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Praia
Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Seminário complementar de antropologia
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Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Seminário complementar de antropologia
Arquitectura, 4º ano
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Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Seminário complementar de antropologia
Í NDICE
Apresentação...............................................................................................................................6
Introdução ...................................................................................................................................8
Antropologia Física...........................................................................................................12
Antropologia Cultural.......................................................................................................12
Evidências.........................................................................................................................13
Revelação.........................................................................................................................17
Contribuição da Arqueologia.................................................................................................18
Antiguidade clássica.........................................................................................................22
Idade média.....................................................................................................................22
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Conclusão...................................................................................................................................31
Referências ................................................................................................................................33
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A PRESENTAÇ Ã O
Meu nome é Danilson Ribeiro Gomes, filho de Rufino Gomes e Alzira Ribeiro Gomes.
Nasci na cidade de S. Filipe, ilha do Fogo, a 24 de Setembro de 1982. Cresci na zona de
Patim, onde frequentei a escola primária. Fiz os estudos liceais na Cidade de São Filipe,
com muito sacrifício, pois tinha que caminhar à pé mais de 6 Km por dia até que a
Câmara Municipal disponibilizou o transporte escolar. Eu gostava muito de apreender,
não necessariamente na escola, pois achava as aulas enfadonhos e não conseguia ver a
importância dos conhecimentos que os professores queriam passar. A única coisa que
gostava de fazer depois de uma redação, era o desenho. Ficava mais satisfeito quando
aprendia, com meu pai, a fazer uma parede de pedra, ou de bloco de cimento, ou quando
entrava na oficina de carpintaria do senhor Sebastião Djamdjam, ou na oficina de
serralharia do senhor Agnelo, pois ali conseguia ver utilidade da obra que era realizada.
Foi assim que ainda bem jovem comecei a seguir um eletricista e canalizador a aprendi
o ofício. Depois disso, fui incentivado por um pedreiro a desenhar a sua casa, e assim,
nesse esforço tremendo que ultrapassava a minha capacidade, fiz o primeiro projeto
quando ainda tinha 14 anos. Dali em diante apaixonei pela área de arquitetura. Quando
entrava na biblioteca, pegava somente os livros técnicos de desenho, de arquitetura, de
eletricidade, canalização, e nada de matéria que recebia dos meus professores. Isso
explica o meu insucesso no liceu, pois estava mais interessado na minha autoformação
que acabei por abandonar a escola com o 12º ano incompleto. Na altura, trabalhava com
um engenheiro, e ele me advertiu a estudar e fazer a minha formação porque a ordem
dos arquitetos iriam restringir o trabalho para apenas os licenciados. Então ingressei de
novo nos estudos.
Quando eu era criança, os meus pais, embora eram católicos, não frequentavam a missa.
Porem, eu frequentava algumas igrejas com os amigos e sem compromisso, a Igreja do
Nazareno, e Nova Apostólica, e sem saber a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Gostava
das histórias que eram contadas. Mais tarde os meus pais retornaram à igreja e fui
forçado a frequentar juntamente com eles a Igreja Católica Apostólica Romana. Porém,
não gostava da missa, e achava tudo enfadonho com todas as cerimónias que eram
feitas, principalmente na catequese. Mas acabei por integrar e fiz a profissão de fé e
quase decidi ser um padre, pois na altura, a minha experiência com Deus era firme.
Mais tarde, comecei a estudar a Bíblia, e percebi, para meu desapontamento, que a
Igreja Católica não seguia fielmente o que estava escrito. Isso foi desconfortante para
mim, e acabei por abandonar a igreja, mas não a fé. Um dia fui convidado a visitar a
Igreja Adventista do Sétimo Dia. Quando fui lá, percebi que eram diferentes e mais
simpáticos. Comecei a Estudar com os adventistas do Sétimo Dia e quando estudei o
livro de Apocalipse, a minha visão de mundo mudou, foi então que decidi ser
Adventista em 2001. Mas essa decisão não foi fácil, uma vez que na casa sofria
oposição. Em pouco tempo aprendi verdades Bíblicas que em toda a minha vida não
tinha alcançado. Hoje dou graças a Deus por guiar-me para a IASD.
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Em 2006 vim para Praia, onde terminei o liceu e ingressei na Universidade Jean Piaget
em 2008. A integração não foi fácil, pois como dizia o salmista: “o justo passa por
muitas adversidades, mas o Senhor o livra de todas.”1. No entanto eu estava feliz porque
fazia um curso que eu tinha sonhado. Os dois primeiros anos não foi fácil, porque tinha
que trabalhar para pagar a propina. Algumas aulas foi frustrante, porque os professores
faziam algumas declarações muito embaraçosas para minha fé. Foi então que percebi,
como o apóstolo Paulo tina dito acerca da salvação pela cruz, “o mundo não o conheceu
por meio da sabedoria humana”2.
1 Salmos 34:19
21Coríntios 1:21
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I NTRODUÇ Ã O
Para isso, cada tema decorrido será disposto, pelo menos, em três partes. A primeira
parte são os conteúdos absorvidos em cada sessão. Não vai ser um transcrição total, mas
será destacadas as informações principais. A segunda parte será as pesquisas feitas de
forma a reforçar a matéria, e que vai permitir fazer uma análise dos conteúdos
absorvidos. A terceira parte será a minha construção de conhecimento. Constitui a
minha reflexão sobre os dados e meu posicionamento perante cada tópico. Haverá
momentos em que a segunda e terceira parte serão desenvolvidas juntas.
Para melhor estruturação a fim de facilitar a compreensão usou-se estes símbolos para
separar cada grupo descrita acima:
i Primeira parte
p Segunda parte
c Terceira parte
3 Bruzzi , Rita Carolina Vereza & Villar , Antônio Marques de Sá, Auto-avaliação no ensino superior: um espelho
chamado portfólio
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O O B J E T O D E ES T U D O D A A N T R O P O L O G I A .
Nesta primeira sessão, como é de esperar, o professor mostrou que o objeto do estudo
da Antropologia é o Homem e que esta ciência pretende responder perguntas tais como:
quem é o homem? De onde vem e para onde vai? O professor deixou claro que as
ciências pretendem responder estas questões, mas que as respostas científicas são
sempre “provisórias”.
p
De acordo com Jean Flori, “o homem, ao contrário dos outros animais não se contenta
com o ato de viver. Ele quer também saber porque vive”. 4 Paul Nelson, refletindo na
importância de se saber “de onde veio” afirmou que “sem esta informação, é como estar
“perdido numa floresta sem direção”, razão porque torna esta questão a mais
“importante e fundamental” que se pode fazer. De facto, a questão é tão importante que
tem impacto na vida do ser humano. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a
“depressão é a primeira causa da incapacidade no ranking mundial” O psiquiatra
Marcos Romano mostra que uma das razões dessa depressão está relacionada com a
“visão do mundo distorcida”. Está a dizer que aquilo em que acreditamos, tem uma
influência na nossa vida, como enfrentamos os problemas da vida e a realidade.5
Alister Mcgrath e Joanna Mcgrath destacam, citando sir Peter Medawar que afirma: “A
existência, de fato, de limites para a ciência parece muito provável em razão de haver
perguntas que ela não pode responder, e que nenhum avanço concebível dela a
autorizaria a responder. Tenho em mente questões do tipo: Como tudo começou? Para
que estamos todos aqui? Qual o sentido da vida?” Em conclusão, os autores mostram
que “as teorias científicas não podem ser tomadas para 'explicar o mundo', mas apenas
para explicar os fenómenos observados no mundo. Além disso, as teorias científicas não
descrevem e explicam 'tudo sobre o mundo', e nem pretendem fazê-lo.”6 Também, ela
4 Flori, Jean. Evolucionista ou Cristão, Publicadora Atlântico, S.A. Pág. 11
5 Origens, TV Novo Tempo https://www.youtube.com/watch?v=C2XY9QXwCuw
6 Medawar, Peter. The Limits of Science, p. 66 - Citado por Alister Mcgrath & Joanna Mcgrath em O delírio de
Dawkins
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pode responder “como alguma coisa acontece, mas ela tem muita dificuldade, ou não
vai conseguir responder as perguntas do tipo porquê”.7 E como destaca muito bem,
William Lane Craig, “a ciência não nos providencia a verdade sobre a ética, ou
verdades estéticas, ou verdades matemáticas ou lógicas, ou verdades metafísicas”.8
Embora se admita ser problemático definir a ciência, ela é vista “como uma forma de
conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada
- se possível, com o auxílio da linguagem matemática -, leis que regem os fenómenos”. 9
O matemático Bertrand Russel acreditava que “qualquer conhecimento que é
alcançável, deve ser alcançado por métodos científicos; e o que a ciência não pode
descobrir, o homem não pode saber”. Isso é conhecido como o cientismo, ideia que hoje
permeia as universidades dado ao grande progresso da tecnologia. Comentando isso, o
matemático John Lennox afirma que esta declaração não é cientifica, isto é, “não é uma
declaração da ciência”, mas sim “uma declaração sobre ciência” e desta forma “não
podemos saber se é verdade ou se é falsa” portanto é “uma declaração incoerente”. 10
Uma análise mais completa dessa questão pode ser encontrada no artigo do filósofo
Paul Copan.11
Também, quando António Gil refere a uma “linguagem rigorosa e apropriada” está
apelando por um dos pressuposto da ciência que é a “capacidade cognitiva do homem”
ou, na palavra de John Lennox: a “racionalidade que nós temos que ter para fazer a
ciência” de facto acreditamos sim que a nossa mente tem a capacidade para entender os
fenómenos observados da natureza. Isso pode ser entendido com a história de Galileu
quando “levou seus alunos a torre de Pisa e mostrou-lhes um tijolo inteiro e outro
partido ao meio”.12 Ele iria provar através de uma experiência que os tijolos cairiam ao
mesmo tempo, embora tenham peso diferente, contrariando assim, o consenso científico
da época porque acreditavam que um corpo de maior peso cairia primeiro que um corpo
de menor peso, soltos ao mesmo tempo e mesma altura. Mas ao realizar este ensaio, ele
estava validando os pressupostos filosóficos que legitimaram seu experimento. Ele
acreditava que podia confiar na sua faculdade, que a mente é capaz. Ele também
acreditava nas “leis que regem os fenómenos”, isto é, que o universo é compreensível e
pode ser estudado, que pode-se obter conhecimento através da investigação dos
fenómenos porque existe uma “ordem inteligível no universo”. Galileu acreditava
também que podia usar a lógica, ou seja, que esta experiência podia ser feita em outros
11 http://enrichmentjournal.ag.org/201002/201002_122_scientif_prove.cfm
12 Silva, Rodrigo. Eles Criam em Deus, Biografias de cientistas e sua fé criacionista. Casa Publicadora Brasileira,
Tatuí SP pág. 19
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c
O professor foi claro ao destacar um ponto positivo da ciência. Ela busca a verdade, mas
nunca está certo do que é a verdade e nesse sentido o conhecimento que se adquire é
“provisório”. Penso que é um aspeto interessante e positivo da ciência porque ela nunca
fecha a porta, mas está sempre aberta para uma explicação mais realista. Como
destacam os autores, citados acima, a ciência possui limites, e neste sentido, estou
convencido que não poderá perscrutar totalmente factos singulares, como a origem da
vida e do universo, ou responder perguntas do tipo “porque” sendo que isso dependerá
da interpretação do sujeito investigador.
Acho que qualquer investigador precisa refletir acerca dos pressupostos filosóficos que
antecedem a ciência. Se pesquisamos o mundo natural, é porque concordamos com
esses pressupostos. E se concordamos com esses pressupostos somos forçados a adotar
a visão de mundo teísta. Porque natureza com ajuste fina e mentes inteligentes,
conscientes, pressupõem projeto e propósito.
i
1ª A P R E S EN T A Ç Ã O - O ESTUDO DO HOMEM
Conforme foi apresentado (por meu grupo), no início do século XX, os estudiosos,
conhecidos por antropólogos, procuravam conhecer mais os aspetos pertinente e
misterioso da história do homem de forma que a Antropologia tornou-se a ciência das
semelhanças e desigualdades humanas. Foi mostrado que a Antropologia é o estudo do
homem e suas obras e está dividida em duas esferas principais: a Antropologia Física e
Antropologia Cultural.
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ANTROPOLOGIA FÍ SICA
ANTROPOLOGIA CULTURAL
Vimos ainda que o homem, diferentemente do animal, é um ser cultural e a
Antropologia estuda vários aspetos da cultura humana, debruçando sobre a história da
cultura, a linguagem, estruturas sociais, personalidades etc.
Também vimos que Arqueologia está mais ligada à Antropologia Cultural porque
provém informações sobre as culturas dos ancestrais através de escavações de artefactos
antigos. Sendo assim ela tem uma ligação com a História com historiadores, e aproxima
os arqueólogos dos geólogos, paleontólogos, paleobotânicos, e geofísicos.
p c
Para ser honesto, não estou seguro se isso é, realmente, a busca por uma resposta
objetiva. Porque se o problema é estudar a origem do homem, saber como veio a surgir,
existe apenas duas possibilidades a ser estudadas e uma delas seria descartadas. Ou foi
criado, ou surgiu por acaso. A questão que se impõe é: como saber a origem de facto
singular como a origem da vida? Norman Geisler e Frank Turek destacam que “nenhum
ser humano observou o surgimento da primeira vida. O surgimento da primeira vida na
Terra foi um acontecimento histórico único, impossível de ser repetido. Ninguém estava
presente para vê-lo — nem os evolucionistas nem os criacionistas estavam lá, e
certamente não podemos viajar de volta no tempo para observar diretamente se a
primeira vida foi criada por algum tipo de inteligência ou se surgiu em função das leis
naturais agindo com base em uma matéria inorgânica.” 14 Mais uma vez, há apenas duas
formas de saber o que aconteceu: estudando as evidências ou pela revelação (Revelação
do Criador - Bíblia).
EVIDÊ NCIAS
Por certo é que a evidência não é prova. As evidências, de certa forma, são interpretados
segundo a cosmovisão adotado pelo investigador. O texto em análise mostra que a
antropologia biológica estuda a hipótese da evolução humana comparando a anatomia
14 Geisler, Norman & Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica pág. 87
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óssea dos símios e humanos. Está assumindo a priori que a semelhança entre as formas
dos seres vivos, e poderia acrescentar a semelhança no ADN, e, também, a
“universalidade do código genético” proposto por Richard Dawkins, é uma evidência da
ancestralidade comum. Pode até ser, mas também, pode ser evidência de um mesmo
projetista.15 Certamente ninguém concluiria que o homem é metade banana só porque
compartilhamos cerca de 50% de nosso ADN com bananas.16 Pelo contrário, isso
mostra que a homologia é evidencia, não de ancestralidade comum, mas de um projeto
comum.
Outra coisa que percebi é que embora a aula tenha começado com a pergunta “de onde
viemos”, essa questão não foi tratada. Assume-se pela inferência baseada em
comparação anatómica que a evolução é responsável pela origem e por toda a
complexidade da vida. É o que se percebe, também, com a obra de Charles Darwin “a
Origem das Espécie” que não trata da origem em si, mas da variação que existem nas
espécies. Darwin observou as pequenas variações, por exemplo, no bico de tentilhões
das ilhas de Galápagos, e inferiu a partir dessa observação que Deus não criou os
animais, isso porque, nessa época, eles tinham a ideia de que Deus criou espécie fixa.
De acordo com Jonathan Wells essa conclusão parece exagerada e “a evidencia está a
ser distorcida para sustentar uma teoria com a qual não se conforma”. 17 De facto
Darwin podia inferir que Deus não criou espécie fixa. Mas a astúcia da sua teoria é
pegar nesse fato real (pequenas variações dentro de uma espécie) e propor que todos os
animais procedem de um ancestral comum, o que constitui um cenário imaginário, dado
que tal cenário não pode ser observado. Darwin escreveu uma carta ao seu amigo, onde
sugeriu que a vida talvez possa surgiu a partir de substâncias químicas que reagiram em
alguma “sopa primordial” sem intervenção de qualquer agente inteligente.18 Embora
15 Geisler, Norman & Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica pág. 111
18 https://pt.scribd.com/doc/33560233/Capitulo-de-Em-Defesa-da-Fe-de-Lee-Strobel-sobre-Evolucao visitado em
Junho 2015
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Louis Pasteur tenha mostrado cientificamente que “vida não provém de materiais não-
vivos”19, os evolucionistas acreditam que se dispusemos de “tempo suficientemente
longo, o impossível se torna possível, o possível, provável, e o provável, virtualmente
certo. Basta esperar: o tempo, por si só, realiza milagres” 20 . Mas isso é uma crença em
algo que não podemos testar. Na verdade este raciocínio indutivo foi criticado por Karl
Popper. Para ele "o darwinismo não é uma teoria científica testável, mas sim um
programa de pesquisa metafísico, que, no máximo, seria apenas uma possível base para
teorias científicas testáveis"21. Foi feita várias experiências, conduzidas
inteligentemente, para testar a proposta da geração espontânea. Qual foi a conclusão que
os cientistas chegaram?
Andy Knoll, professor de biologia de Harvard confessa numa entrevista: “Não sabemos
como a vida começou no planeta. Não sabemos exatamente quando começou, nem em
que circunstâncias.”22
Chandra Wickramasinghe disse: "O surgimento da vida tomando como base uma sopa
primordial na Terra é meramente um artigo de fé que os cientistas estão tendo
dificuldades de espalhar. Não existe comprovação experimental para apoiar isso
atualmente. A verdade é que todas as tentativas de criar vida com base em algo não
vivo, começando com Pasteur, não tiveram sucesso". Acrescentou ainda que "acreditar
que a vida surgiu por acaso é como acreditar que um Boeing 747 surgiu depois de um
tornado ter passado por um ferro-velho"23.
O físico e cientista da informação Hubert Yockey escreve: ''A crença de que a vida na
Terra surgiu espontaneamente com base em uma matéria inanimada é simplesmente
uma questão de fé num reducionismo profundo e está baseada inteiramente em
ideologia".25
22 Citado por Geisler, Norman e Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
23 Wickramasinghe, Chandra. entrevisrado por Roberr Roy Britt, 27 de outubro de 2000; citado por Geisler, Norman
e Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
24 Evolution: A Theory in Crisis. Bethesda, Md.: Adler & Adler, 1985, p. 264. Citado por Geisler, Norman e Turek,
Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
25 Information Theory and Molecular Biology. Cambridge, New York: Cambridge University Press, 1992, p. 284.
Citado por Geisler, Norman e Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
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Antony Flew questiona: “a pergunta filosófica que não foi respondida pelos estudos da
origem da vida é: como pode um universo de matéria sem inteligência produzir seres
com intuitos intrínsecos, capacidade de reprodução e "química codificada"?”28
Dean Kenyon que tinha proposto juntamente com Gary Steinman que “talvez a vida
tenha sido predestinada bioquimicamente pelas propriedades de atração que existem
entre suas partes químicas,” (Predestinação Bioquímica.) acabou admitindo, pela forças
dos dados, que “não existe a menor chance de origem através da evolução química,
para até mesma, a mais simples das células”.29
Não vou abordar o poder da seleção natural, nem da mutação uma vez que existe um
documento na Internet - “Uma Dissensão Científica do Darwinismo” - que está sendo
assinado pelos cientistas onde confessam que são “céticos das afirmações da capacidade
da mutação aleatória e da seleção natural explicarem a complexidade da vida.” e exigem
“um exame cuidadoso da evidência a favor da teoria darwinista."30
26 The Unraveling of Scientific Materialism. First Things (November 1997): 22— 5. Citado por Geisler, Norman e
Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
27Billions and Billions of Demons", The New York Review of Books, January 9, 1997, p. 31. Citado por Geisler,
Norman e Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
15
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Portanto, pela ciência convencional, não se sabe como a vida surgiu, e como outros
admitiram, é impossível pela geração espontânea. Então como se deu a origem da vida?
Dean Kenyon vê apenas uma outra alternativa, ele compreende que “o conceito da vida
como sendo o resultado de um projeto inteligente tornou-se imensamente atrativo (…) e
fazia muito sentido, pois, combinava intimamente com as descobertas múltiplas”. 31 Da
mesma forma Bradley declarou que “se não existe uma explicação natural e parece não
haver a possibilidade de se encontrar, creio então que é apropriado levar em conta uma
explicação sobrenatural. Eu acho que essa é a conclusão mais razoável com base nas
evidências.” Antony Flew que foi um defensor acérrimo do evolucionismo, outrora ateu
convicto, depois de uma análise profunda declara que a sua “jornada para a descoberta
do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão.” ainda declara: “segui o
argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-
existente, imutável, imaterial, omnipotente e omnisciente.”32
REVELAÇÃ O
31 Idem
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Muitos cientistas, hoje, acreditam que somos produtos de uma mente inteligente e a
evidência disso está no ADN. O código genético é mais que matéria, é informação!
Assim como a informação não está na molécula da tinta e do papel, porque são apenas
suportes, assim também, a informação não pode ser buscada na estrutura química do
ADN.36 Se já é difícil explicar a origem de um simples proteína, por mero acaso,
imagina agora o genoma, e mais difícil ainda a informação nela contida. Pergunto então,
será que a ciência tem que ser necessariamente naturalista, a ponto de negar a
informação? (…) Qual é a origem da informação? Stephen Meyer diz que a melhor
explicação, dentro “das hipóteses competidoras”, para a origem da informação é
“atividade consciente” ou “inteligência”. Diz ainda que esta inferência não se baseia na
ignorância, mas na nossa “experiência repetidas e uniformes” e explica que a única
causa conhecida que produz informação é a inteligência. 37 Assim também Michael
Denton, biólogo molecular, conclui que a “inferência de planejamento é uma indução
puramente a posteriori, baseada numa aplicação inexoravelmente consistente da lógica
e da analogia. A conclusão pode ter implicações religiosas, mas não depende de
pressuposições religiosas”. 38
Lamento que as informações que nos são passadas, nas ciências das origens, são mais
interpretação do que informação. Como diz Elaine Kennedy, o conhecimento “pode ser
dividido em dois conceitos distintos: dados e interpretação. Visto que os dados estão
sujeitos a variadas interpretações, estudantes e pesquisadores precisam distinguir
cuidadosamente entre a informação que constitui os dados coligidos e a “informação”
deles derivada, que é apresentada como evidência em apoio de uma hipótese”. 39 Neste
sentido eu penso que aceitar a hipótese da evolução é aceitar a crença do naturalismo,
porque esta filosofia sobressai acima dos dados empíricos. Falou-se muito que a
universidade não só forma profissionais, mas também pessoas que refletem e
questionam. Para isso a universidade devia mostrar os dois lados da moeda, isto é as
duas explicações, e deixar que os alunos decidam.
38 Denton, Michael. A Theory in Crisis, Bethesda, MD, Adler, 1986, p. 341. citado por Lourenço, Adauto. Como
tudo começou, Editora Fiel
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C ON T R I B U IÇ Ã O DA ARQUEOLOGIA
Várias são as contribuições que a Arqueologia pode dar para desvendar a história
passada. “Muitíssimas descobertas arqueológicas e históricas confirmam a existência de
personagens, civilizações, sítios e acontecimentos da Bíblia”. 40 Acontecimentos como a
criação e dilúvio, apesar de ser considerado, pelos céticos, um “mito” não é um relato
exclusivamente da Bíblia. Como disse o Dr. Nelson Glueck, “nenhuma descoberta
arqueológica jamais contradisse qualquer referência bíblica. Dezenas de achados
arqueológicos foram feitos que confirmam em exato detalhe as declarações históricas
feitas pela Bíblia. E, da mesma maneira, uma avaliação própria de descrições bíblicas
tem geralmente levado a fascinantes descobertas no campo da arqueologia moderna.”41
Foi encontrado paralelo literário entre o Génesis e as escritas em tablete cuneiforme 42, a
saber:
43 Idem
18
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Em vez de plágio, diz Rodrigo Silva, o Génesis possui características de ser quase uma
“correção daquilo que o antecede” a prova disto está no fato de que dentre todos os
textos, o Génesis é o único que assume o monoteísmo clássico.
Rodrigo Silva conclui temos que “aceitar a hipótese de que tanto o Génesis quanto esses
mitos, por mais distorcido que sejam, procedem igualmente de uma mesma raiz
tradicional a saber a história de Adão e Eva. Todos eles narram à sua maneira o que de
fato aconteceu e ficou marcado por muitas gerações na memória dos povos. A distorção,
é claro, foi se tornando cada vez mais acentuada à medida em que os descendentes de
Adão mergulhavam no politeísmo perdendo de vista o aspeto monoteísta de Deus que
vinha desde Éden.”45
2ª A P R E S EN T A Ç Ã O – A A N T R O P O L O G I A É FUNDAMENTALMENTE C OM P A R A T I V A
i
Segundo os autores, os antropólogos fazem seus estudos pelo método de comparação,
do particular ao geral. Eles estudam os povos “primitivos” como sendo um “fragmento
de uma enorme sociedade moderna”. Faz-se comparação de uma sociedade em relação a
outra no que se refere a cultura, padrões sociais, organização social, desenvolvimento
social e outras manifestações sociais, tendo em conta a sua evolução.
45 Idem
19
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Biológicas, e também, a Ciência Social, e Humanas, por isso ela é vista como uma
ciência complexa.
p c
Percebi que a metodologia de investigação no campo da Antropologia e outras ciências
sociais é diferentemente de outras ciências naturais e físicas, onde é possível repetir
experimento. Dentro desta limitação metodológica busca-se fazer uma ciência objetiva
através de comparação para se perceber “regularidades, perceber deslocamentos e
transformações, construir modelos e tipologias, identificando continuidades e
descontinuidades, semelhanças e diferenças”.47 Sendo assim, indago, até que ponto a
visão de mundo que adotamos influencia a interpretação dos dados?
i
Como a Antropologia estuda o homem e suas características, ela busca nas outras
ciências Biológicas e Sociais e até as Ciências Humanas, a informação necessária para
compreender o Homem. Na psicologia, por exemplo, estuda-se os fenómenos psíquicos
do comportamento dos indivíduos em situações cuidadosamente definidas, de
laboratório ou experimentais. Desta forma, ela constitui uma ciência mais experimental
do que a antropologia, mas não deixam de compartilhar interesses comuns como por
exemplo, a pesquisa sobre a fisiologia do cérebro e do sistema nervoso humano.
c
47 SCHNEIDER, Sergio; SCHIMITT, Cláudia Job. O uso do método comparativo nas Ciências Sociais. Cadernos de
Sociologia, Porto Alegre, v. 9, p. 49-87, 1998.
20
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Depois desta apresentação, notei a imensa complexidade do homem, tanto físico, como
um ser racional que demanda várias disciplinas para ser estudado. É mesmo difícil
conhecer o homem, e a forma como se comporta, somente pela Antropologia, sem
recorrer a outras disciplinas. Refletindo nisso, notei também que conhecer a nossa
origem é um requisito essencial muda a nossa visão de mundo e a leitura que fazemos
dos diferentes dados advindas de diferentes campos de conhecimento.
4ª A P R E S EN T A Ç Ã O – A HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA
i
ANTIGUIDADE CLÁ SSICA
Na antiguidade clássica as informações sobre povos e civilizações humanas eram
transmitidos através de poetas, filósofos, escritores e historiadores. Segundo os autores,
as informações eram fragmentadas, não eram sistematizadas, não eram estudadas, como
tal não tinha um sentido único, cada um defendia a sua tese, não haviam consenso trata-
se de uma antropologia espontâneo.
IDADE MÉ DIA
Nesta época, fazia-se estudos por vias marítimas e terrestre, sobretudo no oriente pelos
frades cavaleiros, e comerciantes. Estes faziam descrição dos modos de vida, das
individualidades em lugares e culturas diferentes.
Uma das figuras destacada nesta época foi marroquino Iben Battuteque que dedicou 30
anos de viagens. Percorreu o norte da África, África Ocidental, Europa do Sul, Central,
Ásia e Médio Oriente, trazendo muitas informações antropológicas.
EXPANSÃ O EUROPEIA
A partir do século XV uma série de acontecimentos possibilitaram acréscimo ao
“conhecimento que o homem tinha de si mesmo”. A invenção da imprensa, a migração,
a exploração Portuguesa e Espanhola que colocou o povo europeu em contacto com
novos povos de costumes diferentes. Esta época se caracteriza pelo “exotismo
antropológico” (estudo dos estranhos).
S É C U L O XIX (I L U M I N I S M O )
21
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Acompanhando a história da Antropologia como Ciência, percebe-se logo que a
circunstância político-social, tecnologia, e também, a cosmovisão, são fatores
importantes para a construção de conhecimento. É notável que o nível de conhecimento
vem aumentando com o tempo, porém existe o fator de erro, que é natural em todo o
empreendimento humano.
5ª A P R E S EN T A Ç Ã O – A ASCENSÃO DA ANTROPOLOGIA
i
De acordo com o que foi apresentado, a Antropologia começou a ser aceita a partir do
século XIX. Os iluministas desenvolveram a ideia de progresso e da evolução que
acabou por influenciar a teoria antropológica. Segundo os autores, a história da
evolução biológica e cultural começaram a adquirir um padrão identificável quando o
“dogma teológica” foi superado.
Citaram Jemes Ussher que tinha calculado a criação do mundo para 23 de outubro do
ano 4004 a.C. Os autores deixaram a entender que os achados arqueológicos, que
provam a idade da pedra, destruíram a cronologia bíblica. Somando a isso, a descoberta
do crânio do homem de Neandertal e a publicação da obra “Origem da Espécie” de
Charles Darwin em 1859, os cientistas da Europa ocidental estavam disposto a aceitar a
teoria de que a terra e o homem são muitos velhos.
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Existem duas formas de datação, a relativa que faz a comparação dos fósseis ou rochas,
e a datação absoluta que se dá através da análise de materiais químicos radioativa. 48 A
primeira é baseada na interpretação que se dá da coluna geológica, que segundo os
evolucionistas, representam eras geológica ou tempo.49 A segunda é mais precisa,
porque os cálculos e medições são precisos. Mas está técnica depende de predisposições
não verificáveis o que pode anular totalmente os resultados. Como indica o físico
Adauto Lourenço, para que esta técnica seja confiável, não só a medição e os cálculos
precisam ser exatas, mas é necessário conhecer as condições iniciais, o sistema tem que
ser fechado, isto é, não pode ser contaminado, e por último é necessário conhecer o
andamento do processo.50 Foi verificado que fatores externos, influencia na taxa do
decaimento, comprovando que o processo não é estável.51
Segundo Harold G. Coffin, existem várias evidências de uma terra jovem. Para ele os
efeitos mínimos da erosão, a não existência de erosão entre as camadas geológicas, a
história recente da agricultura e linguagem humana, a existência de tecidos moles nos
fósseis de dinossauros, entre outras são evidências de uma história recente. Ele conclui
que se “consideramos todos esses fatores, ficamos com uma forte suspeita de que há
algo errado com a escala de tempo geológico convencional e que, a bem da verdade,
somente têm decorrido milhares de anos desde a formação da superfície atual da Terra”.
52
Isso não quer dizer também que vou concordar com o estudo de Jemes Ussher que
considero ser muito exagerado na sua conclusão. É claro que estudando a genealogia
dos personagens narrados na Bíblia, podemos ter uma ideia do tempo que a vida durou
na terra, mas não creio que dá margem a toda a sua conclusão.
48 http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/como-se-calcula-idade-fossil-488076.shtml Acessado em
junho de 2015
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6ª A P R E S EN T A Ç Ã O – D O U T R I N A DA EVOLUÇÃO C UL T U R A L
i
Os conceitos da evolução cultural que dominaram o pensamento antropológico no séc.
XIX são derivados dos conceitos filosóficos do Iluminismo, sendo Turgot e Condorcet
os principais teóricos. Dos estudos feitos pelos filósofos do iluminismo a o dos grandes
antropólogos, nos é mostrado que o homem é um ser racional que evolui com tempo,
que luta para se aperfeiçoar. Evolução essa que se processa do estágio simples para o
complexo, do desorganizado para o organizado, tendo em vista sempre o melhoramento,
o progresso.
7ª E 8ª A P R E S EN T A Ç Ã O – R E A Ç Ã O À EVOLUÇÃO
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Nos finais do séc. XIX alguns antropólogos começaram a duvidar das ideias
relacionados com a evolução cultural. Negaram que a história humana tenha sido
sempre um progresso, e defenderam a ideia de uma difusão complexa de elementos
culturais entre os grupos humanos. Viam a cultura humana como uma árvore que tem
uma única raiz que é “Origem” só que ao longo do crescimento ele vai-se ramificando, e
formam diferentes formas, umas mais grossas, outras mais miúdas e de todas essas
ramificações ela tem uma única raiz nascendo da mesma mãe e mesmo lugar.
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Como o professor tinha dito na primeira sessão, as respostas científicas são sempre
provisórias, e assim aconteceu em relação à evolução cultural. Muitas crenças foram
obrigados a mudarem diante de explicações mais realistas dos factos como por exemplo
o geocentrismo/heliocentrismo. É claro que em certas áreas de conhecimento essa
predisposição de mudança de paradigma parece ser mais fácil, porque as implicações
são menores. Imagino como seria se os evolucionistas admitiram que o design vista na
natureza é real, e não aparente. Isso tem suas implicações, como Denton proferiu, mas a
realidade tem que ser aceite. É de admirar que quando os cientistas encontram
evidências claras que destroem o paradigma da evolução o tratam como um mistério e
nutrem a esperança de que no futuro esses mistérios podem ser solucionados. Refiro ao
ajuste fino que existe no universo, à origem do universo e da vida, à origem do granito,
à origem da complexidade biológica, a origem do sexo, a origem do DNA, e também a
origem da informação, que são evidências de projeto e criação, mas essa possibilidade
foi proibida.
9ª A P R E S EN T A Ç Ã O – E S T U D O S PSICOLÓGICOS E DE CONFIGURAÇÃO
i
Entre os anos 1920 e 1930, Sapir e outros antropólogos começaram a trabalhar para
incluir o estudo psicológico na Antropologia. Outros dos alunos de Boas interessaram
pela Psiquiatria e pelas relações entre personalidade e cultura.
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A apresentação de hoje me levou a refletir na importância da educação nos primeiro
anos de vida. Também mostra, de certa forma, que somos influenciados pelo mundo que
nos rodeia, e que “pela contemplação somos transformados”. (White, Ellen. Mente,
Carácter e Personalidade - Vol. 1. CPB. Pág. 225) Fez-me pensar na forma como devo
educar o meu filho para que seja um cidadão útil. Pois “a maior necessidade do mundo é
a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da
alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu
nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo;
homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.”53
10ª A P R E S EN T A Ç Ã O – A N T R O P O L O G I A F U N C I O N A L I S T A
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Funcionalismo, em antropologia, é uma vertente que resulta da reação do
evolucionismo, que no início do séc. XX era o paradigma dominante, também nas
ciências sociais. Os funcionalistas buscavam explicar fenómenos em torno das suas
funções. Desenvolveu-se duas tendências teóricas diferentes: A interpretação funcional
de Malinowski que focalizava na necessidade do individuo, e a interpretação de
Durkheim e Radclifte-Brown que acentuavam as supostas necessidades de um sistema
social.
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De acordo com a introdução do professor, e também, a apresentação do Dr. Charles
Akibodé, falando do papel que Cabo Verde desempenhou na Rota dos Escravos, pode-
se notar que Cabo verde serviu como uma plataforma de circulação de bens e entreposto
comercial. Embora Cabo Verde não tenha riquezas naturais abundantes, e significativas,
a sua vantagem era notória para os navegadores. Os nossos pais nos disseram que Cabo
Verde foi colonizado pelos portugueses, mas a verdade é que quando os portugueses
chegaram aqui, não encontraram ninguém. Na verdade os escravos foram trazidos da
África.
Outra coisa que me chamou atenção foi o nome “Cabo Verde” que pensava, até então,
que era pelo facto de Cabo Verde ser verde nos períodos das chuvas. Ma a verdade é
que esse nome deriva de da península localizada no extremo mais ocidental do
continente Africano, a península de Cabo-senegal.
Outra coisa que notei é o papel da Igreja Católica Apostólica Romana no comercio da
ladinização dos escravos. Não admirei o facto da Igreja Católica Apostólica Romana, ter
esta participação no comercio, pois a história nos mostra coisas piores feita por essa
instituição.
7ª S ES S Ã O - 25 DE N OV E M B R O DE 2014
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A apresentação neste dia foi feita por Dr. Jailson Semedo que nos informou que a OMC
surgiu oficialmente em 1 de Janeiro de 1995. Cabo verde passou a ser membro da OMC
desde 2008. A entrada de Cabo Verde para o comércio é de grande importância para o
próprio país, para as pessoas e para as empresas deste país.
AVALIAÇÃ O DO GRUPO DE F IS C A L I Z A Ç Ã O
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Segundo os elementos de fiscalização, o trabalho ocorreu de uma forma geral, bom.
Então o professor começou e falar nos de alguns conceitos da ciência.
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MÉ TODOS DE P ES Q U I S A DE CAMPO
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Nesta sessão, falou se da entrevista que é uma conversa entre duas ou mais pessoas: o
entrevistador e o entrevistado, onde as perguntas são feitas pelo entrevistador de modo
a obter informação necessária por parte do entrevistado.
Quem entrevistar?
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C ONCLUSÃ O
Não quero libertar-me da ciência, pois “a verdadeira educação não desconhece o valor
dos conhecimentos científicos ou aquisições literárias; mas acima da instrução aprecia a
capacidade, acima da capacidade a bondade, e acima das aquisições intelectuais o
caráter. O mundo não necessita tanto de homens de grande intelecto, como de nobre
caráter. Precisa de homens cuja habilidade seja dirigida por princípios firmes.”55
54Morneau, Roger J. Viagem ao sobrenatural. Casa Publicadora Brasileira Tatuí – São Paulo 2004
55White, Ellen. Educação. Casa Publicadora Brasileira Tatuí – São Paulo. Pág. 225
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“A Palavra de Deus é-nos dada como lâmpada para os nossos pés e luz para o
nosso caminho. Aqueles que a deixam de lado e procuram perscrutar os
maravilhosos mistérios de Jeová segundo as suas próprias filosofias cegas,
tropeçarão em trevas.”56
R EFERÊ NCIAS
Bruzzi , Rita Carolina Vereza & Villar , Antônio Marques de Sá, Auto-avaliação no ensino superior: um espelho
chamado portfólio
Medawar, Peter. The Limits of Science, p. 66 - Citado por Alister Mcgrath & Joanna Mcgrath em O delírio de
Dawkins
http://enrichmentjournal.ag.org/201002/201002_122_scientif_prove.cfm
Silva, Rodrigo. Eles Criam em Deus, Biografias de cientistas e sua fé criacionista. Casa Publicadora Brasileira,
Tatuí SP pág. 19
Geisler, Norman & Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica pág. 87
Geisler, Norman & Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica pág. 111
Frankowski, Nathan. Expelled no Intelligence Allowed. apresentado por Ben Stein https://www.youtube.com/watch?
v=ywYKBTwcHJg visitado em Junho de 2015
https://pt.scribd.com/doc/33560233/Capitulo-de-Em-Defesa-da-Fe-de-Lee-Strobel-sobre-Evolucao visitado em
Junho 2015
Citado por Geisler, Norman e Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
Wickramasinghe, Chandra. entrevisrado por Roberr Roy Britt, 27 de outubro de 2000; citado por Geisler, Norman e
Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
Evolution: A Theory in Crisis. Bethesda, Md.: Adler & Adler, 1985, p. 264. Citado por Geisler, Norman e Turek,
Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
Information Theory and Molecular Biology. Cambridge, New York: Cambridge University Press, 1992, p. 284.
Citado por Geisler, Norman e Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
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The Unraveling of Scientific Materialism. First Things (November 1997): 22— 5. Citado por Geisler, Norman e
Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
Billions and Billions of Demons", The New York Review of Books, January 9, 1997, p. 31. Citado por Geisler,
Norman e Turek, Frank. Não tenho fé para ser ateu. Editora Vida Académica
Denton, Michael. A Theory in Crisis, Bethesda, MD, Adler, 1986, p. 341. citado por Lourenço, Adauto. Como tudo
começou, Editora Fiel
SCHNEIDER, Sergio; SCHIMITT, Cláudia Job. O uso do método comparativo nas Ciências Sociais. Cadernos de
Sociologia, Porto Alegre, v. 9, p. 49-87, 1998.
Morneau, Roger J. Viagem ao sobrenatural. Casa Publicadora Brasileira Tatuí – São Paulo 2004
White, Ellen. Educação. Casa Publicadora Brasileira Tatuí – São Paulo. Pág. 225
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