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Terras do Outono

1. Astronomia, geografia e calendário


As Terras do Outono são formadas por um continenter principal, com alguns arquipélagos
em volta. Possui três luas(Escarlate, Lavanda e Azul). Há tanto áreas montanhosas como vastas
florestas, assim como regiões desérticas e locais onde os invernos são rigorosos. Os dias tem 24
horas, e um ano tem 10 meses, denominados pela sua numeração (1º mês, 2º mês, etc.). Cada mês
possui 30 dias, divididos em 3 semanas de 10 dias, uma para cada lua. O calendário predominante
conta os anos desde a Fundação do Império Imotano, e atualmente está no ano 541FI.

2. Religião
Na Arcanocracia e no Império das Nevascas a religião predominante é o panteão Nórdico,
enquanto em Mainá são cultuados os Orixás. Os anões do Conclave e os elfos de Lina’ren Alian
Elanen’Dor culturam os seus respectivos deuses: A Artesã e O Andarilho. As Tribos Gar’tunk
cultuam suas próprias entidades xamanísticas, que eles creem ser os espíritos dos seus antepassados.
O Califado de Prata não possui uma religião oficial, sendo possível encontrar templos e devotos
dentro de quase todas as religiões do continente dentro de suas fronteiras. O Arquipélago das
Brumas possui uma míriade de tribos e povos, cada um com suas crenças específicas.
A Artesã
A Artesã é a deidade cultuada pelo Conclave Anão. Ela é representada por uma anã idosa, de
feições severas, forjando um machado em uma bigorna. O seu símbolo sagrado é uma Bigorna
atravessada por um martelo de ferreiro. Os seus seguidores pregam que a construção e fabricação de
objetos de arte, ferramentas e armas são um ato de devoção por si só, e quanto mais elaborado o
objeto, e raros os materiais dos quais ele é feito, maior o gesto e o favor obtido junto a Artesã.

O Andarilho
Os elfos de Lina’ren Alian Elanen’Dor veneram O Andarilho. Essa religião prega que o
mundo como ele existe é uma jornada do início ao fim da criação, e que os elfos são os cronistas e
os guias deste caminho. Os dogmas da religião pregam que todos os elfos devem sair em
peregrinação e viajar para os mais distantes lugares, registrando tudo que acontece em uma forma
de poesia conhecida como Elethlor’Ran Oran’Dar. Durante essa jornada o elfo pode receber uma
revelação do Andarilho. Isso indica que ele registrou algum fato importante para a história do
mundo, e ele deve retornar rapidamente para Lina’Ren Alian Elanen’Dor, onde tanto o poeta como
o poema serão celebrados por todos que ali vivem.

3. História e Política

Império das Nevascas


Fundação: 390FI
Governante: Bergor, O Imóvel (cargo vitalício, eleito pelo Conselho dos Chefes)
Capital: Bastião
Estética: Leste Europeu
Descrição: O Império é delimitado pela Floresta da Cobra de Fogo ao Sul, pelo Conclave anão ao
Oeste, e pelo Mar Gélido ao Norte. Sua principal, e mais belicosa, fronteira é com a Arcanocracia,
que ao longo dos últimos três séculos sofreu diversas mudanças em razão de guerras menores,
sendo a última delas há trinta anos, que resultou na incorporação das cidades hoje chamadas
Martelo e Bigorna, previamente Volundir e Velanatar.
Os povos dessa região são remanescentes do grande Império Imotano, e preservam parte do
poderio militar de seus antepassados. A sua capital é a fortaleza de Bastião, o trono ancestral dos
imperadores da região. A maior parte das terras do Império é rochosa, imprópria para o cultivo
agrícola, e durante a maior parte do ano o clima é frio e rigoroso. O atual imperador Bergor, O
Imóvel, manobra politicamente entre os líderes dos diversos clãs para manter uma paz tênue com as
demais nações. Há uma tensão constante com a Arcanocracia, uma vez que a maior parte das
pessoas do império se considera como descendentes do povo de Imotan, o que significa que do
ponto de vista deles a Arcanocracia expulsou seus ancestrais das terras férteis ao leste.

Arcanocracia das Planícies


Fundação: 347FI
Governante: Conselho Arcano (cargo vitalício, indicação dos membros atuais), presidido por Estér
Asa-de-Águia (eleição pelo conselho menor a cada cinco anos, sem limite de mandatos).
Capital: Vaelondar
Estética: Europa Ocidental
Descrição: A Arcanocracia surge como uma unificação dos povos que se revoltaram, e em última
instância derrubaram, o Império Imotano. Em um primeiro momento a fundação da Arcanocracia
criou uma grande era de prosperidade, inspirada pelos ideais de liberdade após o fim do domínio do
Império Imotano. O otimismo não foi o único responsável por esse crescimento, que necessitou de
mão de obra rápida e barata. Embora os registros históricos de Vaelondar procurem embelezar os
fatos, a escravidão tornou-se uma prática comum nas fronteiras, tendo sido abolida em 437FI por
medo de uma revolta interna. Entretanto, o estigma de escravocatas ainda permanece associado ao
Conselho Superior de Vaelondar.
Vendo o fortalecimento do Império da Nevasca, a Arcanocracia voltou a se dedicar à sua
vocação original, tendo sido estabelecida por um conselho de magos em uma cidade conhecida pela
sua dedicação aos meios arcanos, com a fundação da Universidade Oculta em 450FI. Esse foco
governamental e cultural nas artes arcanas criou uma tensão social que perdura até os dias atuais,
com os praticantes de magia se considerando um patamar acima dos demais cidadãos. Ainda, a
derrota na guerra em que Volundir e Velanatar foram incorporadas pelo império levanta dúvidas se o
Conselho Superior realmente está preparado para defender a Arcanocracia.

Mainá
Fundação: 250AI (?)
Governante: Anciã Mataribe (cargo vitalício, senioridade)
Capital: Potagorã
Estética: Uma mescla entre a arquitetura Inca e a simbologia das religiões Afro-Brasileiras.
Descrição: A história do povo Mainá e a fundação da nação homônima é intrínseca a história de
Mãe de Mil Mortes. Os primeiros relatos sobre esta dragão-fêmea verde estabelecendo a floresta na
parte oeste de Mainá como o seu domínio datam de 500AI, trazendo consigo uma terrível corrupção
de tudo que é natural. A partir desse momento ela cresceu em poder e crueldade, expandindo os seus
domínios e subjugando os povos que habitavam aquela região, oferecendo uma escolha simples:
servidão em vida ou liberdade em morte. Ela foi derrotada, mas não abatida, pelos guerreiros da
ordem Randá, evento que também representou a unificação das diversas tribos locais em uma única
nação.
Politicamente, Mainá vive um momento de relativa paz e estabilidade, mas há motivos para
que os membros do conselho dos anciões percam o sono. Tanto a Arcanocracia e o Império
consideram que uma possível aliança com Mainá seria uma vantagem decisiva em um eventual
conflito. Ainda, relatos dos guerreiros que guardam as fronteiras da Floresta da Cobra de Fogo
relatam que em anos recentes a corrupção tem se expandido, e criaturas e aberrações ferais tem
aparecido com uma frequência maior. Isso pode ser um sinal que talvez os tempos de paz em Mainá
estejam chegando ao fim.

Califado de Prata
Fundação: 1147AI
Governante: Califa Yazhid El’Aim (cargo vitalício, hereditário)
Capital: Cidade Estado
Estética: Árabe
Descrição: Embora a estrutura governamental tenha se formado em 1147AI, já havia um
assentamento urbano de grandes proporções há séculos no lugar onde hoje fica o Califado de Prata.
Essa cidade é essencialmente o último lugar civilizado para aqueles que desejam explorar o Deserto
Citariano, aproveitando a proximidade com o mar e o clima mais ameno.
A cultura e o comércio local são definidos pela atividade que faz com que além da maiora,
essa também seja a cidade mais rica das Terras do Outono: a extração de Cristal Estelar. Em 1149AI
o primeiro califa, Abd Al-Malik, um draconato prateado, consolidou o seu poder e em dois anos
tomou o controle da cidade, que desde então é governada pelo punho de ferro dos califas e de suas
Presas, a guarda oficial do opulento e luxuoso palácio onde o governo reside. Tecnicamente, as
liberdades individuais são respeitadas dentro da cidade, inclusive com a existência do ambiente
religioso mais plural das Terras do Outono. O Califado é contente em deixar que os cidadãos
resolvam seus assuntos entre si, e move suas forças apenas na direção de cobrar os elevados
impostos das expedições que partem para explorar o deserto.
Tribos Gar’tunk
Fundação: 550AI(?)
Governante: Volgar, O Cruel (cargo vitalício, hereditário)
Capital: Fortaleza da Fronteira
Estética: Nórdica
Descrição: Estima-se que por volta de 550 anos antes da criação do Império Imotano uma parcela
das tribos do oeste, cansada das condições de vida duras, embarcou em uma jornada procurando por
terras mais férteis. Sem o conhecimento de que o outro lado da cadeia de montanhas que cercava o
seu território havia apenas um deserto, esse povo vagou em direção ao Oeste, e durante séculos não
se houve registro do seu destino. Quando Imotan III iniciou a grande expansão marítima, seus
exploradores chegaram ao que hoje se chama de Gar’Tunk, a ilha onde uma parte desses
exploradores desembarcaram e fundaram uma nova nação.
Se por um lado eles se viram numa ilha sem outra civilazação, onde não havia competição
pelos recursos naturais, por outro o clima em Gar’Tunk é ainda mais rigoroso do que o do Império
da Nevasca, e a ilha é relativamente pequena. Há uma mina de prata nas montanhas, mas a distância
e o peso desse material faz com que a principal atividade comercial das tribos seja oficialmente a
pesca, e extra-oficialmente a pirataria. A relação entre as tribos é belicosas, e não se tem notícia de
uma união sólida entre elas. Tipicamente o líder mais brutal e impiedoso é considerado como uma
autoridade entre tribos, mas mesmo essa afirmação está sujeita a uma série de conflitos internos e
relações entre os povos que habitam na ilha.

Lina’ren Alian Elanen’Dor


Fundação: 1400AI (?)
Governante: O(A) Bibliotecário(a) (teocracia)
Capital: Cidade Estado
Estética: Alta fantasia
Descrição: Essa cidade estado concentra a maior população élfica de todo o continente, e embora
estritamente seu território seja limitado à grande, e misteriosa, árvore que abriga as fantásticas
construções locais, sua influência se estende a parte da floresta em volta. O seu líder atual é A
Bibliotecaria, uma profeta do Andarilho, escolhida por meio de uma revelação. Os registros indicam
que a cidade já exisitia desde pelo menos 1400AI, mas é possível, e provável, que ela seja anterior a
esse período.
A sociedade élfica de Lina’ren Alian Elanen’Dor é a mais religiosa de todo o continente,
com toda a vida na cidade girando em torno dos preceitos do Andarilho, indo desde a preparação
para as peregrinações até a preservação dos manuscritos resultantes. Esse é um dos motivos pelos
quais os elfos preferem se manter alheios aos problemas externos, optando por uma posição neutra
em tempos de guerra. Há uma corrente revolucionária de seguidores do Andarilho, que acreditam
que as revelações sejam sinais de um outro, grande propósito a ser desempenhado pelos elfos, mas
eles são considerados como extremistas pela maioria de seus pares.

Conclave Anão
Fundação: 2000AI (?)
Governante: Consórcio dos Mineradores (eleições indiretas, mandatos de 50 anos), Minerador-
Chefe Brontar (eleito pelos demais membros do Consórcio)
Capital: Cidade Estado
Estética: Romana
Descrição: Historiadores acreditam que, de uma forma ou de outra, a civilização anã na cadeia de
montanhas que hoje forma o Conclave Anão é a civilização mais antiga que ainda existe no
continente. A unificação desses diversos grupos sob um único governo é tipicamente associada com
o fortalecimento do culto à Artesã. A natureza exata desse processo tem um ar de mistério para
aqueles que não possuem um contato íntimo com o conclave, uma vez que os anões são
extremamente relutantes em garantir livre transito para outros povos dentro de seus domínios. O
Conclave mantém arquivos meticulosos, e é sabido que lá estão preservados documentos que
revelam muito desta parte da história, mas o acesso a tais locais é controlado.
Apesar dos relatos de conflito interno ao longo dos anos, nada faz com que os anões se
mobilizem tão rápido quanto ameaças externas. As montanhas onde as várias cidades, minas e forjas
estão localizadas possuem os maiores depósitos de carvão, ferro, prata, ouro e pedras preciosas do
continente, entre outros. O Conclave atualmente se encontra em uma posição fortalecida, com
séculos tendo solidificado a rígida ordem social, calcada na disciplina e na valorização do indivíduo
por meio do trabalho. Intrigas políticas entre os membros do conselho sempre ameaçam a
integridade da estrutura que torna o Conclave forte. Além do conflito na alta esférica política, o
subterrâneo das montanhas é habitado por Duergar e outras criaturas da escuridão, que sempre são
uma preocupação para as minas e os entrepostos mais isolados. Vozes de dissidência nesses locais
começam a questionar se os membros do conselho, de seus tronos de mármore e ouro na Cidade
Estado não se esqueceram do valor de um dia de trabalho honesto.
Arquipélago das Brumas
Fundação: ?
Governante: ?
Capital: ?
Estética: ?
Descrição: O nome Arquipélago das Brumas se refere ao conjunto de ilhas a Sudeste do continente
principal, onde se encontra uma vegetação e fauna abundantes. Não há relatos de algum governo
centralizado nesta região, e os viajantes que chegam ao continente deste local apresentam diferentes
raças, credos e culturas. No imaginário da maioria das pessoas, essas ilhas são um local de mistério
e de povos selvagens.

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