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REPÚBLICA DE ANGOLA

UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E BEM-ESTAR
(2022)

TRABALHO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA II


TEMA
FISIOLOGIA RENAL

Nome: Maria de Fatima Zinga Lemba


Nº:47125
1ºano
Sala: 607
Turma: A
Curso: Análises Clínicas e Saúde Pública

DOCENTE
______________________
Mbala Cussunga

Luanda, 2022

Introdução
Fisiologia renal é o estudo da fisiologia dos rins. A unidade funcional do rim é o
néfron o rim é o principal órgão do aparelho urinário com diferentes e importantes
funções para o organismo, tais como a filtragem do sangue para a eliminação de
resíduos tóxicos excedentes ao organismo, regulação da produção de glóbulos brancos
e formação dos ossos, regulação da pressão arterial sanguínea, produção de
eritropoetina e controle do equilíbrio químico e líquido do organismo.

Os rins estão localizados na parede traseira da cavidade abdominal, logo acima


da cintura e são protegidos pela caixa torácica.

Anatomia do rim
Existem três regiões principais do rim:

 Córtex renal

 Medula renal

 Pélvis renal

Córtex renal

Os rins são cercados por um córtex renal, uma camada de tecido que também é coberta
pela fáscia renal (tecido conjuntivo) e pela cápsula renal.

O córtex renal é formado por tecido granular devido à presença de néfrons a unidade
funcional do rim – localizados mais profundamente no rim, nas pirâmides renais da
medula.

O córtex fornece um espaço para as arteríolas e vênulas da artéria e veia renais, bem
como os capilares glomerulares, para perfundir os néfrons do rim. A eritropoetina, um
hormônio necessário para a síntese de novos glóbulos vermelhos, também é produzida
no córtex renal.

Medula renal

A medula renal é a região interna do parênquima renal. A medula consiste em várias


massas de tecido piramidal, chamadas pirâmides renais, que são estruturas triangulares
que contêm uma densa rede de néfrons.

Em uma extremidade de cada néfron, no córtex do rim, há uma estrutura em forma de


copo chamada cápsula de Bowman. Ele envolve um tufo de capilares chamado
glomérulo, que transporta sangue das artérias renais para o néfron, onde o plasma é
filtrado através da cápsula. Depois de entrar na cápsula, o fluido filtrado flui ao longo
do túbulo contornado proximal até a alça de Henle e depois para o túbulo contornado
distal e os dutos coletores, que fluem para o ureter. Cada um dos diferentes
componentes dos néfrons é seletivamente permeável a diferentes moléculas e permite a
regulação complexa das concentrações de água e íons no corpo.

Pelve Renal
A pelve renal contém o hilo. O hilo é a parte côncava da forma de feijão onde os vasos
sanguíneos e nervos entram e saem do rim; é também o ponto de saída dos ureteres.
Ureteres são os tubos contendo urina que saem do rim e esvaziam na bexiga urinária.

A pelve renal conecta o rim ao resto do corpo. A cápsula de Bowman (também


chamada cápsula glomerular) circunda o glomérulo. É composto de camadas viscerais
(células epiteliais escamosas simples; internas) e parietais (células epiteliais escamosas
simples; externas). A camada visceral fica logo abaixo da membrana basal glomerular
espessada e apenas permite que moléculas pequenas e fluidas, como glicose e íons
como sódio, passem para o néfron. Glóbulos vermelhos e proteínas grandes, como
albuminas séricas, não podem passar pelo glomérulo em circunstâncias normais.

No entanto, em algumas lesões, eles podem passar e causar a entrada de sangue e


proteínas na urina, o que é um sinal de problemas nos rins.

Funções renais gerais

A participação do rim na manutenção do meio interno do organismo se dá por


meio dos seguintes processos:

 Regulação do volume extracelular (através do balanço de Sódio);

 Regulação da osmolaridade (através do balanço de água livre);

 Controle do balanço eletrolítico;

 Regulação do equilíbrio ácido-base;

 Conservação de nutrientes;

 Excreção de resíduos metabólicos e de substâncias estranhas;

 Regulação da hemodinâmica renal e sistêmica;

 Participação na produção dos glóbulos vermelhos (produção de


Eritropoetina pela medula renal, induzida por baixa pO2);

 Participação na regulação do metabolismo ósseo de cálcio e fosforo


(além do processamento renal, rim produz Vitamina D).
Fisiologia Renal

O Nefron é a unidade fundamental dos rins. Cada rim contém cerca de 800.000 a 1
milhão de néfrons, cada um capaz de formar urina. O rim não pode regenerar novos
néfrons. Portanto, com a lesão renal, doença ou envelhecimento, ocorre declínio
gradual do número de néfrons. Após os 40 anos de idade, o número de néfrons
funcionais geralmente diminui por cerca de 10% a cada 10 anos; assim, com 80 anos,
muitas pessoas têm 40% a menos de néfrons funcionais em comparação com a idade de
40 anos. Essa perda não põe risco à vida porque alterações adaptativas nos néfrons
remanescentes os permitem excretar a quantidade apropriada de água, eletrólitos e
produtos residuais.

Cada néfron contém grupo de capilares glomeru-lares chamado glomérulo,pelo qual


grandes quantidades de líquido são filtradas do sangue, e longo túbulo,no qual o líquido
filtrado é convertido em urina, no trajeto para a pelve renal.

O glomérulo contém rede de capilares glomerulares que se unificam e se anastomosam


e que, comparados com outros capilares, têm pressão hidrostática alta (cerca de 60
mmHg). Os capilares glomerulares são recobertos por células epiteliais, e todo o
glomérulo é envolvido pela cápsula de Bowman.

O líquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman
e daí para o interior do túbulo proximalque se situa na zona cortical renal. A partir do
túbulo proximal, o líquido flui para o interior da alça de Henle,que mergulha no interior
da medula renal. Cada alça consiste em ramos descendentee ascendente.As paredes do
ramo descendente e da parte inferior do ramo ascendente são muito delgadas e,
portanto, são denominadas segmento delgado da alça de Henle. Após a porção
ascendente da alça ter retornado parcialmente de volta ao córtex, as paredes ficam mais
espessas e são denominadas segmento espesso do ramo ascendente.

No final do ramo ascendente espesso existe um pequeno segmento que tem em sua
parede placa de células epiteliais especializadas, conhecidas como mácula densa.Como
discutiremos adiante, a mácula densa tem um papel importante no controle da função
do néfron. Depois da mácula densa, o líquido entra no túbulo distaique, como o túbulo
proximal, se situa no córtex renal. Este é seguido tical,que levam ao dueto coletor
cortical.As partes iniciais de oito a 10 duetos coletores corticais se unem para formar o
único dueto coletor maior que se dirige para a medula e forma o dueto coletor
medular.Os duetos coletores se unem paraformar duetos progressivamente maiores que
se esvaziam na pelve renal, pelas extremidades das papilas renais.Em cada rim, existem
cerca de 250 grandes duetos coletores, cada um dos quais coletam urina de
aproximadamente 4.000 néfrons.

O néfron é composto de outras estruturas citadas logo abaixo:

 Corpúsculo renal

 Glomérulo

 Capsula de Bownman

 Alça de Henle

 Túbulo contorcido proximal

 túbulo contorcido distal

 ducto coletor

Corpúsculo renal

O corpúsculo renal é formado por duas outras estruturas: o glomérulo e a cápsula de


glomerular, também chamada de cápsula de Bowman.

E o ponto de partida da Formaçao de Urina. O sangue sistemico passa pelo sistema


Capilar glomerular e filtrado para formar Urina primaria.

O glomérulo

O glomérulo é um tufo capilar que recebe seu suprimento sanguíneo de uma arteríola
aferente da circulação renal. Aqui, o fluido e os solutos são filtrados para fora do
sangue e para o espaço criado pela cápsula de Bowman.

cápsula de Bowman - Glomerulo

Um grupo de células especializadas, conhecido como aparelho justaglomerular (AJG),


está localizado ao redor da arteríola aferente, onde entra no corpúsculo renal.

O AJG secreta uma enzima chamada renina, devido a uma variedade de estímulos, e
está envolvido no processo de homeostase do volume sanguíneo.

A cápsula de Bowman ou glomerular, localizada em uma extremidade de cada néfron


no córtex do rim, é a região de filtragem de sangue do néfron.
A cápsula glomerular é um saco em forma de xícara no início do componente tubular
de um néfron no rim de mamífero.

Alça de Henle

A alça de Henle é um tubo em forma de U que consiste em um membro descendente e


um membro ascendente. Transfere fluido do túbulo proximal para o distal.

Néfron simplifica: do Alça de henle, tubo coletor proximal, tubo coletor distal, ducto
coletor

A parte descendente é altamente permeável à água, mas completamente impermeável


aos íons, fazendo com que uma grande quantidade de água seja reabsorvida, o que
aumenta a osmolaridade do fluido para cerca de 1200 mOSm / L.

Em contraste, a alça ascendente do laço de Henle é impermeável à água, mas altamente


permeável aos íons, o que causa uma grande queda na osmolaridade do fluido que
passa pelo laço, de 1200 mOSM/L a 100 mOSm/L.

Túbulo Contorcido Proximal

O túbulo contorcido proximal é o primeiro local de reabsorção de água na corrente


sanguínea e o local onde ocorre a maioria da reabsorção de água e sal.

A reabsorção de água no túbulo contorcido proximal ocorre devido à difusão passiva


através da membrana baso-lateral e ao transporte ativo das bombas Na + / K + /
ATPase que transporta ativamente o sódio através da membrana baso-lateral.

Água e glicose seguem o sódio através da membrana baso-lateral através de um


gradiente osmótico, em um processo chamado co-transporte.

Aproximadamente 2/3 da água no néfron e 100% da glicose no néfron são reabsorvidos


pelo co-transporte no túbulo contorcido proximal.

O fluido que sai deste túbulo geralmente permanece inalterado devido à reabsorção
equivalente de água e íons, com uma osmolaridade (concentração de íons) de 300
mOSm/L, que é a mesma osmolaridade que o plasma normal.
Túbulo Contorcido Distal

O túbulo contorcido distal e o ducto coletor são o local final de reabsorção no néfron.

Ao contrário dos outros componentes do néfron, sua permeabilidade à água é variável,


dependendo de um estímulo hormonal, para permitir a regulação complexa da
osmolaridade, volume, pressão e pH do sangue.

Normalmente, é impermeável à água e permeável aos íons, reduzindo ainda mais a


osmolaridade do fluido. No entanto, o hormônio antidiurético, secretado pela glândula
pituitária como parte da homeostase, atuará no túbulo contorcido distal para aumentar a
permeabilidade do túbulo à água e aumentar a reabsorção da água.

Este exemplo resulta em aumento do volume sanguíneo e aumento da pressão


sanguínea. Muitos outros hormônios induzirão outras alterações importantes no túbulo
contorcido distal que cumprem as outras funções homeostáticas do rim.

Ducto Colector

O ducto coletor tem função semelhante ao túbulo contorcido distal e geralmente


responde da mesma maneira aos mesmos estímulos hormonais.

É, no entanto, diferente em termos de histologia. A osmolaridade do fluido através do


túbulo distal e do ducto coletor é altamente variável, dependendo do estímulo
hormonal. Após a passagem pelo ducto coletor, o líquido é trazido para o ureter, onde
sai do rim como urina e será armazenado na bexiga urinária.

A glândula adrenal

As glândulas adrenais são duas glândulas responsáveis pela liberação de hormônios em


resposta ao estresse, como as catecolaminas, e que também produzem aldosterona, um
hormônio do sistema renal.

glândulas supra renais

Elas não estão associadas ao formação da urina. Atuam mais como produtoras de
hormônios e fazem parte do sistema endócrino.
Fornecimento de sangue e nervos para os rins

As veias renais drenam o rim e as artérias renais fornecem sangue ao rim.

Como o rim filtra o sangue, sua rede de vasos sanguíneos é um componente importante
de sua estrutura e função. As artérias, veias e nervos que suprem o rim, entram e saem
no hilo renal.

Artérias renais

As artérias renais se ramificam na aorta abdominal e fornecem sangue aos rins. O


suprimento arterial dos rins é variável de pessoa para pessoa, e pode haver uma ou mais
artérias renais suprindo cada rim.

Devido à posição da aorta, da veia cava inferior e dos rins no corpo, a artéria renal
direita é normalmente mais longa que a artéria renal esquerda.

As artérias renais transportam grande parte do fluxo sanguíneo total para os rins – até
um terço do débito cardíaco total pode passar através das artérias renais para ser
filtrado pelos rins.

O suprimento sanguíneo renal começa com a ramificação da aorta nas artérias renais
(que são nomeadas com base na região do rim pela qual passam) e termina com a saída
das veias renais para unir a veia cava inferior.

As artérias renais se dividem em várias artérias segmentares ao entrar nos rins, que
depois se dividem em várias arteríolas.

Essas arteríolas aferentes se ramificam nos capilares glomerulares, que facilitam a


transferência de fluidos para os néfrons dentro da cápsula de Bowman, enquanto as
arteríolas eferentes retiram o sangue do glomérulo e nos capilares interlobulares, que
fornecem oxigenação tecidual ao parênquima do rim.

Veias renais

As veias renais são aquelas que drenam os rins e os conectam à veia cava inferior. A
veia renal drena o sangue das vênulas que surgem dos capilares interlobulares no
interior do parênquima renal.
Plexo Renal

O plexo renal é a fonte de inervação do tecido nervoso no rim, que envolve e altera
principalmente o tamanho das arteríolas no córtex renal.

A entrada do sistema nervoso simpático desencadeia vasoconstrição das arteríolas no


rim, reduzindo assim o fluxo sanguíneo renal no glomérulo.

O rim também recebe informações do sistema nervoso parassimpático, por meio dos
ramos renais do nervo vago, que causa vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo das
arteríolas aferentes. Devido a esse mecanismo, a estimulação nervosa simpática
diminuirá a produção de urina, enquanto a estimulação nervosa parassimpática
aumentará a produção de urina.

Formação da Urina

A Formação da Urina Resulta da Filtração Glomerular, Reabsorção Tubular e Secreção


Tubular intensidades com que as diferentes substâncias são excretadas na urina
representam a soma de três processos renais, filtração glomerular, reabsorção de
substâncias dos túbulos renais para o sangue e secreção de substâncias do sangue para
os túbulos renais. Matematicamente isto pode ser expresso por:

Intensidade de excreção urinária = Intensidade de filtração - Intensidade de


reabsorção + Taxa de secreção

A formação da urina começa quando grande quantidade de líquido praticamente sem


proteínas é filtrada dos capilares glomerulares para o interior da cápsula de Bowman. A
maior parte das substâncias no plasma, exceto as proteínas, é livremente filtrada, de
forma que a concentração dessas substâncias no filtrado glomerular da cápsula de
Bowman é a mesma do plasma. Conforme o líquido filtrado sai da cápsula de Bowman
e flui pelos túbulos, é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos, de
volta para os capilares peritubulares ou pela secreção de outras substâncias dos
capilares peritubulares para os túbulos
Filtrado Glomerular

A formação da urina começa com a filtração de grandes quantidades de líquido, por


meio dos capilares glomerulares para a cápsula de Bowman. Como a maioria dos
capilares, os capilares glomerulares são relativamente impermeáveis às proteínas,
assim, o líquido filtrado (chamado de filtrado glomerular) éessencialmente livre de
proteínas e desprovido de elementos celulares como as hemácias.

As concentrações de outros constituintes do filtrado glomerular, incluindo a maior parte


dos sais e moléculas orgânicas, são similares às concentrações no plasma. Exceções a
essa generalização incluem umas poucas substâncias de baixo peso molecular, tais
como cálcio e ácidos graxos, que não são livremente filtradas por estarem parcialmente
ligadas às proteínas plasmáticas. Por exemplo, quase metade do cálcio e a maior parte
dos ácidos graxos plasmáticos estão ligadas às proteínas plasmáticas e essa parte ligada
não é filtrada pelos capilares glomerulares.

A Reabsorção Tubular Inclui Mecanismos Passivos e Ativos

Para que a substância seja reabsorvida, ela deve primeiro ser transportada através das
membranas epiteliaistubulares para o líquido intersticial renal e, posteriormente, através
da membrana dos capilares peritu-bulares, retornar ao sangue. Dessa forma, a
reabsorção de água e de solutos inclui uma série de etapas de transporte. A reabsorção,
através do epitélio tubular, para o líquido intersticial inclui transporte ativo ou passivo
pelos mesmos mecanismos básicos, para o transporte através de outras membranas do
corpo. Por exemplo, água e solutos podem ser transportados, tanto através das próprias
membranas celulares (via transcelular) quanto através dos espaços juncionais entre as
junções celulares (viaparacelular). A seguir, após a absorção, através das células
epiteliais tubulares, para o líquido intersticial, a água e os solutos são transportados
pelo restante do caminho através das paredes dos capilares peritubulares, para o sangue,
por ultrafiltração(bulk flow) que é mediada por forças hidrostáticas e coloidos-móticas.
Os capilares peritubulares têm comportamento bem parecido com o das extremidades
venosas da maioriados outros capilares, pois neles existe força efetiva de reabsorção,
que move o líquido e os solutos do interstício para o sangue.
Transporte Ativo

O transporte ativo pode mover o soluto contra gradiente eletroquímico e requer energia
derivada do metabolismo. O transporte que é acoplado diretamente à fonte de energia,
como, por exemplo, a hidrólise de trifosfato de ade-nosina (ATP), é denominado
transporte ativo primário. Bom exemplo disso é a bomba sódio-potássio ATPase que
funciona ao longo da maior parte do túbulo renal. O transporte que é acoplado
indiretamenteà fonte de energia, como, por exemplo, a fornecida por gradiente iônico, é
chamado transporte ativo secundário. A reabsorção de glicose pelo túbulo renal é
exemplo de transporte ativo secundário. Embora os solutos possam ser reabsorvi-dos
pelo túbulo, por mecanismos ativos e/ou passivos, a água é sempre reabsorvida por
mecanismo físico passivo (não ativo) denominado osmose,o que significa difusão da
água de região de baixa concentração de soluto (alta concentração de água) para uma
de alta concentração de soluto (baixa concentração de água)

O Transporte Ativo Primário através da Membrana Tubular Está Ligado à Hidrólise de


ATP. A importância especial do transporte ativo primário é que ele pode mover solutos
contra seu gradiente eletro químico. A energia para esse transporte ativo vem da
hidrólise de ATP, por meio da ATPase ligada à membrana; a ATPase também é
componente do mecanismo transportador que liga e move solutos através das
membranas celulares. Os transportadores ativos primários conhecidos nos rins incluem
a sódio-potássio ATPase,a hidrogênio ATPase, hidrogênio-potássio ATPasee a cálcio A
TPase.

Bom exemplo de sistema de transporte ativo primário é a reabsorção de íons sódio


através da membrana tubular proximal, Nos lados basola-terais da célula epitelial
tubular, a membrana celular tem extenso sistema de sódio-potássio ATPase que
hidrolisa ATP e usa a energia liberada para transportar íons sódio para fora da célula
em direção ao interstício. Ao mesmo tempo,o potássio é transportado do interstício para
o interior da célula. A operação dessa bomba iônica mantém concentrações
intracelulares baixas de sódio e altas de potássio, e cria carga efetiva negativa de cerca
de -70 milivolts dentro da célula. Esse bombeamento ativo do sódio para fora da célula,
através da membrana basolate-ralda célula, favorece a difusão passiva de sódio através
da membrana luminalda célula, do lúmen tubular para dentro da célula, por duas
razões: Existe gradiente de concentraçãoque favorece a difusão de sódio para dentro da
célula, pois a concentração intracelular de sódio é baixa (12 mEq/L) e a concentração
de sódio do líquido

 1.O sódio se difunde através da membrana luminal (também chamada de


membrana apicat)para dentro da célula a favor do gradiente eletroquímico
estabelecido pela bomba sódio-potássio ATPase, na porção basolateral da
membrana.

 2.O sódio é transportado, através da membrana basolateral, contra o gradiente


eletroquímico pela bomba sódio-potássio ATPase.

 3.Sódio, água e outras substâncias são reabsorvidos do líquido intersticial para


os capilares peritubulares por ultrafiltração, processo passivo movido pelos
gradientes de pressão hidrostática e coloidosmótica

Dessa forma, a reabsorção resultante dos íons sódio, do lúmen tubular de volta para o
sangue, envolve pelo menos três etapas:

Reabsorção Ativa Secundária através da Membrana Tubular. No transporte ativo


secundário, duas ou mais substâncias interagem com uma proteína específica de
membrana (molécula transportadora) e são ambas transportadas através da membrana.
Uma vez que uma das substâncias (p. ex., sódio) se difunde por seu gradiente
eletroquímico, a energia liberada é utilizada para mover outra substância (p. ex.,
glicose) contra seu gradiente eletroquímico. Dessa forma, o transporte ativo secundário
não necessita de energia diretamente do ATP ou de outras fontes com fosfato de alta
energia. Em vez disso, a fonte direta de energia é liberada peladifusão facilitada
simultânea de outra substância transportada a favor de seu gradiente eletroquímico.

o transporte ativo secundário de glicose e aminoácidos no túbulo proximal. Em ambos


os casos, a proteína transportadora específica,na borda em escova, se combina com o
íon sódio e uma molécula de aminoácido ou de glicose ao mesmo tempo. Esses
mecanismos de transporte são tão eficientes que removem quase toda a glicose e os
aminoácidos do lúmen tubular.
Reabsorção e Secreção pelosTúbulos Renais

Após o filtrado glomerular entrar nos túbulos renais,ele flui pelas porções sucessivas do
túbulo túbulo proximal, alça de Henle, túbulodistai, túbulo coletore, finalmente, dueto
coletor antesde ser excretado como urina. Ao longo desse curso,algumas substâncias
são seletivamente reabsorvidasdos túbulos de volta para o sangue enquanto outras
sãosecretadas, dosangue para o lúmen tubular.

Composição da urina

composição da urina difere do fluido extracelular em vários aspectos. Em um


individuo normal, embora a composição e o volume do fluido extracelular se
mantenham dentro de estreitos limites, a quantidade de solutos e água da urina é
bastante variável e depende da ingestão dessas substancias.

Um indivíduo normal excreta mais sódio na urina quando sua dieta é mais
elevada em sal do que quando esta é baixa; porém em ambas as situações o equilíbrio
entre ingestão e excreção de sódio é mantido. Similarmente, o volume urinário é maior
em condições de sobrecarga de água que de restrição a mesma. Essas relações indicam
que não existem valores normais absolutos para a excreção urinaria de água e solutos,
havendo uma gama de variações que reflete a ingestão diária.

Classificação de substâncias pelo processamento renal

1. Substâncias filtradas, não secretadas e não reabsorvidas (quantidade filtrada =


quantidade excretada):

 Inulina

 Creatinina (Obs: creatinina é um pouco secretada)

2. Substâncias filtradas, não secretadas e reabsorvidas parcialmente (quantidade


filtrada < quantidade excretada)

 Ureia;

 Sódio;
3. Substâncias filtradas, parcialmente reabsorvidas, parcialmente secretadas

 Potássio

4. Substâncias filtradas, reabsorvidas totalmente e não secretadas (Clearance


renal = zero):

 Glicose (em pessoas com níveis de glicose abaixo de 180 mg/dL)

 Aminoácidos

5. Substâncias filtradas, não reabsorvidas e secretadas totalmente (maior


clearance possível)

 Para amino-hipurato (PAH)


Conclusão

Depois de todas pesquisas feitas cheguei a concluir que a Fisiologia renal é o


estudo da fisiologia dos rins.

A unidade funcional do rim é o néfron o rim é o principal órgão do aparelho


urinário com diferentes e importantes funções para o organismo, tais como a filtragem
do sangue para a eliminação de resíduos tóxicos excedentes ao organismo.

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