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REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA
Santana de Parnaíba
2011
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LUANA CAROLINA DE ALMEIDA
REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA
Santana de Parnaíba
2011
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Parecer final:
___________________________________________________________________
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AGRADECIMENTOS
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SUMÁRIO
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 38
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 40
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INTRODUÇÃO
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Revista EXAME – Edição 1002 – ano 45 – número 20 – 19/10/2011
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http://www.dealmaker.com.br/blog/index.php/2011/11/18/fusoes-e-aquisicoes-somam-r233-bilhoes-no-
trimestre/
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sociedade limitada, tipo societário mais presente dentre as sociedades existentes no
Brasil.
Ocorre que o tipo societário que impulsiona a economia brasileira, devido
as grandes movimentações societárias, é a sociedade anônima de capital aberto,
razão pela qual esse tipo societário teve maior abrangência neste trabalho. Foram
apresentados seus conceitos, características, formas de constituição e os órgãos da
administração.
Por fim, após o entendimento básico de como funciona uma sociedade,
foi a vez de compreender as possíveis movimentações que a mesma poderá
realizar.
Essas movimentações são chamadas de reorganizações societárias,
dentre elas ressaltou-se a transformação, incorporação, fusão e cisão.
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CAPÍTULO I
DAS SOCIEDADES
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1- NOÇÕES GERAIS
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Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
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Sociedade Anônima (CC, artigos 1.088 e 1.089) e Sociedade em Comandita
por Ações (CC, artigos 1.090 a 1.092).
2- SOCIEDADE LIMITADA
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Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas
todos respondem solidariamente pela integralização do capital social – Código Civil 2002.
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O que dará a legitimidade de sócio ao subscritor da quota é o ato de
integralização, que ocorre quando há o cumprimento da obrigação contraída no ato
da subscrição. Caso a integralização não seja realizada no prazo previsto, o sócio
deverá ser constituído em mora, mediante notificação para se, querendo, integralizar
o capital no prazo de 30 (trinta) dias.
Se mesmo após a concessão do prazo acima informado o sócio (sócio
remisso) permanecer em mora, poderão os demais sócios tomar as quotas para si
ou transferí-las para terceiro, hipótese em que o remisso será expulso da sociedade.
Depois da integralização, o sócio adquire a cota e adquire ao mesmo
tempo a posição definitiva de sócio. A quota representa, portanto, o conjunto de
direitos e deveres que são inerentes à posição de sócio.
Definido os sócios, outro passo importante para a constituição da
sociedade limitada é a escolha de seus administradores.
A administração na sociedade limitada será realizada por uma ou mais
pessoas designadas no contrato social ou em ato separado, podendo ser os
administradores sócios ou não, desde que permitido no contrato social.
No caso do administrador não sócio, dentre as diversas restrições, a
principal destaca que dependerá da aprovação por unanimidade dos sócios, no caso
do capital não estar totalmente integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a
integralização.
A administração da sociedade poderá ser outorgada a uma única pessoa,
porém é lícito indicar dois ou mais administradores, sócios ou não, que poderão agir
isoladamente ou em conjunto perante terceiros.
Após as definições acima realizadas e para a efetiva constituição da
sociedade limitada será necessário a elaboração de contrato social, no qual deverá
conter as seguintes informações:
(a) Qualificação dos sócios - que poderão ser pessoas físicas ou jurídicas;
(b) Qualificação da sociedade – identificação da sociedade perante terceiros;
(b.1) nome – identificação individual da pessoa jurídica;
(b.2) objeto social – finalidade da sociedade;
(b.3) sede – varias funções dentre elas definir quem tem competência para
determinados atos. Ex.: registro na Junta Comercial;
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(b.4) prazo de duração da sociedade;
(b.5) capital social – investimentos na sociedade;
(b.6) administradores – a sociedade é um ente abstrato que deverá possuir
pessoas naturais que exteriorizem sua vontade.
3 - SOCIEDADE ANONIMA
(a) O capital é dividido em partes, em regra, de igual valor nominal, são as ações,
que são títulos representativos da participação societária no capital da companhia;
(b) O titular da ação é chamado acionista;
(c) A responsabilidade dos sócios vai até o preço da emissão das ações que
subscrever ou adquirir, não respondendo os subscritores perante terceiros pelas
obrigações assumidas pela sociedade;
(d) A sociedade será designada por denominação ou fantasia como nome
empresarial, devendo ser acrescida da palavra sociedade anônima (S/A) ou da
palavra Companhia (CIA), sendo que a última expressão só pode ser colocada no
início ou no meio do nome empresarial;
(e) O órgão deliberativo máximo é a Assembleia Geral que tem competência para
aprovar e reformar os estatutos sociais, eleger seus dirigentes (conselho de
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administração e diretoria), seus fiscais (conselho fiscal), aprovar, a cada ano, as
contas da diretoria.
Os órgãos acima mencionados não possuem personalidade jurídica
própria, ou seja, o titular de direitos e obrigações será sempre a sociedade anônima.
Sendo assim, entende-se que os órgãos apenas exteriorizam a vontade
da pessoa jurídica.
Vale ressaltar, que essa exteriorização deverá ser feita dentro dos limites
de cada órgão da sociedade anônima. Desta forma, a assembleia geral se manifesta
em relação à aprovação das contas dos administradores e definição das normas
estatutárias; o conselho de administração responsabiliza-se pela escolha dos
diretores e emissão de novas ações no limite do capital social integralizado; o
conselho fiscal realiza a convocação da assembleia geral, e por fim a diretoria
manifesta a vontade da companhia durante as assinaturas de contrato e demais
manifestações de vontade.
Dentro dessa organização, segundo Fábio Ulhôa Coelho os órgãos
classificam-se em divisíveis (diretoria e conselho fiscal) e indivisíveis (assembleia
geral e conselho de administração). Os divisíveis são aqueles que podem atuar
mediante vontade individual de um de seus membros, bem como, através do
colegiado. Já os indivisíveis só poderão se manifestar diante de todos os membros
do respectivo órgão.
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A companhia aberta é aquela em que os valores mobiliários5 (ações6,
debêntures7, bônus de subscrição8) são passíveis de negociação junto às bolsas de
valores ou mercado de balcão. Já a companhia fechada é aquela que não emite
valores mobiliários passíveis de negociação. Vale ressaltar que devido a companhia
aberta captar recursos junto a investidores em geral, deverá ter prévia autorização
do governo, registrando seus valores mobiliários no órgão governamental próprio,
neste caso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A sociedade anônima é uma pessoa jurídica de direito privado, portanto
poderá figurar como sujeito de direito e obrigações em diversas relações jurídicas.
Desta forma, a companhia deverá ter uma nacionalidade, uma denominação, uma
sede e um patrimônio absolutamente distintos daqueles dos seus acionistas.
Diante dos tipos societários pesquisados, a organização societária que
iremos nos aprofundar abrangerá a sociedade anônima de capital aberto.
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Valores mobiliários – são títulos emitidos com o propósito de possibilitar a captação de recursos e que
representam para aqueles que o adquirem um investimento.
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Espécies: Ordinária – direitos comuns de sócios, sem privilégios, vantagens ou restrições; Preferencial – atribui
ao seu titular vantagens; Fruição – emitida pela Cia em substituição as ações ordinárias e preferenciais que
tiveram seu valor amortizado.
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Espécie de valor mobiliário emitida por Cias abertas ou fechadas com valor nominal e que confere ao seu
titular direitos de crédito contra a Cia, nos termos da escritura de emissão e, se houver, no certificado.
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Espécie de valor mobiliário emitida por Cias de Capital Autorizado, que confere ao seu titular direito de
preferencia na subscrição de novas ações que venham a ser emitidas pela Cia.
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grande aporte de capital para atingir os objetivos especificados.
Uma das principais vantagens nesta espécie de sociedade é a liquidez do
capital. Um empreendedor que investe seu dinheiro neste tipo de companhia terá
mais vantagens quando da venda de suas ações, pois é negociada na bolsa de
valores e balcão, cuja venda pode se realizar rapidamente, considerando a
segurança da sua aplicabilidade, especialmente se o empreendimento é uma
sociedade próspera e age com seriedade.
Trata-se de companhias fiscalizadas rigorosamente pelo governo, que
objetiva resguardar o investimento dos acionistas minoritários.
As sociedades anônimas abertas contam com recursos captados no
mercado de capitais, e, por isso, sujeitam-se a sua administração à fiscalização
governamental. O objetivo desse controle é conferir ao investimento em ações e
outros valores mobiliários dessas companhias a maior segurança e liquidez possível.
No sentido de dispensar ao investidor maior segurança é que neste tipo
de sociedade o Estado se sente na obrigação de manter severa fiscalização e
controle, dando publicidade de todos os atos nela praticados, especialmente no
sentido de resguardar os interesses dos acionistas em particular e também dos
interesses sociais, este último de visível cunho nesse tipo de sociedade de capital,
posto que com o investimento de diversas pessoas do público da sociedade em
geral, podendo advir consequências benéficas ou maléficas de acordo com a
administração proferida nas mesmas, o que pode gerar insegurança, cujo objetivo
está fora das expectativas do poder estatal.
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O conselho de administração é órgão obrigatório apenas para as
sociedades anônimas abertas, de economia mista ou com capital autorizado. Sendo
assim, naquelas companhias em que o conselho não existe, a competência geral
para a convocação de assembleias é atribuída legalmente aos diretores (art. 123,
caput, LSA9).
A regra é a exposta anteriormente, porém excepcionalmente, a
convocação pode ser feita pela própria assembleia, pelo conselho fiscal ou por
acionista e/ou acionistas.
O conselho fiscal pode convocar a assembleia geral em duas situações
(arts. 123, parágrafo único, a, e 163, v). Em primeiro lugar, se o conselho de
administração ou, quando inexistente este, os diretores retardam a convocação da
AGO em mais de um mês; e a segunda situação, em que o conselho fiscal é
investido de competência para chamar a assembleia, caracteriza-se com a
verificação de motivos graves ou urgentes.
Acionistas, por sua vez, podem convocar assembleia em quatro situações
de inércia dos órgãos de administração:
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Art. 269. O grupo de sociedades será constituído por convenção aprovada pelas sociedades que o
componham, a qual deverá conter: I - a designação do grupo; II - a indicação da sociedade de comando e das
filiadas; III - as condições de participação das diversas sociedades; IV - o prazo de duração, se houver, e as
condições de extinção; V - as condições para admissão de outras sociedades e para a retirada das que o
componham; VI - os órgãos e cargos da administração do grupo, suas atribuições e as relações entre a
estrutura administrativa do grupo e as das sociedades que o componham; VII - a declaração da nacionalidade
do controle do grupo; VIII - as condições para alteração da convenção. Parágrafo único. Para os efeitos do
número VII, o grupo de sociedades considera-se sob controle brasileiro se a sua sociedade de comando está sob
o controle de: a) pessoas naturais residentes ou domiciliadas no Brasil; b) pessoas jurídicas de direito público
interno; ou c) sociedade ou sociedades brasileiras que, direta ou indiretamente, estejam sob o controle das
pessoas referidas nas alíneas a e b.
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discutidas e votadas devem ser postos à disposição dos acionistas, na sede da
companhia, ao se publicar o primeiro anúncio convocatório.
A convocação da assembleia é um ato formal, indispensável à validade
das deliberações nela adotadas, salvo se presentes todos os acionistas, inclusive os
não titulares do direito de voto.
A assembleia geral é uma reunião privada, somente tendo acesso os
acionistas (por si ou por procuradores), ou seus advogados. A lei prevê, também, a
eventual presença de membros de outros órgãos societários, para esclarecimentos
dos acionistas. Ninguém mais está legitimado a presenciar os trabalhos, salvo se
convidado ou convocado pela mesa diretora.
A direção dos trabalhos da assembleia geral cabe à mesa, composta na
forma estipulada em estatuto ou eleita pelos acionistas. Cabe aos seus integrantes
racionalizar a discussão e votação dos pontos de pauta, com o objetivo de garantir
aos acionistas presentes o pleno exercício do direito de voz e voto.
Os trabalhos desenvolvidos na assembleia, bem como das deliberações
adotadas pelos acionistas presentes, será lavrada em ata, no livro próprio que a
sociedade é obrigada a escriturar (art. 100 – LSA).
Em geral, a ata deve mencionar, com precisão e detalhes, todos os fatos
verificados na assembleia geral, como retrato fiel das discussões, votações,
declarações de voto, dissidências e protestos feitos oralmente pelos presentes.
A ata deve retratar, com pormenores, todas as intervenções e
deliberações havidas em assembleia, a menos que adote a forma sumária.
A lei exige sempre a publicação da ata da assembleia geral ordinária (art.
134, parag. 4, LSA), mas não obriga a mesma formalidade à todas as
extraordinárias.
Observe-se, contudo, que a publicação da ata da assembleia geral
extraordinária é a condição para que as deliberações nela adotadas produzam
efeitos perante terceiros, e, por essa razão, é sempre conveniente que a companhia
a providencie, mesmo nas hipóteses em que a formalidade não é obrigada na lei.
A publicação será feita em dois veículos, sendo um deles oficial e o outro
um jornal de grande circulação, valendo a sede da companhia como o critério para a
escolha (art. 289 – LSA). Caso a companhia aberta não tenha registro para
negociação em bolsa, mas apenas em mercado de balcão, a publicação adicional da
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CVM deve ser feita em jornal de grande circulação, editado na capital do estado em
que é situada a sede.
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proteger os interesses desse grupo de acionistas, garantindo-lhes alguma
representação no conselho de administração. Pelo voto múltiplo, são atribuídos à
cada ação votante tantos votos quantos sejam os cargos do conselho de
administração. Os acionistas podem distribuir livremente os votos que recebem,
concentrando-os em um único candidato ou distribuindo-os entre dois ou mais.
De início, destaca-se que o processo do voto múltiplo beneficia o
acionista minoritário tanto da sociedade anônima aberta, como da fechada; já as
eleições em separado só têm lugar nas companhias abertas.
O estatuto deve estabelecer o prazo do mandato dos membros do
conselho de administração, observado o máximo legal de 03 anos (LSA, art. 140,
III).
Os conselheiros, a rigor, exercem cargos de confiança da assembleia
geral, e, por isso, podem ser destituídos a qualquer tempo, pela maioria dos votos
dos sócios nela presentes. A destituição, por outro lado, não pode ser considerada
sanção, mas mera decorrência de deliberação, adotada pela maioria dos titulares de
participação acionária votante, e, por isso, não cabe cogitar de eventual direito de
defesa prévia do conselheiro destituído.
A assembleia geral, ao destituir um dos membros do conselho de
administração, deve eleger o novo membro, para completar o prazo de gestão
destituído. A situação dos demais integrantes do órgão, cujo mandato não se
interrompe, em regra não é alterada.
Outro aspecto a considerar é o de substituição de membro do conselho
de administração, hipótese que não se confunde com a destituição. De fato, se esta
última é ato da assembleia geral, que não deseja mais determinada pessoa como
conselheiro, a substituição é o preenchimento da vaga, decorrente de fato estranho
à vontade da companhia, como, por exemplo, a morte ou a renúncia do integrante
do órgão.
O conselho de administração deve possuir um presidente escolhido entre
os seus membros. Normalmente, o presidente é escolhido pelo próprio conselho na
primeira reunião após a posse dos acionistas. As reuniões do conselho de
administração são convocadas, instaladas, e se realizam também de acordo com as
regras do estatuto. Destas se lavrarão atas, lavradas em livro próprio, com
assinatura dos membros presentes aos trabalhos.
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3.5) DIRETORIA
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e regularidade dos atos de gestão. O conselho é composto por, no mínimo, três e,
no máximo, cinco membros titulares e seus suplentes. São elegíveis apenas
pessoas naturais, residentes no Brasil, com formação superior ou experiência
empresarial (demonstrada esta pelo exercício de cargo de administrador de empresa
ou de conselheiro fiscal, no mínimo por 3 anos). O conselho pode ser posto em
funcionamento em qualquer assembleia geral, ordinária ou extraordinária, mesmo
que não incluída a matéria na ordem do dia.
O processo de composição do conselho fiscal compreende a realização
de até 03 eleições, em separado: a) a dos representantes (titular e suplentes) dos
preferencialistas sem direito a voto, ou com voto restrito; b) a dos representantes
(titular e suplentes) dos minoritários com direito a voto, quando possuem pelo menos
10% do capital votante; c) a dos representantes (titular e suplentes) do acionista
controlador, sempre em maioria do conselho fiscal.
A Lei que criou a CVM (6385/76) e a Lei das Sociedades por Ações
(6404/76) disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a
atuação de seus protagonistas, assim classificados, as companhias abertas, os
intermediários financeiros e os investidores, além de outros cuja atividade gira em
torno desse universo principal.
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(g) Suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações.
(h) Suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinados valores
mobiliários ou decretar recesso de bolsa de valores.
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“Amicus curiae” intervenção de terceiro numa relação processual na qual não é parte, mas que tem interesse
em seu resultado.
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Em termos de política de atuação, a Comissão persegue seus objetivos
através da indução de comportamento, da auto-regulação e da auto-disciplina,
intervindo efetivamente nas atividades de mercado, quando este tipo de
procedimento não se mostrar eficaz.
No que diz respeito à definição de políticas ou normas voltadas para o
desenvolvimento dos negócios com valores mobiliários, a CVM procura junto à
instituições de mercado, do governo ou entidades de classe, suscitar a discussão de
problemas, promover o estudo de alternativas e adotar iniciativas, de forma que
qualquer alteração das práticas vigentes seja feita com suficiente embasamento
técnico e, institucionalmente, possa ser assimilada com facilidade, como expressão
de um desejo comum.
A atividade de fiscalização da CVM realiza-se pelo acompanhamento da
veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participam e
aos valores mobiliários negociados. Dessa forma, podem ser efetuadas inspeções
destinadas à apuração de fatos específicos sobre o desempenho das empresas e
dos negócios com valores mobiliários.
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CAPÍTULO II
REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA
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1 – NOÇÕES GERAIS
2 - TRANSFORMAÇÃO SOCIETÁRIA
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pode fundir-se com outras sociedades e, mesmo, pode cindir-se em duas ou mais
sociedades.
Essa realidade fica extremamente clara no estudo da transformação
societária, em sentido estrito, ou seja, da alteração qualitativa da pessoa jurídica,
que abandona um tipo societário para converter-se noutro tipo, transformar-se. Esse
ato de transformação, segundo o artigo 1.113 do Código Civil e o artigo 220 da Lei
6.404/76, independe de dissolução e, portanto, de liquidação da sociedade; ele se
manterá existente, apenas se transformando, para o que deverá obedecer aos
preceitos que regulamentam a constituição e inscrição do tipo societário em que vai
converte-se.
Em regra, para transformar-se a sociedade, é necessária a aprovação
unânime de seus membros.
O instituto da transformação aplica-se aos tipos de sociedades com
personalidade jurídica regulada pelo Código Civil de 2002 e pela lei societária em
vigor. No entanto, por outro lado, a transformação societária tem caráter restrito, não
podendo ser estendida a outros tipos de associação, como por exemplo, as
cooperativas, as sociedades de créditos mobiliários ou as fundações.
Entre as peculiaridades da transformação societária, podemos citar que a
transformação somente se produz entre tipos diversos de sociedades, ao passo que
nas demais modalidades de reorganização societária podem as sociedades
envolvidas ser de um mesmo tipo. Além disso, a transformação não acarreta sua
extinção, diferentemente dos demais casos, que sempre implicam a extinção ou a
constituição de uma nova sociedade.
A transformação do tipo societário não extingue o antigo Registro público
competente.
3 - INCORPORAÇÃO SOCIETÁRIA
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diferentes; portanto, uma sociedade anônima pode incorporar sociedade limitada ou
vice-versa.
A incorporação é medida que deverá ser aprovada tanto pela sociedade
incorporadora, quanto pela incorporada, aplicando-se, em cada hipótese, as regras
específicas do tipo societário. Assim, na sociedade simples (qualquer que seja seu
tipo, inclusive a limitada), na sociedade em nome coletivo e na sociedade em
comandita simples, combinado os artigos 997 e 999 do Código Civil, será necessária
a aprovação por todos os sócios; nas sociedades empresárias limitadas, conforme
se depreende dos artigos 1.071, VI, e 1.076, I, do Código Civil, aprovação por votos
que correspondam a três quartos do capital social, no mínimo; e nas sociedades por
ações, maioria na assembleia geral especialmente convocada para examinar tal
proposição, aplicados os artigos 223 a 227 da Lei 6.404/76.
A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento da
justificação, sendo submetida aos seus sócios quotistas ou acionistas; a aprovação
se fará pelo quórum legal, acima disposto, salvo expressa disposição estatutária de
quórum diverso. Aprovada a proposta de incorporação, no mesmo ato os sócios
autorizarão os administradores a praticar os atos necessários a incorporação.
Ademais, a aprovação da justificação por ambas as sociedades se seguirá da
assinatura pelos órgãos de administração ou sócios das sociedades interessadas de
um protocolo, no qual as condições da incorporação serão incluídas.
Pela incorporação, o patrimônio da empresa incorporada acresce-se ao
patrimônio da empresa incorporadora, a implicar um aumento deste último, bem
como nova distribuição da participação societária, informações que, como visto,
deverão estar claras na justificação apresentada às coletividades sociais de ambas
as sociedades, permitindo-lhes ter a exata compreensão do ato cuja a deliberação
lhes é submetida.
Os acionistas da sociedade incorporadora, portanto, deverão aprovar um
aumento de capital correspondente ao patrimônio que lhes será acrescido, bem
como, um aumento de quotas ou ações a serem destinados aos sócios da
incorporada, que passarão a ser sócios quotistas ou acionistas da incorporadora.
A integralização do capital correspondente às novas quotas ou ações
transformará o patrimônio líquido da sociedade incorporada, razão pela qual os
sócios da incorporada, como previsto pelos artigos 1.116, parágrafo 2, do Código
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Civil e 227, parágrafo 1, da Lei 6.404/76, deverão nomear peritos para avaliar as
relações jurídicas da sociedade a ser incorporada, seu patrimônio ativo (direitos,
créditos) e seu patrimônio passivo (deveres, obrigações), aferindo o valor do
patrimônio liquido.
Nova assembleia de sócios quotistas ou acionistas deverá ser então
convocada, atendendo aos artigos 1.118 do Código Civil e 227, parágrafo 3, da Lei
6.404/76, para que o laudo de avaliação seja aprovado e, via de consequência,
ultimem-se os atos de incorporação, que se completará apenas então com a
deliberação de extinção da sociedade incorporada.
A incorporação conclui-se com a aprovação de seus atos pela sociedade
incorporadora, já com a presença dos sócios da sociedade incorporada; no mesmo
ato, declararão extinta a sociedade incorporada, fazendo arquivar e publicar os atos
correspondentes. Os sócios da sociedade incorporada receberão as ações ou
quotas que lhe cabem diretamente da sociedade incorporadora, como previsto pelo
artigo 223, parágrafo 2, da Lei 6.404/76.
Como resultado da incorporação, todos os direitos e obrigações da
sociedade incorporada passarão a ser direitos e obrigações da sociedade
incorporadora. Na incorporação há apenas a extinção do nome e registro da
incorporadora; a sociedade preservou-se, pessoas e patrimônio, ainda que
absorvida por outra sociedade. Não haverá registro de transferência, pois
transferência não houve; haverá mera averbação do novo nome do titular do bem,
certo que, ao se incorporar a outra sociedade, a sociedade incorporada passou a
existir e funcionar pelo nome da sociedade incorporadora.
4 - FUSÃO SOCIETÁRIA
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Na fusão, os dois corpos sociais somam-se a bem da constituição de uma
terceira pessoa. Somam-se os patrimônios e as coletividades sociais, mas a bem de
um novo corpo social, extintas as nominações anteriores.
Nesse tipo societário poderão fundir-se sociedades de tipos iguais ou
diferentes, sendo que a sociedade fruto da fusão poderá adotar tipo societário
diferente das empresas que se fundiram.
Referida reorganização societária deverá ser aprovada pelos sócios de
ambas as sociedades, segundo as regras especificas de cada tipo societário. Finda
a avaliação, os administradores das sociedades convocarão reunião ou assembleia
dos sócios para tomar conhecimento dos laudos.
Somente diante dos laudos se saberá qual a participação societária de
cada sócio, se fundidas as sociedades, já que apenas diante deles se poderá
identificar o patrimônio social total – somatório das avaliações feitas – e, assim, a
proporção de cada sócio no patrimônio fundido.
Para além desses demonstrativos, os sócios ainda deverão aprovar o
contrato social ou estatuto da sociedade fruto da fusão, num situação análoga à
constituição de uma sociedade daquele tipo e preenchendo todos os requisitos
legais para tanto, com essa aprovação a fusão irá se concluir.
5 - CISÃO SOCIETÁRIA
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6 - PROTOCOLO E JUSTIFICAÇÃO
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atendimento de seu crédito não está tão garantido, como na anterior, o credor pode
pedir a anulação judicial da operação.
O seu prazo será de 60 ou 90 dias, conforme o regime jurídico aplicável à
operação. Assim, por exemplo, quando a sociedade incorporadora possuir ativo
inferior ao passivo, o credor da incorporada terá a garantia patrimonial de seu crédito
reduzida, já que o patrimônio líquido da sucessora será forçosamente menor que o
da sociedade absorvida.
Na cisão, a sucessão deve ser negociada entre as sociedades
participantes da operação. Desse modo, cada sociedade responde, após a
operação, pelas obrigações que lhes forem transferidas. Omissos os documentos da
cisão total relativamente a certa obrigação da cindida, cada uma para as quais foram
vertidos os bens desta responde na proporção do patrimônio recebido (LSA art.,
229, parágrafo primeiro).
O credor da sociedade parcialmente cindida continua podendo demandá-
la, a despeito da distribuição do passivo negociado na cisão. De fato, para proteger
os interesses dos credores cíveis da cindida, estabelece a lei a solidariedade entre
as sociedades participantes da operação.
No caso de cisão total, as sociedades para as quais os bens da cindida
forem vertidos, são solidárias pelas obrigações da pessoa jurídica extinta.
Na parcial, a sociedade cindida é aquela para a qual verteu bens,
respondem solidariamente pelas obrigações da primeira, anteriores a cisão.
A estipulação, nos instrumentos da cisão, de que a sociedade para a qual
houve versão patrimonial não responde pelas obrigações expressamente
transferidas não é eficaz contra o credor da cindida, que nos 90 dias seguintes à
publicação dos atos da cisão opuser-se a ressalva da solidariedade (LSA, art.233).
Se a cisão não envolve sociedade anônima, o credor prejudicado poderá também
pleitear a anulação da operação no prazo de 90 dias (CC,art. 1122).
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8 - DIREITO DE RETIRADA
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objeto social da sociedade sucessora é substancialmente diverso do da sociedade
cindida; em que a sucessora participa de grupo econômico não integrado pela
cindida; em que o dividendo obrigatório previsto no estatuto da sucessora é inferior
ao previsto no da cindida.
Outra hipótese em que cabe recesso é a de fechamento indireto do
capital por intermédio da cisão. O acionista da sociedade cindida pode manifestar
sua divergência da operação, e pleitear o reembolso, se ela é aberta, e a sociedade
sucessora, em favor da qual se deu a versão patrimonial, continuou fechada, depois
de transcorridos 120 dias da assembleia dessa última, que aprovou a operação. Se
as ações das empresas cindidas são facilmente negociáveis no mercado de capitais
o dissidente não terá o direito de retirada. Claro que, em relação a sociedade para a
qual foram vertidos os bens, o acionista terá direito de retirada, porque, se ela não
se registrou como aberta no prazo legal, não há como negociar a participação
societária no mercado de capital.
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CONCLUSÃO
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criação de uma nova empresa que juntará o que de melhor as sociedades fundidas
possuíam.
A última modalidade de reorganização societária estudada foi a cisão, que
podemos definir como a operação que divide o patrimônio de uma empresa,
resultando em outra ou outras empresas. Essa modalidade é realizada na maioria
das vezes para proporcionar a empresa cindida a possibilidade de explorar um novo
ramo do mercado.
Diante dos conceitos apresentados, conclui-se que esses tipos de
movimentações societárias vem se tornando cada vez mais frequente entre as
empresas, resultando em grandes operações que ajudam a impulsionar o mercado
de ações, bem como a economia brasileira; razão pela qual esse tema continuará
em destaque no ramo do Direito Empresarial.
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BIBLIOGRAFIA
FONTES DA INTERNET
http://www.soartigos.com/artigo/211/SOCIEDADE-ANONIMA:-Nocao-historica.-Breve-
visao-sobre-Acoes-e-a-Responsabilidade-Civil.-/
http://www.cvm.gov.br/indexpo.asp
http://www.dealmaker.com.br/blog/index.php/2011/11/18/fusoes-e-aquisicoes-somam-r233-
bilhoes-no-trimestre/
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