“Método RON+MON/2”
Por isso a maioria dos países europeus, a Austrália e a Nova Zelândia usam o método
RON no material informativo sobre as gasolinas. Mas no Canadá, nos EUA, no Brasil e
nos demais países, é adotado um terceiro índice, chamado Anti-Knock Index (AKI) ou
Índice Anti-Detonação (IAD), que faz a média dos valores RON e MON. Esse método
também é identificado pela sigla PON, de Posted Octane Number.
Portanto, para comparar a octanagem de dois combustíveis é indispensável saber qual o
método resultou em seu número de octano: RON, MON ou PON/AKI/IAD.
Gasolina aditivada aumenta o rendimento do carro?
A gasolina aditivada por si não altera em nada o funcionamento do motor, nem afeta a
produção de potência. Sua única função é manter o motor limpo e auxiliar na conservação
das partes móveis do sistema de combustível.
Contudo, os efeitos de seus aditivos detergentes/dispersantes em longo prazo podem
dissolver os depósitos de sujeira nas válvulas de admissão e escape, nas válvulas
injetoras (bicos) e na câmara de combustão. Com o motor limpo, ele pode recuperar o
desempenho original que foi perdido à medida em que a sujeira se acumulava nesses
componentes.
Usar a gasolina aditivada para limpar um motor que já está sujo, contudo, não é
recomendado: quando se passa a usar gasolina aditivada em substituição à comum, os
depósitos existentes no sistema de combustível , admissão e câmaras de combustão
podem se desprender em placas e entupir filtros, bicos (ou giclês) e dutos de óleo.
Agora, se você sempre usou gasolina aditivada, ou se o sistema de alimentação e o
cabeçote do motor estão em prefeito estado, a gasolina aditivada ajudará a manter tudo
limpo e impedirá que você perca desempenho.
Gasolina aditivada reduz o consumo? E a gasolina premium?
Teoricamente nenhuma das duas reduz o consumo. Porém é possível notar alterações se
você estiver usando comum não-aditivada e passar a usar aditivada em um motor de
compressão baixa, ou se estiver usando gasolina comum e passar a usar premium em um
motor de compressão alta.
No caso do motor de compressão baixa, o consumo pode reduzir se o motor estivesse
sujo e acabar limpo com o uso contínuo da gasolina aditivada.
Foto: M.Burroughs/Flickr
Atualmente o mercado brasileiro tem cinco gasolinas de alta octanagem, as consideradas
premium. Elas são a V-Power Racing, da Shell, a Petrobras Premium, e a ALE Premium,
todas com octanagem IAD 91; a recém-chegada Ipiranga Octapro, com octanagem IAD
96 (95,95), e a Petrobras Pódium, com octanagem IAD 97.
Todas elas são aditivadas, e todas têm 25% de álcool anidro adicionado em vez dos 27%
das gasolinas comuns (aditivadas ou não), conforme prevê a regulamentação brasileira,
que levou em consideração os modelos importados e de alto desempenho para
determinar essa diferença.
Quais são as gasolinas aditivadas comuns?
Com exceção das marcas citadas acima, todas as gasolinas aditivadas do Brasil são do
tipo comum, com octanagem IAD 87 (não confunda com gasolina comum não-aditivada).
Algumas distribuidoras usam nomes comerciais e até fazem campanhas que sugerem
maior desempenho, mas elas são essencialmente gasolinas comuns com agentes
dispersantes/detergentes.