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MAIO 2001 NBR 14704


Fio telefônico externo binado FEB -
Especificação
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:046.01 - Comissão de Estudo de Método de Fios e Cabos Telefônicos
NBR 14704 - Twisted pair outdoor telephone drop wire - Specification
Descriptor: Telephone drop wire
Copyright © 2001 Válida a partir de 29.06.2001
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Palavra-chave: Fio telefônico 8 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definição
4 Requisitos gerais
5 Requisitos específicos
6 Inspeção
7 Aceitação ou rejeição

Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis na fabricação do fios telefônicos externos binados FEB. Estes fios são
indicados para instalações aéreas.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5368:1997 - Fios de cobre mole estanhado para fins elétricos - Especificação

NBR 6207:1982 - Arame de aço - Ensaio de tração - Método de ensaio

NBR 6242:1980 - Verificação dimensional para fios e cabos elétricos - Método de ensaio

NBR 6246:1986 - Fios e cabos elétricos - Dobramento a frio - Método de ensaio


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2 NBR 14704:2001

NBR 6810:1981 - Fios e cabos elétricos - Tração à ruptura em componentes metálicos - Método de ensaio

NBR 6811:1981 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de aderência e continuidade em fios de cobre estanhados - Método de
ensaio

NBR 6814:1986 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência elétrica - Método de ensaio

NBR 7301:1982 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de soldabilidade - Método de ensaio

NBR 8094:1983 - Material metálico revestido e não revestido - Corrosão por exposição à névoa salina - Método de
ensaio

NBR 9128:1994 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de capacitância mútua - Método ensaio

NBR 9130:1994 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de desequilíbrio resistivo - Método de ensaio

NBR 9141:1998 - Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de tração e alongamento à ruptura - Método de
ensaio

NBR 9142:1999 - Fios e cabos telefônicos - Ensaios de resistência à fissuração - Método de ensaio

NBR 9143:1999 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de contração - Método de ensaio

NBR 9145:1991 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de resistência de isolamento - Método de ensaio

NBR 9146:1994 - Cabos ópticos, fios e cabos telefônicos - Ensaio de tensão elétrica aplicada - Método de ensaio

NBR 9150:1994 - Fios telefônicos - Ensaio de separação das veias - Método de ensaio

NBR 9154:1999 - Amostragem e inspeção em fábrica de fios e cabos telefônicos - Procedimento

NBR 13516:1995 - Cabos ópticos - Determinação de fluência - Método de ensaio

NBR 13517:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de abrasão - Método de ensaio

NBR 13518:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de dobramento - Método de ensaio

NBR 13977:1997 - Cabos ópticos - Determinação do tempo de indução oxidativa (OIT) - Método de ensaio

NBR 14613:2000 - Fios telefônicos - Resistência à tração e alongamento sob tensão do fio FEB dielétrico - Método de
ensaio

ASTM D - 3349:1993 - Test for absorption coefficient of carbon black pigmented ethylene plastic film

Munsell Book of Color

3 Definição

Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte definição:

3.1 fio telefônico externo binado FEB: Conjunto constituído por um par de condutores de cobre eletrolítico estanhados,
isolados individualmente por material polimérico, protegido por um revestimento polimérico contendo elemento de susten-
tação metálico ou dielétrico.

4 Requisitos gerais

Na fabricação dos fios telefônicos externos binados FEB devem ser observados processos de modo que os fios prontos
satisfaçam os requisitos técnicos fixados por esta Norma.

4.1 Designação

Os fios telefônicos externos binados FEB são designados pelo seguinte código:

FEB - X - Y

onde:

FEB é o fio telefônico externo binado;

X é o material do elemento de sustentação, conforme tabela 1;

Y é o número centesimal do diâmetro nominal do condutor, conforme tabela 2.


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Tabela 1 - Elemento de sustentação

Material do elemento de sustentação X


Dielétrico "figura oito DO
Metálico M
Dielétrico circular DC

Tabela 2 - Diâmetro nominal do condutor

Diâmetro nominal do condutor


Y
mm
0,65 65
0,90 90

4.2 Condutor
4.2.1 Cada condutor deve ser constituído por um fio de cobre eletrolítico, maciço, estanhado, de 0,65 mm ou 0,90 mm de
diâmetro nominal, sendo seu diâmetro mínimo limitado pela resistência elétrica máxima.
4.2.2 Os condutores utilizados na fabricação dos fios devem estar conforme NBR 5368.
4.2.3 A superfície do condutor não deve apresentar fissuras, escamas, rebarbas, asperezas ou inclusões.
4.2.4 O condutor pode ter emendas efetuadas por solda a frio ou a quente, desde que as características elétricas e mecâ-
nicas satisfaçam os requisitos desta Norma.
4.3 Isolação
4.3.1 A isolação de cada condutor deve ser constituída por uma camada de material termoplástico, aplicada de forma a
satisfazer os requisitos desta Norma.
4.3.2 A camada de material isolante aplicada sobre cada condutor deve ser contínua, uniforme e homogênea ao longo de
todo o comprimento do condutor.
4.3.3 A isolação deve estar justaposta sobre o condutor, porém removível e não aderente a ele.
4.3.4 A isolação de cada condutor deve ser externamente de uma única cor, com tonalidade, luminosidade e saturação
conforme o Padrão Munsell, mostradas na tabela 3.

Tabela 3 - Cores da isolação

Luminosidade Saturação Tonalidade


Cor
Mínima Máxima Mínima Máxima Mínima Máxima
Branca N 8,75 N 9,4 - 5 R/1; - -
5 YR/1;
5 Y/1;
5 G/0,5;
5 B/0,5 e
5 P/0,5
Azul 3,5 4,5 9 - 10B 5 PB

4.3.5 Os condutores de um mesmo comprimento do fio devem ser isolados com o mesmo tipo de material, sendo sua
escolha de inteira responsabilidade do fabricante.

4.3.6 O nível permissível de falhas na isolação do condutor não deve, em média, exceder uma falha a cada 12 km de con-
dutor isolado.

4.3.7 São permitidos reparos na isolação dos condutores durante o processo de fabricação, usando-se o mesmo material
da isolação com aplicação a quente ou outro método equivalente. As características da isolação reparada devem satisfazer
os requisitos desta Norma.

4.4 Formação do par

4.4.1 Depois de isolados, cada dois condutores devem ser torcidos juntos, formando um par nas cores branca-azul, de
modo que o fio pronto satisfaça os requisitos desta Norma.
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4.4.2 O passo de torcimento do par não deve exceder 150 mm.

4.5 Elemento de sustentação

4.5.1 O elemento de sustentação deve ser contínuo em toda a extensão do fio.

4.5.2 O elemento de sustentação poderá ser de aço resistente à corrosão ou de material dielétrico.

4.6 Revestimento externo

4.6.1 O par torcido e o(s) elemento(s) de sustentação devem ser recobertos por uma camada de material polimérico resis-
tente à luz solar e intempéries, na cor preta. Este revestimento deve ser contínuo, homogêneo, de aspecto uniforme e isen-
to de furos, bolhas e outras imperfeições.

4.6.2 O revestimento deve ser aderente ao(s) elemento(s) de sustentação, para garantir a transferência de esforços entre
eles. O par deve estar não aderente ao revestimento externo.

4.6.3 Para o fio telefônico externo FEB-M e FEB-DO, o revestimento externo deve ser no formato “figura oito”. Para o fio
telefônico externo FEB-DC, o revestimento externo será no formato circular, com os elementos de sustentação distribuídos
em sua circunferência.

4.7 Cordão de rasgamento


A pedido do comprador, o fio telefônico externo binado FEB pode ser fornecido com cordão de rasgamento de material die-
létrico, inserido junto aos condutores, de forma que não os danifique quando do rasgamento do revestimento externo.

4.8 Identificação
Sobre o revestimento externo, em intervalos regulares de até 1,0 m, devem ser marcados de forma legível e permanente
os seguintes dados:

a) nome, marca ou código do fabricante;

b) designação do fio;

c) trimestre e ano de fabricação.

Opcionalmente, esta identificação poderá ser feita numa fita de material não higroscópico, inserida internamente junto ao
par de condutores.

4.9 Características dimensionais

As características dimensionais do fio telefônico externo binado FEB devem estar de acordo com 5.5.

4.10 Unidade de compra

A unidade de compra para os fios telefônicos externos binados FEB deve ser o metro.

4.11 Acondicionamento e fornecimento

4.11.1 Cada lance do fio telefônico externo binado FEB deve ser acondicionado em rolo.

4.11.2 Os rolos devem ter internamente um diâmetro compreendido entre 30 cm e 40 cm.

4.11.3 Cada rolo deve ser solidamente amarrado em no mínimo três pontos e em seguida protegido com papel ou plástico,
de modo a impedir possíveis danos durante o transporte ou armazenagem.

4.11.4 Cada rolo do fio telefônico externo binado FEB deve ter um comprimento nominal de 400 m, sendo admitida uma
tolerância de ± 5%.

4.11.5 Na medida do comprimento do fio é tolerada uma variação para menos de até 1,5%, não havendo restrição de
tolerância para mais.

4.11.6 O fabricante pode fornecer até 5% do total de rolos do pedido com comprimentos diferentes do nominal, porém não
inferiores a 100 m.

4.11.7 Cada rolo deve conter uma etiqueta, em local visível, marcada com caracteres de tamanho conveniente, perfeita-
mente legíveis e indeléveis, contendo as seguintes informações:

a) nome do fabricante;

b) código ou número de identificação do lote de fabricação;

c) designação do fio;

d) comprimento real do fio no rolo, em metros;

e) trimestre e ano de fabricação.


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5 Requisitos específicos
As condições específicas dos fios telefônicos externos binados FEB devem ser conforme os requisitos desta Norma.
5.1 Requisitos elétricos
5.1.1 Resistência elétrica dos condutores
A resistência elétrica de cada condutor, em corrente contínua e a 20°C, deve estar de acordo com o mostrado na tabela 4,
conforme NBR 6814.

Tabela 4 - Resistência elétrica dos condutores

Resistência elétrica
Diâmetro nominal do condutor
Ω/km
mm
Valor máximo
0,65 57,9
0,90 30,2

5.1.2 Desequilíbrio resistivo


O desequilíbrio resistivo em corrente contínua entre os dois condutores do par, ensaiado conforme NBR 9130, não deve
ser superior a 7%.
5.1.3 Capacitância mútua
A capacitância mútua do par deve ser de 38 nF/km ± 4 nF/km, conforme NBR 9128.
5.1.4 Resistência de isolamento
A resistência de isolamento de cada condutor deve ser no mínimo de 15 000 MΩ.km, conforme NBR 9145.
5.1.5 Tensão elétrica aplicada
O isolamento entre os condutores do par deve suportar, por 3 s, sem ruptura, um potencial à corrente contínua de valor
igual a 1 500 V, conforme NBR 9146.
5.2 Requisitos mecânicos
5.2.1 Carga de ruptura
O fio telefônico externo binado FEB deve apresentar carga de ruptura mínima de acordo com a tabela 5, conforme
NBR 6207 para FEB-M e NBR 14613 para FEB-DO e FEB-DC.

Tabela 5 - Resistência à tração

Carga de ruptura mínima


Designação do fio
(P = peso de 1 km do fio)
FEB - M - 65 2,5 x P
FEB - M - 90 2,5 x P
FEB - DO - 65 4,0 x P
FEB - DO - 90 4,0 x P
FEB - DC - 65 4,0 x P
FEB - DC - 90 4,0 x P

5.2.2 Alongamento sob tensão

O fio telefônico externo binado FEB, quando ensaiado conforme NBR 6207 e NBR 14613, onde aplicável, com uma carga
de tração equivalente a 1,5 vez o peso de 1 km de fio, deve apresentar um alongamento sob tensão de acordo com a
tabela 6.

Tabela 6 - Alongamento sob tensão

Alongamento máximo
Designação do fio
%
FEB - M - 65 0,5
FEB - M - 90 0,5
FEB - DO - 65 1,0
FEB - DO - 90 1,0
FEB - DC - 65 1,0
FEB - DC - 90 1,0
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5.2.3 Alongamento dos condutores

O alongamento dos condutores na ruptura deve ser de no mínimo 10%, conforme NBR 6810.

5.2.4 Isolação dos condutores


A resistência à tração e o alongamento à ruptura da isolação do condutor devem estar de acordo com a tabela 7, conforme
NBR 9141.

Tabela 7 - Requisitos mecânicos da isolação

Propriedades Requisitos
Resistência à tração mínima (MPa) 16,5
Alongamento à ruptura mínimo (%) 300

5.2.5 Bipartimento
O fio telefônico externo binado FEB tipo "figura oito", quando submetido ao ensaio de bipartimento conforme NBR 9150,
deve apresentar uma força de separação de acordo com a tabela 8, não devendo apresentar rasgamento no revestimento
do par nem no revestimento do elemento de sustentação.

Tabela 8 - Bipartimento

Força de separação
N
Mínimo Máximo
14,7 39,2

5.2.6 Dobramento
Após ser submetido ao ensaio de dobramento, conforme NBR 13518, durante 50 ciclos completos a uma velocidade de
15 ciclos por minuto, ângulo de ± 90°, raio de dobramento de 30 mm e massa de 1 kg, o fio telefônico externo binado FEB
deve atender às características mínimas especificadas em 5.2.1 e 5.2.2.
5.2.7 Fluência
O fio telefônico externo FEB deve ser submetido ao ensaio de fluência conforme NBR 13516 durante 10 dias, com uma
carga de tração equivalente a 1,5 vez o peso de 1 km do fio. Devem ser feitas medidas de fluência a cada 5 min durante a
primeira hora de ensaio e a cada 15 min nas 7 h subseqüentes durante o primeiro dia de ensaio. Nos demais dias, devem
ser tomadas no mínimo três medidas por dia, com intervalo mínimo de 2 h entre elas.
Com estas medidas deve ser ajustado o modelo de regressão linear, que descreva a fluência da seguinte forma:

ε (t ) = C + ε& log10 t

onde:
t é o tempo, em minutos;

ε& é a taxa de fluência, em porcentagem por minutos;


C é a constante de ajuste;
ε é a fluência.
Este modelo deve apresentar um fator de correlação (R2) maior que 90% para um intervalo de confiança de 95% para ser
utilizado na projeção.
O fio não deve apresentar um valor de fluência maior que 0,17% no décimo dia ou uma fluência menor que 0,3% quando
projetada para 20 anos, segundo o modelo de regressão linear ajustado.
5.2.8 Ensaio de abrasão
O fio telefônico externo binado FEB, quando submetido ao ensaio de abrasão conforme NBR 13517, num total de 50 ci-
clos, aplicados em um comprimento não inferior a 60 cm, a uma velocidade entre 150 mm/s e 300 mm/s e força vertical
aplicada de 10 N, não deve apresentar diminuição de espessura do revestimento externo tal que sejam expostos o elemen-
to de sustentação ou os condutores isolados.
5.3 Requisitos químicos
5.3.1 Resistência à fissuração
O material do revestimento externo não deve apresentar falha em 10 corpos-de-prova, quando submetido ao ensaio de re-
sistência à fissuração durante 48 h, conforme NBR 9142.
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5.3.2 Coeficiente de absorção no ultravioleta (UV)


O coeficiente de absorção no ultravioleta do material de revestimento externo deve ser superior a 4 000 abs/cm, quando
ensaiado conforme ASTM D-3349.
5.3.3 Névoa salina
O ensaio de névoa salina deve ser aplicado no elemento de sustentação dos fios telefônicos externos binados FEB-M con-
forme NBR 8094, com corpos-de-prova preparados de duas formas:
a) corpos-de-prova desencapados: após 192 h de exposição, os corpos-de-prova desencapados não devem apresen-
tar corrosão vermelha característica dos aços;
b) corpos-de-prova com revestimento danificado por estilete: após 288 h de exposição, os corpos-de-prova cujos re-
vestimentos externos tenham sido danificados por estilete, com exposição do elemento de sustentação, não devem
apresentar corrosão vermelha característica dos aços.
5.3.4 Aderência e continuidade da camada de estanho
Os condutores estanhados, quando submetidos ao ensaio de aderência e continuidade da camada de estanho, conforme
NBR 6811, não devem apresentar pontos negros.
5.3.5 Soldabilidade
Os condutores estanhados, quando submetidos ao ensaio de soldabilidade conforme NBR 7301, devem apresentar livre
escoamento da solda no condutor.
5.4 Requisitos ambientais
5.4.1 Dobramento a frio
O fio telefônico externo binado FEB, quando submetido ao ensaio de dobramento a frio à temperatura de -10°C ± 1°C, con-
forme NBR 6246, não deve apresentar rachaduras ou trincas no revestimento externo.
5.4.2 Contração da isolação
A isolação do condutor, quando submetido ao ensaio de contração, conforme NBR 9143, não deve apresentar uma contra-
ção superior a 9 mm.
5.4.3 Contração do revestimento externo
O material do revestimento externo, quando submetido ao ensaio de contração conforme NBR 9143, não deve apresentar
uma contração superior a 5%.
5.4.4 Envelhecimento térmico do fio
Uma amostra de 30 cm do fio deve ser submetida a 70°C durante 14 dias em uma estufa com circulação de ar. Após o
condicionamento, extrair a isolação dos condutores, desprezando 5 cm de cada lado. Medir o tempo de oxidação induzida
das isolações e do revestimento externo a 200°C ± 0,5°C, conforme NBR 13977. O valor mínimo do tempo de oxidação in-
duzida deve ser de 20 min para a isolação e para o revestimento externo.
5.5 Requisitos dimensionais
5.5.1 A espessura mínima absoluta do revestimento externo deve ser de 0,7 mm, conforme NBR 6242.
5.5.2 O passo de torcimento do par deve ser de no máximo 150 mm, conforme NBR 6242.
5.5.3 A maior dimensão da seção transversal do fio telefônico externo binado no formato "figura oito" deve ser de 9,5 mm,
sendo o diâmetro externo máximo de 7,5 mm para o fio no formato circular, conforme NBR 6242.
6 Inspeção
6.1 O fabricante deve fornecer todas as facilidades e meios para realização dos ensaios exigidos nesta Norma, quer para
fios prontos, quer durante o processo de fabricação, no que diz respeito aos materiais utilizados no fio.
6.2 Todos os ensaios e verificações desta Norma estão discriminados e classificados na tabela 9.

Tabela 9 - Classificação e discriminação dos métodos de ensaio para fio FEB

Tipos Ensaio Método de ensaio Inspeção

Resistência elétrica dos condutores NBR 6814 N


Desequilíbrio resistivo NBR 9130 N
Elétricos Capacitância mútua NBR 9128 N
Resistência de isolamento NBR 9145 N
Tensão elétrica aplicada NBR 9146 N
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Tabela 9 (conclusão)

Tipos Ensaio Método de ensaio Inspeção

Carga de ruptura NBR 6207 ou NBR 14613 P


Alongamento sob tração do fio NBR 6207 ou NBR 14613 P
Alongamento dos condutores NBR 6810 P
Isolação dos condutores NBR 9141 e NBR 9143 Q
Mecânicos
Bipartimento NBR 9150 P
Dobramento NBR 13518 P
Fluência NBR 13516 Q
Abrasão NBR 13517 Q
Resistência à fissuração NBR 9142 Q
Coeficiente de absorção no ultravioleta (UV) ASTM-D-3349 Q
Químicos Névoa salina NBR 8094 Q
Aderência e continuidade da camada de estanho NBR 6811 P
Soldabilidade NBR 7301 P
Dobramento a frio NBR 6246 Q
Contração da isolação NBR 9143 P
Ambientais
Contração do revestimento externo NBR 9143 P

Envelhecimento térmico do fio NBR 13977 Q

Espessura do revestimento externo Ver 5.5.1 N


Dimensionais Passo de torcimento do par Ver 5.5.2 P
Maior dimensão da seção transversal Ver 5.5.3 N
Identificação Ver 4.8 N
Visuais
Código de cores Ver 4.3.4 N
Onde:
N = Inspeção normal;
P = Inspeção periódica;
Q = Inspeção de qualificação.

7 Aceitação e rejeição

7.1 Sobre todos os rolos devem ser aplicados os critérios de aceitação conforme NBR 9154.

7.2 Na inspeção visual, as unidades do lote devem atender às condições estabelecidas em 4.11.

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