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A utilização de um equipamento de proteção coletiva é resultado da análise dos perigos

de uma determinada actividade. Então foi necessário desenvolver uma actividade


prática que será descrita a seguir.
Actividade: Reforma rodoviária
Perigo:

 Buraco ao lado da estrada


 Sinalização;
 Manuseio de ferramentas;
 Iluminação
 Mobilidade rodoviária

Riscos:

 Acidente rodoviário;
 Atropelamento;
 Colisão entre carros e com o separador;
 Capotamento;
 Queda;

Classificação do tipo de estrada


Tipo B - Inclui estradas primárias e rurais - que são tipicamente estradas de faixa única,
muitas vezes rápidas e funcionalmente importantes a nível nacional.
Classificação do tipo de trabalhos
Intervenções de longa duração: definidas como trabalhos cuja duração seja superior a
72 horas;
Local de trabalho
Este factor de classificação refere-se aos efeitos da zona de trabalho na Via e no fluxo
de tráfego (s) envolvido. Dez casos são considerados. Os seis primeiros ("a" a "f")
referem-se às zonas efectivas de trabalho na estrada; os últimos quatro ("g" a "j")
referem-se a locais fora da estrada. Na via
• Corte de via (redução de faixa)

Acções preventivas
Segurança viária
A instalação de um equipamento medidor de velocidade pode ocasionar diversos
problemas referentes à segurança e fluxo do tráfego. Sendo assim, demanda uma
sinalização específica para área de intervenção, para que se proteja tanto as vidas dos
trabalhadores envolvidos quanto dos usuários da rodovia. A sinalização tem a função de
informar os usuários, advertindo e sinalizando a existência de obras e das novas
condições de trânsito, regulamentando a velocidade e outras condições para a segurança
do local, ordenando adequadamente os veículos, para reduzir os riscos de acidentes e
congestionamentos, delineando o contorno da obra e suas interferências na rodovia
(DER/SP, 2006).
Sinalização de obras rodoviárias
PLACAS DE ESTREITAMENTO DA PISTA AO CENTRO, À ESQUERDA e À
DIREITA.
As placas OA-21A, AO-21B e OA-21C servem para advertir os motoristas que há um
estreitamento da pista reduzindo o número de faixas de trânsito. Normalmente são
utilizadas nas áreas de advertência e de canalização (CET, 2005).

Figura 1 - Placa de estreitamento da pista ao centro, à esquerda e à direita.


Fonte: (CET, 2005)
PLACA DE ADVERTENCIA SOBRE OBRAS
A placa IO-1 serve para advertir os motoristas sobre obras na rodovia, para que o
mesmo tome medidas seguras como redução de velocidade.

Figura 2 - Placa Advertindo sobre obras na pista (IO-1)


Fonte: (DER/SP, 2006).
PLACA DE ADVERTENCIA SOBRE FIM DAS OBRAS
A placa IO -12 conforme Figura 3 serve para advertir os motoristas sobre fim das obras
na rodovia, informando que rodovia retorna as condições normais.
Figura 3 - Placa Advertindo sobre fim das obras na pista (IO-12)
Fonte: (DER/SP, 2006)
BANDEIRA/SINALIZADOR
É um instrumento complementar as ações dos sinais de advertência no período diurno.
Caso seja noturno a bandeira deve ser substituído por uma lanterna/bastão luminoso.
Devem ser operadas por trabalhador com função exclusiva de sinalizador, devendo ser
utilizados quando houver volume intenso de veículos na rodovia, velocidades
excessivas na rodovia, má visibilidade dos dispositivos de canalização, necessidade de
interrupção de fluxo. (DER/SP, 2006).
A bandeira deve ser confeccionada em tecido ou plástico flexível, na cor vermelha, ter
forma quadrada, com 0,50 m de lado, presas a um cabo rígido. O sinalizador deve
transmitir aos motoristas sinais uniformes e precisos de rápida compreensão. (DER/SP,
2006).
O trabalhador conforme Figura 4 deve vestir colete com película retro refletiva e seguir
se posicionar em local visível e livre da circulação de veículos e se colocar a frente para
o fluxo de tráfego, elevando e abaixando seguidamente a bandeira. (DER/SP, 2006).

Figura 4 - Trabalhador elevando e abaixando seguidamente a bandeira


Fonte: (DER-SP, 2006).
FITA REFLETORA DE SEGURANÇA
 Esta fita é sempre usada por finalidades de marcação rodoviária. Por isso, estas bandas
são ideais para camiões, camionetes, reboque e semirreboques, mas também é
recomendado para aplicação em carros, bicicletas, motos, autocaravanas, embarcações,
portões, cones de trânsito, caixa postal, capacetes e qualquer coisa que necessita ser
vista de noite.

Figura 5 – Placa reflectora PVC


Fonte: AliExpress
CONES
Os cones, como mostrados na Figura 6 são instrumentos utilizados para canalizar o
fluxo quando estiver os serviços de instalação de equipamentos estiverem acontecendo.
São confeccionados de material leve e flexível como plástico.

Figura 56- Cones para sinalização


Fonte: (DAER-RS, 2013)
Na Tabela 2, temos os espaçamentos entre cones de acordo com a velocidade
regulamentada da via.

Velocidade (km/h) Espaçamento (m)


V ≤ 48 03
48 ˂ V ≤ 60 08
60 ˂ V ≤ 80 10
80 ˂ V ≤ 100 10

Tabela 2 - Espaçamento entre cones conforme velocidade


Fonte: (DAER-RS, 2013)
ZONA DE CONTROLO DE TRÁFEGO (ÁREA DE INTERVENÇÃO)
A zona de controle de tráfego é o espaço compreendido entre o primeiro sinal de
advertência e o ponto onde não haja mais interferência no trânsito. A zona de controle
de tráfego é dividida em área de advertência, área de transição, área de proteção, área
dos serviços, obras ou interferências e área de retorno à situação normal, conforme
Figura 7

Figura 7 – Área de interferência na Rodovia.


Fonte: (DER-SP, 2006)

ÁREA DE ADVERTÊNCIA
É a área onde são tomadas medidas para advertir e orientar os usuários sobre alterações
das condições normais da via, por exemplo, obras na rodovia. Precede a área de
transição. São utilizados cones e placas de orientação de redução de pista, e placas de
advertência para preparar para as alterações à frente. Dependendo das condições do
trafego, são necessários trabalhados sinalizadores utilizando bandeira. A distância dessa
área pode ser de 500m para obras executadas no acostamento, 1 km para obras na pista
e 1500m para obras na pista em rodovias com mais de três faixas de trânsito por sentido.
(DER-SP, 2006). 2.1.2.2.
ÁREA DE TRANSIÇÃO
É a área em que os veículos se deslocam sua trajetória normal para outras faixas ou
áreas ao lado, quando haja o bloqueio da pista de rolamento ou parte dela. O
comprimento das áreas de transição, os “tapers” variam de acordo com a velocidade
regulamentada para a rodovia e a distância do bloqueio na pista. Utilizam-se os
dispositivos para canalizar e a sinalização necessária para indicar as novas orientações
ou regulamentar os comportamentos obrigatórios. (DER-SP, 2006)
Segundo o manual de sinalização rodoviária (DER-SP, 2006), fechar ou reduzir uma
faixa de trânsito, requer a adoção dos seguintes comprimentos de tapers: se a velocidade
de regulamentação da rodovia for de até 60 km/h, no mínimo 100 metros; se a
velocidade de regulamentação da rodovia for de 70 e 90 km/h, no mínimo 150 m e se a
velocidade de regulamentação da rodovia for igual ou superior a 100 km/h, no mínimo
200 m, no mínimo.
ÁREA DE PROTEÇÃO
É a área que serve garantir condições de segurança tanto para os trabalhadores quanto
para o tráfego. Ela antecede o trecho em obras, devendo estar livre de equipamentos,
veículos e materiais. Utilizam-se os dispositivos para canalizar e a 23 sinalização
necessária para delimitar essa área. O comprimento dessa área varia de 30 a 60 m.
(DER-SP, 2006).
ÁREA DOS SERVIÇOS, OBRAS OU INTERFERÊNCIAS
É a área onde efetivamente são executados os trabalhos. Deve ser delimitada e
protegida, com acesso permitido exclusivamente a trabalhadores e veículos de serviço.
Determina-se a extensão dos serviços, buscando compatibilizar garantindo espaço
suficiente para a realização segura dos trabalhos interferindo o mínimo possível no
fluxo de tráfego. Utilizam-se os dispositivos de canalização delimitando a área dos
serviços e a sinalização necessária para indicar e regulamentar os comportamentos
obrigatórios (DER-SP, 2006).
ÁREA DE RETORNO À SITUAÇÃO NORMAL
É a área, que sucede a área dos serviços, onde os usuários são reconduzidos às faixas de
tráfego normais da via, através de faixa de transição de pista, taper, e de informações
avisando fim das restrições e volta às condições normais de trânsito. O comprimento do
taper deve ser de, no mínimo, 30 m. São utilizados instrumentos de canalização que
permita demarcar a faixa de transição e a sinalização de “Fim das Obras” (IO-12) e do
retorno da velocidade regulamentar normal na pista (R-19) (DERSP, 2006).
Custo incorrido para implementação de cada EPC necessário para a actividade

EPC PREÇO (AOA) DURAÇÃO


Placa sinalizadora de desvio 5,365.48 10 anos
Placa de advertência sobre obras 5,365.48 10 anos
Placa de advertência de fim de obra 5,365.48 10 anos
Fita de borracha refletora 6,212.66 2-3 anos
Cone (dobrável) 9,680.46 --------
Tabela 2: Custo dos EPC´s e o tempo de duração deles
Fonte: AliExpress
Os acidentes de trabalho causam diversos custos para a empresa, os mesmos podem ser
classificados como directos e indirectos conhecidos também como segurados e não
segurados:

 Salário do trabalhador nos quinze primeiros dias após o acidente;


 Transporte e assistência média de urgência;
 Prejuízos ao conceito e a imagem da empresa;
 Multas e encargos contratuais;
 Contratações e treinamento de substituto;
 Despesas decorrentes da substituição ou manutenção de peças ou equipamentos
danificados;
 Indeminização ao trabalhador ou a família do mesmo.

O estudo em questão não causou danos a nenhum trabalhador, ou seja, em nenhum


grupo de funcionário, a caso deu-se de um condutor não pertencente a organização que
realizava a actividade de reforma rodoviária, na qual este condutor, teve um acidente
devido a inexistência de EPC´s no local onde a obra estava a ser realizada.
O acidente aconteceu na província de Luanda, Município de Viana, precisamente nas
imediações do Condomínio Girassol, sentido oposto ao Condomínio, em que uma
determinada empresa fazia a reforma rodoviária, tendo feito um isolamento da área com
separadores de betão indevidamente identificado. Devido a falta de iluminação no local
e sinalização adequada com os EPC´s mencionados a cima, um condutor que circulava
na zona não tinha noção da existência daquela obra e teve um acidente causado por uma
colisão entre o carro e o separador, o Senhor saiu com leves ferimentos e com a viatura
danificada devido ao impacto com o separador.
Decretos que retratam sobre a importância da Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho
Decreto nº 31/94 estabelece os princípios que visam a promoção da Segurança, Higiene
e Saúde no Trabalho – revoga todas as disposições legais e regulamentares que
contrariem o disposto neste decreto.
Decreto nº128/04 regulamento geral da sinalização de Segurança e Saúde no Trabalho –
o regulamento estabelece as prescrições mínimas de colocação e utilização da
sinalização de Segurança e Saúde no Trabalho.
Decreto nº 53/05 regime jurídico dos acidentes de trabalho e doenças profissionais – é
garantido o direito à reparação de danos resultantes de acidentes de trabalho e de
doenças profissionais aos trabalhadores por conta de outrem e seus familiares,
protegidos pelo sistema de proteção social obrigatório.
O decreto que mais se enquadra na situação do estudo de caso é o decreto nº 128/04 em
que a lei exige que se faça a devida sinalização no ambiente organizacional.

Referências
DER-SP, Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo - Manual de Sinalização
Rodoviária Obras, Serviços de Conservação e Emergência, 2006.
CET, Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo - Manual de Obras – Ver. 1 –
04/2005.
DAER-RS, Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem. Instrução para
Sinalização Viária.
https://www.arseg.ao/spapi/api/v1/public/download Acessado: 07.12.2021, 22:31

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