Fisicalistas acreditam que qualquer matéria que possua molécula é uma vida,
seja animada ou não. Não há um componente metafísico da vida. Já os
vitalistas acreditam que os organismos animados possuem uma propriedade
única que os seres inanimados não tem.
Vitalistas: iam contra a teoria de Descartes de ver a vida como uma máquina.
O vitalismo é um contra movimento que suriu no século xvii. Havia muitas
hipóteses.
● Subst. especial = protoplasma, q n era encontrada no organismo
inanimado
● estado coloidal = estado especial da matéria
● força especial = Lebenskraft, Entelechy ou Élan vital.
● forças psicológicas = psc vitalismo ou psico lamarckismo
São argumentos utilizados para esclarecer que a força vital não podia
pertencer aos seres inanimados por falta dessas qualidades.
O agente vital passou a ser chmado de fluido, a partir da metade do séc xvii,
com a desculpa que a gravidade e o calor também eram invisiveis.
A Alemanha foi onde o vitalismo mais ascendeu, foi Muller que percebeu que
o conceito de força vital fazia mais sentido que a ideia de movimento de
partículas dos fisicalistas. Tanto o vitalismo quanto o fisicalismo foram se
tornando supérfluos com o passar do tempo, pois ambos falham em explicar
os conceitos biológicos como a genética e o darwinismo, já que o vitalismo
tinha ideais teleológicos e anti-selecionismo. Surge então, os organicistas.
J.S Haldane foi o primeiro a apresentar ideias organicistas, pois não defendia
o vitalismo nem o fisicalismo. Já que novos paradigmas foram encontrados,
como entender que a complexidade de um organismo vivo não está em sua
composição e sim na sua organização, de suas inter-relações, interações e
interdependências, incluindo o conceito de emergência, o surgimento de
novas propriedades, fazendo com que a teoria organicista se tornasse anti
reducionista.
O conceito da emergência era muito significativo para a evolução, já que
muitos desses acreditavam que a evolução era descontínua e feita em saltos
grandes (já sabemos que não é verdade.) Muitos evolucionistas modernos
dizem que a emergência de um novo nível elevado é questão de variação
genética e seleção, por isso ela não é feita individualmente, e sim
compreendida por toda uma espécie. Os integrons evoluem por meio da
seleção natural e em cada nível são novos sistemas adaptados
(complementa o darwinismo).
No final dos anos 40, a filosofia da ciência moderna teve seu início, com Carl
Hempel e Paul Oppenheim. Em seus ensaios, Hempel propôs um modelo
chamado de dedutivo-nomológico, que teve seu apogeu nos anos 50 e 60, e
ficou conhecido como visão recebida. Esse método se dá por uma explicação
científica baseada num argumento dedutivo que foi feito a partir da descrição
de um evento deduzido a partir de leis universais e alguns fatos particulares
(o autor chama de regra de correspondência). Resumindo, uma teoria
científica é um sistema axiomático dedutivo, cujas premissas são baseadas
em uma lei. No entanto, esse modelo era muito tipológico e determinista, e foi
modificado com o tempo para se encaixar nas leis probabilísticas.
A causalidade acaba por ser uma solução simples, por isso não combina
tanto na biologia, exceto em níveis moleculares e celular. É extremamente
difícil destacar a causa de uma interação de sistemas complexos cujo efeito
final é o último passo de uma longa reação em cadeia. Devemos pensar que
uma interação entre dois indivíduos deve passar por uma série de estágios. E
qual delas o cientista deverá usar será determinada por uma série de fatores
e contingências. Podemos dizer que todo processo pode ser julgado causal,
devido a sua reconstrução a posteriori, ou seja uma causa que consiste em
uma série de passos tomados em conjunto.
Na biologia podemos classificar os processos em duas causas separadas, a
causa próxima (funcional) e a causa última (evolutiva). Na causa funcional
podemos incluir a causação de processos fisiológicos, de desenvolvimento e
comportamentais, que são controlados por programas genéticos e somáticos,
são as respostas do tipo “como?”. As causas evolutivas são as que
conduzem a origem de novos programas genéticos ou a modificação
daqueles já existentes, são os eventos passados que mudaram o genótipo, e
que não podem ser investigados pelo método da fisica ou quimica, somente
com a reconstrução histórica, e são as respostas às perguntas do tipo “por
que?”. É quase sempre possível apontar uma causa próxima ou evolutiva
para um fenômeno biológico. Esse conjunto duplo de causação é uma das
propriedades especiais do mundo vivo, já o mundo inerte, há acusações
causadas pelas leis naturais, que são combinações de processos
randômicos.
Indícios mostram que o cérebro humano atinge sua atual capacidade cerca
de 100 mil anos atrás, esse mesmo cérebro é hoje capaz de projetar
computadores. Essas atividades altamente especializadas que vemos hoje
não parecem requerer uma estrutura cerebral selecionada ad hoc. Todas as
conquistas do intelecto humano foram obtidas por um cérebro que não foi
selecionado especificamente para essas tarefas por um processo darwinista.
Sabemos que diferentes capacidades são controladas por diferentes áreas no
cérebro. O cérebro parece conter “programas fechados”, o instinto é um
exemplo de como já nascemos com o senso de reflexo e locomoção. Há
também as partes de “programas abertos”, são áreas do cérebro que podem
processar informações se ela estiver disponível no ambiente do organismo
jovem, nossa capacidade cognitiva de aprender novas línguas são mais bem
adquiridas em certos estágios da infância, essa categoria pode ser chamada
de “imprinting”. Cada nova experiência de um ser humano em
desenvolvimento é registrada no espaço cerebral apropriado e reforça
experiências associadas que já haviam sido gravadas no cérebro. O cérebro
parece conter áreas que permitem o armazenamento das informações
adquiridas ao longo da vida (memória).
A teoria da seleção natural de Darwin foi uma grande revolução científica. Ela
encontrou forte resistência devido a seu conflito com o criacionismo,
essencialismo, teleologia, fisicalismo e reducionismo. Essa teoria só foi bem
aceita em 1930. Entre esse meio tempo, tivemos pequenas revoluções na
biologia, como a rejeição da herança por caracteres adquiridos, a da herança
por mistura, a descoberta da fonte da variação genética, e entre outros, foram
essenciais para revolucionar o pensamento dos evolucionistas e dar
credibilidade a Darwin.
Após 1870, a biologia sofreu uma divisão, a biologia das causas evolutivas
(com enfase na filogenia), que basicamente fazia comparações a partir de
observações e a biologia das casas proximas, que destacava abordagens
experimentas. Havia também uma disputa entre a zoologia e botânica, que
deixou de ter sentido ao descobrirem que os processos moleculares eram
muito semelhantes. Entendeu-se também que havia necessidade de uma
nova classificação, pois descobriram que fungos e procariontes eram
diferentes do reino animal e vegetal.
Houveram tentativas de classificação de todas as áreas da biologia, para lidar
com os fenômenos de uma maneira mais unida. No entanto, não deu certo.
Outra classificação proposta que falhou miseravelmente, foi a classificação da
biologia em três ramos, descritiva, funcional e experimental. O problema é
que essa classificação excluía a biologia evolutiva e ignorava que a descrição
e experimentação são cruciais para análises somente na biologia funcional.
Referência: