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AULA 1
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conhecimento que se sobrepõe a qualquer outra, pois são crenças e
conhecimentos construídos ao longo dos anos e até séculos.
Outra forma de conhecimento é derivada da educação e de
ensinamentos transmitidos pelos nossos pais, professores, governantes,
lideres políticos e escritores. À medida que essas informações começam a ser
absorvidas e recebem créditos da população, esses conhecimentos passam a
se aceitos como verdades.
Porém todas essas formas de conhecimento não satisfazem o sentido
da criticidade e da comprovação científica. Com base nesse contexto, segundo
Gil (2011, p. 2), desenvolve-se a ciência, “um dos mais importantes
componentes intelectuais do mundo contemporânea”.
Saiba mais
Para saber mais sobre os tipos de conhecimento, acesse o link a seguir
e assista ao vídeo O que é conhecimento? Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=wekwPIP4oRo>.
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a. fase dos reflexos primordiais;
b. fase do saber;
c. a fase da ciência.
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A palavra método, provém do grego méthodos (meta= além de, após de
+ ódos = caminho). Partindo das definições e da origem da palavra, podemos
dizer então que método é o caminho ou a maneira de chegar a determinado fim
ou objetivo, distinguindo-se do conceito de metodologia.
Assim, podemos entender que metodologia são os procedimentos e
regras por determinado método. O método científico é o caminho para se
chegar a um objetivo, já a metodologia são as regras estabelecidas para o
método científico. A metodologia, segundo Demo (1987), pode ser entendida
também como uma preocupação instrumental que cuida dos procedimentos,
das ferramentas, dos caminhos para se chegar aos objetivos da ciência.
A ideia de método é antiga e advém dos antigos gregos Demócrito e
Platão, que empreenderam tentativas para síntese de métodos e
conhecimentos. Aristóteles formulou o método indutivo, que permite conferir as
características de um fenômeno. Porém um dos trabalhos mais importantes
para a ciência moderna foi o de Galileu Galilei (1564-1642), que, insistindo na
necessidade de elaborar hipóteses e submetê-las a provas experimentais, dá
os primeiros passos para o método científico moderno e para a tão discutida
ciência moderna (Richardson, 2010).
Saiba mais
Acesse o link a seguir e aprofunde um pouco mais seus conhecimentos
sobre o método científico. Disponível em:
<https://livrepensamento.com/2016/05/10/o-que-e-metodo-cientifico/>.
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Assim, cada momento cria novas expectativas e novos planejamentos, e
o processo não pode parar. O resultado mede-se pela aplicação das melhores
estratégias e modelos que permitam alcançar plenamente os objetivos
traçados.
Dessa forma, ao pensar os elementos da pesquisa, nas diversas áreas
do conhecimento, percebemos existir uma estrutura comum a todas elas, a
qual, segundo Pease e Bull (1996, citados por Richardson, 2010), integra cinco
elementos essenciais para se pensar a pesquisa, que são: metas, modelo,
dados, avaliação e revisão.
Vamos estudar um pouco cada um desses elementos:
Meta: o objetivo do estudo. O ponto de partida de qualquer pesquisa é a
meta ou objetivo ou, como veremos em outro momento, o objeto dessa
pesquisa.
Modelo: qualquer abstração do que está sendo trabalhado ou estudado.
Dados: as observações realizadas para representar a natureza do
fenômeno. Essa informação pode ser materializada pela coleta dos dados ou
dados já disponíveis a serem analisados.
Avaliação: processo de decisão sobre a validade do modelo. Nesse
ponto, comparam-se os dados e o modelo e analisa-se se tem sentido o que foi
proposto.
Revisão: mudança necessária no modelo. Se o modelo não dá conta
dos dados, procede-se a uma revisão, modificação ou substituição.
(Richardson, 2010, p. 23)
É importante entender que o método científico é um processo dinâmico
de avaliação e revisão do processo da pesquisa.
NA PRÁTICA
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Na vida profissional, como assistentes sociais, a primeira pesquisa a ser
realizada quando iniciamos um novo trabalho ou um novo projeto é procurar
conhecer a instituição na qual iremos atuar ou os dados para construir uma
nova proposta de trabalho. Nessa hora, a pesquisa é fundamental. Precisamos
pesquisar também quem são os sujeitos que se utilizarão do nosso trabalho?
As correlações de força institucional? Quais são as expressões da questão
social que se apresentam naquele espaço no qual iremos atuar? Todas essas
questões ou tantas outras que você deve estar se fazendo aí no seu momento
de estudo demandam pesquisa: tanto pesquisa teórica quanto pesquisa da
realidade na qual você ira intervir como profissional.
Assim, pode-se entender que a pesquisa faz parte da nossa vida diária,
bem como da nossa vida profissional cotidianamente.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
ALVES, R. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 10. ed. São
Paulo: Edições Loyola, 2005.