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Aula - 07
OBJETIVOS
A presente aula fornece conhecimentos básicos em
Flexão e ensaios de flexão e de parâmetros mais
importantes analisados no ensaio de flexão.
Prof. Dr. Carlos Triveno Rios
FLEXÃO
Flexão é um dos esforços mais desfavoráveis para materiais
estruturais, mas, na prática, não pode ser evitado e é bastante comum.
Elementos sujeitos à flexão podem ser vistos em edificações, pontes,
estruturas, vigas, eixos de máquinas, etc..
Falha por esforços de flexão de uma Ponte Será que a madeira que suporta os livros
(Viga) em Oakland, CA em 2007 esta sob esforços de flexão??
-Redução drástica da rigidez e da resistência. -Membro estrutural deve ser horizontalmente
-Causou colapso sob seu próprio peso. muito longo (dominante) bem superior à largura
e à espessura e sob o qual devem atuar cargas
perpendiculares ao eixo longitudinal.
Materiais Resistentes â Flexão
Flexão pura na parte central da barra Flexão de Viga em Balanço
360N 360N
0,30 m 0,66 m 0,30 m
A C D B
360N 360N
LINHA NEUTRA
-Sob a ação do momento M, as fibras da parte
superior da viga esta sob esforços de compressão e
as fibras da parte inferior esta sob esforços de
tração (aumentam de comprimento).
-Em algum ponto entre as partes superior e inferior
da viga, as fibras longitudinais estão sob tensão
nula, não sofrendo variação de comprimento.
-Essa superfície é chamado de superfície NEUTRA e
a interseção com o plano de seção transversal forma
a LINHA NEUTRA, LN, da seção, onde:
σ=0;ε=0
Mantém a sua dimensão inalterada,
Em materiais homogêneos a LN geralmente se situa na metade da espessura da viga.
Deformação Longitudinal
-Analisando a deformações entre duas seções distantes dx.
ρ : raio do arco cd até a LN;
L : comprimento do arco cd na LN;
L = ρdθ
-O comprimento do arco ef, a uma distancia
”y” acima da LN pode ser dado como:
L’ = (ρ - y).dθ
-O comprimento original do arco ef era igual
ao do arco cd, antes da deformação, logo:
δ = L’ – L
δ = (ρ - y).dθ - ρ
L δ = -y.dθ
A deformação especifica εX na fibra ef é dada
por:
A)
Linha Neutra, LN 1) ;
-Desde A), a deformação diferencial nas Fibras: 2) ;
B)
Sabendo; (3) e; σ = E.ε (4)
Substituindo: 5 em 6: 7)
Substituindo 5 em 8, temos a: Mf
Tensão Normal, σ: σ = .y Resistência a Flexão, σ:
IZ
Dedução da Tensão de Cisalhamento em Flexão, τ.
-Devido a forca cortante, Q, da carga aplicada:
-Na secção transversal existe
uma τ devido a força
cortante, Q, e assim temos:
1) ;
2) ;
;
Pelo teorema de Cauchi: τvertical = τHorizontal
Se assume que; τHorizontal é constante ao longo da largura, w, e a somatória das forcas para: x = 0.
τH = dN/w.dx dN = τH.w.dx 3) Momento estático = Me
Substituindo, 2 em 4; 5)
-Integrando, N = σ.S 4)
Q
Temos: τ =
Q Me
Substituindo, 3 em 5: .
w Iz
Q Me
Tensão de cisalhamento: τ = .
w Iz
Resistência à Flexão ou Modulo de Ruptura:
Mf
• A ruptura se dá por tração,
iniciando nas fibras inferiores
σ= .y LN
IZ
Tensão Normal Máxima na Superfície da Barra (y R ou h/2)
Seção retangular; yLN = h/2 Seção Circular; yLN = D/2 = R
P.a.(3.l 2 − 4.a 2 )
E para ensaios de flexão de 4 pontos E= , ASTM E855-90
4w.h 3 .ν
Modulo ou Tensão de Ruptura (σR)
É o valor máximo da tensão de tração ou de Mf
σ= .y
compressao, nas fibras externas do CP. IZ
-Para corpos de prova de seção circular; Iz = π.D4/64, yLN=D/2; Mf = Pmax.l/4 três pontos
Substituindo em 1), temos:
D
8.Pmáx .l Pmáx .l
σR = Ou; σ R =
π .D 3
π .R 3 y σR máx
z
-Substituindo
Para corposemde1),
prova de seção retangular; Iz = b.h3/12, yLN=h/2: Mf = Pmax.l/4
temos: três pontos
b
3 Pmáx .L
Onde: b = largura do corpo de prova (m)
h = altura do corpo de prova (m)
σR = h
2 b.h 2 z
y σR máx
Para Ensaios de Quatro Pontos com Seção retangular; Iz = b.h3/12, yLN=h/2: Mf = Pmax.a/2
Substituindo em 1), temos:
Pmáx .a
σ R = 3.
Onde: a corresponde à distancia entre o
suporte e o ponto da carga mais próximo.
b.h 2
Momentos de Inércia, I
Outras Propriedades no Ensaio de Flexão:
-Urf resiliência em flexão (Nm/m3),
1,5P.L 3P .a
σp = σp = ; Onde: w = b
b.h 2 b.h 2
Comprimento
Espessura, t
largura
Maximo Maximo
Momento Momento
de Flexão de Flexão
As propriedades, obtidas
por ensaios de flexão, são
sensíveis a tensões
residuais, microestrutura,
tratamentos térmicos,
processos de manufatura,
condições de operação, etc.
Exemplo:
Uma barra de aço de seção transversal retangular medindo 20mmx60mm está
submetida a dois momentos fletores iguais e opostos atuando no plano vertical
de simetria da barra (ver figura). Determine o valor do momento fletor Mf que
provoca escoamento na barra. Suponha σE = 248MPa.
b
Como a LN deve passar pelo centróide C da 20mm
seção transversal, temos y = 30 mm. M M
30 mm 60 mm h
Mf C
σ= .y LN
Iz 60 mm
Neste problema, assumimos uma relação linear entre tensão versus deformação,
sem comportamento viscoelástico.
Informações Adicionais Sobre o Ensaio de Flexão
Hipóteses Assumidas:
-Corpo de prova inicialmente retilíneo
-Material homogêneo e isotrópico
-Validade da Lei de Hooke
-Consideração de Bernoulli (as seções planas permanecem planas)
-Distribuição linear da tensão normal (máxima em compressão na superfície
interna e máxima em tração na superfície externa)
-Existência de uma linha neutra no interior do corpo-de-prova que não sofre
tensão normal (no centro de gravidade).
A carga de flexão deve ser aplicada lentamente,
A máxima tensão até a ruptura é conhecida como módulo de ruptura ou
resistência à flexão.
Erros experimentais no ensaio de flexão:
Causas de dispersão nas medidas experimentais
- a grandeza avaliada varia de amostra para amostra Os resultados
devem ser tratados estatisticamente pelo método de Wilbull (m)
- os sistemas de medição também introduzem erros, como: transdutores,
condicionadores e conversor de sinal, além do operador.
Requisitos para que o ensaio seja confiável
-população de CP deve ser representativa (15-30 peças)
Origem dos erros experimentais no ensaio de flexão
-variações de geometria dos CP e aspectos construtivos do dispositivo de
ensaio. Obrigado
Lista de Exercícios
10
Tensão (MPa)
0 0
6
2,8 1,6
mm, utilizando-se o procedimento 5,3 3,2 5
recomendado pela norma ASTM D-790, 6,7 4,5 4
Determine:
-O módulo de elasticidade tangente e o módulo de elasticidade secante para uma flecha de 10 mm;
-A norma estabelece uma deformação e = 5% para o final do ensaio. Nessa condição, determine a
carga acusada pela máquina de ensaio e a flecha correspondente.
-Sabendo que o PEBD é um polímero flexível, que velocidade do travessão foi utilizada neste ensaio?
Rpta. a) Esecante = 160MPa; Etangente = 100MPa
b) P = 24,8N; f = 13,3mm
c) VT = 26,7mm
2. Foram realizados dois ensaios de flexão, um em 3 pontos e outro em 4 pontos, em barras
cilíndricas de um material, tendo-se obtido os seguintes resultados:
3 PONTOS 4 PONTOS
Q (kgf) f (mm) s (MPa) e Q (kgf) f (mm) s (MPa) e
2,7 0,056 0 0
5,2 0,096 3,5 0,06
7,9 0,136 6,3 0,10
10,0 0,164 10,0 0,152
17,0 0,248 15,5 0,226
120
0 0
100
26,5 0,06
Tensão (MPa)
80
47,1 0,10 60
65,7 0,14 40
σ(MPa) e (%) 70
0 0 60
Tensão (MPa)
50
18,6 0,06
40
31,4 0,10 30
49,1 0,15 20
10 4 PONTOS
71,7 0,23
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
Deformação (%)
Rpta: a) E = 48,1GPa; 3 pontos; E = 31,2GPa; 4 pontos 3 pontos sruptura= 118MPa; 4 pontos sruptura = 71,8MPa
b) 3 pontos: Q = 769,7N; f = 0,15mm 4 pontos: Q = 704N; f = 0,18mm
5. Que é um ensaio de dobramento, é um ensaio de flexão??. Como o resultado do ensaio
de dobramento é avaliado? Indique seus usos.
6. Descreva o efeito mola, como se realiza o ensaio e indique como se aplica?
Rpta:
m = 12,6, σo = 40±69 MPa m = 9,1, σo = 665±85 MPa
m = 6,5, σo = 352±34 MPa m = 47,4, σo = 683±17 MPa