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TÍTULO: A MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Suelyn Karyn Lima di Condi Meira

RESUMO
O objetivo deste trabalho é apresentar as tendências da Educação Matemática para o ensino
de Matemática, fazendo uma discussão sobre cada uma das tendências e a possibilidade de
ensinar Matemática no ensino fundamental com a utilização destas tendências. No decorrer do
texto, fizemos uma apresentação sucinta das tendências da Educação Matemática,
exemplificando o seu uso em sala de aula e revelando o caráter interdisciplinar no contexto do
ensino fundamental. O artigo é um estudo bibliográfico que ressalta a importância das
tendências da Educação Matemática na formação do cidadão, cujo objetivo maior é de
possibilitar o saber pensar, raciocinar, comparar, propor e questionar. Percebemos que no
ensino atual, os professores procuram ensinar de forma mais dinâmica para possibilitar a
aprendizagem com sucesso. Nesta perspectiva, acreditamos que ao adotar uma tendência
para ensinar os conteúdos matemáticos o aluno terá mais motivação e interesse em aprender
Matemática. Palavras Chaves: Educação matemática. Tendências. Ensino. Matemática.
Palavras Chaves: Educação matemática. Tendências. Ensino. Matemática.

ABSTRACT

The objective of this work is to present the trends of Mathematics Education for the teaching of
Mathematics, making a discussion about each one of the trends and the possibility of teaching
Mathematics in elementary school with the use of these trends. Throughout the text, we made a
succinct presentation of the trends in Mathematics Education, exemplifying its use in the
classroom and revealing the interdisciplinary character in the context of elementary education.
The article is a bibliographic study that emphasizes the importance of Mathematics Education
trends in the formation of citizens, whose main objective is to enable them to know how to think,
reason, compare, propose and question. We realize that in today's teaching, teachers seek to
teach in a more dynamic way to enable successful learning. In this perspective, we believe that
by adopting a tendency to teach mathematical content, the student will have more motivation
and interest in learning mathematics. Keywords: Mathematical education. Tendencies.
Teaching. Math.

Keywords: Mathematical education. Tendencies. Teaching. Math.

Artigo apresentado em Março de 2021 ao Curso de Matemática grupo Educacional IBRA,


como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Matemática.
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Suelyn Karyn Lima di Condi Meira do curso de Matemática do Grupo Educacional IBRA. E-
mail: suelyn.escluck@hotmail.com.
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 INTRODUÇÃO

A matemática fornece instrumentos eficazes para compreender e atuar


no mundo que nos cerca; ela é uma ferramenta essencial na solução de vários
tipos de problemas. Nela são desenvolvidas estruturas abstratas baseada em
modelos concretos; além de método, a matemática é um meio de comunicação
– uma linguagem formal e precisa – requer uma prática constante de forma
clara e universal. O conhecimento matemático faz parte do patrimônio cultural
da humanidade porque possui características e procedimentos próprios que
também tem evoluído no contexto de outras ciências.

A matemática é componente importante na construção da cidadania,


nos conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, e o seu ensino deve ser
meta prioritária do trabalho docente, procurando desenvolver nos alunos
competências para compreender e transformar a realidade. No ensino da
matemática destacam-se aspectos básicos como relacionar observações do
mundo real com representações (esquemas, tabelas, figura) e essas
representações devem relacionar-se com princípios e conceitos matemáticos,
através da “fala” e da “escrita”. A aprendizagem em matemática está ligada à
compreensão, isto é, à apreensão do significado; resultante das conexões
entre todas as disciplinas com o cotidiano nos seus diferentes temas.

Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras,


computadores outros materiais tem um papel importante no processo ensino-
aprendizagem. Contudo, eles precisam estar integrados à situações que levem
ao exercício da análise e da reflexão, em última instancia, a base da atividade
matemática.

A avaliação é parte integrante do processo de ensino-aprendizagem,


ela incide sobre uma grande variedade de aspectos relativos ao desempenho
dos alunos como aquisição de conceitos, domínio de procedimentos e
desenvolvimento de atitudes.

Artigo apresentado em Março de 2021 ao Curso de Matemática grupo Educacional IBRA,


como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Matemática.
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Suelyn Karyn Lima di Condi Meira do curso de Matemática do Grupo Educacional IBRA. E-
mail: suelyn.escluck@hotmail.com.
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2. JUSTIFICATIVA

Por quê? Ensinar matemática? Para quê? Porque a matemática é uma


das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, ela contribui para a
formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho, das
relações sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania, é
preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir
estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar logicamente,
conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as
informações, conhecer formas diferenciadas de abordar problemas.

A matemática vista como uma maneira de pensar, como um processo


em permanente evolução (não sendo algo pronto e acabado que apenas deve
ser estudado), permite, dinamicamente, por parte do aluno, a construção e a
apropriação do conhecimento. Ensinar matemática é importante porque ela
está presente em tudo o que nos rodeia, com maior ou menor complexidade.
Perceber isso é compreender o mundo em nossa volta e poder atuar nele como
cidadão, em casa, na rua, nas várias profissões, na cidade, no campo, nas
várias culturas o ser humano necessita da matemática.

Em uma sociedade voltada ao conhecimento e à comunicação, como a


do terceiro milênio, é preciso que as crianças aprendam comunicar idéias,
executar procedimentos e desenvolver atitudes matemáticos, falando
dramatizando, escrevendo, desenhando, representando, construindo tabelas,
diagramas e gráficos, fazendo pequenas estimativas, conjecturas e inferências
lógicas, etc., tudo isso trabalhando individualmente, em duplas ou pequenas
equipes, colocando o que pensam e respeitando o pensamento dos colegas.
Novas competências demandam novos conhecimentos; o mundo do trabalho
requer pessoas preparadas para utilizar diferentes tecnologias, e linguagens
(que vão além da comunicação oral e escrita), instalando novos ritmos de
produção, de assimilação rápida de informações, resolvendo e propondo
problemas em equipe.

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O ensino da matemática desenvolve no aluno a compreensão dos


fenômenos que ocorrem no ambiente – poluição, desmatamento, limites para
uso dos recursos naturais, desperdício – terá ferramentas essenciais em
conceitos (medidas, áreas, volumes, proporcionalidade, etc.) e procedimentos
matemáticos (formulação de hipóteses, realização de cálculos, coleta,
organização e interpretação de dados estatísticos, prática de argumentação,
etc).

O acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (altura, peso,


musculatura) e os estudos dos elementos que compõem a dieta básica são
alguns exemplos de trabalho que podem servir de contexto para se ensinar
matemática.

3. OBJETIVOS GERAIS

O ensino de matemática de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental deve


levar o aluno a:

 Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja,


desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e
procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo, assim
aumentar sua autoestima e perseverança na busca de solução para um
problema;
 Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são
úteis para compreender o mundo e, compreendendo-o, pode atuar melhor nele;
 Pensar logicamente, relacionando ideias, descobrindo
regularidade e padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de
investigação e sua criatividade na solução de problemas;
 Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-
dia (quantidades, números, formas geométricas, simétricas, grandezas e
medidas, tabelas e gráficos, previsões etc)
 Formular e resolver situações-problema. Para isso, o aluno
deverá ser capaz de elaborar planos e estratégias para a solução do problema,
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desenvolvendo várias formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução,


busca de padrão ou regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.)
executando esses planos e essas estratégias com procedimentos adequados;
 Interagir os vários eixos temáticos da matemática (números e
operações, geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório,
estatística e probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;
 Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e
representando de várias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas,
etc) as ideias matemáticas;
 Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em
equipe, auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas ideias e
respeitando as deles, formando assim, um ambiente propicio à aprendizagem.
 Desenvolver competências para aprender a identificar e buscar os
conhecimentos necessários para resolver uma situação-problema.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Nestas séries (ou ciclos), o ensino de matemática deve procurar


desenvolver:

O pensamento numérico: ampliando e construindo novos significados


para os números e as operações; resolvendo situações-problema que
envolvam os vários tipos de números e operações; identificando e utilizando
diferentes representações para esses números; utilizando vários
procedimentos de cálculos: mental, estimativas, arredondamentos e algoritmos.

O pensamento algébrico: procurando generalizar propriedades das


operações aritméticas, traduzindo situações-problema na linguagem
matemática; generalizando regularidades; traduzindo tabelas e gráficos em leis
matemáticas que relacionem duas variáveis dependentes; interpretando
expressões algébricas, igualdades e desigualdades e resolvendo equações,
inequações e sistemas.

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O pensamento geométrico: trabalhando primeiro as figuras espaciais


ou tridimensionais, depois as figuras plana ou bidimensionais e, em seguida, os
contornos de figuras planas ou unidimensionais; classificando essas figuras,
observando semelhanças e diferenças entre elas; construindo representações
planas das figuras espaciais sob diferentes pontos de vista; compondo,
decompondo, ampliando e reduzindo figuras geométricas planas; localizando
pontos no plano cartesiano; verificando o que varia e o que não varia em uma
transformação geométrica levando os conceitos de congruência e semelhança;
trabalhando inicialmente de modo experimental (geometria experimental) para,
pouco a pouco, apresentar pequenas demonstrações (geometria dedutiva);

O raciocínio proporcional: observando a variação entre grandezas e


estabelecendo relações entre elas; resolvendo situações-problema que
envolvam proporcionalidade; representando a variação entre duas grandezas
em um plano cartesiano e identificando se elas são diretas ou inversamente
proporcionais ou se não são proporcionais.

O raciocínio combinatório: analisando quais e quantas são as


possibilidades de algo ocorrer e resolvendo situações que envolvam a ideia de
possibilidades.

O raciocínio estatístico e probabilístico: coletando, organizando e


analisando informações; elaborando tabelas, construindo e interpretando
gráficos; desenvolvendo a ideia de chance e de sua medida (probabilidade);
resolvendo situações-problema que envolvem dados estatísticos e conceito de
probabilidades.

A competência métrica: ampliando e aprofundando o conceito de


medida de uma grandeza; utilizando unidades adequadas de medidas em cada
situação e resolvendo situações-problema que envolvam grandezas e medidas;
utilizando vários instrumentos de medidas.

As conexões e integração dos conceitos matemáticos estudados em


cada eixo temático: (números e operações, geometria, grandezas e medidas,

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raciocínio combinatório, estatística e probabilidade) e investigar suas


presenças em outras áreas do conhecimento.

A atitude positiva em relação à matemática: valorizando sua utilidade,


sua lógica e sua beleza em cada conceito estudado.

A comunicação: a comunicação das ideias matemáticas de diferentes


formas: oral, escrita, por tabelas, diagramas, gráficos, etc.

5. METODOLOGIAS UTILIZADAS PARA ENSINAR MATEMÁTICA

Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente antes da


simbologia, antes da linguagem matemática. Ex: Uma equipe de 5 alunos está
reunida para fazer um trabalho da escola. Eles vão se cumprimentar com um
aperto de mão? Qual é o total de apertos de mão? Essa situação-problema
permite explorar várias estratégias: dramatizar (representando concretamente a
situação), elaborar um diagrama, elaborar uma tabela organizada ou utilizar o
raciocínio combinatório.

Aprender por compreensão. O aluno deve atribuir significado ao que


aprende. Para isso, deve saber o” porquê” das coisas e não simplesmente
mecanizar procedimentos e regras.

Estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias


descubra e tenha autonomia de pensamento, através de desafios, jogos,
quebra-cabeças, problemas curiosos, etc.

Trabalhar o conteúdo com significado, levando o aluno a sentir que é


importante saber o que está sendo ensinado, para sua vida em sociedade ou
que o conteúdo trabalhado lhe será útil para entender o mundo em que vive.
Por exemplo, ao usar a ideia de proporcionalidade para resolver problemas do
cotidiano; ao trabalhar com escalas para interpretar um mapa; ao resolver um
problema de porcentagem; ao relacionar sólidos geométricos com embalagens.

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Valorizar a experiência acumulada pelo aluno dentro e fora da escola;

Considerar mais o processo do que o produto da aprendizagem,


“aprender a aprender”;

Compreender a aprendizagem da matemática como um processo ativo.


Os alunos são pessoas que observam, constroem, modificam e relacionam
ideias, interagindo com outras pessoas, com materiais diversos e com o mundo
físico;

Utilizar jogos, pois eles envolvem a compreensão e aceitação de regras


pelos alunos; promovendo o desenvolvimento socio afetivo e cognitivo;
desenvolvem autonomia, o pensamento lógico; motivando no pensamento para
usar os conhecimentos prévios;

Enfatizar igualmente os grandes eixos temáticos – números e


operações, álgebra, espaço e forma (geometria), grandezas e medidas e
tratamento da informação (estatística e probabilidade) e, de preferência
trabalhá-los de modo integrado. Por ex: Quando o aluno mede o comprimento
ou largura da sua sala de aula com um metro, está observando as dimensões
de uma forma geométrica retangular, utilizando o metro como unidade de
medida, obtendo um número como medida, naquela unidade (comprimento,
área);

Trabalhar temas transversais (ética, orientação sexual, meio ambiente,


saúde, pluralidade cultural, trabalho e consumo) de modo integrado com as
atividades de Matemática, por meio de situações-problema;

6. AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações


sobre como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo

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– tanto para o professor e a equipe escolar conhecerem e analisarem os


resultados de seu trabalho como para o aluno verificar seu desempenho – e
não simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acumulo de
conteúdos, para classificá-lo em “aprovado” ou “reprovado”.

Além disso, ela deve ser essencialmente formativa, na medida em que


cabe à avaliação subsidiar o trabalho pedagógico, redirecionando o processo
ensino-aprendizagem para sanar dificuldades, aperfeiçoando-o
constantemente. Tendo em vista a diversidade de ritmos e processos de
aprendizagem dos alunos, um dos aspectos importantes da ação docente deve
ser a organização de atividades cujo nível de abordagem seja diferenciado.
Isso significa criar situações, apresentar problemas ou perguntas e propor
atividades que demandem diferentes níveis de raciocínio e de realização.

A avaliação vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se


um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os
procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno
aprenda.

Nessa perspectiva, a avaliação deixa de ter o caráter “classificatório”


de simplesmente aferir acumulo de conhecimento para promover ou reter o
aluno. Ela deve ser entendida pelo professor como processo de
acompanhamento e compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades
dos alunos para atingirem os objetivos da atividade de que participam.

Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o


processo ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis
distorções observadas nele. Por ex: Se os resultados da avaliação não foram
satisfatórios, é preciso buscar as causas. Pode ser que os objetivos foram
superdimensionados ou que o problema esteja no conteúdo, na metodologia de
ensino, nos materiais instrucionais, na própria forma de avaliar ou em algum
outro aspecto. O importante é determinar os fatores do insucesso e reorientar
as ações para sanar ou minimizar as causas e promover a aprendizagem do
aluno.
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É preciso avaliar para identificar os problemas e os avanços, e para


redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar.

Para a avaliação, podem ser utilizados vários tipos de instrumentos,


como:

Observação e registro – esse processo permite o acompanhamento


das atividades, no dia-a-dia dos alunos, é muito valioso porque dá
oportunidade de participação, nas quais o aluno pergunta, emite opiniões,
levanta hipóteses, constrói novos conceitos e busca novas informações;

Provas testes e trabalhos – esse processo não deve ser utilizado como
punição ou apenas para ajuizar valores. Sua formulação deve se fundamentar
em questões de compreensão e raciocínio, e não de memorização ou
mecanização;

Entrevistas e conversas formais – autoavaliação – no qual o aluno


deverá expressar-se com escrita ou oralmente o que mais gostou ou que
menos gostou, se teve dificuldade ou facilidade no conteúdo ensinado.

Fichas avaliativas – nas fichas poderão constar aspectos cognitivos,


dificuldades de aprendizagem, providências tomadas para sanar as
dificuldades, bem como aspetos gerais, afetivos, de socialização, organização
e atitudes.

Como lidar com o erro dos alunos, como recuperá-lo?

Muito se aprende por tentativas e erros, idas e vindas, por aproximação


sucessiva e aperfeiçoamentos. Por isso, os erros cometidos pelo aluno devem
ser vistos naturalmente como parte do processo ensino-aprendizagem. Na
maioria das vezes, é possível usá-los para promover a aprendizagem mais
significativa. Para isso, é fundamental que o professor analise o tipo de erro
cometido pelo aluno. Ao fazer isso, poderá perceber quais foram, de fato, as
dificuldades apresentadas e, assim reorientar sua ação pedagógica com mais

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eficácia para saná-las. Cada erro tem sua lógica e dá ao professor indicações
sobre como está se dando o processo de aprendizado de cada aluno.

Por exemplo: São frequentes os erros na execução do algoritmo da


subtração. Ao fazer 135 – 68, o aluno erra porque não coloca os algarismos
das unidades ou das dezenas em correspondência aos mesmos algarismos do
outro número, ao armar o algoritmo; ou porque subtrai 5 de 8 e 3 de 6 ,
pensando em uma orientação geral que recebeu: “subtrai sempre o menor do
maior”; ou porque se equivocou nos cálculos; ou porque não compreendeu
ideias associadas à subtração (tirar e comparar); ou porque se distraiu, etc.

O ato de mostrar ao aluno onde, como e por que ele cometeu o erro o
ajuda a superar lacunas de aprendizagem e equívocos de entendimentos.

Com o repertório de todos os erros mais frequentes cometidos pelos


alunos, o professor, ao trabalhar aquele assunto, saberá chamar atenção para
os pontos mais críticos e, como isso, diminuir a possibilidade de erro.

É interessante também que os alunos sejam levados a comparar suas


respostas, seus acertos e erros com os dos colegas, a explicar como pensaram
e a entender como os outros colegas resolveram a mesma situação.

Mesmo depois de todos os processos, se algum aluno não conseguiu


entender um certo assunto, o ideal é mudar a metodologia, bater na mesma
tecla é bobagem, mudando a maneira de explicar e de exemplificar, com
certeza o aluno em defasagem conseguirá entender as orientações passadas.

7. CONCLUSÃO

Para formar as competências necessárias para que se adquira


conhecimento, o professor deve utilizar todos os recursos disponíveis e mais os
que ele criar para que seja efetivada a aprendizagem. Para cumprir sua função,
a escola precisa ter como foco um ensino e uma aprendizagem que levem o
aluno a aprender a aprender, aprender a pensar, a saber construir a sua
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própria linguagem e a se comunicar, a usar a informação e o conhecimento


para ser capaz de viver num mundo em transformação. Para isso, é preciso
que a formação e a atuação do educador seja necessariamente direcionada
para um novo paradigma de educação.

As novas tecnologias, caracterizadas como mediáticas, são mais do


que simples suportes. Elas interferem nos modos de pensar, sentir, agir,
relacionar-se socialmente e adquirir conhecimentos, criam uma nova cultura e
um novo modelo de sociedade. Essa nova sociedade, essencialmente diferente
da sociedade industrial que a antecedeu, baseada na produção e no consumo
de produtos iguais, em massa, caracteriza-se pela velocidade das alterações
no universo informacional e na necessidade de permanente atualização do
homem para acompanhar essas mudanças. E a escola sofre os efeitos dessa
transformação tecnológica precisa da adoção de uma nova postura
educacional, na verdade a busca de um novo paradigma de educação que
substitua o já desgastado ensino-aprendizagem, baseada numa relação
obsoleta de causa-efeito, é essencial para o desenvolvimento de criatividade
desinibida e conducente a novas formas de relações interculturais,
proporcionando o espaço adequado para preservar a diversidade e eliminar a
desigualdade numa nova organização da sociedade.

A democratização das escolas representa um grande desafio para


todos os professores, principalmente para o professor de matemática, o acesso
a todos os recursos tecnológicos representa um desafio para a sociedade atual
e demanda esforços e mudanças nas esferas econômica e educacional. Para
que todos possam ter informações e utilizar de modo confortável as novas
tecnologias, é preciso um grande esforço educacional. Como as tecnologias
estão permanentemente em mudança, a aprendizagem contínua é
consequência natural do momento social e tecnológico que vivemos, a ponto
de podermos chamar nossa sociedade de “sociedade de aprendizagem”.

A aprendizagem do ensino da matemática nas escolas, requer um


grande esforço e necessita de um constante aperfeiçoamento por parte dos
educadores. Para que a escola cumpra sua função de facilitar o acesso ao
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conhecimento é necessário promover o desenvolvimento de seus alunos. É


necessário que todos os que estão envolvidos no processo trabalhem em
sintonia, proporcionando o pleno desenvolvimento dos educandos.

Todas as atividades que realizamos com os alunos deverão servir de


suporte para educar cidadãos mais capazes de usar seu raciocínio lógico
realizar trabalhos coerentes, com senso crítico e analítico da realidade que o
cerca. Pois entendemos que é na escola que preparamos o indivíduo para
atuar no mundo, e é também nela, que o sujeito constrói a interação, onde
práticas sociais acontecem.

O ensino de matemática faz parte do desenvolvimento humano, por


isso o professor deve priorizar a construção do conhecimento pelo fazer e
pensar do aluno. O papel do professor é de facilitador, orientador, estimulador
e incentivador da aprendizagem.

Ao introduzir um assunto matemático em sala de aula, o dever do


professor é partir de onde o aluno já sabe para ajudá-lo a construir novos
conhecimento. Outro ponto importante é saber e levar o aluno a refletir o
“porque” de estar aprendendo aquele assunto e não perder de vista os
objetivos a serem alcançados.

Para cada assunto há metodologias adequadas e se o aluno não


conseguiu alcançar um aproveitamento satisfatório, então mudar a metodologia
é ideal para facilitar a aprendizagem.

A avaliação nunca deve ser um objeto de punição ou classificatória,


deverá sempre fazer dela um instrumento de trabalho com o intuito de
diagnosticar a aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Artigo apresentado em Março de 2021 ao Curso de Matemática grupo Educacional IBRA,


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