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Origem: Projeto 03:046.01-037:2000
ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:046.01 - Comissão de Estudo de Método de Fios e Cabos Telefônicos
NBR 14704 - Twisted pair outdoor telephone drop wire - Specification
Descriptor: Telephone drop wire
Copyright © 2001 Válida a partir de 29.06.2001
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Palavra-chave: Fio telefônico 8 páginas
Todos os direitos reservados
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definição
4 Requisitos gerais
5 Requisitos específicos
6 Inspeção
7 Aceitação ou rejeição
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis na fabricação do fios telefônicos externos binados FEB. Estes fios são
indicados para instalações aéreas.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 5368:1997 - Fios de cobre mole estanhado para fins elétricos - Especificação
NBR 6242:1980 - Verificação dimensional para fios e cabos elétricos - Método de ensaio
NBR 6810:1981 - Fios e cabos elétricos - Tração à ruptura em componentes metálicos - Método de ensaio
NBR 6811:1981 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de aderência e continuidade em fios de cobre estanhados - Método de
ensaio
NBR 6814:1986 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência elétrica - Método de ensaio
NBR 8094:1983 - Material metálico revestido e não revestido - Corrosão por exposição à névoa salina - Método de
ensaio
NBR 9128:1994 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de capacitância mútua - Método ensaio
NBR 9130:1994 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de desequilíbrio resistivo - Método de ensaio
NBR 9141:1998 - Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de tração e alongamento à ruptura - Método de
ensaio
NBR 9142:1999 - Fios e cabos telefônicos - Ensaios de resistência à fissuração - Método de ensaio
NBR 9145:1991 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de resistência de isolamento - Método de ensaio
NBR 9146:1994 - Cabos ópticos, fios e cabos telefônicos - Ensaio de tensão elétrica aplicada - Método de ensaio
NBR 9150:1994 - Fios telefônicos - Ensaio de separação das veias - Método de ensaio
NBR 13977:1997 - Cabos ópticos - Determinação do tempo de indução oxidativa (OIT) - Método de ensaio
NBR 14613:2000 - Fios telefônicos - Resistência à tração e alongamento sob tensão do fio FEB dielétrico - Método de
ensaio
ASTM D - 3349:1993 - Test for absorption coefficient of carbon black pigmented ethylene plastic film
3 Definição
3.1 fio telefônico externo binado FEB: Conjunto constituído por um par de condutores de cobre eletrolítico estanhados,
isolados individualmente por material polimérico, protegido por um revestimento polimérico contendo elemento de susten-
tação metálico ou dielétrico.
4 Requisitos gerais
Na fabricação dos fios telefônicos externos binados FEB devem ser observados processos de modo que os fios prontos
satisfaçam os requisitos técnicos fixados por esta Norma.
4.1 Designação
Os fios telefônicos externos binados FEB são designados pelo seguinte código:
FEB - X - Y
onde:
4.2 Condutor
4.2.1 Cada condutor deve ser constituído por um fio de cobre eletrolítico, maciço, estanhado, de 0,65 mm ou 0,90 mm de
diâmetro nominal, sendo seu diâmetro mínimo limitado pela resistência elétrica máxima.
4.2.2 Os condutores utilizados na fabricação dos fios devem estar conforme NBR 5368.
4.2.3 A superfície do condutor não deve apresentar fissuras, escamas, rebarbas, asperezas ou inclusões.
4.2.4 O condutor pode ter emendas efetuadas por solda a frio ou a quente, desde que as características elétricas e mecâ-
nicas satisfaçam os requisitos desta Norma.
4.3 Isolação
4.3.1 A isolação de cada condutor deve ser constituída por uma camada de material termoplástico, aplicada de forma a
satisfazer os requisitos desta Norma.
4.3.2 A camada de material isolante aplicada sobre cada condutor deve ser contínua, uniforme e homogênea ao longo de
todo o comprimento do condutor.
4.3.3 A isolação deve estar justaposta sobre o condutor, porém removível e não aderente a ele.
4.3.4 A isolação de cada condutor deve ser externamente de uma única cor, com tonalidade, luminosidade e saturação
conforme o Padrão Munsell, mostradas na tabela 3.
4.3.5 Os condutores de um mesmo comprimento do fio devem ser isolados com o mesmo tipo de material, sendo sua
escolha de inteira responsabilidade do fabricante.
4.3.6 O nível permissível de falhas na isolação do condutor não deve, em média, exceder uma falha a cada 12 km de con-
dutor isolado.
4.3.7 São permitidos reparos na isolação dos condutores durante o processo de fabricação, usando-se o mesmo material
da isolação com aplicação a quente ou outro método equivalente. As características da isolação reparada devem satisfazer
os requisitos desta Norma.
4.4.1 Depois de isolados, cada dois condutores devem ser torcidos juntos, formando um par nas cores branca-azul, de
modo que o fio pronto satisfaça os requisitos desta Norma.
Cópia não autorizada
4 NBR 14704:2001
4.5.2 O elemento de sustentação poderá ser de aço resistente à corrosão ou de material dielétrico.
4.6.1 O par torcido e o(s) elemento(s) de sustentação devem ser recobertos por uma camada de material polimérico resis-
tente à luz solar e intempéries, na cor preta. Este revestimento deve ser contínuo, homogêneo, de aspecto uniforme e isen-
to de furos, bolhas e outras imperfeições.
4.6.2 O revestimento deve ser aderente ao(s) elemento(s) de sustentação, para garantir a transferência de esforços entre
eles. O par deve estar não aderente ao revestimento externo.
4.6.3 Para o fio telefônico externo FEB-M e FEB-DO, o revestimento externo deve ser no formato “figura oito”. Para o fio
telefônico externo FEB-DC, o revestimento externo será no formato circular, com os elementos de sustentação distribuídos
em sua circunferência.
4.8 Identificação
Sobre o revestimento externo, em intervalos regulares de até 1,0 m, devem ser marcados de forma legível e permanente
os seguintes dados:
b) designação do fio;
Opcionalmente, esta identificação poderá ser feita numa fita de material não higroscópico, inserida internamente junto ao
par de condutores.
As características dimensionais do fio telefônico externo binado FEB devem estar de acordo com 5.5.
A unidade de compra para os fios telefônicos externos binados FEB deve ser o metro.
4.11.1 Cada lance do fio telefônico externo binado FEB deve ser acondicionado em rolo.
4.11.3 Cada rolo deve ser solidamente amarrado em no mínimo três pontos e em seguida protegido com papel ou plástico,
de modo a impedir possíveis danos durante o transporte ou armazenagem.
4.11.4 Cada rolo do fio telefônico externo binado FEB deve ter um comprimento nominal de 400 m, sendo admitida uma
tolerância de ± 5%.
4.11.5 Na medida do comprimento do fio é tolerada uma variação para menos de até 1,5%, não havendo restrição de
tolerância para mais.
4.11.6 O fabricante pode fornecer até 5% do total de rolos do pedido com comprimentos diferentes do nominal, porém não
inferiores a 100 m.
4.11.7 Cada rolo deve conter uma etiqueta, em local visível, marcada com caracteres de tamanho conveniente, perfeita-
mente legíveis e indeléveis, contendo as seguintes informações:
a) nome do fabricante;
c) designação do fio;
5 Requisitos específicos
As condições específicas dos fios telefônicos externos binados FEB devem ser conforme os requisitos desta Norma.
5.1 Requisitos elétricos
5.1.1 Resistência elétrica dos condutores
A resistência elétrica de cada condutor, em corrente contínua e a 20°C, deve estar de acordo com o mostrado na tabela 4,
conforme NBR 6814.
Resistência elétrica
Diâmetro nominal do condutor
Ω/km
mm
Valor máximo
0,65 57,9
0,90 30,2
O fio telefônico externo binado FEB, quando ensaiado conforme NBR 6207 e NBR 14613, onde aplicável, com uma carga
de tração equivalente a 1,5 vez o peso de 1 km de fio, deve apresentar um alongamento sob tensão de acordo com a
tabela 6.
Alongamento máximo
Designação do fio
%
FEB - M - 65 0,5
FEB - M - 90 0,5
FEB - DO - 65 1,0
FEB - DO - 90 1,0
FEB - DC - 65 1,0
FEB - DC - 90 1,0
Cópia não autorizada
6 NBR 14704:2001
O alongamento dos condutores na ruptura deve ser de no mínimo 10%, conforme NBR 6810.
Propriedades Requisitos
Resistência à tração mínima (MPa) 16,5
Alongamento à ruptura mínimo (%) 300
5.2.5 Bipartimento
O fio telefônico externo binado FEB tipo "figura oito", quando submetido ao ensaio de bipartimento conforme NBR 9150,
deve apresentar uma força de separação de acordo com a tabela 8, não devendo apresentar rasgamento no revestimento
do par nem no revestimento do elemento de sustentação.
Tabela 8 - Bipartimento
Força de separação
N
Mínimo Máximo
14,7 39,2
5.2.6 Dobramento
Após ser submetido ao ensaio de dobramento, conforme NBR 13518, durante 50 ciclos completos a uma velocidade de
15 ciclos por minuto, ângulo de ± 90°, raio de dobramento de 30 mm e massa de 1 kg, o fio telefônico externo binado FEB
deve atender às características mínimas especificadas em 5.2.1 e 5.2.2.
5.2.7 Fluência
O fio telefônico externo FEB deve ser submetido ao ensaio de fluência conforme NBR 13516 durante 10 dias, com uma
carga de tração equivalente a 1,5 vez o peso de 1 km do fio. Devem ser feitas medidas de fluência a cada 5 min durante a
primeira hora de ensaio e a cada 15 min nas 7 h subseqüentes durante o primeiro dia de ensaio. Nos demais dias, devem
ser tomadas no mínimo três medidas por dia, com intervalo mínimo de 2 h entre elas.
Com estas medidas deve ser ajustado o modelo de regressão linear, que descreva a fluência da seguinte forma:
ε (t ) = C + ε& log10 t
onde:
t é o tempo, em minutos;
Tabela 9 (conclusão)
7 Aceitação e rejeição
7.1 Sobre todos os rolos devem ser aplicados os critérios de aceitação conforme NBR 9154.
7.2 Na inspeção visual, as unidades do lote devem atender às condições estabelecidas em 4.11.
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