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ARGUMENTOS
Fichas de trabalho (Revisões)
FILOSOFIA – 11.º Ano Ano letivo 2021/2022
Grupo I
“Nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los. Por isso,
os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores. É um facto que precisamos de cidades
com mais espaços verdes e menor área de estacionamento, mas seria absurdo as pessoas não terem
onde deixar os seus carros.”
“Alguns cozinheiros premiados são portugueses. Logo, alguns portugueses são cozinheiros
premiados.”
1.2 Para determinar a validade do argumento anterior…
a) apenas é preciso apurar se a conclusão e a premissa são verdades conhecidas.
b) apenas é preciso verificar se a conclusão pode ser falsa, caso a premissa seja verdadeira.
c) é preciso saber se há cozinheiros premiados que sejam também portugueses.
d) é preciso conhecer, pelo menos, um português que seja um cozinheiro premiado.
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1.5 Atente nas frases seguintes:
A)
Toda a pessoa que está a ler este exercício sabe ler.
André está a ler este exercício.
Logo, André sabe ler.
B)
O café do saco X é de boa qualidade porque testámos várias amostras de grãos de café e verificámos
que eram de boa qualidade.
2.1 Avalie cada um dos argumentos. Justifique a sua resposta, tendo em conta o conceito de
validade referente a cada um dos argumentos.
Grupo II
1. Considere os seguintes argumentos:
b. Gostar de arte ou de outra coisa qualquer implica amar a vida. Se não gostar de arte ou de outra
coisa qualquer, então não amo a vida.
c. Se a pobreza se deve a maus gastos das pessoas e a más políticas, então não haverá paz no mundo.
Como não há paz no mundo, então a pobreza deve-se a maus gastos e a más políticas.
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d. Se não existissem guerras, o mundo era perfeito. Existem guerras, logo, o mundo não é perfeito.
2. A partir das seguintes proposições, construa os dois argumentos falaciosos estudados da lógica
proposicional.
Q: O carro despistou-se.
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2.ª Ficha de trabalho
1.5 No argumento «Miguel é médico e, por isso, Miguel tem formação universitária», a premissa
omitida é:
A. «Os indivíduos com formação superior são médicos».
B. «Os médicos têm formação universitária».
C. «Os universitários têm formação superior».
D. «Os médicos são profissionais de saúde».
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2. Considere o seguinte enunciado:
«Se os cientistas não criarem novas teorias e não criarem novos modelos de explicação da vida,
então não poderemos provar que há vida em Marte».
P: A ciência é racional.
Q: O erro é uma fonte de aprendizagem.
Dicionário:
P: Os jornalistas são precipitados.
Q: As notícias são rigorosas.
“Se vive no Funchal, o Luís não vive no continente. Ora, ele não vive no Funchal. Portanto, vive no
continente.”
7. A partir de «Se a acrobacia é uma arte, então exprime sentimentos» e de «A acrobacia não
exprime sentimentos», por modus tollens, infere-se que (selecione a opção correta):
b) Ou tudo na natureza é determinado por leis ou existe livre-arbítrio. É falso que existe livre-
arbítrio e que todas as ações humanas sejam voluntárias. Logo, tudo na natureza é
determinado por leis.
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3.ª Ficha de trabalho
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1.5 Considere o argumento seguinte:
«O dalai-lama é uma pessoa bondosa; por isso, rejeita a violência.»
A fórmula que traduz «Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Direito e é presidente da República
Portuguesa» é P R.
Identifique a operação lógica (ou conectiva) que liga as duas proposições simples que a
constituem.
4. Traduza as fórmulas seguintes para a linguagem natural, com base no dicionário apresentado a
seguir.
a) ¬Q → ¬P
b) P Ʌ Q
Dicionário:
P: A Sandra tem bons hábitos alimentares.
Q: A Sandra come legumes com regularidade
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6. Considere a forma argumentativa seguinte:
(P Ʌ Q) → Q, Q P Ʌ Q
1. Construa uma inferência válida que tenha como única premissa: “Se Descartes é racionalista,
então é alemão.” Use uma das formas de inferência válida estudadas. Identifique a forma de
inferência válida aplicada.
a) Se os animais não-humanos sentem dor ou prazer, então eles são dignos de ter estatuto moral.
Ora, os animais não-humanos são dignos de ter estatuto moral. Logo, os animais não-humanos
sentem dor ou prazer.
b) Deus existe no pensamento. Ora, se Deus existe no pensamento e não na realidade, então um ser
mais perfeito do que Deus é concebível. Mas não é concebível um ser mais perfeito que Deus. Deste
modo, Deus existe na realidade.
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Correções
Grupo I
1
1.1 C 1.2 B 1.3 D 1.4 B 1.5 A
2.1
Argumento A – argumento dedutivo:
Um argumento dedutivo é um argumento cuja validade ou invalidade pode ser explicada pela sua
forma lógica, exclusivamente. Se for válido, então a sua conclusão segue-se necessariamente das
suas premissas. (Salvo especificação em contrário, usaremos o termo ‘dedutivo’ como sinónimo de
‘dedutivamente válido’.) Mais precisamente, um argumento é dedutivo se é impossível ter todas as
premissas verdadeiras e conclusão falsa (temos a garantia de que, mantendo o nosso padrão de
raciocínio, é impossível partir de verdades e chegar a falsidades.
Argumento B – argumento não dedutivo:
Nos argumentos não dedutivos, a sua validade depende de aspetos que vão para lá da forma lógica
do argumento: a verdade das premissas apenas sugere a plausibilidade da conclusão ou a
probabilidade de ela ser também verdadeira.
Um argumento não dedutivo é válido quando é improvável, mas não propriamente impossível, ter
premissas verdadeiras e conclusão falsa. No exemplo dado (argumento de tipo indutivo), há uma
certa probabilidade que a conclusão seja verdadeira se as premissas também forem verdadeiras.
Dos argumentos indutivos dizemos que são fortes ou fracos: fortes quando a verdade das premissas
fornece fortes razões para pensar que a conclusão é verdadeira; fracos quando a verdade das
premissas não fornece fortes razões para pensar que a conclusão é verdadeira.
Grupo II
1. 1 Indique a falácia cometida em cada argumento: 1.2 Corrija os argumentos apresentados, de forma torna-los
válidos
a) Se fizer sol vou à praia. Vou à praia então faz sol. a. Se fizer sol vou à praia. Faz sol, então vou à praia.
Falácia da afirmação do consequente ou falácia do
P → Q, P Q
modus ponens.
b) Gostar de arte ou de outra coisa qualquer implica amar a
P → Q, Q P
vida. Se não amar a vida, então não gosto de arte nem de
b) Gostar de arte ou de outra coisa qualquer implica outra coisa qualquer.
amar a vida. Se não gostar de arte ou de outra coisa
(P V Q) → R, ¬ R ¬ (P V Q)
qualquer, então não amo a vida.
c) Se a pobreza se deve a maus gastos das pessoas e a más
Falácia da negação do antecedente ou falácia do
políticas, então não haverá paz no mundo. Como a pobreza
modus tollens.
se deve a maus gastos das pessoas e a más políticas, então
(P V Q) → R, ¬ (P V Q) ¬R não há paz no mundo.
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c) Se a pobreza se deve a maus gastos das pessoas e a (P Λ Q) → ¬R, (P Λ Q) ¬R
más políticas, então não haverá paz no mundo. Como
d) Se não existissem guerras, o mundo era perfeito. Não
não há paz no mundo, então a pobreza deve-se a maus
existem guerras. Logo, o mundo é perfeito.
gastos e a más políticas.
¬ P → Q, ¬ P Q
Falácia da afirmação do consequente.
(P Λ Q) → ¬R, ¬R (P Λ Q)
¬ P → Q, P ¬Q
2. A partir das seguintes proposições, construa os dois argumentos falaciosos estudados da lógica proposicional.
P: O carro circulava a alta velocidade
Q: O carro despistou-se
Falácia da afirmação do consequente:
«Se o carro circulava a alta velocidade então o carro despistou-se. Como o carro se despistou, então circulava a alta
velocidade.»
Falácia da negação do antecedente:
«Se o carro circulava a alta velocidade, então o carro despistou-se. Como o carro não circulava a alta velocidade, então
o carro não se despistou.»
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2.ª Ficha de trabalho
1
1.1 C
1.2 B
1.3 A
1.4 C
1.5 B
2
P – Os cientistas criam novas teorias.
Q – Os cientistas criam novos modelos de explicação da vida.
R – Nós podemos provar que há vida em Marte.
– Simbolização: (¬P Ʌ ¬Q) → ¬R
3
Se a ciência não é racional, então o erro não é uma fonte de aprendizagem.
4
a) P → ¬Q
b) P Ʌ Q
5
A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.
Identificação da falácia que ocorre na inferência apresentada:
– negação da antecedente.
Justificação:
– a partir da condicional (afirmada na primeira premissa) e da negação da sua antecedente (feita na
segunda premissa), não é possível concluir que o Luís vive no continente (pois tanto é possível que
o Luís viva no continente como é possível que não viva no continente);
– se, por hipótese, o Luís vivesse em Ponta Delgada, então as duas premissas seriam verdadeiras e
a conclusão seria falsa;
– a conclusão «o Luís vive no continente» não se segue das premissas (e a inferência é falaciosa).
6
O argumento é válido pois não há circunstâncias em que as premissas são todas verdadeiras e a
conclusão falsa.
Não se comete nenhuma falácia. Forma de inferência válida: Afirmação da antedecente.
7) Opção D
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8 a. (válido)
P: Cícero é um orador persuasivo.
Q: Cícero utiliza um discurso sedutor.
R: Cícero cativa o auditório.
P → (Q ˄ R), P R
8.b (inválido)
P: Tudo na natureza é determinado por leis.
Q: Existe livre-arbítrio.
R: Todas as ações humanas são voluntárias.
(P Q), ¬ (Q R) P
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3.ª Ficha de trabalho
1
1.1 D 1.2 B 1.3 B 1.4 B 1.5 C
2
a) P Q
b) ¬ (¬ P)
c) R → (¬P ¬ Q)
3
Cenário de resposta:
Identificação da conectiva: – conjunção.
4
a) Se a Sandra não come legumes com regularidade, (então) (a Sandra) não tem bons hábitos
alimentares.
b) A Sandra tem bons hábitos alimentares e (a Sandra) come legumes com regularidade.
5
Cenário de resposta:
A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.
Identificação da falácia em que se incorre no argumento: falácia da negação da antecedente.
Justificação da resposta:
– Esta falácia ocorre quando, a partir de uma condicional (no argumento dado, «Se D. Dinis escreveu
O Leal Conselheiro, então foi um rei amante das letras») e da negação da sua antecedente (no
argumento dado, «D. Dinis não escreveu O Leal Conselheiro»), se pretende inferir a negação da sua
consequente (no argumento dado, «D. Dinis não foi um rei amante das letras»).
– A partir de uma condicional e da negação da sua antecedente não é possível inferir a negação da
sua consequente, pois não é impossível que uma condicional seja verdadeira e tenha antecedente
falsa e consequente verdadeira.
OU
A (forma da) inferência é inválida, porque é possível que as duas premissas da inferência sejam
verdadeiras e a conclusão seja falsa; assim, é possível que D. Dinis não tenha escrito O Leal
Conselheiro, mas que tenha sido um rei amante das letras.
OU
A (forma da) inferência é inválida, porque é possível que as duas premissas da inferência sejam
verdadeiras e a conclusão seja falsa, como se pode verificar na seguinte tabela de verdade.
P Q P → Q, ¬P ¬ Q
V V V F F
V F F F V
F V V V F
F V V V V
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6
O argumento é inválido pois há pelo menos uma circunstância em que as premissas são todas
verdadeiras e a conclusão falsa.
Falácia cometida: afirmação do consequente.
P Q (P Q) → Q Q (P Q)
V V V V V V V
V F F V F F F
F V F V V V F
F F F V F F F
7
Apresentação da inferência válida:
Se Descartes é racionalista, então é alemão.
Logo, se Descartes não é alemão, então não é racionalista.
Identificação da forma de inferência válida aplicada: contraposição.
8
a)
P: Os animais não-humanos sentem dor.
Q: Os animais não-humanos sentem prazer.
R: Os animais não-humanos são dignos de ter estatuto moral.
(P V Q) → R, R (P V Q)
P Q R (P v Q) → R R (P v Q)
V V V V V V V V
V V F V F F F V
V F V V V V V V
V F F V F F F V
F V V V V V V V
F V F V F F F V
F F V F V V V F
F F F F V F F F
Cenário de resposta:
A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.
Apresentação da tabela de verdade que mostra que a forma argumentativa é inválida.
Interpretação da tabela:
‒ Na linha da tabela assinalada (a sombreado), as premissas são todas verdadeiras e a conclusão é
falsa;
‒ Uma forma argumentativa é inválida quando existe a possibilidade de as premissas serem todas
verdadeiras e a conclusão ser falsa.
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P Q R P, (P ¬ Q) → R, ¬R Q
V V V V V F F V V F V
V V F V V F F V F V V
V F V V V V V V V F F
V F F V V V V F F V F
F V V F F F F V V F V
F V F F F F F V F V V
F F V F F F V V V F F
F F F F F F V V F V F
Cenário de resposta:
A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.
Apresentação da tabela de verdade que mostra que a forma argumentativa é válida.
Interpretação da tabela:
‒ Na linha da tabela assinalada (a sombreado), as premissas e a conclusão são verdadeiras;
‒ Uma forma argumentativa é válida quando não existe a possibilidade de as premissas serem
todas verdadeiras e a conclusão ser falsa (ou quando não há nenhuma circunstância em que as
premissas sejam todas verdadeiras ou a conclusão falsa).
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