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Saúde Estética:

FLACIDEZ,
ESTRIAS E CELULITE
Prof.ª: Alane Pereira das Virgens
Farmacêutica Clínica, Cosmetologista e
Magistral

Graduação em Farmácia
Disfunções Estéticas Corporais

1. Flacidez- Definição e fisiopatologia antilipogênese;


2. Celulite - definições e prevalência; 2.5. Escala da celulite nürnberger e müller;
2.1.2. Fisiopatologia da celulite; 2.6. Alvos da cosmetologia no tratamento da
2.1.3. Classificação da celulite; celulite.
2.1.4. Cosmetologia na celulite; 3.0 Estrias – definições, Fisiopatologia
2.1. Fatores determinantes ou agravantes; 3.1. Ativos para Estrias
2.2. Fatores condicionantes e desencadeantes;
2.3. Alterações vasculares;
2.4. Fatores inflamatórios;
2.5. Tecido adiposo - lipolíticos,
Disfunções Estéticas Corporais

• Flacidez
• Estrias
• Celulite
FLACIDEZ

• Qualidade ou estado de flácido, ou seja, mole, frouxo, lânguido.


• A flacidez tem relação com a diminuição do tônus muscular, estando o músculo pouco consistente.
• Apresentar-se de duas formas distintas:
Flacidez Tissular ou Flacidez Dérmica
Flacidez Muscular
Anatomofisiologia da Pele Flácida
Fatores que causam a Flacidez

• Envelhecimento intrínsenco;
• Consumo de cigarro e bebidas alcoólicas;
• Alterações hormonais causadas pela obesidade, gravidez e menopausa.
• Emagrecimento (ex: pós cirurgia bariátrica);
• Sedentarismo;
• Efeito sanfona (Estrias);
• Enfraquecimento muscular;
• Deficiência de colágeno;
• Alimentação (celulite).
Elasticidade da pele

• Permite o equilíbrio do corpo além do seu equilíbrio elástico.


Linhas de Fenda ou Langer
• Máxima distensibilidade do seu sentido;
• Lesões cirúrgicas nesse sentido;
• Estrias
Estrias
• As estrias são cicatrizes atróficas que se formam quando há destruição das fibras elásticas e colágenas
da pele.
Causas: Ainda não se sabe tem bem definida, porém está envolvida na alimentação e estilo de vida
• Aumento do peso corpórea como na gravidez, Aumento de peso, uso de anabolizantes ou por fatores
hormonais (uso de estrógenos e hormônios adrenocorticais).
• Uso prolongado de corticoides oral ou injetável
• Fator Genético.
• Podem ocorrer em situações como: crescimento rápido durante a puberdade, aumento excessivo dos
músculos por exercícios físicos exagerados, colocação de expansores sob a pele ou próteses (de
mamas, por exemplo), gravidez, obesidade, e anorexia nervosa.
Etiologia das Estrias

• Existem três teorias para tentar justificar o aparecimento das estrias: a teoria mecânica, teoria
endócrina e teoria infecciosa, que ainda há muitas controvérsias (GUIRRO e GUIRRO, 2002;
WHITE, 2007).
• Teoria mecânica: Ocorre por meio da deposição excessiva de gordura no tecido adiposo. Ex:
gestante, no estirão do crescimento e em obesos .
• Teoria endócrina: Relacionada com as alterações hormonais. Ex: na obesidade, adolescência e
gravidez.
• Teoria infecciosa: sugere que processos infecciosos. Ex: em adolescentes a presença de estrias
púrpuras após febre tifóide, tifo, febre reumática, hanseníase e outras infecções.
Tipos de Estrias
• Formam-se, então, as linhas atróficas na pele por causa da diminuição da espessura da derme e
epiderme. Essas linhas quando são recentes são de cor rósea ou púrpura; as antigas ficam
esbranquiçadas.
• Estrias Vermelhas: São estrias iniciais são lesões lineares rosadas ou cor da pele, deprimidas ou
discretamente elevadas.

• Estrias Brancas: São estrias que já estão na fase tardia, com espessura e largura variáveis, sendo
mais frequentes nas nádegas, coxas, abdome e costas.
Características Clínicas das Estrias

• Lesões teciduais: Raras ou numerosas surgem paralelamente às outras e perpendiculares às linhas


de fenda da pele, indicando um desequilíbrio na elasticidade do local.
• Lesões atróficas: Por apresentarem uma diminuição na espessura da pele, que são ocasionadas
pela redução do volume e número de seus elementos e, representada por adelgaçamento, menor
elasticidade, rarefação de pelos, pregueamento e secura.
• Lesões Inflamatórias: apresentam edemaciadas devido ao processo inflamatório, o que explicaria
uma ocasional queixa de prurido.
Estrias: Formação das Estrias
Ativos utilizados nas Estrias

• Ácido Retinóico (0,1% à 1%) Com receita médica Portaria 344/98


• Retinol (3%)
• Peeling de Ácido Glicólico (10 à 20%)
• Óleos Vegetais: Abacate, Rosa Mosqueta, Amêndoas Doce, Oliva, Semente de Uva, Framboesa (5 à
10%)
• Fatores de Crescimento (aFGF, EGF, bFGF, IGF) 0,5 à 3%
• Bio Oil (Óleos vegetais) Pode ser indicado para gestantes
• Creme Mustela, Gestare, Luciara
Ativos utilizados nas Estrias
Hidroxiprolisilane CN®
Patenteado da Exsymol (Metilsilanol)
Indicações:
• Anti aging: ação preventiva e reparadora
• Corporais: Restaura a firmeza e tonicidade
• Anti-estrias: Ação Localizada
• Dermocosméticos: Pós laser e procedimentos cirúrgicos
• Cicatrizantes: Auxilia no processo regenerativos
• Área dos Olhos: Firmeza e Anti-Bolsas
• Rosácea e Pele Fina: Rosácea e Pele fina.
Concentração: 2 à 6%

Disponível em: http://sistema.boticamagistral.com.br/app/webroot/img/files/Hydroxyprolisilane%20CN.pdf


Fórmula para melhorar as Estrias

Fórmula Manipulada
Loção Hidratante e Emoliente para prevenção de Estrias:
Óleo de Oliva .............................. 2%
Óleo de Prímula .......................... 2%
Óleo de Macadâmia .................... 2%
Vitamina E .................................. 3%
Ureia ........................................... 3% *(contra indicado para gestantes)
Hidrolisado de Proteína ............... 4%
Óleo de Amêndoas Doce ............. 5%
Loção Base qsp 100g
Posologia: Massagear o abdômen, quadril e seios 2x ao dia. Preferencialmente após o banho.
Associações Indicadas pata tratamento de Estrias e Flacidez
• Procedimentos estéticos (Radiofrequência, Carboxiterapia, peeling, intradermoterapia, Ultraformer, sculptra)
Associações Indicadas pata tratamento de Estrias e Flacidez

• Dermocosméticos OUT (Fórmulas ricas em ativos tensores, firmadores, hidratantes,anti aging, vitaminas e
minerais precursores da formação de colágeno no combate a flacidez).

• Nutricosméticos e Nutracêuticos INN (Vitaminas, Minerais, Silício orgânico, Aminoácidos).


Nutricosméticos

Dosagem usual:
50 à 150mg associado.
600mg isolado

Disponível em: https://www.biotecdermo.com.br/wp-content/uploads/2019/01/Exsynutriment_lamina.pdf. Acesso 21 out de 2020.


Celulite
“A celulite, ou a famosa aparência de “casca de laranja” nas coxas, quadris, nádegas é causada quando
a gordura se acumula entre os cordões conjuntivos fibrosos que “amarram” a pele ao músculo
subjacente. Quando as células de gordura se acumulam, empurram a pele, que é puxada para baixo
pelos cordões fibrosos, criando uma superfície irregular ou ondulações, os populares “furinhos”.”
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Celulite
• Sinônimos: FEG (fibroedemageloide), lipodistrofia ginoide, adiposidade edematosa
• Hidrolipodistrofia ginóide: Hidro (água); Lipo (gordura); Distrofia (desordem das trocas metabólicas
do tecido); Gino (mulher); Oide (forma de).
• Fisiologia da Celulite
Alterações vasculares, Fatores inflamatórios, Alterações conectivas do tecido septal, estrutura totalmente
dismorfica da pele (casca de laranja)

Figura 1. Compressão do sistema circulatório pelo tecido adiposo e formação do FEG.


Fonte: BORGES & SCORZA, 2016, p.60
Localização da Celulite

• Localização Ginóide
Braços

Barriga

Glúteos Quadril

Coxas
Celulite
Celulite
Incidência
preponderante.
Acúmulo
hormonal de
lipídios nas coxas e
glúteos.
Etiopatogenia da Celulite

Fatores Predisponentes
• Genética
• Idade
• Sexo (Mulher), está relacionada com os diferentes episódios da vida da Mulher: puberdade,
contraceptivos, gravidez.
• Envelhecimento: degeneração e síntese reduzida de colágeno + deposição de gordura acentuados
após a menopausa.
Etiopatogenia da Celulite

Fatores Determinantes e Agravantes


• Fatores psicológicos: estresse e cortisol Fumo
• Sedentarismo
• Desequilíbrios hormonais
• Perturbações metabólicas (diabetes)
• Disfunção hepática
• Medicamentos: contraceptivos, antidepressivos e corticoides
Etiopatogenia da Celulite

Alimentação
• Dieta rica em sódio
• Dieta rica em pró-oxidantes e pobre em antioxidantes Glicação do colágeno
• Excesso de carboidratos de alto índice glicêmico Gordura saturada
• Outros
Etiopatogenia da Celulite

Fatores Condicionantes ou Desencadeantes


• Aumento da pressão capilar Dificuldade de reabsorção cutânea
• Tecido conjuntivo se torna mais hidrófilo

EDEMA
Celulite
Sobrecarga de gordura
Alterações Vasculares Compressão vascular
Insuficiência circulatória
Acúmulo de água, toxinas e edema
Envelhecimento do tecido conjuntivo
• Redução do Fluxo Sanguíneo e Drenagem Linfática.
Mecanismo de ação: Celulite
Escala da Celulite Nürnberger e Müller

Fonte: Nürnberger, F. and Müller, G. So-called cellulite: an invented disease. J. Dermatol. Surg. Oncol. 4, 221–229 (1978).
Graus da celulite
Graus da celulite

• Caso mais brando: início na puberdade.


• Presença das alterações como má circulação, edema e nódulos de gordura: porém, não são
visíveis
• Só aparece quando a pele é pressionada Superfície sem alteração de relevo
Graus da celulite

• Início da retenção hídrica no adipócito Vasos começam a ficar estrangulados


Irregularidades começam a ficar visíveis
• Aspecto acolchoado evidenciado pelo pinçamento manual da área Pele
sensível ao toque
• Aumento do volume dos adipócitos com compressão de vasos sanguíneos e
linfáticos Início da fibrose no tecido conjuntivo
Graus da celulite

• Aparente na postura deitada


• Comprometimento da derme Circulação comprometida
• Densificação de fibras elásticas e colágenas
• Formam-se emaranhados destas fibras: fibrose (nódulos)
• Formação de cicatrizes: fibrose
• “Furinhos”: cicatrizes que repuxam o tecido. I
• nchaço devido ao edema.
• Gordura localizada e flacidez.
• Sensação de peso e cansaço nas pernas.
Graus da celulite

• Pele com grandes imperfeições


• Celulite aparente mesmo sob a roupa
• Hipertrofia acentuada dos adipócitos
• Tecido conjuntivo endurecido: “denso ao toque” Comprometimento da
circulação (equimoses e hematomas) Nódulos densos e duros ao toque
• Pernas inchadas, doloridas e pesadas
• Geralmente associado ao excesso de peso e varizes
Alvos da cosmetologia no tratamento da celulite
Uso de princípios ativos em cremes,
loções, entre outros, que resultam na
melhora da nutrição e vascularização
do tecido subcutâneo, no controle da
hipertrofia adipocitária (aumento em
tamanho das células de gordura),
reestruturando o tecido lesado através
de renovadores de colágeno,
metabolizando a lipólise (quebra de
lipídios, ou seja, do triglicerídeos
armazenados nos adipócitos),
melhorando a drenagem através de
ativadores da circulação.
Alvos da cosmetologia no tratamento da celulite

• Adipócito
- Lipolíticos, Antilipogênese, Inibidores da maturação adipocitária, Estimulante de beta-oxidação.
• Septos fibrosos: quebra – melhorar a maleabilidade do tecido: Enzimáticos
• Melhorar fluxo sanguíneo e linfático
- Drenantes, Vasoativos, Hiperemiantes
• Reduzir o processo inflamatório: anti-inflamatórios e antioxidantes
• Reestruturar derme e epiderme: Anti-agings
Ativos para Celulite

• Antilipogênicos (Lipólise) Xantinas (Cafeinas até 8%), Extratos vegetais (chás, guaraná, café).
Cafeisilane C: 3 à 6%
Xantalgosil: Xantina associada com silício orgânico (6%)
Carnitina Tópica: 3 à 6%
Ativos para Celulite

• Enzimáticos que melhoram o fluxo sanguíneos, Drenantes, vasoativos, hiperiemiantes:


Nicotinato de Metila (0,2% até 1%), Centella Asiática, gengibre, castanha da índia.
• Antiinflamatórios:
Mentol 0,5%, Cânfora 3%, extrato de arnica (5%),
Mascára Pell Off de Argilas
• Antioxidantes e Anti aging:
Nanosferas de Retinol 1% à 3%
Colágeno e elastina
Nutracêuticos para Celulite
Cactinea TM (Opuntia Ficus-indica Fruit)

Dosagem usual: Isolado 2g


Associado: 500mg à 1g

Disponível em: http://farmaciarouxinol.com.br/pdf/Cacti-nea.pdf.


Nutracêuticos para Celulite
Morosil ®

• Laranja vermelhas (Citrus Aurantium Dulcis (Citrus Sinensis (L) Osbeck)


• Potente sinergismo entre os componentes antocianinas, flavonoides, ácido ascórbico e ácidos hidroxicinâmicos na
ação antioxidante
• Dosagem usual: 400mg à 500mg/dia
Disponível em: http://farmaciarouxinol.com.br/pdf/Morosil.pdf.
Nutracêuticos para Celulite e Estrias
Cúrcuma longa (Açafrão)

• Curcuma longa L é um insumo ativo que contém curcumina com poderosa ação anti-inflamatória.
• Anti-inflamatório; Antioxidante; Anti-reumático; Dor muscular; Antitumoral; Hipercolesterolemia;
Dispepsia não-ulcerosa; Cólica Menstrual.
• Dosagem usual do extrato seco padronizado (95%): varia de 300 a 500mg 3x ao dia,
administrados com alimentos.
Saúde Estética

Até a
próxima aula.

Pró Alane

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