tilacóides –


Tilacoídes do granum → pilhas de discos que se estendem pelo estroma; – Tilacoídes do
estroma → interligam os diferentes grana.

• Um número variável de tilacóides empilhados formam o granum → o conjunto de granum é


denominado grana.

Membrana externa → altamente permeável a metabólitos de baixa massa molecular;

• Membrana interna → impermeável a muitas substâncias → transportadores de membrana


específica;

• As duas membranas são permeáveis ao CO2 → substrato para a síntese de carboidratos


durante a fotossíntese;

2.6.2. Composição Química

Nas membranas dos tilacóides são encontradas:

– Complexo ATP sintase (CFo e CF1) → semelhante ao encontrado em mitocôndrias;

– Ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase-oxigenase (RuBisCO).

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• A RuBisCO (560 KDa) é constituída por oito subunidades pequenas (14 KDa) e por oito
subunidades maiores (56 KDa) → representa cerca de 50% das proteínas solúveis nas folhas
→ considerada a proteína mais abundante da natureza.

Os pigmentos responsáveis pela absorção da luz localizam-se nas membranas dos tilacóides
das plantas superiores e das algas.

• Nas plantas superiores e nas algas os principais pigmentos encontrados são: – CLOROFILA
A e a CLOROFILA B → sendo a primeira a mais abundante.

CAROTENÓIDES → carotenos e xantofilas → desempenham função protetora → absorvem


a energia do radical livre formado (oxigênio).

• FICOBILINAS → representadas pelas ficoeritrinas e ficocianina e são encontradas em


certas algas e cianobactérias;

As clorofilas e os pigmentos acessórios organizam-se constituindo unidades funcionais


denominadas FOTOSSISTEMAS.

• Nas MEMBRANAS DOS TILACÓIDES das plantas encontram-se dois tipos de


fotossistemas, o FOTOSSISTEMA I e o FOTOSSISTEMA II → encontrados nas membranas
dos tilacoídes dos vegetais superiores → foram numerados de acordo com sua ordem de
descoberta.

 FSI (700 µm – P700) localizase exclusivamente no TILACÓIDE DO ESTROMA.


 FSII (680 µm – P680) estabelece-se apenas nos TILACÓIDES DO GRANUM.

- Complexo antena de absorção luminosa. - Pigmentos estão arranjado em grupos,


constituídos por inúmeras moléculas de clorofila e carotenoídes e por um par principal,
localizado no centro da reação.

2.6.2.1. Fotossíntese

As reações que ocorrem durante a fotossíntese podem ser dividas em:

1- Reações da cadeia transportadora de elétrons (etapa fotoquímica ou reações dependentes da


luz) → ocorrem devidos a captação da energia luminosa pelos pigmentos do complexo antena;

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– A energia captada pelos pigmentos individuais do complexo antena é transferida ao par de
moléculas de clorofilas do centro de reação do fotossistema, que, então, libera um par de
elétrons para a cadeia transportadora de elétrons síntese de ATP e NADPH.

2- Reações de fixação de carbono (etapa química ou reações independentes da luz) → nesta


fase são utilizados o ATP e o NADPH → são utilizados como fonte de energia e poder redutor
para a conversão de CO2 em carboidratos.

Fotofosforilação cíclica → o aumento de prótons gerado pelo fluxo cíclico de elétrons


favorece a síntese de ATP → não ocorre a fotólise da água com a liberação de O2 nem a
redução do NADP+.

-Depende da disponibilidade de ATP e NADP+ nos cloroplastos; -Se a quantidade de


NADP+ é baixa ou se a célula necessita de fornecimento adicional de ATP predomina o
transporte cíclico de elétrons → caso contrário predomina o acíclico.

Fotofosforilação acíclica → nesta via os elétrons são primeiramente transportados da H20 ao


FSII → do FSII ao FSI → fim do FSI ao NADP+.

3.CONCLUSÃO
Cromoplastos, são Plastídios fotossinteticamente inativos, coloridos pela presença de
pigmentos do grupo carotenóides: Caroteno (amarelo ou alaranjado), Lecopeno (vermelho) e
Xantofila (roxo). Encontram-se em flores e frutos, sendo responsáveis pelas suas colorações.
Leucoplastos, são plastídios sem coloração que muitas vezes armazenam certos produtos
vegetais: Amido (amiloplasto), Proteínas (proteinoplasto), Gorduras (elaioplasto ou
oleoplasto). São encontrados em órgãos não expostos a luz.

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4.BIBLIOGRAFIA
1. ALBERTS B. BRAY D. et all Biologia Molecular da Célula 3a. Edição Artes Médicas Porto
Alegre, 1997
2. DE ROBERTIS e DE ROBERTIS, JR Bases da Biologia Celular e Molecular 2a. Edição
Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 1993
3. JUNQUEIRA E CARNEIRO Biologia Celular e Molecular 3a. Edição Guanabara Koogan.
Rio de Janeiro, 1983
4. MENEGHIN, Silvana Perissatto, Celula Vegelal. Aula nº 2. Plastos. 2009
5. The University of Arizona, Department of Ecology and Evolutionary Biology, Biological
Sciences West Room 317, The Heckett Laboratory, The plastid thief Dinophysis
6. Dra. Maria Izabel Gallão
http://www.biologia.ufc.br/backup/docentes/IzabelGallao/Grad/Cloroplasto.pdf

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