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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE


MINAS GERAIS
CAMPUS TEÓFILO OTONI

Curso Técnico em Agropecuária

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA Nº. 01:


Introdução à Agropecuária

Aluno: José Victor Mendes de Souza


Juliana Batista de Sousa
Tutor: Leonardo Machado Natalino

Itambacuri/MG
Junho/2022
1 INTRODUÇÃO

A adoção de práticas agrícolas inapropriadas pode levar a desequilíbrios


químicos do solo como a calagem, adubação e irrigação inadequadas. A menor
disponibilidade de nutrientes devido a alcalinidade, acidez ou alagamentos,
contribuem para a degradação da fertilidade do solo.
Os solos podem se degradar em razão da indisponibilidade de nutrientes ou
pela presença de elementos tóxicos para as plantas. Assim, esse tipo de dano se dá
por falta ou por excesso de determinados elementos no solo.

2 POLUIÇÃO E IMPACTOS CAUSADOS PELA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA

Os impactos ambientais causados pela atividade agropecuária decorrem


principalmente de dois fatores: da mudança do uso do solo, resultante do
desmatamento e da conversão de ecossistemas naturais em áreas cultivadas, e da
degradação das áreas cultivadas, causada por práticas de manejo inadequadas.
Esses dois fatores estão interligados, sendo que a degradação das áreas cultivadas
aumenta a demanda por novas terras para cultivo, pois o custo de desmatar e
incorporar novas terras nas regiões de fronteira costuma ser menor que o de recuperar
terras improdutivas (Gouvello, Soares Filho e Nassar, 2010). A esses fatores somam-
se também os impactos ambientais negativos causados pelas queimadas e pela
contaminação ambiental decorrente do uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos
nas lavouras.

3 VISITA TÉCNICA

No decorrer da visitação à determinada fazenda “conforme figura 1 e 2”


podemos notar que’ houve monocultura, o que não é indicado pela alta chance de
haver uma degradação ambiental significativa.
Figura 1

Figura 2

Pode-se notar que “de acordo com a figura 3”, onde houve uma rotação de
cultura, o solo sofreu menos agressão e o aspecto está mais conservado visivelmente,
conseguimos notar na mesma figura que há uma área onde foram feitas diferentes
tipos de plantio, podendo uma área ser recuperada com menos recursos do que a que
sofreu maior degradação.
Figura 3

O “tratamento” do solo levará muito tempo até ficar completo, pois nessa área
que foi afetada, o produtor deverá fazer um estudo do problema causado pelo mal uso
do solo, bem como analisar o mesmo para saber o quão degradado está, e
posteriormente fazer o manejo necessário para que ele volte a ser produtivo
novamente. Se o produtor rural tivesse sido orientado sobre tal questão, ou até mesmo
tivesse contratado um Técnico com experiência, bem como institutos e autoridades
competentes, poderia evitar o transtorno que uma má utilização do solo lhe causou,
pois para recuperar o tempo perdido vai pesar em seu bolso.
Também terá que se atentar ao mal-uso de agrotóxicos, uso excessivo de
fertilizantes, defensivos agrícolas ou qualquer tipo de agente químico que possa ter
sido usado incorretamente, pois além da proteção das áreas cultivadas, se faz
necessário a proteção das áreas naturais, bem como as bacias hidrográficas ali
presentes.

4 PROPOSTAS DE AÇÕES MITIGADORAS

O aparente conflito entre os interesses econômicos e ecológicos reside


basicamente nas falhas da economia de mercado, principalmente por esta não
considerar nas transações os custos ambientais da produção, as chamadas
externalidades negativas. O modo de produção agropecuária disseminado pela
revolução verde, baseado na monocultura, apresenta óbvias vantagens econômicas,
pois favorece a produção em larga escala. Entretanto, se as externalidades negativas
desse modo de produção fossem internalizadas no processo, ele não seria
economicamente tão vantajoso para o produtor rural. Infelizmente, os custos
ambientais e sociais do processo serão pagos por todos.
Não há dúvida de que, para viabilizar o aumento da produção sem ter que
desmatar novas áreas, será necessário aumentar a produtividade das áreas já
desmatadas.

5 CONCLUSÕES

As questões aqui levantadas mostram que vencer o desafio da produção


sustentável não é uma tarefa simples e exigirá a adoção de múltiplas estratégias para
viabilizá-la, além de ações mais integradas entre os diferentes setores. Não existem
soluções únicas, que possam ser efetivas para todas as situações. É preciso adequar
as ações à realidade socioeconômica e ambiental específica de cada região e somar
as ações para que os esforços possam ser efetivos.
As estratégias precisam também abranger ações relacionadas ao
desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente adequadas, ao
desenvolvimento de sistemas de informação integrados e à adoção de instrumentos
econômicos que possam corrigir ou minimizar as falhas de manejo inadequado do
solo.

REFERÊNCIAS

ALTAFIN, I. G. Sustentabilidade, políticas públicas e agricultura familiar: uma


apreciação sobre a trajetória brasileira. 2003. Tese (Doutorado) – Universidade de
Brasília, Brasília, 2003.
PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais. 9. ed.
São Paulo: Nobel, 1990.
GASQUES, J. G. et al. Produtividade total dos fatores e transformações da
agricultura brasileira: análise dos dados dos censos agropecuários. In: GASQUES,
J. G.; VIEIRA FILHO, J. E. R.; NAVARRO, Z. (Org.). A agricultura brasileira:
desempenho, desafios e perspectivas. Brasília: Ipea, 2010. p. 19-44.
https://blog.aegro.com.br/degradacao-do-
solo/#:~:text=A%20ado%C3%A7%C3%A3o%20de%20pr%C3%A1ticas%20agr%C3
%ADcolas,degrada%C3%A7%C3%A3o%20da%20fertilidade%20do%20solo.

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