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UNIVERSIDADE NILTON LINS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA.

RODRIGO SANTOS PEREIRA – 20005214

FENÔMENO DOS TRANSPORTES

MANAUS – AM
2022
RODRIGO SANTOS PEREIRA – 20005214

FENÔMENO DOS TRANSPORTES

Trabalho desenvolvido durante a disciplina de


Fenômeno Dos Transportes, como parte da nota
curso de Engenharia Elétrica na Universidade
Nilton Lins.

ORIENTADORA: PROF.ª WALZENIRA PARENTE MIRANDA.

MANAUS – AM
2022
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
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I. EXPERIÊNCIA DE REYNOLDS

OBJETIVO

O objetivo deste experimento é visualizar o tipo de escoamento de um fluido por um


tubo, e através do número de Reynolds determinar o tipo de escoamento por meio da vazão do
fluido.
Com o experimento, as medidas de vazão foram realizadas através de um sistema de tubos, e
assim possibilitando o cálculo do número de Reynolds, confirmando a visualização do tipo de
escoamento, sendo este laminar ou turbulento.
No tubo sem deformação foi observado um escoamento laminar para pequenas vazões
e um escoamento turbulento para vazões maiores. No tubo com deformação, a uma vazão
baixa, foi observado um escoamento laminar antes do estrangulamento, e um turbulento após
o estrangulamento.
O experimento tem como objetivo observar a diferença entre um escoamento laminar e
turbulento, bem como determinar o número de Reynolds para o fluxo de água em cada tipo de
escoamento

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E RELAÇÃO MATEMÁTICAS

A experiência de Reynolds demonstrou a existência de dois tipos de escoamento que


são classificados como regime laminar e regime turbulento. No regime laminar, a estrutura de
escoamento é caracterizada pelo movimento em lâminas ou camadas. As camadas de fluidos
deslizam umas sobre as outras sem que ocorra uma mistura macroscópica e a velocidade,
escoamento macroscópico, em regime estacionário, é constante em qualquer ponto.
A estrutura de escoamento no regime turbulenta é caracterizada pelo movimento
tridimensional aleatório das partículas do fluido, sobreposto ao movimento da corrente; ou
seja, irá ocorrer mistura das camadas dos fluidos que são ocasionadas pelos turbilhões, e
mesmo em regime estacionário a velocidade em um ponto oscila ao redor de um valor médio.
Quando a velocidade de um fluido que escoa em um tubo excede certo valor crítico, o regime
de escoamento passa de laminar para turbulento, exceto em uma camada extremamente fina
junto à parede do tubo, chamada camada limite, onde o escoamento permanece laminar. Além
da camada limite, onde o escoamento é turbulento, o movimento do fluido é altamente
irregular, caracterizado por vórtices locais e um grande aumento na resistência ao
escoamento. O regime de escoamento, se laminar ou turbulento, é determinado pela seguinte
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quantidade adimensional, chamada número de Reynolds, que pode ser considerado como um
quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade, dada pela equação;

Onde  é a densidade do fluido,  , seu coeficiente de viscosidade, [v], o módulo da


sua velocidade média de escoamento para frente e D, o diâmetro do tubo. Esta velocidade
média é definida como a velocidade uniforme em toda a seção reta do tubo que produziria a
mesma vazão. A velocidade de um fluido em um tubo é A Q v  , onde Q é a vazão
volumétrica do fluido e A é a área perpendicular ao escoamento. Entretanto, Qm  Q. e
assim a equação fica:

Assim, através da massa m de um fluido, cuja viscosidade é , que escoa por um


tubo de diâmetro D em um intervalo de tempo t, pode-se chegar ao número de Reynolds para
o escoamento em questão. O número de Reynolds é utilizado como parâmetro primário na
determinação do regime (laminar ou turbulento) de escoamentos internos como tubos, dutos,
difusores, contrações, válvulas e junções; Reynolds observou que a transição de escoamento
laminar para turbulento ocorre entre os números de Reynolds de 2000 a 3000. Embora com
grande cuidado se possa manter os escoamentos laminar, em um tubo, para Re até 100.000,
escoamentos de interesse para a engenharia possuem uma transição em torno de Re~ 2300 e
abaixo de deste pode existir apenas escoamento laminar, daí em diante ocorre a transição e
turbulência completa. Esse número de Reynolds (2300) é então denominado número de
Reynolds crítico. Com a Lei de Stokes, vimos que a força resistiva sobre uma esfera que se
move em um fluido viscoso com uma velocidade não muito grande é proporcional ao módulo
desta velocidade. Por outro lado, a força resistiva sobre qualquer objeto sólido que se move
em um fluido viscoso com velocidades maiores é aproximadamente proporcional ao módulo
da velocidade ao quadrado. Reynolds, estudando a causa destas duas diferentes leis de atrito
nos fluidos, descobriu que a mudança da lei de primeira potência para a de segunda potência
não era gradual, mas sim, brusca, e ocorria, para qualquer fluido dado e qualquer aparato de
medida, sempre na mesma velocidade crítica. Reynolds mostrou experimentalmente que esta
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mudança acontecia simultaneamente com a mudança no regime do escoamento do fluido no


aparato de medida, de laminar para turbulento.

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