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Francisco André Mualimo

“ A aula e o professor ideal; a importância do estágio pedagógico de Física”

(Licenciatura em Ensino de Física-EAD)

Universidade Rovuma

Nampula

2022

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Francisco André Mualimo

“ A aula e o professor ideal; a importância do estágio pedagógico de Física”


(Licenciatura em Ensino de Física-EAD)

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira


de Estagio Pedagogico de física . curso de
licenciatura em ensino de física 5 ano,
primeiro semestre lecionado pelo
Docente: Egidio Alberto e Julia Virgilio

Universidade Rovuma

Nampula

2022

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Índice
1. Introdução..................................................................................................................1

2.1 Conceito de uma aula..................................................................................................2

2.1.1 Aula ideal..................................................................................................................2

2.1.1.1 Importância da aula ideal......................................................................................3

2.1.1.2 Características de uma aula ideal..........................................................................3

2.1.2 Planificação...............................................................................................................4

2.1.2.1 Planificação de uma aula activa............................................................................5

2.1.2.2 Importância da planificação no PEA......................................................................5

2.1.2.3 Características do plano de ensino.......................................................................5

2.2 Professor......................................................................................................................6

2.2.1 Conceitos do Professor Ideal....................................................................................6

2.2.2 Características do Professor Ideal............................................................................7

2.2.3 Desafio para um bom professor...............................................................................8

2.2.3.1 Desafios intrínsecos...............................................................................................8

2.2.3.2 Outros desafios não intrínsecos............................................................................9

2.3 Método centrado........................................................................................................9

2.3.1 Tipos de método centrado.......................................................................................9

2.4 Aprendizagem Cooperativa.......................................................................................10

2.4.1 Breve história sobre a Aprendizagem Cooperativa................................................10

2.4.2 Conceitos de Aprendizagem cooperativa...............................................................10

2.4.3 Vantagens da aprendizagem cooperativa..............................................................11

2.4.4 Importância da aprendizagem cooperativa...........................................................11

3.0 Constatações.............................................................................................................11

4. Estágio Pedagógico de Física: Conceito, objectivos, fases, funções e importância....12

5. Objectivos do Estágio Pedagógico de Física................................................................12

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6. Capacidades a desenvolver no Estágio Pedagógico....................................................13

7.Princípios gerais que orientam o Estágio Pedagógico.................................................13

de Física...........................................................................................................................13

8. Competências a desenvolver no Estágio Pedagógico..............................................14

9. Fases de Estágio Pedagógico....................................................................................14

10. Considerações Finais............................................................................................15

11. Bibliografia...........................................................................................................16

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1. Introdução
O trabalho intitulado “ A aula e o professor ideal ; a importância do estágio pedagógico
de Física”, tem como objectivo fundamental trazer os aspectos de uma aula e debruçar
das qualidades indispensáveis que um professor devera apresentar para conduzir melhor
o PEA.

Todavia, o processo de ensino-aprendizagem existe pela relação entre os itens básicos


no ambiente educacional, a instituição, o professor, o aluno e o assunto discutido em
sala.

No ensino, as actividades são voltadas ao professor, referente às suas qualidade e


habilidades, porém, quando se fala em aprendizagem está voltado ao aluno, em suas
capacidades, oportunidades, possibilidades para que aprenda.

a metodologia usada na sua elaboração foi o método de consultas bibliográficas, que


serão referenciadas na bibliografia.

Para uma melhor compreensão, este segui o encadeamento lógico de:

 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão, e
 Bibliografia.

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2.1 Conceito de uma aula
Do lat. aula, gr. aulé, palácio, sala onde se recebem lições, classe, lição.
Antigamente, seriam os locais para onde os discípulos eram conduzidos para que
recebessem o conhecimento.

Popularmente a palavra ‘’’aula’’’ pode ser usada para referir diversos objectos:

 O local que contém os meios (livros, mesas, quadro-de-giz, e outros) e pessoas


(alunos e professores) necessários à realização da aula;

 O período estabelecido em que aluno e professor dedicam-se ao processo


ensino-aprendizagem na escola;

 O momento em que dedica-se à aquisição de algum conhecimento, ou


simplesmente a execução de alguma tarefa coordenada.

A aula é o horário de estudo de uma turma na escola e/ou instituição académica, em que
se pretende um processo de aprendizagem.

Pode ocorrer dentro ou fora de escolas e academias, como em aulas de ginástica,


música, culinária, teleaulas (como filmes), aulas particulares, entre outras.

2.1.1 Aula ideal


Aula ideal – é aquela em que há troca de ideias, com textos prévios disponibilizados
pelo professor, para debate e o aprofundamento dos argumentos.

Depois do debate, uma prova que não se remeta a conceitos prontos e fechados, mas que
dê amplitude para o aluno alcançar voos.

As aulas, como forma de organização do ensino, podem ser vista na forma de série que
vai desde as estruturalmente simples até as complexas; nas aulas mais complexas se
incluem unidades estruturais mais simples.

De acordo com Libâneo (1990), em qualquer tipo de aula, deve existir a


preocupação de verificação das condições prévias, bem como de orientação
dos estudantes para a consecução dos objectivos previstos, de consolidação
e de avaliação.

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2.1.1.1 Importância da aula ideal
Uma aula ideal é aquela que usa métodos que favorece o protagonismo dos estudantes,
facilita e estimula a interacção dos estudantes entre si e com o professor.

O professor numa aula ideal assume papel de facilitador da aprendizagem e não de


“enciclopédia ambulante” e ao mesmo tempo ajuda os estudantes a usufruir do seu
direito de participação (enquanto direito do homem e mulher).

A aula ideal adopta o estilo de educação democrática, pois os alunos interagindo com
seus colegas fazem a experiência de negociação de ideias, de renuncia das próprias
ideias, para aderir as ideias dos outros quando è necessário, valorizando assim a
complementaridade e sentirem-se sujeitos activos e responsáveis do próprio processo de
aprendizagem.

2.1.1.2 Características de uma aula ideal


Conhecimento e respeito pelas regras
Se todos falarem ao mesmo tempo, sem qualquer ordem imposta pelo professor no
decorrer da aula, ninguém se entenderá e a aula ficará extremamente confusa.

Os alunos devem saber, desde início, quais as regras da sala de aula, bem como o que é
e não é aceitável – nomeadamente o respeito pelo professor e pelos colegas – e saber
esperar a sua vez de falar.

Neste contexto, o professor deve ser uma figura de autoridade, não imposta mas
reconhecida de forma natural pelos alunos, devido à conduta que adopta nas suas aulas.

Ambiente agradável
O ambiente de uma sala de aula deve ser agradável e todos se devem sentir bem, alunos
e professores.

Um bom ambiente de sala de aula deve primar pela motivação. Todos devem, então,
estar motivados, a começar pelo professor. Um pedagogo que não se entusiasma por
aquilo que está a ensinar, também não motivará os seus alunos, os quais, por sua vez,
também devem buscar, dentro de si, a motivação que precisam para encarar todas as
aulas de forma positiva.

Organização

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A aula deve ter uma estrutura definida e uma organização visível.

Desta forma, todos os conteúdos e actividades devem estar encadeados de forma lógica.
Paralelamente, a sala de aula deve dispor de materiais eficientes, que tornem a
aprendizagem mais dinâmica, permitindo um acesso rápido aos mesmos.

Inovação na abordagem dos conteúdos


O professor deverá ser inovador na abordagem das mais variadas matérias, de modo a
cativar os seus alunos para o estudo na sala de aula.

Há, decerto, várias estratégias diferentes que podem usar, de modo a que as suas aulas
não se tornem monótonas.

2.1.2 Planificação
Planificação  – É uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.
Níveis de planificação
 Central, este nível consiste em prever acções relacionadas com o processo de
Ensino-Aprendizagem numa perspectiva Nacional e é da responsabilidade do
Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
 Provincial, conforme a designação, este nível consiste em programar
actividades educacionais a nível da província, tendo em conta as suas
características e necessidades específicas. Esta subordina-se à planificação
central.
 Local, para tornar cada vez mais especifica e adequada ao contexto da escola e
aos alunos, surge a necessidade de uma planificação local que contempla a
previsão das actividades a nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis. O
Aluno recebe serviços de educação especial em instituições especializadas.

2.1.2.1 Planificação de uma aula activa


A planificação da aula  – é um detalhamento do plano de ensino. A preparação das
aulas é uma tarefa indispensável e deve resultar num documento escrito que servirá não
só para orientar as acções do professor como também para possibilitar aprimoramentos
de ano para ano.
Aspectos a considerar na planificação da aula

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O processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma sequência lógica articulada de
fases:

 Preparação a apresentação dos objectivos, conteúdos e tarefas;

 Desenvolvimento da matéria nova;

 Consolidação;

 Aplicação;

 Avaliação.

Isto significa que devemos planear não uma aula, mas um conjunto de aulas.

2.1.2.2 Importância da planificação no PEA


 Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de
modo que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de
um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina.

 Facilita a preparação das aulas, através da selecção do material didáctico em


tempo;

 Contribui para a realização dos objectivos visados.

 Promove a eficiência do ensino.

 Garante maior segurança na direcção do ensino e também na economia do tempo


e energia.

2.1.2.3 Características do plano de ensino


 Deve haver coerência entre os objectivos gerais, os objectivos específicos,
conteúdos, métodos e avaliação.

 Deve existir coerência entre as ideias e a prática.

 O plano deve ter flexibilidade.

2.2 Professor
A carreira de um professor engloba uma gama de deveres a serem cumpridos, é
necessário então, que o mesmo perceba a importância de se preocupar com a qualidade
de sua docência. Para que isso aconteça, o professor deve se auto avaliar em todos os

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dias de seu trabalho, tendo em vista o controle e o conhecimento sobre sua missão, suas
características e sua didáctica.

Missão (Aprimoramento de suas actividades)


Cortez (2003), apoiado em Liberali (1999) nos demonstra estas quatro acções.

Segundo o autor, o momento de descrever, consiste no ato do professor relatar por


escrito suas acções em aula, aqui, conseguirá de maneira eficaz fazer uma autocrítica de
suas estratégias e objectivos traçados para certo conteúdo.
No que diz respeito a informar, o autor relata que nesta etapa o professor vai em busca
de teorias para embasamento e fundamentação da aula planejada. “A maneira como
ensino demonstra qual a relação de poder existente na sala de aula” .
O confrontar consiste em uma análise sobre postura e atitudes nos momentos do ato de
ensinar, assim, o professor poderá chegar à conclusão se está de maneira correta,
proporcionando ou não, o conhecimento e crescimento de seu aluno.
De acordo com Cortez (2003), a acção de reconstruir, é a consciência de que o
professor nunca está totalmente preparado em todos os aspectos que engloba sua
missão, é reconhecer que uma evolução de suas qualificações é de extrema relevância
para a sua profissão.

 2.2.1 Conceitos do Professor Ideal


Professor ideal é aquele que, além de professor, também é um amigo dentro da sala de
aula. Um professor que aconselha e que tenta passar o conteúdo da melhor forma
possível.

É aquele que tem a maior paciência do mundo e entenderia quando o aluno não
compreende um conteúdo difícil. Um professor que faça uma avaliação e que procure a
opinião dos alunos sobre as aulas.

É aquele que passa o conteúdo de forma objectiva e que usa a interacção com os alunos,
ele que não cria barreiras, que permite a aproximação para que haja diálogo.

O professor ideal é aquele que tem compromisso com os alunos, que passa o conteúdo
com amor. Que traga conhecimento além do conteúdo programado. Não aquele que
chega na aula e despeje a matéria. Que seja flexível e traga conhecimento para a vida da
gente.

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 2.2.2 Características do Professor Ideal
Conhecimento e domínio de conteúdo – Ter conhecimento da teoria do assunto que
está leccionando; Ter conhecimento da prática do assunto que está leccionando; Saber
fazer a ligação entre a teoria e a prática; Ter domínio do conteúdo que está ensinando
Clareza nas explicações, didácticas e preparo de conteúdo – Capacidade de explicar
(didáctico); Ser claro nas explicações; Vir preparado para todas as aulas (conteúdo pré-
definido); Capacidade de despertar o interesse dos alunos pelo conteúdo.
Relacionamento entre os académicos e os docentes e a tecnologia em meio ao
ensino superior:
 Ter entusiasmo para transmitir o conteúdo;
 Ser dinâmico nas aulas; Ser atencioso com os alunos;
 Ser acessível aos alunos;
 Ser amigável com os alunos;
 Ser respeitoso com os alunos;
 Ser compreensivo com os alunos;
 Ser simpático com os alunos;
 Ser dedicado a profissão;
 Ser exigente; Ser paciente;
 Ser prestativo;
 Ser desafiador;
 Preparar bem o material utilizado nas aulas;
 Ser organizado;
 Dar Feedback (resposta) das notas rapidamente;
 Utilizar recursos como vídeos ou músicas em sala de aula;
 Utilizar o conteúdo da internet (indicar sites, blogs, etc.);
 Utilizar correio electrónico para se comunicar com os alunos;
 Permitir os alunos utilizar computadores na sala de aula (Notebook);
 Utilizar softwarespara dinâmicas (planilhas electrónicas, softwares contábeis).

Atributos pessoais dos docentes :


a) Ter beleza física;
b) Ser asseado (bem vestido, cabelo penteado, sempre arrumado);
c) Ter tom de voz agradável;
d) Ter letra legível ao escrever no quadro e nas correcções por ele feitas.

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2.2.3 Desafio para um bom professor
Numa das suas obras de

Edgar Morin (1999) define sete saberes necessários para o futuro,


ou seja, sete desafios para a Educação do futuro, afirmando que
estes se deveriam “tratar em qualquer sociedade e em qualquer
cultura, sem excepção nem rejeição, segundo os costumes e as
regras próprias de cada sociedade e de cada cultura.”

Esses saberes são (MORIN, 1999, pp. 16-21):

1. “As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão”, dar aos alunos, uma nova
visão sobre o conhecimento, mostrando que é um produto de construção
psíquica e social;
2. “Os princípios de um conhecimento pertinente”, abordando a necessidade de
um saber interdisciplinar; ´
3. “Ensinar a condição humana”, valorizando a diversidade de expressões
humanas salientando a unidade que persiste na condição humana apesar das suas
diferenças;
4. “Ensinar a identidade terrena”, ensinar a História da Humanidade e a sua
identidade;
5. “Afrontar as incertezas”, abandonando concepções deterministas do saber,
promovendo a reflexão sobre diversas possibilidades;
6. “Ensinar a compreensão”, considerada como meio e o fim da condição
humana e da Educação; por fim, “
7. “Ética do género humano”, formar pessoas para que conheçam a sua sociedade
local e nacional, mas também o mundo em geral e a importância do exercício da
plena cidadania.

2.2.3.1 Desafios intrínsecos


Os desafios intrínsecos são destaques:

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 Indisciplina e falta de interesse (motivação) dos alunos, reflexo de contextos
social e familiar onde vivem, causas emocionais, falta de perspectivas sobre a
escola etc.;

 A falta de apoio familiar, ligada às diferentes formas e contextos das famílias, a


falta de tempo por conta do trabalho e outros factores;

 A actualização de práticas pedagógicas, limitada devido à falta de uma política


de formação continuada ou de oportunidades de formações de qualidade;

 O domínio e a utilização de tecnologias pelos/as docentes, que pode ocorrer por


falta de oportunidades e recursos para aprender ou até mesmo a resistência por
parte deles/as em aprender e utilizar novas tecnologias.

2.2.3.2 Outros desafios não intrínsecos


Não são só os desafios intrínsecos à sala de aula que atingem os docentes, há os desafios
ligados às condições de trabalho, à desvalorização social e salarial, à carga horária de
trabalho e a outros, que se relacionam com causas extrínsecas a sala de aula.

 A desvalorização da educação e, consequentemente, do profissional da educação e


de sua remuneração;

 As condições de trabalho, muitas vezes precárias, tanto em relação a infra-estruturas


quanto ao material pedagógico, exigindo do/a professor/a acções que “superem” tais
situações;

 A carga mental do trabalho docente, podendo ser ocasionada por carga horária de
trabalho excessiva, que, dentre outros aspectos, gera o mal-estar docente.

2.3 Método centrado


Método o significado etimológico da palavra método é o caminho a seguir para alcançar
um fim. Para o nosso objectivo podemos conceituar método como sendo um roteiro
geral para actividade. Portanto método é um caminho que leva até certo ponto, sem ser
o veículo de chegada, que é a técnica.

2.3.1 Tipos de método centrado


Método Centrado no Professor

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O método tradicional é adoptado por professores universitários, porém, possui uma
aprendizagem passiva e os alunos não são envolvidos. Para Fisher, 2011, o formato
tradicional é ineficaz no processo de aprendizagem.

O método tradicional é um método verbal de exposição e explicação de conteúdos que


exige do professor um conhecimento generalizado dos conteúdos e apenas exige dos
alunos a capacidade para registar esses conteúdos, não facilitando o desenvolvimento do
pensamento. Não se respeitam os ritmos de aprendizagem individual e a evolução dessa
aprendizagem é avaliada periodicamente com recurso a testes.

Método Centrado no Aluno


O Aprendizado Centrado no Aluno foi criado para desenvolver mais participação do
aluno na sala de aula, aprendizagem activa é qualquer método instrucional em que os
alunos façam algo com o conhecimento que estão tentando adquirir.

De acordo com Mizukami (2013), diferente do método centrado no


professor, o ACA facilita o processo de aprendizagem, onde os alunos
ganham além do conhecimento teórico, o conhecimento intelectual e
emocional, conseguindo resolver situações problemas diferentes do
contexto da sala de aula. Para Mizukami, “Autodescoberta e
autodeterminação são características desse processo”.

Onde o professor não apenas ensina novos conteúdos, mas também gera situações para
os alunos buscarem o aprendizado.

2.4 Aprendizagem Cooperativa

2.4.1 Breve história sobre a Aprendizagem Cooperativa


A aprendizagem cooperativa, não sendo um conceito novo em educação, só a partir da
década de setenta do século vinte se constituiu como um método alternativo ao processo
de ensino-aprendizagem tradicional

Embora as raízes históricas da aprendizagem cooperativa remontem à Grécia Antiga, só


a partir do final do século XIX e início do século

XX se tornou verdadeiramente uma metodologia de ensino graças aos trabalhos


desenvolvidos por psicólogos e estudiosos da pedagogia da época.

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2.4.2 Conceitos de Aprendizagem cooperativa
A aprendizagem cooperativa é definida como um conjunto de técnicas de ensino em que
os alunos trabalham em pequenos grupos e se ajudam mutuamente, discutindo a
resolução de problemas facilitando a compreensão do conteúdo.

Definir e clarificar o conceito de aprendizagem cooperativa remete-nos para uma


pluralidade de definições e abordagens de vários autores que se dedicam à investigação
nesta área.

Assim, Jonhson, Jonhson e Holubeuc (1993, p. 24) definem aprendizagem


cooperativa como “um método de ensino que consiste na utilização de
pequenos grupos de tal modo que os alunos trabalhem em conjunto para
maximizarem a sua própria aprendizagem e a dos colegas”.

2.4.3 Vantagens da aprendizagem cooperativa


 Estimula e desenvolve habilidades sociais;

 Cria um sistema de apoio social mais forte;

 Encoraja a responsabilidade pelo outro;

 Encoraja os estudantes a se preocupar uns com os outros;

 Estimula o pensamento crítico e ajuda os alunos a clarificar as ideias através do


diálogo;

 Desenvolve a competência de comunicação oral;

 Melhora a recordação dos conteúdos;

 Cria um ambiente activo e investigativo.

 2.4.4 Importância da aprendizagem cooperativa


A aprendizagem cooperativa permite desenvolver no grupo um espírito de entreajuda,
de modo a que os objectivos de um elemento só sejam concretizados quando os
restantes elementos também alcançarem os seus.

Uma aprendizagem cooperativa, para além de possibilitar o desenvolvimento de


competências sociais, contribui, positivamente, para o desenvolvimento cognitivo e para
a responsabilidade individual, na medida em que, através deste envolvimento, é possível

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debater ideias, esclarecer dúvidas, tomar decisões e resolver problemas acerca dos
vários conteúdos escolares.

3.0 Constatações
A aula ideal, como momento planejado e organizado do ensino traz consigo
características que requerem do professor a necessidade de sistematização de seu
trabalho junto aos alunos, pois e preciso definir os objectivos que se pretende atingir,
pensar sobre os problemas e desafios que devem ser superados no momento da aula, as
características dos grupos de alunos a que essa aula se destina, os conhecimentos que
serão desenvolvidos, os recurso didáctico a serem seleccionado, enfim trata se de um
processo amplo, que terá sua concretização no encontro com os educandos.

No processo de ensino-aprendizagem, o professor ideal deve possuir domínio do


conteúdo, ou seja, tenha conhecimento e experiência, uma boa didáctica, capacidade de
despertar o interesse.

Professor ideal e aquele que um professor que faça uma avaliação e que procure a
opinião dos alunos sobre as aulas.

4. Estágio Pedagógico de Física: Conceito, objectivos, fases, funções e importância


O Estágio Pedagógico é uma tarefa curricular, que articula a teoria e a prática que
aglutina os aspectos psicopedagógicos e didácticos de modo que o estudante esteja
preparado para a vida profissional.

Segundo Dias et al. (2010), o Estágio Pedagógico trata se de uma actividade


curricular antecedida pelas PPG e PPEs, que tem como objectivo colocar o
formando em contacto directo com a realidade profissional do curso em que
está inscrito, proporcionando-lhe novas aprendizagens, treino e consolidação
de aquisições anteriores, troca de experiências com os colegas em exercício
de suas funções docente – educativas, através de uma tutoria e a ligação entre
a teoria e a prática.

Para Mendes (2002), “o Estágio Pedagógico é um momento impar e significativo na


vida quotidiana das pessoas profissionalizadas em especial aquelas que exercem a
profissão do professorado visto que, nota – se um contacto directo ente o estudante e os
alunos”.

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5. Objectivos do Estágio Pedagógico de Física
Segundo Moraes (2000), existem vários objectivos que o Estágio Pedagógico aconselha
ao estagiário a atingir. O autor argumenta que, o estagiário ao executar as suas
actividades deve ampliar os conhecimentos, habilidades, competências organizacionais,
pedagógicas e profissionais e atitudes a ter em conta no PEA; ter domínio de estruturar
os conteúdos de uma determinada disciplina com destaque disciplina de Geografia
relacionada com a vida prática dos alunos; criar o interesse pelo ensino nos alunos;
manusear as técnicas e instrumentos que aperfeiçoam o PEA; criar situações de forma
que depois da aula, o professor e os seus alunos possam reflectir em torno da aula
leccionada como forma de descobrir o grau da assimilação dos conteúdos.

O Estágio Pedagógico duma forma geral, cria condições de modo  que o estagiário


possa evidenciar a capacidade de integração de conhecimentos; relacionar os saberes
científicos específicos, psico–pedagógicos e didácticos; descrever de maneira científica,
coesa e integral a vivência do Estágio Pedagógico; analisar duma forma científica e
crítica os aspectos da educação; sugerir melhorias no Projecto Pedagógico da Escola e
culmina com o melhoramento da qualidade da educação.

 Perante estas abordagens que os autores colam a superfície, pode se afirmar que, com
estas sugestões que o Estágio Pedagógico avança, o estagiário depois de as colocar na
prática terá capacidade de entender o ensino e a aprendizagem de disciplina que estará a
estagiar, como também a capacidade de observar aulas na mesma disciplina e assimilar
os princípios que orientam PEA de uma certa disciplina.

6. Capacidades a desenvolver no Estágio Pedagógico


Conforme Gómez (1992: 89), no âmbito de Estágio Pedagógico, o
estagiário deve saber ser, estar e fazer, deve ser assíduo, pontual e ter
responsabilidade profissional, isto é, se comprometer com a sua profissão
através da realização de todos trabalhos esboçados pela escola e pelo
Ministério de Educação; deve ter respeito consigo, com alunos e
professores bem como com os demais que existe no seu lugar de trabalho
ou fora, dever respeitar as diferenças culturais e pessoais dos alunos e
membros da comunidade educativa, deve ter a capacidade de saber opinar,
ouvir e aceitar as ideias dos outros, deve criar o ambiente inclusivo

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evitando exclusão e discriminação social e deve proeminente de difundir os
saberes locais e práticos a comunidade onde esta inserido.

Disto pode-se concluir que, quando o estagiário possuir todas as capacidades acima, será muito
fácil atingir os objectivos de ensino estabelecidos pelo Ministério da Educação e
consequentemente não haverá controversas entre ele e os educados, mas sim um relacionamento
aceite entre a comunidade onde a escola e os profissionais da mesma escola se encontram.

7.Princípios gerais que orientam o Estágio Pedagógico de Física


Segundo Dias et. al. (2010), os princípios  que o formando deve seguir ao estagiar são: ter o domínio da in
no que concerne a reflexão sobre o ensino de uma disciplina de Geografia; ter consciência das relações
entre as várias áreas de saber que devem ser estudados no PEA; ter a capacidade e habilidade de observação
realidade concreta da escola; ter a capacidades de aglutinar a teoria em prática na sala de aulas, e o caso
facilitar a compreensão dos conteúdos a leccionar deve buscar exemplos mais próximos dos alunos.

8. Competências a desenvolver no Estágio Pedagógico


Para Galvão (1996), existe certas competências que o estagiário deve assegurar no
âmbito do Estágio Pedagógico, portanto, ele deve promover diálogo em torno dos
valores cívicos e morais; promover atitudes aceites na comunidade; planificar e
organizar aspectos ligados ao ensino – aprendizagem; trabalhar em grupo de modo a
promover a interdisciplinaridade e construindo projectos educativos que criam interessa
na escola e na comunidade; alargar o interesse pela investigação através do uso dos
meios tecnológicos de modo facultar a obtenção de solução aos problemas ocorrentes no
âmbito do PEA; ajudar produzir o projecto que beneficia a escola bem como a
comunidade.

9. Fases de Estágio Pedagógico


Para Galvão (1996: 71), o Estágio Pedagógico apresenta três etapas que se cita:
Pré-observação: é um momento muito significativo, visto que, o formando aprende
através da teoria as actividades que irá realizar na escola. Nessa etapa o formando
começa a ganhar a capacidade e competência de seleccionar método e metodologia que
facilitam a concretização de objectivo preconizado, de analisar e aplicar os processos
didácticos – pedagógico, de interpretar fenómenos ou conteúdos ligados ao ensino de
Geografia. O formando nesta etapa vai fazendo umas observações na escola de modo a
conhecer a sua realidade e da sala.

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Observação: nesta etapa, o formando passa a ter a responsabilidade de produzir o
material didáctico; o formando faz uma visualização duma forma atenciosa dos
conteúdos do PEA pautados no programa de ensino e participa na dinâmica da escola e
da sala de aulas, adquire a oportunidade de entrevistar o director, director Pedagógico
em torno do número máximo dos alunos e da organização de alguns documentos
normativos ligados ao PEA que é de importância para o curso.
Pós-observação: Esta corresponde a última fase do Estagio Pedagógico, pois o
formando trás a tona tudo por ele observado no âmbito da execução do seu trabalho e do
tutor.
Segundo Dias et al. (2010:17), o Estágio Pedagógico no âmbito da na formação de
professores para a carreira do professorado encontra – se estruturadas em quatro (4)
momentos ou fases que são:

 Prática Pedagógica Geral;


 Prática Pedagógica Específicas I;
 Prática Pedagógica Específicas II;
 Estágio Pedagógico, fase em que o formando se mate e contacto directo com os
alunos na sala de aulas leccionando certas aulas.

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10. Considerações Finais
A educação é bastante estudada, pesquisada e comentada, por ser de extrema
importância na vida de uma pessoa, pois, através do conhecimento e de estudos, o
indivíduo possuirá atributos para se desenvolver socialmente.

O Estágio Pedagógico duma forma geral, cria condições de modo  que o estagiário


possa evidenciar a capacidade de integração de conhecimentos; relacionar os saberes
científicos específicos, psico – pedagógicos e didácticos; descrever de maneira
científica, coesa e integral a vivência do Estágio Pedagógico; analisar duma forma
científica e crítica os aspectos da educação; sugerir melhorias no Projecto Pedagógico
da Escola e culmina com o melhoramento da qualidade da educação.

Portanto, o estagiário depois de as colocar na prática terá capacidade de entender o


ensino e a aprendizagem de disciplina Física, como também a capacidade de observar
aulas na mesma disciplina e assimilar os princípios que orientam PEA de uma certa
disciplina.

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11. Bibliografia
 CORTEZ, Cleide Diniz Coelho. Estudar…Aprender….Ensinar…Mudar…
Transformar-se: Um processo contínuo.In: BARBARA, Leila; RAMOS,
Rosinda de Castro Guerra. Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas.
Campinas: Mercado de letras, 2003. p. 221-234.
 FREITAS, L., & Freitas, C. (2003). Aprendizagem cooperativa. Porto: Edições
Asa.
 GUISSO, L. Desafios no processo de escolarização: sentidos atribuídos por
professores doa anos iniciais do ensino fundamental. 2017. 172 f. Dissertação
(Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, SC, 2017.
 JOHNSON, D., Johnson, R., &Holubec, E. (1993). Cooperationintheclassroom. Edina,
MN: InteractionBookCompany.
 LIBERALLI, Fernanda Coelho. O diário como ferramenta para a reflexão
crítica: tese de doutorado em linguística aplicada ao ensino de línguas. São
Paulo: PUC, 1999.
 LIBÂNEO, J. C. (1990). Didática. São Paulo. Brasil. Cortez Editora.
 LOPES, J., & Silva, H. (2008). Métodos de aprendizagem cooperativa para o
jardim-de-
Infância. Porto: Areal Editores.
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