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A R L S “Colunas de Piratininga nº 3780”


Federada ao Grande Oriente do Brasil
Jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil São Paulo

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V.I.T.R.I.O.L

TRABALHO EM
ELEVAÇÃO

Gabriel Marques Oliveira de Almeida


CIM xxxxx

AM

01/06/2020
I – INTRODUCAO
Essa prancha tem o intuito decifrar o V.I.T.R.I.O.L. que não é exatamente uma palavra.
Trata-se de um grupo de palavras formando uma frase de origem latina, com um significado
de grande profundidade e muito peculiar. Cada uma das letras corresponde à inicial de uma
palavra e o conjunto delas forma a sigla: V.I.T.R.I.O.L. É o símbolo universal da constante
busca do homem.

II – V.I.T.R.I.O.L
Segundo pesquisa de Nelson Nascimento, estas letras são atribuídas à divisa dos 'Rosa-
Cruzes' "Visita Interiora Terrae, Rectificando, Invenies Occultum Lapidem", Visita o Teu
Interior, purificando-te, encontrarás o Teu Eu Oculto, ou, "a essência da tua alma humana".
É o símbolo universal da constante busca do homem para melhorar a si mesmo e a sociedade
em geral. É uma palavra composta por 7 letras do alfabeto latim devido ao próprio
significado desse número na alquimia, pois toda a Obra se desenvolve na operação dos 7
metais e dos 7 planetas.
Visita Interiorem Terrae - dizem respeito ao conhecer o que está em seu interior. É a
primeira fase da alquimia, chamada Putrefação, significa que as aparências são deixadas de
lado, devemos buscar o que está no interior, o que está oculto. É no interior da terra, ou seja,
na Câm.’. de Refl.’., que o Prof.’. morre para nascer um Maç.’. . A Câm.’. de Refl, relembra
as cavernas das antigas iniciações.
Rectificando - Retificar significa "fazer reto", do latim rectus + facĕre, é uma referência
direta ao simbolismo do Esquadro. Seguir em linha reta, ou seja, agir em si mesmo com
profundidade.
Invenies Occultum Lapidem - Após termos arrancado a carne dos ossos para descobrirmos o
que é necessário em nós e o que não é, e termos retificado todo o encontrado, chegamos à
recompensa: a Pedra Oculta. Pedra ainda se encontra em estado bruto, necessitando ser
lapidada, trabalhada.

III - ORIGEM
Abu Musa Jabir Ibn Hayyan, mais simplesmente Jabir ou Geber, viveu entre 721 e 815 D.C,
é considerado o pai da química árabe. Relembrando que não havia uma separação entre a
química e alquimia, ambas eram uma só ciência que tinha o objetivo de descobrir os segredos
da manifestação da natureza através da experimentação. Além de químico foi astrônomo,
engenheiro, físico, filósofo e farmacêutico. Seu principal objetivo era o takwin, termo árabe
para descobrir o segredo da criação e o funcionamento da vida. Jabir tentou criar a vida em
laboratório para poder compreender o mistério maior da Criação. Escreveu também o método
de criação da al-iksir que daria longa vida e sabedoria ao alquimista e transmutaria os metais.
Al-iksir recebe o nome latim lapis philosophorum, com a tradução dos textos árabes para o
latim. Jabir é relembrado pela ciência até hoje por ter criado o ácido sulfúrico que recebeu o
nome de Zayt al-Zaj, mas que foi traduzido ao latim como "óleo de vitriol" por Alberto
Magno. Este, como um grande alquimista, decifrou e explicou em sua obra o significado do
V.I.T.R.I.O.L. Criado por Jabir Ibn, decifrado por Alberto Magno, utilizado pelos pedreiros
alquimistas medievais e herdado pela Maçonaria Escocesa.

IV – V.I.T.R.I.O.L NA CÂMARA DAS REFLEXOES


Os símbolos colocados no Gabinete (ou Câmara) de Reflexão são: Ossos ou Esqueleto
Humano - Crânio Humano - Pão - Água - Enxofre - Sal- Ampulheta -figura de um Galo -
Mercúrio - Bandeirola - e Inscrições, algumas, pintadas, copiadas ou no original.
Pão e Água
Segundo o autor Gédalge, o Pão e a Água compararam o Gabinete de Reflexões a um in-
pace, onde o profano se recolhe na expectativa do pior, o Pão e Água são os emblemas da
simplicidade a orientar a vida do futuro Iniciado.
•A Água - indispensável à sua vida, e
•O Pão - pois viria do trigo, sua força moral e o alimento espiritual.
O Pão está ligado ao símbolo de Ísis e Deméter, e que em muitas religiões representa a carne
de Deus Sacrificado. O Pão e a Água simbolizam os alimentos do Corpo e do Espírito,
alimento material e espiritual, necessários ao homem. Pelas Sagradas Escrituras sabe-se que
o Profeta Elias, dormindo sob uma árvore recebe de um anjo Pão e Água, e após comer e
beber, subiu o Monte Oreb. Simbolicamente, ao profano é oferecido alimento, visando
suportar as provas a que será submetido, assim:
Enxofre, Sal e Mercúrio
O 'Enxofre, Sal e Mercúrio' são 3 (três) Princípios Herméticos definidos:
•Enxofre simbolizando o Espírito,
•Sal significando a Sabedoria e a Ciência, e
•Mercúrio, representado pelo Galo, como explanação do atributo de Hermes.
Na composição de um metal qualquer, o Enxofre tinha como significado a Alma - o Fixo, e o
Mercúrio o Corpo - o Volátil, até porque o Enxofre concedia ao metal suas propriedades
químicas, e o Mercúrio as físicas. Até a atualidade todo o exposto acima não perdeu valor,
pois aquelas significações aplicam-se a princípios e não a corpos químicos. Por conta do
Enxofre também simbolizar o ardor, e o Sal a ponderação. Já o Mercúrio representado pela
figura de um Galo, simboliza ousadia e vigilância, anuncia a Luz que o iniciado 'vai receber',
constituindo-se no signo esotérico dessa Luz.
Bandeirola
O autor Gédalge compara a Bandeirola - Vigilância e Perseverança, encontra-se também
como símbolo na Arca da Aliança, e nos cintos e estola de Afrodite, de Íris, de Deméter. As
palavras Vigilância e Perseverança também podem ser interpretadas como Velar
Severamente, indicando ao futuro Maçom que deve atentar aos magníficos e exemplares
sentidos ofertados pelos símbolos, cujo entendimento só será conseguido através do
respectivo estudo e entendimento por inteiro, o que demanda trabalho, a ser exercido com
muita perseverança, caso deseje obter sucesso nesse objetivo.

V – Conclusão
É engraçado como a prancha que fazemos o tema mexe com a gente... Na minha primeira
prancha sobre a “ABOBODA CELESTE” me fez despertar mais ainda a curiosidade e a
adoração pela imensidão que é o universo, que não tem um dia que eu não olhe para
imensidão e agradeça por tudo. E realizar o estudo do V.I.T.R.I.O.L me fez olhar para dentro,
e fazendo um diálogo interno sobre meu comportamento, minha postura, minha forma de se
expressar, me conhecendo melhor e realizando esse diálogo interno me passa um flash back,
e ao fechar meus olhos, a única coisa que eu consigo lembrar é da minha iniciação, da câmara
das reflexões, do meu testamento, da sensação de ser conduzido pelo Ir.’. Glauco... das três
batidas na porta do templo, da voz do VM.’. . Às vezes eu cerro meus olhos, eu me sinto
subindo as escadas do templo, ao abrir ora vejo meu testamento, ora o terrível parado na
minha frente me oferecendo a luz. Me surge um sentimento de gratidão, pelo Ir.’. Mogli por
me convidar para fazer parte dessa família que no auge dos meus bons 22 anos eu tenho bons
ilustres exemplos, por ter encontrado a minha pedra bruta e agora poder trabalhar
incessantemente na busca da evolução continua e infinita.

VI – REFERENCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitriol
https://www.maconaria.net/v-i-t-r-i-o-l/
http://www.esoterismodemolay.com.br/2014/09/alquimia-na-maconaria-vitriol.html
http://maconariamitosemisterios.blogspot.com/2011/11/vitriol.html
https://www.colunasdepiratininga.org.br/vitriol/
https://pedroveiga.com/visita-interiora-terrae-rectificando-invenies-occultum-lapidem/
https://lidianefranqui.com.br/vitriol-o-alquimista-deve-escavar-a-terra/
https://focoartereal.blogspot.com/2011/10/palavra-vitriol-dos-alquimistas.html
http://psicologiajunguiana.psc.br/trechos-do-livro/vitriol
https://0201.nccdn.net/1_2/000/000/0dd/44c/TRABALHO-06---VITRIOL.pdf
Maconaria 100 instruções de aprendiz - Raymundo D’ELIA JUNIOR

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