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INSTITUTO POLITÉCNICO BOA ESPERANÇ A

TRABALHO EM GRUPO DE PESQUISA CIENT ÍFICA

COLECTA DE AMOSTRAS

MARCELINA AGOSTINHO

EDVÂNIA ISAC JACINTO

NACALA – PORTO, JUNHO DE 2022


MARCELINA AGOSTINHO

EDVÂNIA ISAC JACINTO

COLECTA DE AMOSTRAS

O presente trabalho é de carácter avaliativo e, em linhas gerais,


centraliza-se na abordagem do tema “colecta de amostras” ,
sobretudo os tipos de amostras, sua importância para resultados
de análises em laboratórios, principais técnicas de amostragem
e seu manuseio para o transporte das mesmas até nos
laboratórios onde serão analisados.

Docente: Benedito Félix

NACALA – PORTO, JUNHO DE 2022


1. Introdução

A coleta de amostras tem papel fundamental na obtenção de resultados confiáveis e


representativos. Entretanto, o indivíduo designado para efetuar a amostragem deve estar
devidamente treinado sobre técnicas de amostragem e preservação, medidas de segurança,
manuseio dos equipamentos a serem utilizados em campo, além de saber a localização exata
dos pontos de amostragem e estar apto para observar e registrar condições atípicas nos referidos
locais. Portanto, neste trabalho irá se abordar os diversos tipos de amostras, seus respectivos
procedimentos e finalidades da sua execução em diversas áreas.

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2. Objectivos:
2.1.Geral
✓ Elaborar um trabalho de pesquisa abordando o tema “colecta de amostras”
2.2.Específicos
✓ Falar da importância da coleta de amostras e como ela pode influenciar para o
resultado de uma análise microbiológica.
✓ Falar das principais técnicas de amostragem
✓ Esclarecer os erros sistemáticos no preparo de amostras
✓ Explicar como se faz o transporte das amostras

3. Metodologia do trabalho:

Para a elaboração do trabalho, baseou-se nas:

✓ Pesquisas bibliográficas
✓ Pesquisa na internet.

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4. Definição

A coleta da amostra consiste em seguir o procedimento dando ênfase ao acondicionamento,


à preservação e ao transporte para análise, prevenindo mudanças significativas em sua
composição, desde a coleta até a realização da análise. A coleta de amostras é um
procedimento previsto na legislação sanitária com objetivo de esclarecer as falhas que
comprometam a qualidade e a segurança dos alimentos ofertados aos consumidores

A primeira etapa para coletar a amostra adequadamente é higienizar as mãos! Depois


disso deve-se selecionar e identificar as embalagens de primeiro uso ou sacos
esterilizados/desinfetados, com o nome do estabelecimento, nome do produto, data, horário e
nome do responsável pela coleta.

O método de preparação utilizado dependerá do tipo de amostra. O material coletado deve ser
preparado em local apropriado e equipado para esta finalidade. Normalmente a atividade de
preparação inclui o recebimento, o registro, o pré-acondicionamento, a secagem, a moagem, o
acondicionamento e a rotulagem das amostras.

Fig.1

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5. Planejamento

O planejamento tem por objetivo definir as atividades de coleta, preservação, manuseio e


transporte das amostras, de modo a assegurar a obtenção de todas as informações necessárias
da forma mais precisa, com o menor custo possível. Esta fase deve definir em detalhes o
programa de coleta de amostras, levando em consideração os métodos analíticos que serão
aplicados, assim como prever os recursos humanos, materiais e financeiros necessários. Um
bom planejamento deverá ser embasado em informações preliminares como: a cuidad osa
determinação dos pontos de coleta e o estabelecimento de um itinerário racional, levando em
conta a disponibilidade do laboratório para a execução das análises e prazos de preservação das
amostras.

É importante também definir se o local de amostragem é um corpo receptor de efluentes, sendo


necessário conhecer em detalhes os processos industriais responsáveis pela produção dos
efluentes no entorno. Se o objetivo da análise é pericial e visa avaliar a contribuição do
lançamento de um determinado tipo de efluente na qualidade do corpo receptor, a coleta deve
ser realizada sempre que possível, em pelo menos três pontos: Montante (ponto controle,
localizado antes do lançamento, de forma que este ponto não seja influenciado pela zona de
difusão), Zona de mistura (confluência do efluente com o corpo receptor) , e Jusante (logo após
o lançamento da fonte poluidora).

6. Amostragem

De acordo com a NBR ISO/IEC 17.025 a amostragem é um procedimento definido, pelo qual
uma parte de uma substância, material ou produto é retirada para produzir uma amostra
representativa do todo, para ensaio ou calibração. A amostragem também pode ser req uerida
pela especificação apropriada, para a qual a substância, material ou produto é ensaiado ou
calibrado. Em alguns casos (por exemplo: análise forense), a amostra pode não ser
representativa, mas determinada pela disponibilidade.

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fig.2

6.1.Exemplos de amostragem

6.1.1. Água superficial

-Quantos pontos serão amostrados e como?

-Cada ponto será amostrado em replicata?

-Qual a quantidade mínima de amostra necessária para a realização das análises no


laboratório?

Fig.3

6.1.2. Sólidos particulados e gases (emissões atmosféricas)

-Adicionar um filtro que adsorva os analitos diretamente na fonte

-Utilizar uma bomba que aspire as emissões no ambiente, de forma que os analitos fiquem
retidos em um filtro.

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Tratar os filtros como se fossem a “própria amostra”, de acordo com o tipo de análise a ser
realizada.

Fig,4

6.1.3. Materiais sólidos não pulverizados

Fig.5

7. Erros Sistemáticos no Preparo de Amostras

Segundo Tölg e Tschöpel (1994), os erros, denominados sistemáticos, são devidos,


principalmente, à insuficiente qualificação dos analistas e/ou à inadequada infraestrutura
laboratorial, tornando impossível o estabelecimento de qualquer estratégia para o ótimo
desempenho de um método analítico.

Dentre vários erros, citam-se como principais os seguintes:

✓ Amostragem inapropriada, manuseio da amostra e armazenamento, homogeneidade


inadequada;
✓ Contaminação da amostra e/ou solução da amostra por ferramentas, aparelhos, frascos,
reagentes e poeira durante o procedimento analítico;

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✓ Efeitos de adsorção e dessorção nas paredes internas dos frascos e fases sólidas de
diferentes materiais (filtros, colunas, precipitados);
✓ Perdas de elementos e compostos por volatilização;
✓ Reações químicas incompletas ou indesejáveis, como mudança do estado de oxidação,
precipitação, troca iônica, formação de complexos;
✓ Influências da matriz na geração do(s) sinal(is) analítico(s);
✓ Calibração e avaliação incorretas, como resultado do uso de padrões inapropria dos,
soluções padrão instáveis, funções matemáticas falsas, por exemplo.

7.1.Esquema Ilustrativo do Erros e Incertezas na Sequência Analítica de uma


Amostra

Fig.6

8. Escolha do Método de Tratamento da Amostra.

Para se escolher um determinado método de tratamento de amostra, existem alguns factores


chaves que devem se ter em conta tais como:

✓ Elementos ou compostos a serem determinados;

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✓ Faixas de concentração;

✓ Tipo, composição e homogeneidade da amostra;

✓ Quantidade de amostra disponível para análise ;

✓ Quantidade de amostra necessária para as determinações;

✓ Exatidão, precisão, seletividade e limite de detecção;

✓ Requisitos especiais: local da análise, controle na produção ;

✓ Aspectos restritivos, custos, tempo disponível, espaço, analista;

9. Tipos de Amostra
9.1.Estado físico das amostras:
✓ Sólido;
✓ Líquido;
✓ Gasoso;
9.1.1. Amostras líquidas:
✓ Diluição com água ou solvente adequado (depende da técnica);
9.1.2. Amostras sólidas :
✓ Análise direta;
✓ Exigem um pré-tratamento mais elaborado;
9.1.3. Amostras gasosas :
✓ Amostragem é crítica;

10. Tratamentos Preliminares

Em geral, a maioria das amostras requer etapas de pré-tratamento preliminares. Estas etapas
preliminares são necessárias dependendo do estado em que as amostras são coletadas e, em
alguns casos, podendo ser realizadas antes e/ou depois de serem entregues ao laboratório
analítico.

A maioria destas operações envolve métodos predominantemente físicos, como lavagem,


secagem, moagem, peneiramento, refrigeração, agitação magnética, ou simples polimento,
dependendo do tipo de amostra.

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10.1. SECAGEM: eliminação da humidade.
✓ Aquecimento à 105oC em estufa comum; 60oC em estufa com circulação de ar
(materiais biológicos);
✓ Acondicionamento sob vácuo, em dessecador (garante a conservação da amostra) ;
✓ Liofilização: congelamento seguido de vácuo com ou sem temperatura;

10.2. MOAGEM: fragmentação da amostra com a diminuição do tamanho de


partícula conforme conveniência do método.
✓ Diminuindo o tamanho das partículas aumenta -se a relação entre área superficial e

volume de amostra, facilitando processos de dissolução, decomposição e de e xtração.

✓ Dependendo do método ou dos objetivos da preparação o tamanho das partículas deve

ser controlado.

✓ A moagem das amostras pode ser promovida de diversas maneiras, como o

esmagamento entre duas superfícies, fricção contra uma superfície, alteração e

fragilização da estrutura.

✓ O tipo de moagem a ser empregado e o equipamento que será utilizado dependem, além

do tipo de amostra, do objetivo do analista.

Homogeneização e moagem

fig.7

10.2.1. Britagem (minerais):

Consiste na primeira etapa da redução do tamanho da amostra, em geral, reduzindo para grãos
de aproximadamente 1 a 5 mm.

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11. Preparo de Amostras Para Determinações Inorgânicas e Orgânicas
11.1. Técnicas aplicáveis a amostras sólidas, líquidas e suspensões
✓ Análise por ativação neutrônica
✓ Fluorescência de raios-X
✓ Absorção atômica com forno de grafite
11.2. Técnicas aplicáveis a amostras sólidas
✓ Espectrometria de emissão com arco ou faísca
✓ Analise elementar, CHN (e S)
✓ Emissão óptica em plasma induzido por “laser” (LIBS)
11.3. Técnicas aplicáveis a amostras liquidas (rotinas)
✓ Demais técnicas espectrométricas
✓ Técnicas eletroanalíticas e de separação

Esquema Ilustrativo de Preparo de Amostras

Fig.8

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12. COLETA DE AMOSTRAS E PROCEDIMENTOS DE CAMPO
12.1. Coleta de Amostras de água

As amostras de água podem ser simples ou compostas. A amostra simples consiste em


selecionar um ponto representativo de um corpo de água e retirar uma porção diretamente deste.
A amostra composta consiste na mistura proporcional de várias amostras simples, que podem
ser retiradas em locais diferentes ou no mesmo ponto em tempos diferentes. É interessante
lembrar que o mesmo volume de cada amostra simples deve ser utilizado para formar a
composta. Recomenda-se, um volume mínimo de 200 ml de amostra para a análise de nitrato
(ABNT-NBR-9898) e 500 ml para a análise de metais pesados (IAP, 2004).

Um checklist deve ser realizado antes de se partir para a coleta das amostras. Este
procedimento é necessário para evitar que a equipe responsável pela coleta não a possa realizá-
la pela falta de algum equipamento ou material.

LISTA DE check LISTA DE check


EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS
Documentação Acondicionamento e
transporte
Plano de monitoramento Gelo reciclável
Mapas apropriados da área Material de embalagem
Caderno de campo/ ficha de Fita adesiva (vedação caixas)
coleta
Canetas e lápis/ relógio Etiquetas de identificação/ lacres
Equipamentos de coleta Equipamentos de segurança
Haste de coleta Kit de primeiros socorros
Coletor de profundidade Botas de cano alto impermeáveis
Frasco coletor Agua potável
Medidores de campo Capa de chuvas
Caixa de luvas Filtro solar/ repelente
Frascos de coleta Antisséptico para mãos
Etiquetas de identificação Colete salva-vidas
Descontaminação óculos de sol/proteção
Álcool 70 % outros

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Esponja e Escova Maquina fotográfica digital/
carregador
Solução detergente Filmadora/carregador
Papel absorvente Caixa de ferramentas
GPS e baterias
Confirmação de acesso (chaves)
Outros materiais específicos
12.1.1. Frascos para Coleta
✓ Dependendo do tipo de coleta os materiais podem sofrer pequenas variações. Os
frascos de coleta devem ser resistentes, de vidro borosilicato (V), de vidro borosilicato
âmbar (VB) ou polietileno (P). Devem ser quimicamente inertes e permitir uma
perfeita vedação. De preferência as tampas devem ser do tipo auto -lacráveis,
permitindo assim uma maior confiabilidade na amostra. Todos os frascos devem ser
escrupulosamente limpos, conforme descritos nos procedimentos operacionais padrões
de cada tipo de análise. O s frascos devem ser preferencialmente de boca larga, para
facilitar a coleta e sua limpeza e resistentes a autoclavação, naqueles destinados a
análises microbiológicas.

✓ Em casos onde houver necessidade deve ser utilizado frasco de oxigênio dissolvido,
que devem ser de vidro borosilicato com tampa esmerilhada e estreita (pontiaguda),
com selo d’água.

✓ Convém levar frascos adicionais ao programado, pois podem ocorrer quebras,


contaminação ou vazamento obrigando o técnico coletor a substituir a embalagem e
em alguns casos, a repetir a coleta.

✓ Não tocar a parte interna dos frascos e do material de coleta (como tampas), nem deixá -
los expostos ao pó, fumaça e outras impurezas, tais como gasolina, óleo e fumaça de
exaustão de veículos, que podem ser grandes font es de contaminação de amostras.
Cinzas e fumaça de cigarro podem contaminar fortemente as amostras com metais
pesados e fosfatos, entre outras substâncias.

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✓ Recomenda-se aos coletores fazer a anti-sepsia nas mãos com álcool 70°GL, e não
fumar, não falar ou comer durante o procedimento da coleta de amostras. Deve -se
também adotar o uso de EPI’s (luvas, avental, máscara, etc.) com vistas à proteção da
amostra e também do próprio coletor no caso de águas suspeitas de contaminação.
Deve-se utilizar um par de luvas de procedimento para cada ponto de coleta, no caso
das analises físicos químicas as luvas não deverão ser lubrificadas com talco.

✓ Caso sejam utilizadas amostras para análises de campo estas não devem ser enviadas
ao laboratório.

✓ Os frascos de coleta devem permanecer abertos apenas o tempo necessário para o seu
preenchimento e devem ser mantidos ao abrigo do sol.
✓ Os reagentes utilizados na coleta devem de no mínimo grau Para Análise (P.A.) e se
possível grau ISO ou superior. Isso evita a contaminação das amostras por reagentes
de baixa qualidade.
13. Acondicionamento e Transporte das Amostras

Após a coleta das amostras, as mesmas devem ser perfeitamente acondicionadas, para evitar
quebras e contaminação, e transportadas ao laboratório, no tempo necessário para que sua
análise ocorra dentro do prazo de validade da preservação.

O transporte das amostras deve ser realizado em caixas térmicas, que permitam o controle da
temperatura e seu fechamento através de lacres (se possível numerado). N ormalmente a
temperatura, de transporte, é de - 4ºC. Caso não seja possível o uso de caixas térmicas, pode
ser utilizado caixa de isopor com gelo reciclável, buscando evitar o contato direto do gelo com
as amostras.

13.1. Os Seguintes Procedimentos São Recomendados ao Preparar a Amostra Para


Transporte:

a) Colocar os frascos na caixa de amostras de tal modo que fiquem firmes durante o transporte;

b) Nos casos em que se usar gelo para preservação, cuidar para que os frascos, ao final do
transporte não fiquem submersos na água formada pela sua fusão o que aumentaria o risco de
contaminação.

c) Evitar a colocação de frascos de uma mesma amostra em caixas diferentes.

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Se as amostras forem enviadas por meio de transporte comercial, além dos procedimentos já
listados, o técnico coletor dever tomar os seguintes cuidados complementares:

a) Prender firmemente a tampa da caixa que contem a amostras;

b) Identificar a amostra, pelo lado de fora, indicando sua procedência, destino, data de envio
e outras datas que sejam importantes;

c) Indicações de “PARA CIMA”,“FRÁGIL” e “PERECÍVEL”, escritas de modo perfeitamente


legível.

d) Enviar dentro da caixa, em envelope plástico lacrado, uma cópia da ficha de coleta das
amostras enviadas. Como segurança, uma cópia das fichas de coleta deve ser retida com o
técnico coletor.

14. Tempo de Detenção das Amostras (prazo de entrega)

As técnicas de preservação podem reduzir as taxas de degradação de um analito, mas não


podem parar completamente. Todos os analitos têm um prazo de validade que é o tempo
máximo previsto entre a amostragem e a análise. As amostras devem ser entregues ao
laboratório baseado no parâmetro a ser analisado que apresentar o menor prazo para análise.

15.PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA COLETA DE


AMOSTRAS DE ÁGUA.

15.1.Análises Microbiológicas

15.1.1. Lavagem e Esterilização do Material para Coleta

Materiais Necessários:

✓ Frascos de vidro ou plástico de boca larga ( 4 cm) com tampa de rosca, resistentes a
esterilização com volume mínimo de 200 ml;
✓ Autoclave;
✓ Detergente neutro não tóxico;
✓ Esponja; - Escova;
✓ Água destilada;
✓ Estufa de secagem e esterilização;
✓ Solução de tiossulfato de sódio a 1,8%;
✓ Solução de EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) a 15%;
✓ Fita de autoclave.

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15.1.2. Procedimentos:

1- Descontaminar os frascos e tampas por autoclavação à 121ºC, a pressão de 0,1 MPa (1atm),
durante 30 min. As tampas devem ser afrouxadas para evitar a ruptura dos frascos.

2- Após a descontaminação proceder a lavagem dos frascos e tampas na seguinte sequência:

✓ Esvaziar o conteúdo do frasco;


✓ Limpar a parte externa do frasco e tampa com auxilio de uma esponja e escova;
✓ Adicionar uma gota de detergente líquido no interior do frasco e da tampa e escovar a
parte interna com auxilio de uma escova própria;
✓ Enxaguar 10 vezes em água corrente, enchendo e esvaziando totalmente o frasco ;
✓ Enxaguar 3 vezes em água destilada.

3- Após a lavagem dos frascos e tampas, deixar escorrer a água e colocar em posição
emborcada, em estufa a 100º C.

4- Antes de a esterilização preparar os frascos da seguinte maneira:

✓ Nos frascos que serão utilizados para coleta de amostras contendo cloro residual deverá
ser adicionado 0,1 ml de uma solução de tiossulfato de sódio a 1,8% para cada 100 mL
de amostra (identificá-los).
✓ Frascos que serão utilizados para coleta de amostras contendo metais pesados em
concentração superior a 0,01 mg/L , deverá ser adicionado 0,3 ml de uma solução a
15% de EDTA para cada 100 ml. Fechar os frascos e colocar a fita indicadora de
esterilização.

5- Os frascos deverão ser esterilizados da seguinte maneira:

✓ Frascos de plástico e de vidro devem ser esterilizados em autoclave a 121ºC a 0,1 MPa
(1 atm), por 30 15 min. Antes da autoclavação, ao colocar os frascos na autoclave é
necessário afrouxar as tampas para evitar a ruptura dos frascos e permitir a entrada
circulação de ar. Logo após a retirada da autoclave, fechar os frascos.
✓ Os frascos deverão ser armazenados ao abrigo de luz, pó e umidade;

15.2. Coleta de Amostra para Análises Microbiológicas em Água Tratada (Torneira)

A coleta de amostras para exame microbiológico deve ser realizada sempre antes da coleta de
qualquer outro tipo análise. Tal procedimento visa evitar a contaminação do local da
amostragem com frascos não estéreis.

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Material Necessário:

✓ GPS;
✓ Máquina Fotográfica;
✓ Frasco estéril com solução de tiossulfato de sódio a 1,8% por 100 ml de amostra;
✓ Luvas de procedimento;
✓ Caixa térmica com gelo reciclável ou gelo picado;
✓ Termômetro 0º a 50ºC ;
✓ Equipamento ou material para determinação de pH;
✓ Equipamento ou material para determinação de cloro;
✓ Swab estéril;
✓ Álcool a 70ºGL ou hipoclorito de sódio a 2%;
✓ Caneta própria para escrita em vidro ou plástico com tinta resistente a água ou etiqueta
adesiva;
✓ Ficha de coleta.

15.2.1.Procedimento

1- Anotar na ficha de coleta o endereço completo do local e se possível tomar as coordenadas


(latitude e longitude), através de GPS e fotografar o local da coleta;
2- Calçar as luvas
3- Considera-se o procedimento de flambagem desnecessário, pois além de provocar danos
às torneiras e válvulas, com provou-se não ter efeito letal sobre as bactérias. Caso haja
indícios de contaminação externa, a desinfecção da torneira deverá ser feita utilizando -se
swab estéril (haste flexível com algodão na extremidade) ou gaze estéril embebida em
álcool 70° GL, devendo neste caso, proceder ao escoamento da água da torneira por
período suficiente para eliminar todo resíduo que possa vir a interferir na análise da
amostra;
4- Deixar correr a água durante cinco minutos ou o tempo suficiente para eliminar as
impurezas e água acumulada na rede de distribuição;
5- Voltar o volante da torneira para que o fluxo de água seja pequeno e não haja respingos;
6- Remover a tampa do frasco de coleta com todos os cuidados de assepsia, tomando
precauções para evitar a contaminação da amostra pelos dedos ou outro material.

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7- Segurar o frasco verticalmente próximo à base e efetuar o enchimento, deixando um espaço
vazio de aproximadamente 2,0 cm da borda, possibilitando a homogeneização correta da
amostra antes do início da análise;
8- Coletar a amostra (100 a 200 ml), deixando um espaço dentro do frasco suficiente para sua
homogeneização;
9- Feche o frasco imediatamente após a coleta;
10- Identifique a amostra e preencha a ficha de coleta;
11- Acomode as amostras na caixa de coleta;
12- Se possível lacrar a caixa;
13- As amostras devem ser conservadas sob refrigeração até a chegada ao laboratório.
14- O prazo para análise é de até 24 h, de preferência 8h.
15- Após a coleta efetue a tomada de outra amostra para as determinações de campo.

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16.Conclusão

Chegado neste ponto, concluímos que a elaboração deste trabalho foi de grande valia pois
agregou-nos muito conhecimento no que diz respeito ao tema de colecta de amostras. Referir
que, como em qualquer análise laboratorial, a coleta adequada das amostras é de fundamental
importância para garantir representatividade, consequentemente, resultados confiáveis. É
importante salientar que, devido às constantes alterações ambientais, não existem amostras
iguais; dessa forma, o planejamento da coleta deve ser crite rioso para fornecer quantidade de
amostras suficiente para a realização de todos os testes requeridos.

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17.Bibliografia

ABNT (2001). Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos
gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração, 20p.

BRASIL (2000). Resolução CONAMA n0 274, de 29 de novembro de 2000 - Define os


critérios de balneabilidade em águas brasileiras

S. & HEATH, D.. (1995). Field Manual for Water Quality Sampling. Arizo na Water
Resources Research Center, Arizona Department Of Environmental Quality, 106p.

APHA (2005). American Public Health Association. Standard methods for the examination of
water and watwater, 21st ed. Washington.

EPA (2007). Environment Protection Authority. EPA Guidelines: Regulatory monitoring and
testing Water and wastewater sampling, 35 p.

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