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UNIDADE I – INTRODUÇÃO..................................................................................................................2
CAPÍTULO I – GENRALIDADES..........................................................................................................2
CAPÍTULO II – BEM JURÍDICO............................................................................................................6
CAPÍTULO III – TIPOS de NORMAS PENAIS......................................................................................7
UNIDADE II – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS..............................................................................8
CAPÍTULO I – CLASSIFICAÇÃO..........................................................................................................8
CAPÍTULO II – PRINCÍPIOS EXPRESSOS...........................................................................................9
CAPÍTULO III – PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS.......................................................................................15
UNIDADE III – APLICAÇÃO da PENA................................................................................................17
CAPÍTULO I – POSICIONAMENTO ENCICLOPÉDICO...................................................................17
CAPÍTULO II – ART 1°  PRINCÍPIO da LEGALIDADE.................................................................18
CAPÍTULO III – ART 2°  EFICÁCIA da LEI no TEMPO................................................................19
CAPÍTULO IV – ART 3°  LEIS TEMPORÁRIAS e EXCEPCIONAIS............................................20
CAPÍTULO V – ART 4°  TEMPO do CRIME [Atividade]................................................................21
CAPÍTULO VI – LEI PENAL no ESPAÇO...........................................................................................23
SEÇÃO I – INTRODUÇÃO................................................................................................................23
SEÇÃO II – ART 5°  TERRITORIALIDADE...............................................................................25
SEÇÃO III – ART 7°  EXTRATERRITORIALIDADE.................................................................30
SEÇÃO IV – ART 8°  PENA CUMPRIDA no EXTERIOR..........................................................35
CAPÍTULO VI – ART 6°  LUGAR do CRIME [Ubiqüidade]...........................................................36
CAPÍTULO VII – ART 9°  EFICÁCIA da SENTENÇA ESTRANGEIRA.......................................37
CAPÍTULO VIII – ART 10°  CONTAGEM do PRAZO...................................................................37
UNIDADE IV – TEORIA do CRIME......................................................................................................38
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO.............................................................................................................38
CAPÍTULO II – TEORIAS do CRIME..................................................................................................39
SEÇÃO I – TEORIA MATERIAL......................................................................................................39
SEÇÃO II – TEORIA FORMAL........................................................................................................39
SEÇÃO III – TEORIA ANALÍTICA..................................................................................................40
SUB-SEÇÃO I – INTRODUÇÃO......................................................................................................40
SUB-SEÇÃO II – FATO TÍPICO.......................................................................................................41
SUB-SEÇÃO III – FATO ILÍCITO [Antijuridicidade].....................................................................74
SUB-SEÇÃO IV – CULPABILIDADE..............................................................................................82
CAPÍTULO III – ESPÉCIES de CRIME................................................................................................90
UNIDADE V – CONCURSO de PESSOAS............................................................................................99
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO.............................................................................................................99
CAPÍTULO II – FORMAS de CONCURSO de PESSOAS.................................................................103
UNIDADE VI – COMUNICABILIDADE.............................................................................................114
UNIDADE VII – SANÇÃO.....................................................................................................................119
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO...........................................................................................................119
CAPÍTULO II – PRINCÍPIOS..............................................................................................................121
CAPÍTULO III – PENAS......................................................................................................................122
SEÇÃO I – PENAS PRIVATIVAS de LIBERDADE......................................................................123
SEÇÃO II – RESTRITIVAS de DIREITO e MULTA.....................................................................128
SUB-SEÇÃO I – INTRODUÇÃO....................................................................................................128
SUB-SEÇÃO II – PENAS RESTRITIVAS de DIREITO.................................................................129
SUB-SEÇÃO III – MULTA..............................................................................................................133
SEÇÃO III – APLICAÇÃO da PENA..............................................................................................134
SEÇÃO IV – SUSPENSÃO CONDICIONAL da PENA.................................................................145
SEÇÃO V – LIVRAMENTO CONDICIONAL[83-90]...................................................................147
SEÇÃO VI – EFEITOS da CONDENAÇÃO [91-92]......................................................................149
SEÇÃO VII – REABILITAÇÃO [93-95].........................................................................................150
CAPÍTULO IV – MEDIDAS de SEGURANÇA..................................................................................151
CAPÍTULO V – GRAU de LESIVIDADE do CRIME........................................................................153
UNIDADE VIII – AÇÃO........................................................................................................................154
UNIDADE IX – EXTINÇÃO da PUNIBILIDADE..............................................................................157
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UNIDADE I – INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I – GENRALIDADES

I. DIREITO POSITIVO
 Complexo de normas disciplinadoras que estabelecem as regras indispensáveis ao convívio
entre os indivíduos que a compõe.

II. DIREITO PENAL

 Reunião das normas jurídicas pelas quais o Estado proíbe determinadas condutas, sob a
ameaça de sanção penal, estabelecendo ainda os princípios gerais e os pressupostos para a
aplicação das Penas e das Medidas de Segurança.

III. FUNÇÃO ou FINALIDADE


 Principal  Proteção do Bem Jurídico.
 Secundárias:
 Controle social.
 Limitação do Poder de Punir Estatal e garantia ao direito de liberdade individual.
 Retribuição Jurídica.
 Prevenção Geral e a Prevenção Específica.

IV. CARACTERE

 Direito Público;
 Ciência Cultural;
 Ciência Normativa.
 Valorativo.
 Finalista.
 Sancionador.
 Distingue-se pela Coação (Pena).
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1. DIREITO PÚBLICO.
 Tutelado pelo Estado.

2. CIÊNCIA CULTURAL.
 Mundo do  DEVER SER.
 Regras de Conduta.
 Realidade Histórica.
 Transformação da realidade cultural.

3. CIÊNCIA NORMATIVA.
 Objeto  Estudo da Lei, da Norma, do Direito Positivo.
 Não se preocupa com:
 Verificação da gênese do crime.
 Dos fatos que levaram à criminalidade.
 Aspectos sociais que podem determinar a prática do ilícito.

4. VALORATIVO.
 Pois tutela os valores mais elevados da sociedade:
 Dispondo-os em ordem Hierárquica.
 e  Valorando os Fatos, de acordo com a sua gravidade.

5. FINALISTA.
 Pois possui um fim a ser atingido  Proteção do Bem jurídico.
 Visa a proteção de bens e interesses jurídicos merecedores de tutela mais eficiente que só
podem ser eficazmente protegidos pela ameaça legal de aplicação de sanção

6. SANCIONADOR.
 Operacionaliza-se por intermédio da Pena.
 Eventualmente poderá ser  Constitutivo.
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VI. TIPOS

 Objetivo  Subjetivo;
 Comum  Especial;
 Substantivo  Adjetivo.

1. OBJETIVO  SUBJETIVO.

a. Objetivo
 Conjunto de normas que regulam a ação estatal.
 Definindo os Crimes.
 Cominando as Penas.
 Estado  Único titular do Direito de Punir [Jus Puniendi].

b. Subjetivo
 Limitação do Direito de Punir.
 Direito Subjetivo de Liberdade  Não ser punido senão, de acordo com a lei ditada pelo
Estado.

2. COMUM  ESPECIAL.

a. Distinção - Doutrina
 Somente pode ser assinalada tendo em vista o Órgão encarregado de aplicar o Direito
Objetivo.

b. Comum - Doutrina
 Aplica-se a todas as pessoas e aos atos delitivos em geral.
 Órgão Aplicador  Justiça Comum
 Ordenamento:
 Código Penal.
 Leis Extravagantes.
 Lei das contravenções penais.
 Lei da economia popular.
 Lei de tóxicos.
 Lei de imprensa.
 etc.
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c. Especial - Doutrina
 Dirigido a uma classe de indivíduos, de acordo com a sua qualidade especial.
 Ordenamento:
 Código Penal Militar  Justiça Militar.
 Lei do Impeachment  Câmara Legislativa.

d. Distinção – pela Legislação


 Aquela que não consta do Código Penal.
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CAPÍTULO II – BEM JURÍDICO

I. CONCEITO
 Coisa, valor, interesse sobre o qual recai a proteção do Direito.
 Proteção conferida pelo Direito aos valores e interesses relevantes em sociedade
 Bem Jurídico  é um VALOR Tutelado pelo Estado

II. OBJETIVO da TUTELA do BEM JURÍDICO


 Garantismo.
 Defesa dos direitos fundamentais individuais.

III. CONSIDERAÇÕES
 São definidos legalmente, de acordo com a situação política.
 Tarefa Imediata do Direito Penal  Proteção do Bem Jurídico.
 Atenção  Os demais Ramos do Direito também tutelam bens jurídicos

IV. VIOLAÇÃO ao BEM TUTELADO


 Gera sanções retributivas às violações cometidas contra seus respectivos bens tutelados,
segundo um critério de proporcionalidade.
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CAPÍTULO III – TIPOS de NORMAS PENAIS

 Incriminadora.
 Não Incriminadora
 Em Branco
 Incompleta ou Imperfeita

1. INCRIMINADORA  Preceito:
 Primário  Tipo
 Secundário  Sanção

2. NÃO-INCRIMINADORA  Complementam as regras relativas ao Direito Penal


 Explicam conceitos.
 Estabelecem princípios gerais.
 Excluem antijuridicidade de algumas condutas.

3. EM BRANCO

a. Preceito
 Primário  Complementado em outro preceito legal
 Secundário  OK

b. Características
 Necessitam ser integradas por outra norma.
 Sua aplicação torna-se inviável sem a integração.

c. Exemplo  art 237


 Tipo: Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento, que lhe cause a
nulidade absoluta. Pena: Detenção, de 3 meses a 1 ano.
 ImpedNimento  a definição está no CC, art 1521, I a VII.

4. INCOMPLETA ou IMPERFEITA  Preceito:


 Primário  OK.
 Secundário  Complementado em outro preceito legal.
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UNIDADE II – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

CAPÍTULO I – CLASSIFICAÇÃO

Legalidade
Presunção de Inocência
Princípios

Expressos Individualização
Pessoalidade
Respeito ao Preso
Irretroatividade

Fragmentariedade
Intervenção Mínima
Subsidiariedade
Implícitos Lesividade
Humanidade
Insignificância
Proporcionalidade
Adequação Social
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CAPÍTULO II – PRINCÍPIOS EXPRESSOS

1. LEGALIDADE [art. 5º, XXXIX].


 Garantia de prévia existência do crime.
 Previsibilidade do jus puniendi.
 Precisão e clareza.
 Vedação à obscuridade.
 Função constitutiva do delito (STJ HC 5.026, DJ 12.02.1996, p. 2.444).

2. PRESUNÇÃO da INOCÊNCIA [art. 5º, LVII]

a. Características
 Ficção da Lei.
 Objetivo  esgotar todo o processo penal até que o jus puniendi recaia.

b. Conteúdo
 Exigibilidade de esgotamento de todas as vias que em definitivo possa ser atribuída à
responsabilidade penal ao acusado.

Defesa
Prestação
Denúncia Jurisdicional

Processo Penal

 É uma ficção criada pelo direito que trás uma intocabilidade ao acusado, que garante
que ele somente cumprirá a pena quando transitado em julgado [coisa julgada].
 Para existir a Prisão Penal deve-se ter a seguinte seqüência:

Pena Crime Decisão do Juiz Prisão


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c. Conseqüências do princípio

 Sela especial
 Prisão cautelar

1) Sela especial
 Devido a presunção da inocência, o preso que não teve sua sentença transitado
em julgado, não pode ficar junto com aqueles que já estão cumprindo a sanção
penal.

2) Prisão Cautelar

 Preventiva;
 Flagrante;
 Temporária;

 Não vai contra o Princípio da Presunção de Inocência.


 Não é Antecipação da Pena.
 Cautelar  cautela, caução  Medida Preventiva Assecuratória [art. 312º, CPP].
 Medida Preventiva quando há ameaça contra:
 Ordem Pública [harmonia do coletivo]
 Ordem Econômica;
 Conveniência da Instrução Penal;
 Assegurar a aplicação da lei penal;
 Poderá ser aplicada sempre que houver:
 Materialidade  Fato concreto
 Indício de Autoria  Indício = Sutil demonstração de vínculo.

Não é contra o que acontece, mas sim contra a potencialidade do que


pode acontecer se a pessoa estiver em liberdade.

 A absolvição do agente não gera dever indenizatório para o Estado, no caso de


Prisão Preventiva, pois ser cautelarmente contido na liberdade é um risco do
processo.
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3. PRINCÍPIO da INDIVIDUALIZAÇÃO [art. 5º, XLVI + art 59 CPB]

 Parâmetros para atribuir as penas.


 Peculiaridade do acusado

 Projeta-se em 3 níveis:
 Legislativo
 Comando constitucional ao legislativo, para que elabore leis
prestigiando a Individualidade;

 Judiciário  Aplicar a lei, de modo a prestigiar a individualidade

 Executivo  Administrar prestigiando a individualidade

 Exemplo  Lei de Crimes Hediondo [lei 8.072]


 Impede a progressão de pena para crimes hediondos.
 O STF julgou contrário, pois a lei apresenta o pronome todos  fere o princípio
da individualidade.

4. PRINCÍPIO da PESSOALIDADE [art. 5º, XLV]


 Penal  Somente o autor do delito poderá ser sancionado legalmente.
 Reparação Civil  Até os dependentes, limitado ao patrimônio transferido do de cujus.
 Incomunicabilidade temperada entre as instâncias  Ausência de prova na Esfera
Penal não impede a materialização da prova em outras esferas:
 Administrativa.
 Civil.
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5. PRINCÍPIO do RESPEITO ao PRESO [art. 5º, XLI, XLIX]

 Direitos Humanos.
 Garantia internacional da tutela da dignidade.

Art 5° Genérico  Cidadão  Sujeito de Direito


XLI
Art 5° XLIX

Física
Específico  Integridade
Moral

 Regra  Liberdade.
 Se o Estado avoca a vingança, de maneira impessoal, ele deve em contrapartida proteger
o Preso  Responsabilidade Objetiva.

6. PRINCÍPIO da IRRETROATIVIDADE [art. 5º, XL] [art. 2º, CPB]

a. Conteúdo
 Garantia de que a norma será a do tempo do fato.
 Justificativa
 Harmonizar o Princípio da Isonomia.
 Pois o sistema jurídico normativo não pode admitir incoerência ou contradição.

b. Uso
 Conflito entre leis no Tempo.
 Reger situações Pendentes e que avança no império de outra lei.

c. Regra
 Tempus regit actum  Tempo rege o ato  Segue a data do fato.
 Lei aplicável é aquela em vigor a época do fato.
 Exceção  Norma mais benéfica  Mobilidade de Aplicação.
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d. Esquema
 31 / 3  Primeira promulgação da lei de Furto.
 21 / 3  Nova lei de furto que altera a Sanção.
 Lei Superveniente  que invade a outra.

Retroagir

cumprimento da
Término do
21/3/xxxx 21/5/xxxx

Sanção
art 155 art 155

1 a 4 anos Ocorre 1 a 3 anos


Crime

Perdura no tempo

e. Aplicação
 Somente a lei penal retroage.
 Atenção  Lei processual não retroage.

f. Situação  Art 2° CPB

 Abolito criminis.
 Abolição do crime  Descriminalização da Conduta.
 Retroage

 Novatio legis in melliu.


 Novação da lei para melhorar.
 Lei que favorece é aplicável.

 Novatio legis in pejus.


 Novação da lei para piorar.
 Não retroage.
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g. Exceções  Art 3° CPB

 Lei Excepcional.
 Lei Temporária.

1) Conceito
 Leis que possuem Prazo de Vigência.
 O art 3° afasta o princípio da Irretroatividade devido ao Princípio da Legalidade
 Princípio da Legalidade prepondera sobre o da Irretroatividade.

2) Lei Excepcional
 Prazo Circunstancial.
 Ex: Tabela de Preços do Sarny

Não Retroage

1986 1988

Crime Fim Vigência


Descumprimento
do Ocorre
Tabelamento Crime

Perdura no tempo

3) Lei Temporária
 Prazo Fixo.
 Ex: Lei Orçamentária.

h. Atenção  Não existe princípio da Retroatividade


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CAPÍTULO III – PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

I. INTRODUÇÃO
 São os Princípios Políticos Criminais.
 São criações doutrinárias e jurisprudenciais implícitos.
 Surgiram na Alemanha  entre o séc XX e XXI.
 Princípio que partem da interdisciplinaridade.
 Política Criminal.
 Direito Penal.
 Criminologia.

II. ENUMERAÇÃO

1. PRINCÍPIO da INTERVENÇÃO MÍNIMA.

a. Conteúdo
 Mínima non curat pretor  O que é mínimo não preocupa o pretor.
 O Direito Penal somente atuará nos casos de reconhecida necessidade, ocupando a
última rátio (razão). Ele ocupa uma posição subsidiária, ou seja, sempre que o assunto
puder ser tratado em outra esfera, não será tratado pelo Direito Penal.

b. Corolários
 Princípio da Fragmentariedade.
 Subsidiariedade.

2. PRINCÍPIO da LESIVIDADE.

a. Conteúdo
 Lesão ao Bem Jurídico.
 O Direito Penal somente atuará, quando houver ataque, violação ou ameaça imediata a
violação do Bem Jurídico Tutelado.

b. Lesão
 Deve haver Lesão  O destinatário deve sofre as conseqüências do ataque.
 É a contundência do ataque.
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3. PRINCÍPIO da HUMANIDADE
 Exigibilidade de respeitar os direitos fundamentais individuais.

4. PRINCÍPIO da INSIGNIFICÂNCIA [Bagatela].

a. Conteúdo
 O Direito Penal não atuará, quando o Bem Jurídico é de ínfimo, irrisório, diminuto
valor, ou ainda , quando a lesão é de pequeno valor

b. Não tem valor Absoluto


 Valor Econômico  1 (um) salário mínimo.
 Valor Sentimental.
 Situação da Vítima.

 O Valor de Bagatela será uma ponderação entre os 3 (três) valores acima,

5. PRINCÍPIO da PROPORCIONALIDADE
 A pena deverá acompanhar a gradação do ataque.
 ↑ Ataque  ↑ Pena.

6. PRINCÍPIO da ADEQUAÇÃO SOCIAL.


a. Conteúdo
 Condutas tidas como delituosas são autorizadas socialmente, pois a coletividade passa a
tolerar tais comportamentos.
 Permissão Social a determinada situação que seria crime, mas que a Sociedade Autoriza
b. Exemplos  Lesão Corporal
 Orelha do recém-nascido furada na maternidade.
 Médico que, no exercício de sua profissão, corta uma pessoa com um bisturi.
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UNIDADE III – APLICAÇÃO da PENA

CAPÍTULO I – POSICIONAMENTO ENCICLOPÉDICO

Artigos
1° - 12° Aplicação da Lei

 Legalidade........................................................... 1°
 Anterioridade...................................................... 2° - 3°
Código Penal

 Tempo do Crime.................................................. 4°
 Lei penal no espaço
- Territorialidade................................... 5°
- Lugar do Crime................................... 6°
- Extraterritorialidade........................... 7°
- Pena Cumprida no Estrangeiro.......... 8°
- Eficácia da Sentença Estrangeira....... 9°
 Contagem de prazo.............................................. 10 - 11
 Legislação especial............................................... 12

13° - 31° Teoria do Crime

32° - 120° Teoria da Pena

121° - 361° Crime em Espécie

CAPÍTULO II – ART 1°  PRINCÍPIO da LEGALIDADE


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1. CP
“Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”.

2. CARACTERÍSTICAS
 Princípio da Reserva Legar.
 Não pode haver Norma Incriminadora genérica.

3. NORMAS PENAIS em BRANCO


 Não ferem este princípio.
 Se o tipo penal está perfeitamente descrito na lei, atende ao princípio da Reserva Legal.
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CAPÍTULO III – ART 2°  EFICÁCIA da LEI no TEMPO

1. CP
“Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”.
Abolitio Criminis

2. EXISTÊNCIA TEMPORAL
 Período entre  Início da Vigência e sua Revogação.

3. TIPOS de LEI quanto a EFICÁCIA no TEMPO

 Abolitio Criminis.
 Novatio Legis
 Incriminadora.
 In Pejus.
 In Millius.

a. Abolitio Criminis [art 2 e 107 CP]


 Lei nova  deixa de considera um fato como crime.
 É a descriminalização da conduta antes considerada como criminosa.
 Retroatividade.

b. Novatio Legis Incriminadora


 Lei nova  Tipifica uma conduta que antes era atípica.
 Irretroatividade  “Tempus regit actum”.

c. Novatio Legis In Pejus


 Lei nova  Agrava a situação do Agente.
 Não é criado novo Tipo  Já existe uma lei anterior.
 Ultratividade.
 Lei Nova  Não é aplicada.
 Lei Anterior  É aplicada.

d. Novatio Legis In Mellium


 Lei nova  Modifica o regime anterior.
 Retroatividade  Se beneficiar o Agente.
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CAPÍTULO IV – ART 3°  LEIS TEMPORÁRIAS e EXCEPCIONAIS

1. CP
“A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua vigência ou cessada as
circunstancias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência”.
 Exceção ao Art 3°.

3. LEIS TEMPORÁRIAS

 Contém prevista a data de sua validade


 Auto-Revogação  Decurso de Tempo

4. LEIS EXCEPCIONAIS

 Prazo de vigência está vinculado a determinada condição  Guerra, epidemia


 Auto-Revogação  Fim da Condição

 Exceção ao Abolitio Crimini


 São Ultra-Ativas  Para os fatos praticados durante a sua vigência.
 Justificativa  Evitar que suas sanções sejam frustradas devido a retardamentos dos
processos penais.
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CAPÍTULO V – ART 4°  TEMPO do CRIME [Atividade]

1. CP
“Considera-se praticado o crime no momento da Ação ou da Imissão, ainda que outro seja o
momento do resultado”.

2. DEFINIÇÃO
 Demarcação temporal  “Quando”.
 Demarcação do espaço de tempo onde o direito tutelado foi violado.

3. TEORIAS

 Atividade.
 Resultado.
 Ubiqüidade.

a. Atividade [Brasil] [Conduta]


 Momento da violação a Bem Jurídico  Ação / Omissão.
 Ex: Ato de atirar em alguém  Vale o momento da entrada da bala

b. Resultado.
 Momento da violação a Bem Jurídico  Conseqüência / Resultado.
 Ex: Se atirar hoje e morrer daqui a 1 semana  Crime foi cometido, quando da morte.

c. Ubiqüidade.
 Momento da violação a Bem Jurídico  Teoria mista.
 Atividade  Resultado.
 A que melhor caracterizar.

4. EXEMPLO
 Um jovem de 17 anos e 11 meses.
 Atira em uma pessoa  vem a falecer somente 2 meses depois.
 Não poderá ser punido criminalmente.
 Apenas sofrerá as sanções previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
 Motivo  Na ocasião da conduta era inimputável.
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5. CRIME PERMANENTE

a. Definição  Consumação se prolonga no tempo

b. Exceção
 Havendo alteração da legislação durante a sua prática, aplicar-se-á a Lei Nova, ainda
que mais severa, pois o sujeito praticou o crime na vigência desta também.
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CAPÍTULO VI – LEI PENAL no ESPAÇO

SEÇÃO I – INTRODUÇÃO

Absoluta
Territorialidade
Temperada

Imunidade Diplomática

Imunidade Parlamentar
Material (Penal)
Opinião
Voto
Lei no Espaço

Exceção Palavra
Processual
Garantia contra instauração de processo
Imunidade Prisional

Foro Privilegiado
Imunidade para servir como Testemunha
Princípios para Aplicação

Inviolabilidade do Advogado

Incondicionada

Extraterritorialidade Condicionada
Nacionalidade Ativa
Nacionalidade Passiva
Real – Defesa – Proteção
Justiça Universal
Representação
Não-Extradição de Nacionais
Exclusão de crimes não-comuns
Prevalência dos tratados
Legalidade
Dupla Tipicidade
Extradição  Princípios
Preferência da Competência Nacional
Limitação em Razão da Pena
Detração
Jurisdição Subsidiária
Jurisdição Principal
Intraterritorialidade

Lei Penal
 Territorialidade ..........: BRASILEIRA  vigora no território brasileiro.
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 Extraterritorialidade .: BRASILEIRA  Aplicada a crimes ocorridos no Exterior.


 Intraterritorialidade ..: ESTRANGEIRA  Aplicada a crimes ocorridos no Brasil.

a. Território
1) Conceito Jurídico  Espaço onde o país exerce sua soberania.
2) Conceito Material  Espaço delimitado por fronteiras.
3) Elementos.
 Superfície Terrestre  Solo e Subsolo.
 Águas Territoriais  Fluviais, lacustres, marítimas.
 Mar Territorial
 Lei: 8.617/93.
 12 milhas marítimas  Baixa mar do litoral:
 Continental.
 Insular.
 Zona Contígua.
 12 a 24 milhas marítimas.
 Medidas de fiscalização.
 Zona Econômica Exclusiva.
 12 a 200 milhas marítimas.
 Direitos de:
 Exploração.
 Aproveitamento.
 Conservação.
 Gestão dos recursos naturais.
 Rios, lagos e mares internacionais.
 Espaço aéreo.
 Espaço cósmico  Livre utilização – Não pode ser apropriado.

b. Território por Extensão


 Navios ou aeronaves brasileiros públicos ou privados.

SEÇÃO II – ART 5°  TERRITORIALIDADE

a. CP
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1) Caput.
 “Aplica-se a lei penal brasileira ao crime cometido no território nacional”.
 Sem prejuízo de:
 Convenções;
 Tratados;
 Regras de Direito Internacional.
2) § 1º
 “Para efeitos penais, considera-se como território nacional às embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada que se
achem, respectivamente, no espaço aéreo ou mar territorial do Brasil”.
3) § 2º
 “É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de
aeronaves ou embarcações ESTRANGEIRAS de propriedade privada,
achando-se aquela em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil”.

b. Princípio da Territorialidade
1) Conceito
 A lei penal só tem aplicação no território do Estado que a editou.
 Pouco importa a nacionalidade do sujeito ativo ou passivo
2) Absoluta
 A lei penal BRASILEIRA é aplicável aos crimes cometidos no território
nacional.
3) Temperada  Adotado pelo Brasil
 A lei penal EXTRANGEIRA é aplicável aos crimes cometidos total ou
parcialmente no território brasileiro.
 Tratados e Convenções.
 Ex: Diplomatas.
4) Fundamento
 Soberania do Estado.
 No poder de império sobre os bens e as pessoas

c. Aplicação da Lei  Crimes cometidos em:


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1) Navios ou Aeronaves Públicos.


 Considera-se território nacional.
 Princípio do Pavilhão ou Bandeira.
 Irrelevante o país onde se encontra.

2) Navios ou Aeronaves Privado.


 Se em mar Territorial Estrangeiro  Lei local.
 Se em Alto Mar  Princípio da Bandeira.
 Exemplo.
 Transatlântico Brasileiro  Não pode ter jogo, não importa o local.
 Transatlântico Estrangeiro  Não pode ter jogo dentro das 12 milhas.

3) Princípio da Passagem Inocente.


 Se:
 Fato cometido em  navio ou aeronave ESTRANGEIRO.
 Propriedade Privada.
 Esteja apenas de passagem pelo território nacional.
 Então:
 Não será aplicada nossa lei.
 Se  o crime não afetar nossos interesses.

d. Exceções Não incidência da Lei Penal.

 Imunidade Diplomática.
 Imunidade Parlamentar.
 Inviolabilidade do Advogado.

1) Imunidade Diplomática

a) Inviolabilidade Pessoal  Não pode ser:


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 Preso.
 Submetido a qualquer procedimento ou processo  sem autorização

b) Sedes Diplomáticas
 Não são consideradas extensões do território do país.
 Não podem se Objeto de:
 Busca.
 Embargo.
 Requisição.
 Medida de execução,
 Autoridades locais e agentes não podem penetrar.
 Amparo  Convenção de Genebra.

c) Legitimados
 Agentes diplomáticos:
 Embaixador.
 Secretários da embaixada.
 Pessoal técnico diplomáticos.
 Pessoal administrativo diplomáticos.
 Componentes da família dos Agentes Diplomáticos.
 Funcionários das organizações internacionais
 Onu.
 OEA.
 Etc.
 Chefe de Estado Estrangeiro que visite o país (e membros da comitiva).

d) Não-Legitimados
 Empregados diplomáticos dos agentes diplomáticos.
 Ainda que da mesma nacionalidade.

2) Parlamentar

a) Imunidades [EC 35]


28

Material (Penal)
Opinião
Voto
Palavra
Processual
Garantia contra instauração de processo
Imunidade Prisional.
Foro Privilegiado
Imunidade para servir como Testemunha

b) Imunidade Material ou Penal.


 Manifestações proferidas no exercício de suas funções.
 Deve haver  Nexo Funcional
 Escrita ou Falada.
 Dentro ou fora da respectiva casa.
 Não pode albergar abusos manifestos.
 Presidente da República.
 Irresponsabilidade penal.
 Durante o seu mandato, nunca responde por crimes estranhos a
sua função.

c) Imunidade Processual.

 Garantia contra Instauração de Processo.


 Art 53, § 3º.
 Funcionamento:
 Denúncia é recebida pelo STF.
 SFT comunica a referida casa.
 Decidirá se sustará o andamento do processo.
 Não tem mais Licença Prévia da casa.
 Presidente da República e Governadores:
 Necessita licença prévia da Câmara dos deputados ou
Assembléias Legislativas.
 Prefeitos  Não há imunidade.
 Vereadores  Não há imunidade.
 Imunidade Prisional.
 Art 53, § 2º.
 Condicionantes
 Flagrante Delito.
29

 Crime inafiançável.
 Funcionamento:
 Captura do parlamentar.
 Confecção do auto de prisão em flagrante.
 Remessa dos Autos em 24 h a casa respectiva.
 Casa delibera em votação Aberta.
 Validade  Expedição do Diploma pela Justiça Eleitoral.

 Foro Privilegiado.
 Art 53, § 1º.
 Causa Penais.
 Julgamento perante o STF.
 Eventuais processos e inquéritos em andamento deverão ser
remetidos ao STF.

 Imunidade para servir como Testemunha.


 Art 53, § 6º.
 Não há obrigatoriedade na prestação de depoimento como
testemunha.
 Obrigatório  Fatos relativos ao exercício de suas funções.

3) Inviolabilidade do Advogado  Imunidade Judiciária


 Art 133 – CF.
 “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por
seus atos e manifestações no exercício da profissão”.
 Imunidade para:
 Difamação.
 Injúria.

SEÇÃO III – ART 7°  EXTRATERRITORIALIDADE

a. CP
1) Caput.
30

 “Ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:”.


Inciso I  Os crimes: [Territorialidade Incondicionada]
a) contra a vida ou liberdade do Presidente da República.
b) contra o patrimônio ou a fé pública, do DF, de Estado, de Município, de
Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Autarquia ou Fundação
instituída pelo poder público.
c) contra a Administração Pública, por quem está ao seu serviço.
d) de genocídio, quando agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
Inciso II  Os crimes: [Territorialidade Condicionada]
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
b) praticados por brasileiros.
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e ai não sejam
julgados.
2) § 1º
 “Nos casos do Inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que
absolvido ou condenado no estrangeiro”.
3) § 2º
 “Nos casos do Inciso II, a lei brasileira dependerá do concurso das seguintes
condições”.
a) entrar o agente em território nacional.
b) Ser o fato punível também no país em que foi praticado.
c) Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza
a extradição.
d) Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo,
não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

4) § 3º [Territorialidade Condicionada]
 “A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil, se reunidas as condições previstas no parágrafo
anterior”.
a) Não foi pedida ou foi negada a extradição.
b) Houve requisição do Ministério da Justiça.
b. Princípio da Extraterritorialidade
 É a possibilidade da aplicação da lei penal brasileira aos crimes cometidos no exterior.
 Fundamento  Princípio da Soberania
31

c. Espécies

1) Incondicionada
 Inciso I.
 Pois não se subordina a qualquer condição para atingir um crime cometido fora
do território nacional.
 Usa-se a lei brasileira mesmo que tenha havido no exterior a:
 Condenação  aplica-se art 8º
 Absolvição.

2) Condicionada
 Inciso II e §3º.
 Só se aplica se satisfeitas algumas condições.
 Condições:
 Entrada do agente em território nacional
 Ser o fato também punível no país em que foi praticado.
 Crimes cuja lei brasileira autoriza a extradição.
 Não ter sido o agente:
 Absolvido.
 Cumprido pena.
 Não ter sido o agente Perdoado.
 Não estar extinta a punibilidade pela lei mais favorável.

 Condições  Estrangeiro contra Brasileiro.


 Não ter sido pedida a Extradição.
 Ter sido negada a Extradição.
 Requisição do Ministro da Justiça.

d. Princípios para Aplicação do Princípio da Extraterritorialidade

1) Nacionalidade (personalidade) Ativa


 § 3°.
32

 Agente ....: Brasileiro.


 Critério ..: Nacionalidade do Sujeito Ativo.
 Aplica-se a lei Brasileira  Crimes cometidos por brasileiros.

2) Nacionalidade (personalidade) Passiva


 Inciso II, b.
 Agente ....: Estrangeiro.
 Critério ..: Nacionalidade do Sujeito Passivo.
 Aplica-se a lei Brasileira  Crimes cometidos por Estrangeiros contra
Brasileiros.

3) Competência Real – Defesa – Proteção


 Inciso I, a, b, c.
 Critério  Infração cometida contra:
 Presidente da República.
 Vida.
 Liberdade.
 Patrimônio ou Fé Pública:
 DF, Estados Municípios.
 Empresa Pública.
 Sociedade de Economia Mista.
 Autarquias.
 Fundações.
 Administração Pública  Por quem está a seu serviço.
 Aplica-se a lei Brasileira  Crimes que afete aos Interesses Nacionais.

4) Justiça Universal [cosmopolita, universalidade do direito de punir]


 Inciso I, d e II, a.
 Critério  Crime é cometido dentro do território
 Regra  Todo o estado tem o direito de punir qualquer crime, seja qual for a
nacionalidade do delinqüente e da vítima ou local de sua prática, desde que o
criminoso esteja dentro de seu território.

5) Representação
 Inciso II, c.
 Delitos cometidos em embarcações ou aeronaves privadas no estrangeiro.
 Quando não forem julgadas no Estrangeiro.
33

e. Princípios  Extraterritorialidade Incondicionada

CRIMES PRINCÍPIO
Vida do Presidente
Liberdade do Presidente
Patrimônio público Proteção
Fé pública
Administração pública, por quem está ao seu serviço
Genocídio Justiça Universal

f. Princípios  Extraterritorialidade Condicionada

CRIMES PRINCÍPIO
Tratado ou Convenção Justiça Universal
Estrangeiro contra brasileiro Nacionalidade Passiva
Por brasileiros Nacionalidade Ativa
Navio ou aeronave privados, quando não julgados Representação

g. Extradição
1) Conceito
 Instrumento jurídico;
 Pelo qual um país envia uma pessoa que se encontra em seu território;
 Para outro país soberano;
 A fim de que sejam:
 Julgadas
 Receba a imposição de uma pena já aplicada.

2) Princípio da Não-Extradição de Nacionais


 Nenhum brasileiro será extraditado.
 Exceção  Naturalizado:
 Crime Comum praticado antes da naturalização
 Comprovado envolvimento em Tráfico ilícito de Entorpecentes.
3) Princípio da Exclusão de Crimes Não-Comuns
 Estrangeiro não pode ser extraditado por crime:
 Político
 Opinião.
34

4) Princípio da Prevalência dos Tratados


 Lei de Extradição  Tratado  Vale o Tratado

5) Princípio da Legalidade
 Somente cabe extradição nas hipóteses elencadas no texto legal regulador do
instituto.
 Apenas para os delitos apontados pela lei

6) Princípio da Dupla Tipicidade


 Deve haver simetria entre os TIPOS penais da legislação brasileira e do Estado
solicitante, ainda que diversa a denominação jurídica.

7) Princípio da Preferência da Competência Nacional


 Justiça Brasileira  Justiça Estrangeira  Vale a Nacional.

8) Princípio da Limitação em Razão da Pena


[Vinculação da Extradição]
 O Brasil somente concede extradição de estrangeiro se o outro país se
comprometer a fixar a pena máxima de nosso pais
 Não será concedida extradição para paises com:
 Pena de Morte
 Prisão Perpétua.
 Exceção  País deve dar garantias de que não irão aplica-las.

9) Princípio da Detração
 O tempo que o extraditado permaneceu preso no Brasil deve ser considerado na
execução da pena no país requerente.

10) Jurisdição Secundária


 Aplica-se  Art 7º - II e §3º.
 Se........: o autor de crime praticado no estrangeiro  For lá processado.
 Então..: Sua sentença preponderará dobre a do juiz brasileiro.
 Se........: Absolvido.
35

 Então..: Nom bis idem.


 Se........: Condenado e subtrair-se a execução da pena.
 Então..: Nom bis idem.

11) Jurisdição Principal


 Aplica-se  Art 5º e Art 7º - I.
 Critério  Compete a Jurisdição brasileira conhecer do crime:
 Foi cometido em Território Nacional.
 Força do princípio da Competência Real.
 Se........: Réu absolvido no Estrangeiro.
 Então..: Poderá ser condenado no Brasil
 Se........: Réu condenado no Estrangeiro.
 Então..: Poderá ser absolvido no Brasil

SEÇÃO IV – ART 8°  PENA CUMPRIDA no EXTERIOR

a. CP
 “A pena cumprida no exterior atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idêntica”.

b. Definição

Exterior Idêntica Abate


[Detração]
Crime
= PENA

Brasil Diversa Atenua

c. Ne Bis In Idem
1) Definição  Mesmo agente não pode ser punido 2 (duas) vezes pelo mesmo fato
2) Material  Ninguém pode sofrer 2 (duas) penas motivadas pelo mesmo crime
3) Processual  Ninguém pode ser processado e julgado 2 (duas) vezes pelo mesmo fato

CAPÍTULO VI – ART 6°  LUGAR do CRIME [Ubiqüidade]

a. CP
 “Considera-se praticado o crime no LUGAR onde ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como ONDE se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.
36

b. Utilidade
 Definir a competência do julgamento.
 Ex: Transferir ilegalmente dinheiro para vários países.

c. Tempo  Lugar

TEMPO LUGAR
Atividade Ubiqüidade
Conduta
Conduta
Resultado

CAPÍTULO VII – ART 9°  EFICÁCIA da SENTENÇA ESTRANGEIRA

1. CP
“A sentença estrangeira, quando a lei brasileira produz em espécie as mesmas conseqüências,
pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado a:
37

 Reparar o dano;
- Pedido do Interessado.
- Somente efeitos civis.
 Sujeitá-lo a medida de segurança”.
- Efeito penal.
- Tratados.
- Requisição do Ministério da Justiça.

2. HOMOLOGAÇÃO

a. Definição
 Reconhecimento da Eficácia da Sentença e a convolução do comando alienígena a
ordem jurídica brasileira.

b. Funcionamento
 Condenação por ilícito penal sempre gera indenização civil.
 Para o direito a Indenização valer no Brasil deverá ser Homologado pelo STJ.
 EC 45  STJ (altera art 105 CF)

CAPÍTULO VIII – ART 10°  CONTAGEM do PRAZO

Dia Início Dia Fim


Direito Penal Conta Exclui
Direito Processual Penal Exclui Conta

UNIDADE IV – TEORIA do CRIME

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
38

I. TIPOS de ILÍCITOS

Crime Art 121 a 261  Leis Especiais

Penal Delito

Contravenção Lei das Contravenções penais


ILÍCITO Civil

Adm

 Diferença entre Crime e Contravenção.

 Quantidade de lesividade.

 Quantidade da Pena.

 Não há diferença ontológica entre Ilícito  Penal, Civil e Adm.

 PENA  Conseqüência jurídica diante a deflagração de um Crime.

II. OBJETIVO da TEORIA do CRIME.


 Buscar os Elementos que compõe o Delito.
 Buscar quais as Características Gerais que qualificam um Fato como Delito.

CAPÍTULO II – TEORIAS do CRIME

 Material
 Formal
 Analítica
39

SEÇÃO I – TEORIA MATERIAL

1. CONCEITO
 Crime é toda lesão ou ameaça de lesão a Bem Jurídico.
 Núcleo  Conteúdo.

2. CARACTERÍSTICAS
 Leva-se em consideração o conteúdo do que se toma por violação.
 Lesividade.
 Valor da dor.

3. CRÍTICA
 O que é lesão ?
 O Princípio da Legalidade exige uma definição precisa.

SEÇÃO II – TEORIA FORMAL

1. CONCEITO
 Crime é tudo aquilo que está definido em Lei Penal.
 É o fato humano contrário a lei.
 É qualquer ação legalmente punível.
 Núcleo  Princípio da Legalidade.

2. CRÍTICA
 Não tem estrutura de comportamento permitido.
 Não consegue explicar o todo das punibilidades jurídicas.

SEÇÃO III – TEORIA ANALÍTICA

SUB-SEÇÃO I – INTRODUÇÃO

1. CONCEITO
 Crime é todo comportamento.
40

 Típico.
 Antijurídico [Ilícito].
 Culpável*.
 Núcleo.
 Análise da estrutura do crime.
 Estudo fragmentado dos elementos que compõe o crime.

2. CACTERÍSTICAS
 Une os conceitos anteriores  Matéria  Formal  Conteúdo  Legalidade.
 Não consegue explicar o todo das punibilidades jurídicas

3. ELEMENTOS do CRIME

 Humano
 Consciente
Conduta
 Voluntário
 Exteriorizada

Naturalístico
Fato Típico Resultado
Normativo

CRIME Erro de Tipo Nexo Causal


Objetivo
Tipicidade Tipo Penal Culpa
Subjetivo
Dolo
Normativo
Ilícito

Culpável

SUB-SEÇÃO II – FATO TÍPICO

I. CONDUTA

1. CONCEITO
 Comportamento humano voluntário no mundo exterior, consciente, que consiste num fazer
ou não fazer, dirigida a uma finalidade.
 É uma Ação  FAZER e NÃO FAZER  Atirar, esfaquear.
41

 Exemplo:

Marcos atirou em Manuel e o matou.

Conduta Valor

2. CARACTERÍSTICAS
 Não há crime sem Ação  “Nullum crimen sine conducta”.
 Conforme se modifica o conceito de Ação  modifica-se o conceito estrutural do crime.
 Exige a necessidade de uma representação externa da vontade do Agente.
 O querer e o pensar humano não preenchem as características da ação enquanto não se tenha
iniciado a manifestação exterior dessa vontade.
 Importância  Configurar a dimensão do conceito Analítico do Crime.

3. VALOR
 Conduta não é valorada.
 É simplesmente um Fato.
 Não se pergunta: “Quem matou”, mas “O que houve”..

4. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

 Humana.
 Consciente.
 Voluntário.
 Exteriorização.

a. Humana

1) Pessoa Natural [Regra]  Não pode ser um animal irracional, etc

2) Pessoa Jurídica [Exceção].


 Art 225, § 3 CF.
 A Constituição Federal colocou dogmaticamente:
 Meio Ambiente.
 Crimes contra a Ordem Econômica.
42

 Crimes contra a Ordem Tributária.


 Honra (somente injúria e difamação)
 Nestes casos o crime não necessita do elemento conduta.

b. Consciente

1) Conceito  Autodeterminação no poder de escolha

2) Não constituem Conduta


 Movimento ou abstenção de movimento em caso de sonho.
 Sonambulismo.
 Hipnose.
 Embriagues completa.

c. Voluntário

1) Conceito.
 Quando existe uma DECISÃO por parte do Agente.
 Quando não é um simples resultado mecânico.

2) Características
 Ato Voluntário  Não implica que a vontade seja livre.
 Conduta não significa Conduta Livre.

3) Princípio da EVITABILIDADE
 Só interessa ao Direito Penal as condutas que puderem ser evitadas.

4) Ausência de Voluntariedade
 Atos que não intervém a VONTADE.
 Coação Física Irresistível  Culpa é do Coator.
 Ato Reflexo.
 Atos involuntários não geram estruturas de comportamento.

5) Atenção  Constitui Conduta  Coação Moral


 Não exclui a vontade.
 Exclui a culpabilidade.
43

5. FORMAS de CONDUTA

 Comissão.
 Omissão.

a. Comissão
 Ação em sentido estrito.

 Movimento corpóreo.

 Comportamento ativo  Atirar, subtrair, ofender.

b. Omissão
1) Conceito.
 Não fazer alguma coisa que é devida.
 Inércia - Falta de movimento.
 Comportamento Passivo  Deixar.

2) Teorias.

 Naturalista.
 Omissão é uma Ação.
 É causa.

 Normativa.
 Omissão  é um Nada.
 Legalmente  é um “não fazer”  “Dever de Agir”.

3) Requisitos.
 Conhecimento da situação típica.
 Consciência.
 Possibilidade real.

4) Excludentes.
 Caso Fortuito.
 Força Maior.
44

5) Tipos de Crimes Omissivos.

 Próprios.
 Quando a Omissão é elemento do Tipo Penal.
 Ex: Omissão de Socorro.

 Impróprios [Comissivo por Omissão].


 Quando a Omissão não é elemento do Tipo Penal.
 Ausência de Ação Efetiva  expectativa  Dever de Agir.
 Refere-se a um Tipo Incriminador.

 Participação por Omissão

6. TEORIAS da CONDUTA

 Teoria Causalista da Ação.


 Teoria Finalista da Ação.
 Teoria Social da Ação.

a. Causalista
 Causa-Efeito  Mecânico.
 Resultado  Causado por movimentos mecânicos.
 Não avalia o conteúdo da vontade na mente do agente.
 Movimento corpóreo.
 Conteúdo da vontade não integra a conduta.
 Ex  Os crimes abaixo são Iguais.
 Atirar em “A”  Morte de “A” [O que motiva o tiro não é avaliado].
 Atropelar “A”  Morte de “A”
 Críticas  Não incorpora a  Intenção (dolo) e o descuido (culpa)
b. Finalista
1) Kant.
 O Homem age sempre visando um Objetivo, um FIM.

Matar
Atirar PARA Ferir
Assustar

 Homem.
45

 Natureza Finalista.
 Sempre traz no nível mental os fins que almeja e busca a concretização
desses fins.

2) Welzen.
 Conduta humana não é isenta, posto que encerra um conteúdo de vontade em
alcançar um resultado pretendido.
 É o:

... PARA

3) Finalidade.
 Capacidade do homem de prever quais os efeitos advindos de sua intervenção
causal.
 Possibilita a direção dos Processos até o Objetivo.

c. Social da Ação

 Adequação social.
 Um fasto considerado adequado pela coletividade não pode ao mesmo tempo produzir
algum dano a essa mesma sociedade. Assim sendo, mesmo que enquadrado num tipo
penal incriminador, não pode ser considerado típico.
 Um fato não pode ser definido em lei como infração penal e, ao mesmo tempo, ser
tolerado pela sociedade.
 Ação Humana  Relação valorativa.
 Objetivo  Excluir do âmbito de incidência típica algumas condutas que são
socialmente tolerável.

 Direito Penal  Só deve cuidar daquelas condutas:


 Voluntárias.
 Que produzem resultado típico.
 Relevância social.

d. Funcional

 Objetivo  Explicar o Direito Penal a partir de suas funções.


 Concepções:
46

 Social.
 Infiltrada pela sociologia.
 Função DP
 Proteger a sociedade.
 Papel regular dos comportamentos em sociedade
 Todas as funções dogmáticas incompatíveis com a proteção da
sociedade devem ser afastadas.
 Conduta  Passa a ser uma categoria pré-jurídica, inserida dentro de
um contexto social.

 Legal.
 Legalista.
 Crime  Desobediência a uma determinação do sistema.
 Infração  Quebra do funcionamento do complexo social
 Função da Norma
 Reafirmação da autoridade do direito.
 Lembra a sociedade os padrões de comportamentos tidos como
normais.

e. Qual a teoria adotada pelo CP


 art 13 - ... “lhe deu causa” ...
 O código adota as 2 (duas) teorias. Sendo que dá preferência a finalista.
 Motivo:
 Conteúdo semântico da expressão  “lhe deu causa”.
 Pois pode se referir tanto ao mero produto “causal-mecanicista”, quanto a um
resultado almejado.

II. RESULTADO

1. CONCEITO  Modificação do mundo exterior provocado pela conduta

2. TEORIAS

 Naturalística.
 Jurídica ou Normativa.
47

a. Naturalística

1) Resultado  Modificação provocada no mundo exterior pela conduta

2) Exemplo.
 Furto  Perda patrimonial.
 Homicídio  Morte.
 Estupro  Conjunção carnal.
 Lesão  Ofensa à integridade corporal.

3) Classificação dos Crimes.

 Material.
 Formal.
 Mera Conduta.

Consumação Exemplo

Material Exige Homicídio


Resultado

Formal Irrelevante Extorsão mediante seqüestro

Mera Conduta Inadmissível

b. Jurídica

1) Resultado  Lesão ou ameaça de lesão a um bem jurídico

2) Observações.
 Todo crime tem resultado jurídico.
 Quando não houver resultado jurídico, não haverá crime.

3) Classificação dos Crimes.


48

 Dano.
 Perigo.

III. N E X O C A U S A L.

1. CONCEITO
 É o elo de ligação concreto, físico, material e natural que se estabelece entre:
 Conduta do agente.
 Resultado naturalístico.
 Quando: Conduta  dá causa  Resultado.

2. CARACTERÍSTICAS
49

 Mera constatação da existência de relação entre  Conduta e Resultado.


 A sua verificação atende somente às leis da física.
 Sua aferição independe de qualquer apreciação jurídica.

3. NEXO JURÍDICO [Art 19]


 Para existência de fato típico não basta apenas o Nexo Causal  Deve haver Nexo Jurídico.
 Deve existir:
 Dolo.
 Culpa.

4. TEORIAS para DETERMINAÇÃO do NEXO CAUSAL [Art 13]

Art 13 - Caput
 Teoria da Equivalência dos Antecedentes.
 Teoria da Causalidade Adequada. Art 13 - § 1°
 Teoria da Imputação Objetiva.

a. Teoria da Equivalência dos Antecedentes [Conditio Sine Qua Non]

1) Conceito.
 Toda e qualquer conduta que, de alguma forma, ainda que minimamente, tiver
contribuído para a produção do resultado deve ser considerada sua causa.

2) Implementação  “Procedimento Hipotético de Eliminação”


 Tudo aquilo que excluído da “Cadeia de Causalidade”  ocasionar a
eliminação do resultado  deve ser tido como Causa.

3) Exemplo  “A” matou “B”


 Produção do revolver pela indústria.
 Aquisição da arma pelo comerciante.
 Compra do revolver pelo agente.
 Refeição tomada pelo homicida.
 Emboscada.
 Disparo contra “B”.
 Morte de “B”.
50

 O resultado não aconteceria se fossem excluídos  -----.


 Logo  Somente o  não é causa.

4) Crítica
 “Regressus ad infinitum”.
 O emprego do “Procedimento hipotético de eliminação” regredi a origem mais
remota.
 Ex:
 Pai e Mãe  Responderiam pelo crime?
 Os pais do ponto de vista naturalístico deram causa ao crime.
 Os pais contribuíram, objetivamente, para o crime.

5) Contra-Crítica
 O Nexo Causal não é suficiente para determinar a responsabilidade penal.
 É necessário  Nexo Jurídico.
 Ex:
 Pai e Mãe  Responderiam pelo crime?
 Os pais  Sem culpa ou dolo  não podem ser responsabilizados.

b. Teoria da Causalidade Adequada

1) Conceito.
 Só é causa a condição idônea para produção de efeito.
 Somente pode ser causa a conduta que, isoladamente, tenha probabilidade
mínima para provocar o resultado.

2) Explicação.
 Ainda que contribuindo de qualquer modo para a produção do resultado, um
fato, pode não ser considerado sua causa quando, isoladamente, não tiver
idoneidade individual mínima [mínimo  probabilistico]
 Se entre o comportamento do agente e o evento houver uma relação
estatisticamente improvável, aquele não será considerado causa deste.

3) Exemplo: Pai e Mãe  Responderiam pelo crime?


 Não.
51

 Pois a conduta dos pais de terem gerado o filho, isoladamente, não teria
idoneidade mínima para provocar o delito.

4) Critérios Probabilísticos.
 A teoria usa critérios da Probabilidade como limites para o determinismo causal.
 A probabilidade  determina o que é  MÍNIMO.

c. Teoria da Imputação Objetiva

1) Conceito.
 Limitação do Nexo Caudal através da adição de um conteúdo Jurídico.
 Nexo Causal = Conteúdo Naturalístico  Conteúdo Jurídico.
 A Imputação Objetiva exclui a tipicidade da conduta, quando o agente se
comporta, de acordo com seu papel social, ou mesmo não o fazendo, o resultado
não se encontra dentro da linha de desdobramento causal da conduta.

2) Objetivo.
 Reduzir o âmbito de abrangência da  “Equivalência dos Antecedentes”

3) Funcionamento.
 Verifica-se se o agente deu causa, objetivamente, ao resultado.
 Se não o tiver causado, torna-se irrelevante indagar se atuou com dolo ou culpa.

4) Exigências para que haja Fato Típico.


 Nexo Físico  conditio sine qua non.
 Conduta deve ser socialmente inadequada.
 O resultado deve estar dentro do âmbito de risco provocado pela conduta.

5. TIPOS de CRIME  NEXO CAUSAL

Nexo Causal só tem relevância nos crimes cuja consumação dependa do


RESULTADO

Exige Resultado
Crime Motivo
Naturalístico
52

Material S

Formal Resultado é irrelevante

Mera Conduta Resultado é impossível

Omissivo Próprio N Não há resultado

STF  Há somente Nexo Jurídico


Omissivo Impróprio
Art 13, §2° - CP  Dever Jurídico de Agir

6. CLASSIFICAÇÃO das CAUSAS

 Dependentes.
 Independentes.
Absolutas.
Relativas.

 Preexistente.
 Concomitante.
 Superveniente.

a. Dependentes
1) Conceito.
 Origina-se da conduta.
 Insere-se na linha normal de desdobramento causal da conduta.
 Sem a anterior não haveria a posterior

2) Fatores.
 Origina-se da conduta.
 Dependente da causa anterior.

3) Exemplo.
Na conduta de atirar em direção da vítima.
Desdobramentos


de Causa

 Perfuração em órgão vital.


 Lesão cavitária.
 Hemorragia interna.
 Parada cárdio-respiratória.
 Morte.
53

b. Independentes

1) Conceito.
 Comporta-se como produtora do resultado.
 Fenômeno inusitado, imprevisível.

2) Absoluta.
 Não se origina da conduta.
 Linha Causal da Conduta  Estão fora.

3) Relativa  Se origina da conduta

Momento em relação à conduta


Preexistente Anterior
Concomitantes Idêntico
Supervenientes Posterior

7. COMBINAÇÃO de CLASSIFICAÇÃO

a. Causa Absolutamente Independentes

 Independente ..: Comporta-se como produtora do Resultado.


 Absoluta ..........: Não se origina da conduta.

1) Preexistente.
 Existência  anterior a conduta.
54

 Ex: Genro atira na sogra que morre de um envenenamento anterior provocado


pela nora.

2) Concomitante.
 Existência  mesmo momento da conduta.
 Ex: No mesmo momento que o genro está inoculando veneno mortal na artéria da
sogra, dois assaltantes entram na residência e efetuam disparos contra a velinha,
matando-a instantaneamente.

3) Superveniente.
 Existência  posterior da conduta.
 Ex: Após o genro ter envenenado a sogra, antes de o veneno fazer efeito, um
maníaco invade a casa e mata a sogra.

b. Causa Relativamente Independentes

 Independente ..: Comporta-se como produtora do Resultado.


 Relativa ...........: Originam-se na conduta.

1) Preexistente.
 Existência  Anterior a conduta.
 Ex: “A” desfere um golpe de faca na mão de “B”, que é hemofílico e vem a
morrer em face da conduta de “A” e da hemofilia.

2) Concomitante.
 Existência  Mesmo a conduta.
 Ex: “A” atira em “B”, que, devido ao susto, enfarta e vem a morrer.

3) Superveniente.
 Existência  posterior a conduta.
 Ex: Vítima de atentado é levada ao hospital e sofre acidente no trajeto, vindo por
esse motivo a falecer.

8. CONCAUSA
 São condições que não se identificam com a conduta do agente e que, de acordo com a Teoria
da Equivalência das Condições, podem também causar o resultado.
 Exemplo:
55

 O agente desfere um golpe de faca na vítima e esta é levada ao hospital de ambulância.


 No meio do trajeto a ambulância colide com o poste.
 A colisão ocasiona a morte do paciente.

9. ANÁLISE do ARTIGO 13 CP

a. Caput  Relação de Causalidade

1) Trecho do artigo
“O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem
lhe deu causa. Considerando-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado
não teria ocorrido”.

2) Teoria para determinação do Nexo Causal aplicada


 É a regra adotada pelo Código Penal.
 Teoria da Equivalência das Condutas.
 “Lhe deu causa”  Ação do agente deve ser considerada causa do resultado.

3) Desdobramento do Artigo

a) Concausas Dependentes  Não rompem o Nexo Causal


 Complicações cirúrgicas e Infecção Hospitalar.
 Choque anafilático por excesso de éter ou imprudência dos médicos
operadores.
 Parada cardiorrespiratória durante cirurgia ortopédica a que se submeteu
a vítima para reparação de fratura decorrente de atropelamento.
 Broncopneumonia em decorrência de internação em decorrência de
lesões sofrida pela vítima.
b) Concausas Absolutamente Independentes  Não há Nexo Causal.
 Preexistentes.
 Concomitantes.
 Supervenientes

c) Concausas Relativamente Independentes Não rompem o Nexo Causal


(1) Preexistentes.
(2) Concomitantes.
56

b. Parágrafo 1°  Concausas Superveniente Relativamente Independentes

1) Trecho
“A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação,
quando, por si só, produziu o resultado”.

2) Análise
 Superveniente ..: Depois da Conduta.
 Relativa ............: Origina-se da Conduta.
 Independente ...: Poderá por si só ter produzido o resultado

3) Conclusão
 Adota a Teoria da  Condicionalidade Adequada.
 Motivo  Isoladamente a conduta não teria idoneidade para produzir o
resultado.
 Foi uma opção do Legislador.
 Exceção a regra do CP  Teoria da Equivalência das Condutas.
 Rompe o Nexo Causal

4) Exemplos

 Morte da vítima que, em resultado do choque do ônibus com o poste, sai ilesa do

veículo e recebe uma descarga elétrica, que lhe causa a morte.

 O falecimento da vítima em decorrência de cirurgia facial, que não tinha por

objetivo afastar o perigo de morte provocado pela lesão, mas tão-só corrigir o defeito

por esta causada.

 A morte da vítima ao descer do veículo em movimento, embora tivesse o

motorista aberto a porta antes do ponto de desembarque.

 “A” da um soco em “B”. “B” é evacuado por uma ambulância para o hospital. No

trajeto, a ambulância sofre um acidente e “B” morre.

Conseqüência  O agressor “A” deixa de ser considerado causador da morte de

“B”.
57

c. Parágrafo 2°  Omissão Imprópria - Crimes Comissivos por Omissão

1) Trecho

“A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado. O dever de agir incube a quem:”.
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com o seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

2) Dever de Agir [devia]

 Dever Legal  Tenha por lei obrigação de:


 Cuidado.
 Proteção.
 Vigilância.

Ex: Obrigação, que os pais tem, em protege o filho (art 1634 e 1635 CC).

 Dever do Garantidor  Assumiu a responsabilidade de impedir o resultado.


 Babá.
 Salva-vidas.
 Amiga que pede para tomar conta das crianças.
 Ingerência da Norma  Com o comportamento anterior criou o risco de
ocorrência do resultado.
 Aquele que joga uma pessoa na piscina está obrigado a salva-la.
 Quem ateia fogo em uma mata tem obrigação de apagar o incêndio.

IV. T I P I C I D A D E

1. CONCEITOS

a. Tipicidade
 Subsunção.
 Nome que o Direito Penal dá para  Subsunção.
 Relação de subsunção entre fato e norma.
58

b. Tipo
 Modelo descritivo das condutas humanas criminosas, criadas pela lei penal, com a
função de garantia do direito de liberdade.

c. Elementos do Tipo

Objetivo

Inconsciente
Espécies Consciente
Mediata / Indireta
Culpa
Imprudência
Modalidades Negligência
Imperícia

 Elementares Direto
Indireto
Genérico
Específico
Subjetivo Dolo de Dano
de Perigo
Natural
Normativo

Preterdolo

Juízo
Normativo
Valor

 Circunstâncias

2. ELEMENTARES  OBJETIVAS

 São os elementos (palavras) que estão descritos no tipo.


 Objeto do crime.
 Lugar.
 Tempo.
 Meios empregados.
 Núcleo do Tipo (Verbo).
59

 Exemplo:

Matar alguém.

Elemento Elemento

3. ELEMENTARES SUBJETIVAS  DOLO

a. Introdução

1) Regra  Está implícita na conduta (Não é elemento do Tipo)

2) Exceção  Finalidade Especial

 É à parte do DOLO que o legislador inseriu no Tipo Penal.


 Quando o tipo incriminador contiver o elemento subjetivo, o agente deverá:
 Realizar o Núcleo da Conduta  Verbo.
 Realizar a Finalidade Especial

 Exemplo  Extorsão mediante seqüestro.


 Núcleo da Conduta  Seqüestrar.
 Finalidade Especial  Obter vantagem como condição do preço do
resgate.

b. Teorias para determinação do DOLO

 Vontade.
 Dolo Direto.
 Representação mental.
 Vontade de atingir o resultado

 Assentimento.
 Dolo Eventual.
60

 Assunção de risco de produzir o resultado.

 Representação  Não precisa ter vontade, basta a consciência

Obs: Adotada pelo código  Vontade  Consciência.

c. Tipos de DOLO

 Dolo Direto

A atira em B para matar

 Direcionado ao fim que é, desde o início, almejado de maneira explícita.

 Permite escolha:
 Ou querer que morra ou querer que se lesione.
 Satisfaz-se com uma ou outra conduta.
 Resultado  Esperado imediatamente.

 As opções são conhecidas:


 Matar.
 Lesionar.
 Acertar a janela.

 Dolo Indireto

A atira em lata de refrigerante e mata B

a) Conceito.
 Desprezo ao Bem Jurídico, pois o que importa é a conduta.
 Dolo do Foda-se

b) Problema  como a imputar.


 Teoria Finalista da Ação.
61

 Assumir o risco.
 É culpa e não dolo.
 Teoria Funcionalista da Ação.
 Desconsidera-se o risco.
 Presunção objetiva.

c) Estruturas de Dolo Eventual.


 Embriagues no volante.
 Alta velocidade.
 Pega pelo racha.

 Dolo Genérico  Dolo de realizar o tipo

 Dolo Específico
 Existe um fim especial dentro do tipo.
 Não é aceito pela maioria da doutrina.
 Dolo de Dano  Causação de Dano ou Risco

 Dolo Perigo  Colocação do bem em perigo

 Dolo Natural
 Simples vontade de praticar o ato.
 Teoria que o Código adota.
 Dolo Normativo  Consciência da ilicitude

4. ELEMENTARES SUBJETIVAS  CULPA

a. Características
 É elemento normativo da conduta  Deve estar previsto no tipo
 Tipo Aberto  Sua previsão é genérica (a conduta não está descrita)
 Resultado Naturalístico  Imprescindível (Somente possível nos Crimes Materiais)

b. Elementos do Fato Típico Culposo


62

 Conduta  Sempre voluntária


 Resultado  Sempre involuntário
 Nexo Causal
 Tipicidade
 Previsibilidade Objetiva
 Quebra do Dever Objetivo de Cuidado
-Imprudência
-Imperícia
-Negligência

1) Previsibilidade Objetiva

a) Conceito
 Possibilidade de qualquer pessoa dotada de prudência mediana prever
o resultado

b) Previsibilidade Subjetiva
 Possibilidade que o agente, dadas as suas condições peculiares, tinha de
prever o resultado
 Não exclui a culpa

c) Princípio do Risco Tolerado


 Comportamentos perigosos imprescindíveis
 Motivo  Caráter emergencial
 Ex: Médico que realiza cirurgia em condições precárias

d) Princípio da Confiança
 Pessoas agem de acordo com a expectativa de que as outras pessoas
atuaram dentro do que lhes é normalmente esperado.
 O não atendimento ao princípio torna o resultado imprevisível
 Ex: O motorista confia de que o pedestre não atravessará a rua em
momento ou local inadequado

2) Inobservância do Dever Objetivo de Cuidado  Modalidades de Culpa [18, II]

a) Imprudência
 Culpa na forma COMISSIVA  Exige um comportamento positivo
63

 Momento de ocorrência da Culpa Durante a Ação


 Ação descuidada  Agir sem a cautela necessária
 Culpa se desenvolve paralelamente a ação
 Exemplos:
 Ultrapassagem proibida
 Excesso de velocidade
 Manejar arma carregada

b) Negligência
 Culpa na forma OMISSIVA
 Momento de ocorrência da Culpa Antes a Ação
 Quem podendo e devendo agir de determinado modo, não age, ou se
comporta de modo diverso

c) Imperícia
 Demonstração de inaptidão técnica em profissão ou atividade
 Falta de conhecimento ou habilidade para o exercício de certa atividade
 Requisito  Exercer a atividade ou profissão
 Se.......: Não exercer a atividade ou profissão
Então..: Será Imprudência
 Imperícia  Erro Médico:
 Imperícia  empregado os conhecimentos médicos, chega-se a
uma conclusão errada
 Erro Médico  Pode se dar por Imperícia, imprudência,
Negligência
 Exemplos:
 Médico que vai curar uma ferida e amputa a perna
 Atirador de elite que mata a vítima
c. Espécies

 Culpa Inconsciente.
 Culpa sem previsão
 Agente não prevê que era possível

 Culpa Consciente.
 Agente prevê o resultado
 Agente não quer o resultado
 Dolo Eventual  Agente não se importa com o resultado
64

 Culpa Imprópria (por Extensão ou Equiparação ou Assimilação)

a) Conceito
 Agente, por erro de tipo inescusável, supõe estar diante de uma Causa
de Justificação
 Núcleo  Conduta viciada por  Erro de Tipo Essencial Inescusável

b) Características
 Única hipótese de Tentativa de Homicídio CULPOSO
 Agente pensa que poderia praticar licitamente um fato típico
 Atenção  Agente quer o Resultado
 Existe por motivo de Política Criminal

c) Tipificação

Erro sobre o Elemento do Tipo


Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o
dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato
é punível como crime culposo.

d) Responsabilização do Agente  Hipóteses doutrinárias

1) Agente comete crime Culposo


 Pois erro estava na base da conduta
 Incide o Erro de Tipo  Exclui o dolo, mas permanece a culpa

2) Agente comete crime Doloso


 Não aceita a existência da Culpa Imprópria
 Agente comete crime doloso
 Por motivos de Política Criminal, aplica-se a pena do homicídio
culposo.
65

e) Exemplo
“Agente está assistindo televisão, quando seu primo entra pela porta dos
fundos. Pensando tratar-se de um assalto, o agente executa disparo de arma
de fogo, matando o primo”
 Ação em si é dolosa
 Agente  Pensa estar em Legítima Defesa

 Mediata (Indireta)

a) Conceito  Agente produz indiretamente um resultado a título de culpa

b) Nexo Causal
 É necessário que o 2° resultado constitua um desdobramento normal e
previsível da conduta culposa
 Causa superveniente relativamente independente  Não

b) Exemplo
 Motorista encontra-se parado no acostamento de uma rodovia
movimentada, quando é abordado por um assaltante. Com medo, sai do
veículo e corre na direção da pista e é atropelado.
 Assaltante responderá por:
 Roubo
 Homicídio

 Culpa Presumida
 Inaplicável
 Forma de responsabilidade objetiva
 Causar um resultado por infringir um dispositivo regulamentar

d. Compensação de Culpa
 Não exclui a culpa do agente
 Ex: Pedestre que cruza a via pública em local inadequado é atropelado por veículo
trafegando na contra-mão

e. Culpa EXCLUSIVA da vítima  Exclui a culpa do agente


66

5. ELEMENTARES SUBJETIVAS  PRETERDOLO [Dolo  Culpa]

a. Conceito  É um dos 4 (quatro) crimes Qualificados pelo Resultado

b. Crimes Qualificados pelo Resultado [art 129, § 27, V]

1) Conceito
 É o crime em que o legislador, após descrever uma conduta típica, com todos os
seus elementos, acrescenta-lhe um resultado, cuja ocorrência acarretaria um
agravamento da sanção.

2) Características
 É um único crime que resulta da fusão de 2 (duas) ou mais infrações autônomas
 Não cabe tentativa

3) Etapas
 Prática de um Crime completo
 Produção de um resultado agravador

4) Espécies

Antecedente  Crime Conseqüente  Resultado

Dolo Lesão corporal Dolo Natureza grave ou gravíssima

Dolo Roubo – Estupro Culpa Morte da vítima

Homicídio culposo das pessoas que se


Culpa Incêndio culposo Culpa encontravam no local

Culpa Lesão corporal culposa de trânsito Dolo Omissão de Socorro

c. Resultado  Culposo ou Doloso


67

 Se.......: Conseqüente decorrer de Dolo


Então.: Não haverá preterdolo

 Exemplo  Latrocínio  Roubo seguido de Homicídio


 Preterdoloso  Somente deseja matar
 Não é preterdoloso  Desejava Roubar e Matar

6. ELEMENTARES NORMATIVAS

a. Conceito
 Palavra ou expressão que está no tipo a qual faz-se necessário refletir e ponderar sobre o
seu significado

b. Motivo
 Ao confrontar o Sentido da Palavra com o Caso Concreto, surgem vários sentidos,
dependendo do Juízo de Valor formado

V. ERRO de TIPO [art 20]

1. CLASSIFICAÇÃO ENCICLOPÉDICA

 Elementares
Originam os Delitos Putativos

 Circunstâncias
Erro incide sobre
 Agravantes
 Qualificadoras
 Causas de aumento de pena

Escusável (Inevitável - Invencível)


Essencial
Inescusável (Evitável - Vencível) 68

Erro In Objecto
Tipo
Incriminador

Aberratio Ictus
Erro In Persona
de TIPO
[de Direito] Acidental Aberratio Criminis

Aberratio Causae
ERRO

Tipo
Permissível
Erro incide sobre  Descriminantes
Legitima Defesa

Estado de Necessidade
Permite a realização de condutas Exercício Regular do Direito
inicialmente PROIBIDAS
Estrito Cumprimento do Dever Legal

Direto / Indireto
Culpabilidade

de PROIBIÇÃO
[de Fato]
Escusável / Inescusável

Determinado por 3°

2. ERRO de TIPO  INCRIMINADOR ESSENCIAL

a. Conceito  Erro que incide sobre Elementar e Circunstâncias do tipo

b. Efeito
 Exclui o DOLO
 Exemplo:
 Se.....: Incidir sobre Qualificadora
 Então: Exclui a Qualificadora

 Se.....: Incidir sobre Elementar


 Então: Exclui a Tipicidade  Torna o fato atípico

c. Características
69

 Agente deseja praticar a ação


 Erro impede que o Agente compreenda a ilicitude do fato

d. Tipos

1) Escusável (Inevitável - Invencível) [20, caput, 1ª parte e § 1º, 1ª parte]


 Não podia ter sido evitado (nem com o emprego de diligência mediana)
 Efeito  Exclui a CULPA e DOLO

 Exemplo   Agente pega uma caneta alheia, suponde ser de sua propriedade
 Fato incide no tipo  Furto
 Incide na Elementar  Coisa alheia móvel
 Erro  Não saber que a coisa era alheia
 Efeito  Exclui o Culpa e o Dolo

 Exemplo   Caçador ativa e mata homem fantasiado de vaca


 Fato incide no tipo  Homicídio
 Incide na Elementar  Matar alguém
 Erro  Não saber que era uma Pessoa
 Efeito  Exclui o Culpa e o Dolo

2) Inescusável (Evitável - Vencível) [20, caput, 2ª parte e § 1º, 2ª parte]


 Agente age de forma descuidado
 Exclui o DOLO

 Exemplo   Agente pega uma carteira alheia, parecida com a sua


 Fato incide no tipo  Furto
 Incide na Elementar  Coisa alheia móvel
 Erro  Não saber que a coisa era alheia
 Culpa  Faltou com o dever de cuidado
 Efeito  Exclui o Dolo
 Como Furto não possui a modalidade culposa  Não há crime

 Exemplo   Caçador míope ativa e mata um homem


 Fato incide no tipo  Homicídio
70

 Incide na Elementar  Matar alguém


 Erro  Não saber que era uma Pessoa
 Culpa  Faltou com o dever de cuidado
 Efeito  Exclui o Dolo
 Responderá por Homicídio Culposo

2. ERRO de TIPO  INCRIMINADOR ACIDENTAL

a. Conceito  Incide sobre dados IRRELEVANTE da Figura Típica

 Error in Objetcto  Objeto ou Coisa.

 Error in Persona  Pessoa.

 Aberratio Ictus  Execução do Crime

 Abrerratio Criminis  Resultado Diverso do Pretendido

 Aberratio Causae  Nexo Causal – Dolo Geral – Erro Sucessivo

b. Erro sobre o Objeto


1) Objeto Material  Pessoa ou Coisa sobre a qual recai a Conduta

2) Atenção
Se......: Coisa fizer parte do Tipo
Então.: Será Erro de Tipo Essencial sobre Elementar do Tipo

Se......: FURTO  Grande diferença entre valores (relógio verdadeiro  falso)


Então.: Será Erro de Tipo Essencial sobre Circunstância

3) Exemplo
 Furto  Agente furta café, quando desejava furtar feijão.
 Feijão e Café  Coisa Alheia Móvel
71

c. Erro sobre o Pessoa [§3, art 20]


1) Conceito  Agente pensa que “A” é “B”
2) Conseqüência  Autor é punido come se tivesse atingindo a vítima desejada.
3) Exemplo
 Caso
 Agente deseja matar seu enteado, que é menor de idade
 Acaba por matar estranho, maior, semelhante ao enteado.
 Imputação  Será como se tivesse matado o menor

d. Erro na Execução do Crime [Aberratio Ictus]

1) Conceito  Realiza o crime de forma desastrada (Mesmo bem jurídico – Mesmo crime)

2) Tipos
a) Com unidade Simples ou Resultado Único
 Acertar terceiro inocente.
 Não acerta a vítima.
 Conseqüência [art 73]  Igual ao Erro sobre a Pessoa.
b) Com unidade Complexa ou Resultado Duplo
 Acertar terceiro inocente.
 Acerta a vítima.
 Conseqüência  concurso formal

e. Resultado Diverso do Pretendido [Aberratio Criminis]

1) Conceito
 Agente deseja atingir determinado BEM JURÍDICO, mas, por erro na
EXECUÇÃO, acerta BEM diverso.
 Cometer um crime em lugar de outro  Crimes diferentes

2) Espécies
a) Com unidade Simples ou Resultado Único
 Só acerta o Bem Jurídico diverso do pretendido.
 Conseqüência  Responde pelo Resultado produzido, se previsto como
crime culposo.
b) Com unidade Complexa ou Resultado Duplo
 Acerta o Bem Jurídico pretendido e outro.
72

 Conseqüência  concurso formal

3) Exemplo  Agente joga uma pedra na vidraça e acaba acertando uma pessoa

f. Erro sobre o Nexo Causal [Aberratio Causae]


1) Conceito
 Agente, na suposição de já ter consumado o crime, realiza nova conduta,
pensando tratar-se de mero exaurimento, atingindo, neste momento, a
consumação.
2) Outros nomes
 Dolo Geral
 Erro sucessivo

3. ERRO de TIPO  PERMISSIVO [20, §u]

a. Conceito
 Erro que incide sobre as Descriminantes
 Na esfera de consciência do autor, tornaria a ação legítima

b. Efeitos  Exclui o DOLO


1) Evitável  Não exclui a Culpa
2) Inevitável  Exclui a Culpa
VI. DELITO PUTATIVO

1. ESPÉCIES

 Delito Putativo por Erro de Tipo

 Delito Putativo por Erro de Proibição

 Delito Putativo por Obra do Agente Provocador (Delito de Ensaio)

2. ERRO de TIPO  DELITO PUTATIVO por ERRO de TIPO

a. Erro de Tipo
 Agente não sabe que está cometendo um crime, mas acaba por comete-lo
 Erro incide sobre o Tipo Penal
73

b. Delito Putativo por Erro de Tipo


 Sujeito quer praticar um crime, mas, em face do erro, desconhece que está cometendo
um irrelevante penal
 Ex: Sujeito quer praticar tráfico ilícito de entorpecentes, mas por engano, acaba
vendendo talco

SUB-SEÇÃO III – FATO ILÍCITO [Antijuridicidade]

I. INTRODUÇÃO.

1. CONCEITO
 Contradição entre  Conduta  Ordenamento Jurídico.
 Deve-se saber se a conduta praticada, além de Típica, é Contrária ao Direito.

2. REGRA  Todo fato penalmente ilícito é também típico

3. CARÁTER INDICIÁRIO
 Constatada a tipicidade de uma conduta, passa a incidir sobre ela uma presunção de seja ilícita.
 Se um Fato Típico foi realizada, a princípio, foi praticada uma conduta socialmente danosa.
74

4. ILÍCITO  INJUSTO
 Ilícito ....: Contrariedade entre  Fato  Lei.
 Injusto ..: Contrariedade entre  Fato  Sentimento Social.

5. ESPÉCIES de ILICITUDES
 Formal....: Contrariedade entre  Fato  Lei
 Material..: Contrariedade entre  Fato  Sentimento Social = Injusto.
 Subjetiva.: Só é ilícito se o agente tiver a capacidade de avaliar o caráter criminoso da
conduta.
 Objetiva..: Independe da capacidade de avaliação do agente.

II. EXCLUDENTES da ILICITUDE  DESCRIMINALIZANTES

1. EXCLUDENTES

 Estado de Necessidade

Situação de Perigo

Perigo Atual
Perigo deve ameaça direito próprio ou alheio
Agente não pode ter dado causa voluntariamente
Inexistência do Dever Legal de Arrostar o Perigo
Conduta Lesiva

Inevitabilidade do comportamento
Razoabilidade do Sacrifício

Subjetiva
Conhecimento damoderado
Uso Situação
Repulsa
Agressão
Direito
 Legítima Defesa próprio
com eJustificante
Injusta
atual
meios
dos
ou
iminente
meios
de
necessários
terceiro
75

Objetivas
[art 23]

 Estrito Cumprimento do Dever Legal

Cumprimento do dever deve ser estritamente dentro da lei

 Exercício Regular de Direito

1. ANÁLISE por EXCLUSÃO


 A ilicitude é analisada a contrario sensu.
 Se não estiver presente nenhuma Causa de Exclusão da Ilicitude, o fato será considerado
ilícito.

2. ESTADO de NECESSIDADE [XXXX]

a. Conceito
 Causa da exclusão da ilicitude da conduta;
 de quem não tendo o dever legal de enfrentar uma situação de perigo:
 Atual;
 Que não provocou por sua vontade.
 Sacrifica um Bem Jurídico, próprio ou alheio, para salvar outro;
 cuja perda não era razoável exigir (art 23°).

b. Teorias
76

1) Unitária - Exculpante [art 24, §2°]


 Código Penal.
 Não existe comparação de valores.
 O Estado de Necessidade  Sempre é causa de Excludente de Ilicitude.
 Se o sacrifício for razoável  Redução da Pena em 1/3 a 2/3.

2) Diferenciadora
 Código Penal Militar.
 Existe comparação de valores.
 Critério Objetivo.
 Bem Destruído.
 >= ...: Circunstância de Exclusão de Culpabilidade.
 < .....: Circunstância de Exclusão da Ilicitude.

c. Requisitos

1) Situação de Perigo Atual


 Atual  Ameaça que se estar verificando no mesmo momento em que o agente
sacrifica o Bem.

2) Perigo deve ameaçar Direito Próprio ou Alheio


 Direito  Bem tutelado pelo Ordenamento Legal.

3) Agente não Dê Causa voluntariamente a situação de Perigo


 Perigo causado Doloso  Impede a alegação de Estado de Necessidade.

4) Inexistência do Dever Legal de Arrostar o Perigo


 Arrostar  Afastar.
 Sempre que a lei impuser ao agente o dever de enfrentar o perigo, deve ele tentar
salvar o Bem ameaçado, mesmo que tenha que correr riscos inerentes a sua
função.
77

5) Inevitabilidade do Comportamento
 Somente se admite o sacrifício do bem, quando não existir qualquer outro meio
para se efetuar o salvamento.
 Fuga  Será preferível ao sacrifício do bem.

6) Razoabilidade do Sacrifício
 Teoria Exculpante  Código Penal.
 Teoria Diferenciadora  Código Penal Militar.
 Diminuição de Pena  Sacrifício não for Razoável (1/3 a2/3).

7) Conhecimento da Situação Justificante


 O fato será considerado Ilícito se o agente desconhecer os pressupostos daquela
excludente.
 Se na sua mente ele cometia um crime, ou seja, sua vontade não era de salvar
ninguém, mas provocar uma mal.
 Teoria Diferenciadora  Código Penal Militar.

d. Excesso
 Desnecessária intensificação de uma conduta inicialmente justificada.
3. LEGÍTIMA DEFESA [XXXX]

a. Conceito
 Causa da exclusão da ilicitude da conduta;
 Consiste em Repelir:
 Agressão injusta
 Atual ou iminente;
 a Direito Próprio ou alheio.
 usando moderadamente dos meios necessários.

b. Fundamento
 Estado não tem condições de oferecer proteção aos cidadãos em todos os lugares e
momentos;

c. Requisitos

1) Agressão Injusta
78

a) Conceitos.
 Agressão  Toda conduta humana que ataca um Bem Jurídico.
 Injusta  Agressão contrária ao Ordenamento Jurídico.

b) Hipóteses de cabimento de Legítima Defesa.


 Contra agressão injusta de Inimputável.
 Contra Legítima Defesa Putativa.
 Contra Legítima Defesa Subjetiva.
 Excesso.
 Excesso por Erro de Tipo Escusável.

c) Hipóteses de Não-Cabimento  Legítima Defesa Real contra:


 Legítima defesa real.
 Estado de Necessidade Real.
 Exercício Regular do Direito.
 Estrito Cumprimento do Dever Legal.

 Motivo  Não há agressão injusta.

2) Agressão Atual ou Iminente


 Atual
 Está ocorrendo.
 Efetivo ataque já em curso no momento da reação ofensiva.
 Iminente
 Prestes a ocorrer.
 A lesão ainda não começou a ser produzida, mas deve iniciar-se a
qualquer momento.
3) Agressão a Direito Próprio ou de Terceiro
 Todos os direitos são suscetíveis de Legítima Defesa.
 Legítima Defesa da Honra
 O que se discute não é o direito a Legítima defesa.
 Discute-se a PROPORCIONALIDADE entre a Ofensa e a Intensidade
da Repulsa.

4) Meios Necessários
79

 Meios lesivos colocados à disposição do agente no momento em que sofre a


agressão.
 STF  Modo de repelir a agressão pode influir decisivamente na caracterização
do elemento em exame.

5) Meios Necessários
 Emprego dentro dos limites razoáveis para conter a agressão.

6) Conhecimento da Situação Justificante


 Se, na sua mente, ele queria cometer um crime e não se defender, ainda que, por
coincidência, o seu ataque acabe sendo uma defesa, o fato será ilícito.

4. ESTRITO CUMPRIMENTO do DEVER LEGAL [art 23, III, 1° Parte, CP]

a. Conceito
 Realização de um  Fato Típico;
 por força de uma obrigação imposta por lei.

b. Fundamento
 Não há crime, quando o agente pratica o fato no “estrito cumprimento do dever”.
 Dentro dos limites da lei.
c. Dever Legal
 Toda e qualquer obrigação derivada direta ou indiretamente da lei.
 Derivado da Lei.
 Decretos;
 Regulamentos;
 Qualquer ato normativo, desde que derivado da lei.

d. Ordens
 É Obediência Hierárquica.
 Conceito  Resolução administrativa de caráter específico dirigida ao subordinado sem
o conteúdo genérico que caracteriza os atos normativos.

e. Excesso
 Abuso de Autoridade.

f. Alcance
80

 Funcionários ou Agentes públicos que agem por ordem da lei.


 Estende-se  Particular que exerce função pública.

g. Requisitos
 Ser funcionário ou agente público, ou ser particular que exerça função pública.
 Ter conhecimento da situação justificante

5. EXERCÍCIO REGULAR de DIREITO

a. Conceito
 Exclusão da ilicitude;
 que consiste no exercício de uma prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico;
 caracterizada como um Fato Típico.
 Agente  deve ter o Conhecimento da situação justificante.

b. Fundamento
 Uma ação juridicamente permitida não pode ser, ao mesmo tempo, proibida pelo
Direito.
 Exclui-se a Ilicitude nas hipóteses em que o sujeito está autorizado a esse
comportamento.
 Ex:
 Prisão em flagrante por particular
 Coação para evitar o suicídio.

6. SITUAÇÕES VARIADAS
 Intervenção médica e cirúrgica.
 É Exercício Regular de Direito  Fato é atípico.
 Lesões provocadas no paciente no decorrer do procedimento cirúrgico como
meio necessário ao seu tratamento não configura crime [art 146, §3, I - CP].

 Violência desportiva.
81

 É Exercício Regular de Direito  Fato é atípico.

 Ofendículos.
 Obstáculos  Cacos de vidro, pontas de lança, telas elétricas.
 Exercício Regular do Direito de Defesa da Propriedade.
 Lei permite desforço físico imediato para a preservação da posse [art 1210, §1-CC].

 Defesa mecânica pré-disposta.


 Aparatos ocultos com a mesma finalidade dos ofendículos.

7. LEGÍTIMA DEFESA  ESTADO de NECESSIDADE

Legítima Defesa Estado de Necessidade


Característica Revide a uma agressão Conflito entre Bens Jurídicos
Bem Jurídico Sujeito a uma Agressão Diante de uma situação de perigo
Fonte Conduta humana Conduta humana ou natural
Tipo de Agressão Justa ou Injusta injusta

SUB-SEÇÃO IV – CULPABILIDADE

Nulla poena sine culpa

I. CONCEITO.
 Aspecto moral da conduta.
 Juízo de Reprovação Social.
 Possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal.
 Atenção  Já se constatou que ocorreu um crime.
 Verifica-se  Se o agente irá ou não responder pelo crime.

II. CULPABILIDADE do FATO.


 A censura deve recair sobre o FATO praticado pelo agente.
 A reprovação se estabelece em função da gravidade do crime praticado, de acordo com:
 A exteriorização da vontade humana.
82

 através de uma Ação ou Omissão.


Obs: Contrapõe-se  Culpabilidade do autor.

III. TEORIAS.

 Psicológica  Culpabilidade é o elo entre o infrator e a infração penal, na forma de dolo ou culpa

 Psico-Normativa  Os elementos da culpabilidade são:


 Dolo e Culpa
 Imputabilidade
 Consciência da ilicitude
 Exigibilidade da conduta adversa

 Normativa pura  Os elementos da culpabilidade são:


 Imputabilidade
 Potencial consciência da ilicitude
 Exigibilidade da conduta adversa

III. REQUISITOS.
Dirimentes

 Imputabilidade

Doença Mental

Requisitos Desenvolvimento Mental Retardado


Embriagues Completa por Caso Fortuito ou Força Maior
 Potencial Consciência da Ilicitude
 Exigibilidade da Conduta Diversa

Coação Moral Irresistível


Obediência Hierárquica

1. IMPUTABILIDADE PENAL

a. Conceito
 É a capacidade de:
83

 Entender o caráter ilícito do fato;


 Determinar-se de acordo com esse entendimento  Controlar sua vontade.

b. Regra
 Toda pessoa é imputável, salvo existência de Causa de Excludente de Culpabilidade.

c. Aspectos
 Intelectivo  Capacidade de entender o crime.
 Volitivo  Capacidade de dominar a própria vontade.

d. Diferenças
1) Capacidade  Imputabilidade
 Capacidade ........: Gênero.
 Imputabilidade ..: Espécie de capacidade.

2) Dolo  Imputabilidade
 Dolo ....................: É a Vontade.
 Imputabilidade ..: Capacidade de compreender essa vontade.

3) Responsabilidade  Imputabilidade
 Responsabilidade .: É a aptidão do agente para ser punido pelos seus atos.
 Exige 3 (três) requisitos.
 Imputabilidade;
 Consciência Potencial da Ilicitude;
 Exigibilidade de Conduta Diversa.

e. Sistemas para Aferição da Imputabilidade

1) Biológico
 Pessoa será considerada inimputável se portadora de:
 Doença mental;
 Desenvolvimento mental retardado;
 Desenvolvimento mental incompleto.
 Exceção  Adotada, pelo CP, para  < 18 anos.
 Atenção  Há uma presunção legal da condição do Agente.

2) Psicológico
84

 Pessoa será considerada inimputável se:


 No momento da ação ou omissão criminosa;
 Não tinha condições de entender e querer o crime.

3) Biopsicológico
 Pessoa será considerada inimputável quando em razão de:
 Doença mental;
 Desenvolvimento mental retardado;
 Desenvolvimento mental incompleto.
 Se
 No momento da ação ou omissão criminosa;
 Não tinha condições de entender e querer o crime

f. Excludentes de Culpabilidade

1) Doença Mental
 Perturbação mental de qualquer ordem capaz de:
 Afetar ou eliminar a capacidade de entender o caráter criminoso do fato;
 ou, Comandar a vontade de acordo com esse entendimento.

2) Desenvolvimento Mental Incompleto

a) Conceito  Devido a:
 Recente idade cronológica do agente. -Mental
Imaturidade
 Falta de convivência em sociedade. -Emocional

b) Rol.
 < 18 anos.
 Silvícolas não adaptados a civilização.

3) Desenvolvimento Mental Retardado


85

a) Conceito  Incompatível com o estágio de vida que se encontra a pessoa

b) Rol.
 Surdos-mudos sem capacidade de entendimento e autodeterminação.
 Oligofrênicos  Débeis mentais, imbecis e idiotas.

4) Embriagues Completa por Caso Fortuito ou Força Maior

a) Conceito.
 Intoxicação aguda e transitória advindo do consumo de álcool ou
substância psicotrópicas.

b) Espécies.

Completa  Regra:
Dolosa -Não Exclui a Culpabilidade.
Incompleta -Ação foi livre na causa
Não Acidental
 Exceção:
Completa
Culposa -Exclui a imputabilidade se
Incompleta imprevisível o resultado.

Completa
Caso Fortuito
Acidental Incompleta Exclui

Completa Redução  1/3 a 2/3


Força Maior
Incompleta

Exclui  retirar completamente o querer


Patológica
Ex: Alcoólatra e dependentes (=Doença Mental)
86

Agravante Genérica  (art 61, II, l – CP)


Preordenada
Ex: Agente se embriaga com a finalidade de cometer crime.

Obs: Ação Livre na Causa [Actio Libera Causa]


 Retorna-se ao momento em que o agente estava lúcido e verifica-se se era ou não capaz.

2. POTENCIAL CONSCIÊNCIA da ILICITUDE

a. Conceito
 Ter a POSSIBILIDADE do agente ter consciência de que a Ação ou Omissão é Ilícita.

b. Erro de Direito  O agente não sabe que sua conduta é proibida ou ilícita
 Art 21 – CP  Desconhecimento da lei é inescusável
 Exceção  Art 8° da Lei de Contravenção Penal
 Circunstância Atenuante Genérica [art 65, II – CP]

c. Erro de Proibição

1) Conceito
 Errada compreensão da Lei Penal.
 Supõe-se que uma conduta seja certa, quando é injusta.
 Tomar o Errado por Certo.
 Supõe-se permitido aquilo que é proibido.

2) Efeito
 Escusável  Exclui a Culpabilidade.
 Inescusável  Redução de 1/6 a 1/3.

3) Considerações
 O agente conhece a lei, mas desconhece o caráter injusto.
 Ele pensa agir plenamente de acordo com o ordenamento global, mas pratica um
ilícito em razão da interpretação errada da lei.
87

4) Erro de Proibição  Consciência


 Se no momento em que realizava a conduta, não sabia proibida, faltava-lhe
naquele instante a consciência de que ela era lícita.

d. Erro de Tipo  Erro de Proibição

1) Erro de Tipo
 Agente tem uma visão DISTORCIDA da realidade.
 Não vislumbra na situação que lhe é apresentada a existência de fatos descritos
no Tipo Penal.
 Equivoco  Incide sobre a REALIDADE.

2) Erro de Proibição
 Agente tem uma PERFEITA visão da realidade.
 Equivoco  Incide sobre o que lhe é PERMITIDO fazer diante da situação.

3. EXIGIBILIDADE de CONDUTA DIVERSA

a. Conceito
 Ocorre quando o comportamento é diverso do que se esperava.
 A coletividade podia esperar que o sujeito atuasse de modo diferente.

b. Causas para Exclusão da Exigibilidade de Conduta Diversa

1) Coação Moral Irresistível

a) Conceito
 Agente emprega grave ameaça contra a vítima, que fica impedida de resistir.

b) Espécies de Coação

 Física  Emprego de força física.


88

 Moral  Emprego de Grave Ameaça.


 Irresistível  Coato não tem condições de resistir.
 Resistível  Coato tem condições de resistir.

c) Efeitos
 Física  Exclui a conduta.

 Moral Irresistível  Excludente de Exigibilidade de Conduta Adversa.


 Coato  Exclui a culpabilidade.
 Co-ator  Responde com agravante.

 Moral Resistível.
 Coato  responde com atenuante.
 Co-ator  responde com atenuante.

d) Coação Moral Irresistível  Estado de Necessidade


 Na coação o fato é objetivamente Ilícito  Incide causa Dirimente.
 Se o fato não fosse antijurídico, por incidência do Estado de Necessidade,
ninguém responderia por ele, nem como Coator.
2) Obediência Hierárquica
a) Conceito
 Cumprimento de ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico.

b) Requisitos
 Um Superior;
 Um Subordinado;
 Uma relação de direito público entre ambos;
 Uma ordem do superior para o subordinado;
 Ilegalidade da ordem;
 Aparente legalidade da ordem

c) Efeito
 Superior  Responde com agravante.
 Subordinado  Isento de pena.
89

CAPÍTULO III – ESPÉCIES de CRIME

I. CRIME CONSUMADO [14, I]

1. INTRODUÇÃO
a. Conceito  Crime em que foram executados todos os Elementos do Tipo

b. Exaurimento do Crime
 Agente após ter consumado o crime  continua a agredir o Bem Jurídico

 Exemplo
 Funcionário público que após solicitar vantagem indevida, vem a recebe-la

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

 Consumação  Solicitar (Necessário para aperfeiçoar o crime)


 Exaurimento  Receber (Irrelevante)
90

 Efeitos
 Causa de Aumento de Pena  Se houver previsão
 Circunstância Judicial na 1ª fase da Aplicação da Pena  Não houver previsão

2. CONSUMAÇÃO nas VÁRIAS ESPÉCIES de CRIME

Crime Estará consumado com:


Material
Culposo Resultado
Omissivo Impróprio
Omissivo Próprio Abstenção do comportamento
Mera conduta Ação ou Omissão
Formais Execução do Tipo
Qualificado pelo resultado Resultado agravador

2. ITER CRIMINIS  Caminho do Crime

 Cogitação
 Preparação
 Execução
 Consumação

a. Cogitação
 Planejamento  Mental
 Impunível

b. Preparação

1) Conceito  Prática dos atos imprescindíveis à execução do crime

2) Características
 Agente ainda não iniciou a executar o Verbo da definição do Tipo Legal
 Ainda não se iniciou a agressão ao Bem Jurídico
91

3) Punibilidade
 Regra  Impunível
 Exceção:
 Quadrilha ou Bando [288]
 Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts.
33, caput e § 1o, e 34 [11.343]
 Exemplo:
 Aquisição de arma para prática de homicídio
 Chave falsa, para o delito de furto
 Estudo do local onde se quer praticar o roubo

b. Execução
 Bem jurídico começa a ser atacado
 Agente inicia a realização do Núcleo do Tipo

c. Consumação

1) Conceito  Todos os elementos do Tipo foram executados

2) FURTO e ROUBO  Teorias que explicam o Momento Consumativo

 Contractácio.............: Momento que toca a coisa

 Ilátio - Apreehensio..: Depois que deposita a coisa no local que deseja (Ex: Bolso)

 Ablátio......................: Posse manca e pacífica da coisa

 Amótio......................: Inversão da Posse

II. CRIME TENTADO [14, II]

1. INTRODUÇÃO
a. Conceito
 Não consumação de um crime...
 Cuja execução foi iniciada...
 Por circunstâncias alheias a vontade do agente
92

b. Natureza Jurídica
 Norma de extensão temporal do Tipo...
 Causadora de adequação típica mediata ou indireta

2. ELEMENTOS

 Início da Execução
 Não-Consumação
 Interferência de circunstâncias alheias a vontade do agente

Início da Execução
 1° ato idôneo e inequívoco consumação do delito

Verbo do Tipo = idôneo  inequívoco

 Exemplo:
 Se......: Sujeito surpreendido subindo uma escada para entrar numa residência
Então.: Não houve tentativa de furto
Pois...: Não havia iniciado a Subtração
3. FORMAS

 Imperfeita
 Perfeita – Acabada – Crime Falho

a. Imperfeita
 Há interrupção do processo executório
 Agente não chega a praticar todos os atos de execução do crime
 Sujeito não consegue praticar os atos necessários à consumação por interferência
externa

b. Perfeita
 Agente pratica todos os atos de execução do crime
 Não consuma o crime por circunstâncias alheias à sua vontade

4. NÃO ADMITE TENTATIVA

Crime Obs
Culposos Salvo, Culpa Imprópria
Preterdolosos
93

Habituais
Omissivos Próprios Mera conduta
Crimes em que a lei só pune se ocorrer o resultado [122]
Crimes em que a lei pune a tentativa como crime consumado [352]
Contravenções

5. TEORIA para GRADAÇÃO da PUNIBILIDADE

a. Subjetiva
 Tentativa deve ser punida da mesma forma que o crime consumado
 Justificativa  O que vale é intenção do agente

b. Objetiva (Adotada)
 Tentativa deve ser punida de forma mais branda que o crime consumado
 Justificativa  Objetivamente produziu um mal menor
 Critério  Redução de 1/3 a 2/3
6. TENTATIVA  ABANDONADA ou QUALIFICADA

 Desistência Voluntária
 Arrependimento Eficaz

a. Efeitos
 Afasta-se a TENTATIVA (Exclui a Tipicidade)
 Agente só responde pelos atos até então praticados

b. Elementos
 Início da Execução
 Não-Consumação
 Interferência da Vontade do agente

c. Ponte de Ouro
 Recebe esta nomenclatura, pois provoca uma readequação típica mais benéfica para o
agente.

f. Características
 Resultado não se produz por força da vontade do agente
94

 Incompatível com Crime Culposo  Pois a tentativa exige DOLO

g. Desistência Voluntária

Agente interrompe a EXECUÇÃO

1) Conceito
 Agente interrompe voluntariamente a execução do crime

2) Inadmissibilidade
 Crimes Unisubsistentes  Execução se encerra com a prática do 1°ato
 Crimes de Mera Conduta  Pois a execução é a própria consumação

3) Exemplo
 O agente tem um revolver municiado com seis projéteis. Efetua 2 (dois) disparos
contra a vítima, não a acerta e, podendo prosseguir atirando, desiste por vontade
própria e vai embora
 Ponte de Ouro  Responde pelo delito periclitação da vida – art. 132 do CP
h. Arrependimento Eficaz

Agente interrompe o RESULTADO

1) Conceito
 O agente, após encerrar a execução do crime, impede a produção do resultado
 Só é possível nos crimes materiais nos quais há resultado naturalístico

2) Inadmissibilidade
 Crimes Unisubsistentes  Execução se encerra com a prática do 1°ato
 Crimes de Mera Conduta  Pois a execução é a própria consumação

3) Exemplo
 O agente descarrega sua arma de fogo na vítima, ferindo-a gravemente, mas,
arrependendo-se do desejo de matá-la, presta-lhe imediato e exitoso socorro,
impedindo o evento letal
 Ponte de Ouro  lesões corporais de natureza grave – art. 129, inciso 1o do CP

8. ARREPENDIMENTO POSTERIOR
95

a. Conceito
 Causa de diminuição de pena que ocorre nos crimes cometidos sem violência ou grave
ameaça à pessoa, em que o agente, voluntariamente repara o dano ou restituiu a coisa
até o recebimento da denúncia ou queixa.

b. Objetivo
 Estimular a Reparação do Dano...
 Nos Crimes Patrimoniais...
 Cometidos sem violência

c. Diferença

Arrependimento Posterior Arrependimento Eficaz


Inaplicável  Violência ou Grave ameaça Não há restrição
Responde pelo resultado  Reduz a pena Não responde pelo resultado
Posterior a consumação Anterior a consumação

d. Requisitos

 Ausência de violência ou grave ameaça


 Requisito  deve ocorrer na forma DOLOSA
 Poderá ocorrer violência ou grave ameaça se derivada de CULPA

 Reparação do Dano – Restituição da Coisa


 Regra  Integral
 Exceção  Vítima ou Herdeiros renunciem ao restante

 Voluntariedade do Agente

 Até o recebimento da  Denúncia ou Queixa


 Se posterior, será Circunstância Atenuante Genérica

e. Inaplicabilidade

1) Peculato Culposo
 Se......: Reparação do Dano  antes da sentença transitada em julgada
 Então.: Extingue a Punibilidade
96

 Peculato Doloso  Incide o Arrependimento Posterior

2) Emissão de Cheque sem Fundos


 Se......: Reparação do Dano  até o recebimento da denúncia
 Então.: Extingue a Punibilidade

 554 STF  Estelionato tem como pressuposto o Prejuízo da Vítima

3) Crime Contra a Ordem Tributária


 Se......: Reparação do Dano  até o recebimento da denúncia
 Então.: Extingue a Punibilidade

4) Crimes de Ação penal Privada e Pública Condicionada


 Composição civil do dano em audiência preliminar implica em renúncia ao
direito de queixa ou de representação
 Extingue a punibilidade
III. CRIME IMPOSSÍVEL [17]

1. INTRODUÇÃO

a. Conceito
 Crime que pela:
 Ineficácia total do MEIO ou INSTRUMENTO
 Impropriedade absoluta do OBJETO
 ...É impossível de se consumar.

b. Natureza Jurídica  Causa geradora de Atipicidade

2. HIPÓTESES

a. Ineficácia Absoluta  Meio ou Instrumento

1) Absoluta  Atípico
 Palito de dente para matar um adulto
 Arma de fogo inapta para realizar disparo
 Falsificação grosseira
97

2) Relativa  Tentativa
 Palito de dente para matar um recém nascido
 Arma de fogo inapta para realizar disparo, para cometer furto

b. Impropriedade Absoluta do Objeto

1) Conceito
 Pessoa
Sobre a qual Recai a CONDUTA  Não pode ser Lesionada
 Coisa

2) Absoluta  Atípico
 Matar um cadáver
 Ingerir solução abortiva, imaginando estar grávida
 Furtar alguém que não tem dinheiro

3) Relativa  Tentativa (Punguista enfia a mão no bolso errado)


IV. OUTRAS ESPÉCIES de CRIME

1. QUANTO ao AGENTE
 Comuns  Podem ser praticados por qualquer pessoa
 Próprios  Agentes são qualificados
 Plurisubjetivos  Participação necessária
 Unisubjetivos  Podem ser praticados por um único agente

2. QUANTO ao RESULTADO
 Formais  Não necessita a Produção de Resultado
 Material  Crime se consuma com a Produção do Resultado
 
3. QUANTO ao OBJETO
 Perigo  Não exige a lesão efetiva bem. Basta a colocação em perigo (Concreto ou Abstrato)
 Lesão  Exige a lesão efetiva bem
 
4. OUTROS
 Crime de Mão Própria  Não admite co-autoria
 Praeter Intencional  Preterdoloso (Agravado pelo Resultado)
98

 Simples  Descreve os elementos fundamentais do tipo


 Qualificado
 Privilegiado
 
 
 

UNIDADE V – CONCURSO de PESSOAS


Concurso de Pessoas

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

Espécies Eventual
Necessário
Dualista
Natureza Jurídica Teorias
Monista

 Pluralidade de Condutas
 Relevância Causal das Condutas
Requisitos
 Identidade de Condutas
 Liame Subjetivo
Formas

Autoria
Unitária
Teorias Extensiva
Objetivo-Formal
Restritiva Objetivo-Material
Objetivo-Subjetivo

Classificação
Participação
Teorias
Classificação
Qtd Agentes
Quem Conveniência
Impunível
Participação
De
Sucessiva
Pratica
Moral
Material Colateral
Menor Importância
de
Ignorada
Incerta
ouInduzir
Instigar
Funcional
Indireta
Participação
Direta
Negativa
99

I. NOMENCLATURAS.
 Concurso de Pessoas  antiga Co-Autoria.
 Concurso de Agentes.
 Co-Delinqüente.

II. ESPÉCIES de CRIMES  CONCURSO de PESSOAS.

1. MONOSUBJETIVOS ou CONCURSO EVENTUAL


 Aqueles que podem ser cometidos por 1 (um) ou mais agentes.
 Tipo Penal permite a prática por 1 (uma) ou mais pessoas.
 Exemplo:
 Homicídio.

 Furto.

 Etc.

2. PLURISSUBJETIVOS ou CONCURSO NECESSÁRIO

a. Conceito
 Aqueles que só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso.

 Tipo Penal somente será praticado com concurso de diversas pessoas.


100

b. Espécies
3) De Condutas Paralelas.
 Condutas auxiliam-se mutuamente.
 Visão a produção de um resultado comum.
 Condutas voltam-se para a consecução do mesmo fim
 Ex: Quadrilha ou Bando

4) De Condutas Convergentes.
 Condutas tendem a encontrar-se.
 Desse encontro surge o resultado.
 Ex: Revogado crime de adultério.

5) De Condutas Contrapostas.
 Condutas são praticadas umas contras as outras.
 Agentes são ao mesmo tempo autores e vítimas.
 Ex: Rixa
III. ESPÉCIES de CONCURSO de PESSOAS.

1. EVENTUAL
 Crimes monossubjetivos.
 Referem-se as crimes que podem ser praticados por 1 (um) ou mais agentes.
 Quando cometidos por 2 (duas) pessoas em concurso  haverá co-autoria ou participação.

2. NECESSÁRIO
 Crimes plurissubjetivos.
 A norma incriminadora, no seu preceito primário, reclama, como conditio sine qua non do
tipo, a existência de mais de um autor.
 A conduta não pode ser praticada por uma só pessoa.
 Co-Autoria  Obrigatória.
 Participação  Pode ou não haver.

IV. NATUREZA JURÍDICA de CONCURSO de PESSOAS.

1. TEORIA UNITÁRIA ou MONISTA


 Adotada pelo CP  art 29.
 Todos que contribuem para a prática do delito cometem o mesmo crime.
101

2. TEORIA DUALISTA
 Há dois crimes
 01 cometido pelos autores.
 01 cometido pelos partícipes.

3. TEORIA PLURALISTA
 Cada um dos participantes responderá por crime próprio.
 Exceção  art 29, § 2° CP.
 “Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a
pena deste ....”.
 Exemplo:
 Motorista que conduz 3 larápios a uma residência para o cometimento de furto.
 Um fica no carro aguardando.
 Os outros entram na casa e, encontrando uma mulher, cometem um estupro.
 O partícipe que imagina estar cometendo somente um furto responderá somente
por ele.
V. REQUISITOS.

Pluralidade de Condutas
Requisitos Relevância Causal das condutas
Identidade de Condutas
Liame Subjetivo – Concurso de Vontades – Unidades de Desígnios

1. PLURALIDADE de CONDUTAS
 Relativo ao número de pessoas.
 Exige-se no mínimo 2 (duas) pessoas.
 Principal  Principal  Autor  Autor.
ou

 Principal  Acessória  Autor  Partícipe.

2. IDENTIDADE da CONDUTA
 Se........: A Conduta não tem relevância causal.
 Então .: Não pode ser considerada como integrante do Concurso de Pessoas.
 Conduta  Deve contribuir para o resultado.
 Atenção  Não se pode falar em Concurso de Pessoas após a consumação do delito.
102

3. RELEVÂNCIA CAUSAL das CONDUTAS


 Único crime.
 Como as ações estão convergindo, haverá o mesmo crime.

4. LIAME SUBJETIVO
 Unidade de Desígnios.
 Vontade de todos para contribuir para o resultado.
 Vontades objetivando um fim Comum.
 Crime  Produto de uma cooperação desejada e recíproca.
 Prévio Acordo  Não é exigido.
 Não se admite participação dolosa em crime culposo e vice-versa.

CAPÍTULO II – FORMAS de CONCURSO de PESSOAS

I. AUTORIA

1. TEORIAS

Unitária

Extensiva
Teorias Objetivo Formal
Restritiva Objetivo Material

Domínio do Fato

a. Teoria Unitária
 Autor  Todo aquele causador do resultado típico, sem distinção.
 Todos são considerados autores.
 Não existe o partícipe.
 Alinha-se com a teoria da Conditio Sine Qua Non.
 Qualquer contribuição para o resultado é considerada sua causa.
 Teoria do Equivalente dos Antecedentes.
103

b. Teoria Extensiva
 Autor.
 Todo aquele causador do resultado típico, sem distinção.
 Todo aquele que executar a conduta principal ou:
 Auxilia.
 Induz.
 Instiga.
 Admite causas de diminuição de pena   graus de autor.
 Cúmplice.
 Autor menos importante.
 Contribui de modo menos significativo para o evento
 Aceita a autoria Mitigada.

c. Teoria Restritiva
1) Conceito  Faz diferença entre
 Autor.
 Partícipe.

2) Teoria Objetivo-Formal.
 Autor.
 Exerce a conduta descrita no Núcleo do Tipo Penal.
 Pratica o Verbo do Tipo Penal.
 Realiza a conduta principal.
 Partícipe.
 Aquele que sem executar a conduta principal, concorre para o
resultado.
 Auxilia.
 Induz.
 Instiga.
 Co-Autor.
a) Conceito.
 Todos os agentes:
 em Colaboração Recíproca
realizam a conduta principal
 e Visando ao mesmo Fim
104

 2 (dois) ou mais agentes realizam o Verbo do Tipo..


 Há o consentimento comunitário do Fato Típico, onde todos os
executores somam esforços, convergindo para um resultado
comum.
b) Princípio da Divisão do Trabalho.
 Cada autor colabora com sua parte no Fato..
 O Co-autor que concorre na realização do tipo também
responderá pela qualificadora ou agravante de caráter objetivo.

 Exemplo   Estupro:
 “Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave
ameaça”.
 Se ......: Agente   Constrange a vítima.
Agente   Mantém conjunção carnal
Então.: Ambos são considerados autores de estupro
Pois....: Núcleo do Tipo = Constranger.
 Exemplo   Delito de Furto:
 Um constrange.
 Outro mantém conjunção carnal.

 Crítica:
 Não só o Verbo do Tipo pode ser considerado conduta principal.
 Mandante .............: Não é considerado autor.
 Autor Intelectual ..: Não é considerado autor.

 Aspecto Positivo:
 Oferece segurança jurídica.
 É baseada no Princípio da Reserva Legal.

3) Teoria Objetivo-Material.
 Autor  Dá a contribuição objetiva mais importante.
 Crítica:
 Não oferece segurança jurídica.
 O que é  “contribuição objetiva mais importante”.

4) Teoria Objetivo-Subjetiva  do Domínio do Fato.


105

 Autor
 Todo aquele que tem o domínio da Situação do Fato, podendo
coordenar a execução criminosa de forma a:
 Adiantar
 Interromper. a execução

 Determinar as circunstâncias
 Não importa se o agente pratica ou não o Verbo do Tipo do Crime.

 Exemplo  São considerados Autores


 Mandante de um crime.
 Autor intelectual.

 Teoria Finalista da Ação  É a base desta teoria.

2. CLASSIFICAÇÃO

Colateral
Qti Agentes Incerta

Ignorada
Autoria
Direta
Quem Pratica Mediata

Funcional

a. COLATERAL

1) Conceito.
 Mais de um agente realiza a conduta simultaneamente.
 Não há Liame Subjetivo entre eles.

2) Produção do Resultado.
 Se ........: Possível identificar que Agente  produziu o resultado.
Então .: Agente   Responde por homicídio.
Agente   Responde por homicídio tentado.
106

3) STJ – Morte da vítima em Perseguição policial.


 É autoria colateral, pois a Perseguição é ofício do policial.
 Policial que matar  Homicídio.
 Demais  Tentativa de Homicídio.

b. INCERTA

1) Conceito.
 Quando na Autoria Colateral  Não se sabe quem foi o causador do resultado.
 Desdobramento da Autoria Colateral.

2) Produção do Resultado.

Se ........: Não for possível identificar o autor.


Então .: Agente   Responde por homicídio tentado.
Agente   Responde por homicídio tentado.
Motivo : Em dúbio pro réu.
Exemplo : Dois garçons que envenenam simultaneamente um freguês, sem que
eles saibam um a conduta do outro.

Se ........: Resultado for resultante da SOMA das condutas dos Agentes  e .


Então .: Agente   Responde por homicídio tentado.
Agente   Responde por homicídio tentado.
Motivo : Crime impossível.
Exemplo :
107

Dois garçons que envenenam simultaneamente um freguês, sem que eles


saibam um a conduta do outro.
Entretanto a dose de veneno que cada um colocou, sozinhas, não
poderiam causar o resultado morte.

c. IGNORADA
 Não se consegue apurar o autor do crime.
 Resultado  Arquivamento do Inquérito.

d. DIRETA
 Imediata
 Praticada pelo próprio executor.

e. MEDIATA
 Sujeito de Trás – Autoria de Escritório.
 Quando uma pessoa utiliza-se de outrem sem Discernimento ou Capacidade, para
executar o crime desejado.
 Exemplo: Traficante que usa menor para matar.
 Formas:
 Sujeito sem Discernimento ou Incapaz.
 Coação Moral Irresistível.
 Superior hierárquico.
 Erro de Tipo Escusável.

f. FUNCIONAL
 Quando ocorre a distribuição de tarefas na execução do crime.
 Ex: Crime Organizado.

III. PARTICIPAÇÃO [Teoria Restritiva – Objetiva-Formal]

1. CONCEITO
 Aquele que não praticando a conduta contida no Núcleo do Tipo:
108

 Induz.
 Instiga.
 Auxilia.
 Aquele que concorre, para que o autor ou co-autor realizem a conduta principal.

2. EXEMPLO
 O agente que realiza vigilância sobre o local, para que seus comparsas pratiquem o delito de
roubo é considerado partícipe, pois, sem realizar a conduta principal, colaborou, para que os
autores obtivessem sucesso.

3. FORMAS
 O agente que realiza vigilância sobre o local, para que seus comparsas pratiquem o delito de
roubo é considerado partícipe, pois, sem realizar a conduta principal, colaborou, para que os
autores obtivessem sucesso.

4. TEORIAS

Material Auxílio
Participação
Instigar
Moral

Induzir

a. Material
 Auxiliar.
 Aquele que presta ajuda efetiva na:
 Preparação
do Delito
 Execução
 Antiga Cumplicidade.

b. Moral

1) Instigar  Reforçar uma idéia já existente

2) Induzir  Fazer brotar a idéia no agente


109

5. NATUREZA JURÍDICA

a. Conceito
 São as FONTES da Participação.
 É uma Norma de Amplificação (Extensão) do Tipo Penal no:
 Espaço.
 Tempo.

b. Teoria da Acessoriedade  Participação é uma conduta acessória a do autor

c. Problema
 Os atos do Partícipe acabam não encontrando qualquer enquadramento.
 Não existe descrição típica específica para quem auxilia, instiga ou induz.
 Ex: Ação do Agente que cede a arma para o autor eliminar a vítima.
d. Norma de Extensão ou Ampliação
1) Função.
 Levar a participação até o Tipo Incriminador.
 Funciona como uma ponte que liga  Tipo Legal a Conduta do Partícipe.

2) Norma.
 Art 29 CP.
 “Quem concorrer de qualquer forma para o crime, por ele responderá”

3) Objetivo.
 Fazer com que o agente que contribuiu para o resultado sem praticar o verbo
possa ser enquadrado no Tipo Descritivo da conduta principal.
 Exemplo:
 Quem ajudou a matar não praticou a conduta descrita no art 121.
 Mas como concorreu para o seu cometimento, será alcançado pelo Tipo
Homicídio, devido a regra do art 29.

4) Tipos

 Pessoal  Faz com que o Tipo alcance pessoas diversas do autor principal
110

 Espacial.
 O tipo é ampliado para alcançar condutas acessórias, distintas da
realização do núcleo da ação típica.

6. CLASSIFICAÇÃO

de Participação
Sucessiva
Participação
Conveniência ou Negativa
por Omissão

Impunível
De Menor Importância

a. Participação de Participação
 Ocorre uma conduta acessória de outra conduta acessória.
 Auxílio do auxílio – Induzimento ao instigador.

b. Sucessiva
 Quando o mesmo partícipe concorre para a conduta principal de mais de uma forma.
 Ex: Em primeiro lugar auxilia ou induz, em seguida instiga (e assim por diante).

c. Conveniência ou Participação Negativa


 Quando o sujeito  Sem ter o Dever Jurídico de Agir  Omite-se durante a execução
do crime, quando tinha condições de impedi-lo.
 Conveniência  Não se insere no NEXO CAUSAL, como forma de Participação.
 Não é punível.
111

 A ciência de que outro está para cometer um crime, sem a existência do Dever Jurídico
de Agir, não configura Participação por Omissão.

d. Participação por Omissão


 Há o DEVER JURÍDICO de AGIR.
 Agente omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação.

e. Impunível
 Quando o fato principal não chega a ingressar em sua fase executória.
 Agente:
 Auxilia.
 Induz. a outro se omitir

 Instiga.

f. de Menor Importância

1) Conceito.
 Incide quando o Partícipe auxilia a execução de um crime.
 Desejando a prática de um crime menos grave, o qual não ocorre.

2) Exemplos.
 Exemplo 
 Quando uma 3ª pessoa induz o autor do crime a praticar lesão corporal
na vítima, mas, no momento da execução, o autor acaba por mata-la.
 Agente  Responde por Homicídio.
 Terceiro  Responde por lesão corporal.

 Exemplo 
 3 Agentes juntam-se para furtar uma casa.
 1 agente é o responsável por dirigir o carro e fica fora da casa.
 2 agentes entram na casa para furtar, mas encontram uma moradora, que
vem a ser morta.
 Agentes  Respondem por Homicídio.
 Motorista  Furto.
112

 Atenção  Se o crime Mais Grave for  PREVISÍVEL.


 Agente  Responde pelo crime mais Grave.
 Terceiro  Responde pelo Menos Grave  Pena aumentada na
METADE.

7. PARTICIPAÇÃO  CRIMES

a. Crimes Omissivos

1) Próprios.
 Os que constam do Tipo Penal.
 Não há Participação.
 Todos respondem por crimes autônomos.

2) Impróprios.
 Aquele em que o agente tem o Dever Jurídico de evitar.
 Ex: Partícipe induz o seu amigo médico a não prestar socorro a vítima de
acidente, que vem a falecer.

b. Dolosa em crimes Culposos


 Não há.
 Caracteriza  Erro de Tipo.
 Ex  Terceiro auxilia dolosamente o Agente que imprudentemente acaba por matar o
desafeto

c. Crimes Culposos
113

1) Doutrina .
 Admite participação.
 Deve ficar evidente que o partícipe tenha auxiliado, induzido ou instigado.

2) Doutrina .
 Não admite.
 Como a Participação é um crime acessório, não há correspondência com os Tipos
Penais.

 Exemplo:
 Motorista imprudente é instigado por 3º a desenvolver velocidade incompatível
com o local.
 Ocorre um atropelamento com morte.
 Doutrina   Um responde pelo crime principal e outro pela participação.
 Doutrina   ambos responderão por Homicídio Culposo.

UNIDADE VI – COMUNICABILIDADE

Subjetiva
Circunstâncias
Objetiva

Comunicabilidade
Subjetiva
Elementares
Objetiva

Art 30
Não se comunicam as circunstâncias e as condições de
caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
114

I. CIRCUNSTÂNCIAS.

1. CONCEITO
 Dados acessórios, não fundamentais para a existência da figura típica.
 Finalidade  Influenciar na Pena.

2. ESPÉCIES

a. Subjetiva
 Caráter Pessoal.
 Diz respeito ao Agente (e não ao Fato).
 Exemplos:
 Antecedentes.
 Personalidade.
 Conduta Social.
 Motivos do crime (quem motivou é o agente e não o fato).
 Maioridade relativa.
 Maioridade senil.
 Reincidência.
 Parentesco do autor com o ofendido.

b. Objetiva
115

 Diz respeito ao Fato.


 Exemplos:
 Tempo do Crime  manhã, noite, época de festividade.
 Lugar do Crime  público, ermo, de grande circulação de pessoas.
 Modo de Execução  Emboscada, traição, dissimulação, surpresa.
 Meios Empregados  arma, veneno, fogo, asfixia, tortura, explosivo, meio
insidioso e cruel.
 Qualidade da Coisa  pequeno valor, bem público, de uso comum.
 Qualidade da Vítima  mulher grávida, criança, velho ou enfermo.

II. ELEMENTARES.

1. CONCEITO
 Componente básico para existência da figura típica.
 Exemplo  Componentes básicos do FURTO.
 Subtrair.
 Coisa alheia móvel.
 Para si ou para outrem.

2. ESPÉCIES
 Subjetivas.
 Objetivas.

III. ANÁLISE do ART 30  EFEITOS.

1. CIRCUNSTÂNCIAS SUBJETIVAS
 Comunicação  Não.
 Conhecimento pelo co-autor / partícipe  Irrelevante.
 Exemplo:
 Agente é reincidente.
 Mesmos que os demais tenham conhecimento, não haverá comunicação.

2. CIRCUNSTÂNCIAS OBJETIVAS
116

 Comunicação  Sim.
 Conhecimento pelo co-autor / partícipe  É necessário.
 Exemplo:
 Crime cometido por asfixia.
 O 3º que dele participou só responderá pela circunstância se tiver conhecimento dela.

3. ELEMENTARES
 Comunicação  Sim.
 Conhecimento pelo co-autor / partícipe  É necessário.
 Exemplo:
 Crime de Peculato  Condição de funcionário público é essencial para o delito.
 É um Elementar.
 Sem ele não há o crime de Peculato.
 Logo  Comunica-se ao partícipe que dela tiver ciência.
 O particular que, consciente, participa de um peculato responde por esse crime.
IV. ESTUDO de CASOS.

1. CONCURSO de PESSOAS  INFANTICÍDIO

a. Elementares do Crime Infanticídio [art 123].


 Ser mãe.
 Matar.
 Próprio filho.
 Durante o parto ou logo após.
 Sob a influência do estado Puerperal.

b. Regra
 Comunica-se.
 Salvo se desconhecido pelo 3º.

c. Casos Possíveis

1) Mãe  Mata  3º  Auxilia.


 Mãe  autora do Infanticídio.
 Partícipe:
 Se conhecer as Elementares  Comunica  Responderá por
Infanticídio.
 Senão  Responderá por Homicídio
117

2) Mãe  Auxilia  3º  Mata.


 Mãe  Infanticídio.
 Co-Autor Homicídio.
 Fundamentação:
 Pela lógica a mãe deveria responder por Homicídio  Art 29.
 Contra-senso  Incentivaria a mãe a matar o filho, pois a pena para
infanticídio é menor.

3) Mãe  Mata  3º  Mata  Co-Autoria


 Mãe  Infanticídio.
 Partícipe Infanticídio.
 Fundamentação:
 Teoria Unitária ou Monista.
 Art 29  30.
2. QUALIFICADORA da PROMESSA de RECOMPENSA no HOMICÍDIO

a. Conseqüências.
 Mandante  Homicídio.
 Executor  Homicídio Qualificado.

b. Comunicação.
 É uma Circunstância Subjetiva.
 Não se Comunica.

c. Exemplo.
 Pai contra um homem para matar o estuprador de sua filha.
 Matador  Comete o crime sem saber os motivos (seu motivo é a recompensa).

2. PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL

a. Conceito.
118

 Auxílio.
 Instigação Que Ficam na fase Preparatória
 Induzimento.

b. Exemplo.
 Agente pede para chaveiro fazer uma chave falsa para cometer um furto.
 O furto se dá, não pela utilização da chave, mas por uma janela aberta.
 O auxílio do chaveiro será atípico.

UNIDADE VII – SANÇÃO

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

Reclusão
Privativas de Liberdade Detenção
Prisão Simples
Pena Restritiva de Direito
Sanção Penal

 Prestação Pecuniária
 Perda de Bens e Valores
 Prestação de Serviço a Comunidade ou a Entidade Pública
 Interdição Temporária de Direitos

 Suspensão da Habilitação para dirigir


 Proibição de exercício de cargo ou função
 Proibição de freqüentar determinado lugar
 Perda / Suspensão do Pátrio Poder

Multa

Medida de Segurança
 Internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
 Tratamento Ambulatorial
119

I. CONCEITO de PENA.
 Sanção penal de caráter aflitivo;
 Imposta pelo Estado em execução de uma sentença;
 Ao culpado pela prática de uma infração Penal.

II. MATERIALIZA-SE.
 Restrição.
de um Bem Jurídico
 Privação

III. FINALIDADE.
 Aplicar a Retribuição Punitiva.
 Promover a readaptação social.
 Prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida ao coletivo.

IV. TORIAS.

 Absoluta ou da Retribuição.
 Finalidade da pena  Punir.
 Retribuição do mal injusto, praticado pelo criminoso  pelo mal justo previsto no
Ordenamento Jurídico.

 Relativa – Finalista – Unitária – Prevenção.


120

a. Finalidade  Finalidade da pena  Prevenir

b. Tipos
 Prevenção Especial  Impedir a voltar a delinqüir:
 Readaptação do Criminoso.
 Segregação social.

 Prevenção Geral  Intimidação dirigida ao meio social

 Mista - Conciliatória.
 Finalidade da pena  Punir  Prevenir.

CAPÍTULO II – PRINCÍPIOS

I. LEGALIDADE.
 Art 1º CP
 Pena deve estar prevista na Lei.

II. ANTERIORIDADE.
 Art 1º CP.
 Art 5º, XXXIX – CF.
 A lei já deve estar em vigor na época em que for praticada a infração penal.

III. PERSONALIDADE.
 Art 5º, XLV – CF.
 Pena  não pode passar da pessoa do transgressor.
 Multa  Não pode ser exigida dos herdeiros.

IV. INDIVIDUALIDADE.
 Art 5º, XLVI – CF.
 Pena  não pode passar da pessoa do transgressor.
 Multa  Não pode ser exigida dos herdeiros.

V. INDERROGABILIDADE.
 Pena  não pode deixar de ser aplicada sob nenhum fundamento.
121

 Exemplo  Juiz não pode extinguir a pena de multa, levando em consideração o seu valor
irrisório.

VI. PROPORCIONALIDADE.
 Art 5º, XLVI, XLVII – CF.
 Pena  deve ser proporcional ao crime praticado.

VII. HUMANIDADE.
 Art 5º, XLVII – CF.
 Pena  Não são Admitidas:
 Morte, salvo em caso de guerra declarada.
 Trabalhos Forçados.
 Banimento.
 Cruéis
CAPÍTULO III – PENAS

Teorias da Finalidade Relativa


Absoluta–- Finalista - Preventiva
Retribuição

Mista
 Legalidade
 Anterioridade
 Personalidade

Princípio Individualidade
 Inderroganilidade
 Proporcionalidade
 Humanidade

REGIME
Pena
Fechado
Reclusão Semi-Aberto
Aberto
Semi-Aberto
Privativas de Liberdade Detenção
Aberto

Prisão Simples

Classificação Privativas de Direito

Multa
122

SEÇÃO I – PENAS PRIVATIVAS de LIBERDADE

I. REGIMES PENITENCIÁRIOS.

1. TIPOS

a. Fechado
 Cumpre pena em  estabelecimento penal de segurança.
 Máxima.
 Média.

b. Semi-Aberto
 Cumpre pena em:
 Colônia Penal Agrícola.
 Colônia Penal Industrial.
 Estabelecimento similar.

c. Aberto
 Trabalha ou freqüenta cursos em liberdade, durante o dia.
 A noite recolhe-se a:
 Casa de Albergado.
 Estabelecimento adequado.

2. REGIME INICIAL
123

a. Pena de Reclusão
1) Regra.
 > 8 .....: Fechado.
 4 - 8 ...: Semi-Aberto.
 < 4 .....: Aberto.
2) Reincidência.
 Regra  Regime Fechado.
 Exceção  Condenação anterior por MULTA  permite iniciar no Aberto
(STF).
3) Condições desfavoráveis ao condenado do Art 59.
 Poderá iniciar no Fechado.
 Depende de fundamentação adequada  Art 33, §2, b, c  Art 59.
b. Pena de Detenção

1) Regra.
 > 4 ...: Semi-Aberto.
 < 4 ....: Aberto.

2) Reincidência.
 Regra  Semi-Aberto.
 Exceção  Condenação anterior por MULTA  permite iniciar no Aberto
(STF).

3) Condições desfavoráveis ao condenado do Art 59.


 Poderá iniciar no Fechado.
 Depende de fundamentação adequada  Art 33, §2, b, c  Art 59.

4) Hipótese de Regime Fechado para Detenção.


 Para Iniciar em Detenção  Art 33, §2, b, c  Art 59.
 Regressão.

c. Pena de Prisão Simples


 Igual a de Detenção.
 Diferença  Não permite o Regime Fechado  Nem em caso de Regressão.

3. CONSIDERAÇÕES
124

 Determinação da Gravidade do Delito  art 59.


 Sentença omissa quanto ao Regime Inicial  Regime mais benéfico.

II. PROGRESSÃO do REGIME.

1. CONCEITO  Mudança de um regime penitenciário mais RIGOROSO para um mais BRANDO

2. REQUISITOS

 Objetivos
 Tempo de cumprimento da Pena no Regime anterior  1/6.
 1/6  Refere-se a pena que falta ser cumprida.

 Subjetivos
 Colher manifestações .......................: MP  Defesa.
 Colher manifestações .......................: Conselho Judiciário.
 Colher manifestações, se desejar ......: Comissão Técnica de Avaliação.

3. PROGRESSÃO por SALTO

a. Conceito
 Passagem do: Fechado  Aberto.
 Pula o  Semi-Aberto

b. Regra
 Proibida.
 Deve haver o cumprimento de 1/6 da pena no Regime Fechado

c Falta de Vaga no Regime Semi-Aberto


125

1) Hipótese.
 Condenado já cumpriu 1/6 da pena no Fechado.
 Não consegue passagem para o Semi-Aberto por falta de vagas.
2) Doutrina .
 Deve cumprir no FECHADO.
 Passará para o Aberto  cumpriu 1/6  1/6 = 2/3 da pena no Fechado.
 Não há salto.
3) Doutrina .
 Deve passar para o ABERTO  cumpriu somente 1/6 da pena no Fechado
 Passará para o Aberto  Salto.
 Motivo  Condenado não poder responder pela ineficiência do Estado.

4. CASOS ESPECIAIS

a. Crimes Hediondos
 Existe progressão.
 Não-Progressão feria:
 Princípio da Individualização da Pena.
 Dignidade Humana.
 Proibição de penas Cruéis.

b. Crimes contra à Administração Pública.


 Progressão está condicionada à reparação do dano causado ao erário.

c. Prisão Provisória.
 Existe.
 Progressão do Regime antes do  Transito em Julgado da Sentença Condenatória

III. DETRAÇÃO.

1. CONCEITO

 Abatimento na:

Prisão Provisória [Brasil ou Estrangeiro]


 Pena Privativa de Liberdade.
DO Temp
o
126
Prisão Administrativa
 Medida de Segurança.
Internação em Hospital de Custódia

 Competência  Juiz de Execução

2. PRISÃO PROVISÓRIA

 Tempo que o Réu esteve Preso:


 Flagrante Delito.
 Prisão Preventiva.
 Prisão Temporária.
 Sentença condenatória recorrível.

3. NÃO é APLICÁVEL a DETRAÇÃO

 Pena de Multa.
 Sursis  pois a pena está suspensa.

IV. COMINAÇÃO [art 53].

 Limites estabelecidos no Tipo Penal.


127

SEÇÃO II – RESTRITIVAS de DIREITO e MULTA

SUB-SEÇÃO I – INTRODUÇÃO

I. CONCEITO.
 Opção sancionaria oferecida pela legislação penal para evitar a imposição de pena Privativa de
Liberdade.

II. TIPOS.

 Consensual
 Sua aplicação depende da aquiescência do agente.
 Exemplo:
 Multa.
 Penas Restritivas de Direito.

 Não-Consensual

a. Direta
 São aplicadas diretamente pelo juiz  Sem passar pela pena de Prisão.
 Exemplo:
 Imposição de Pena de Multa cominada abstratamente no tipo penal.
 Penas Restritivas de Direito  Caso de Trânsito.
128

b. Substitutivas

 Juiz:
 Primeiro  Fixa a pena Privativa de Liberdade.
 Segundo  Substitui pela Pena Alternativa.

SUB-SEÇÃO II – PENAS RESTRITIVAS de DIREITO

I. ESPÉCIES [art 43].

1. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA [I, art 43 - §1, art 45].


 Pagamento em dinheiro à:
 Vítima.
 Dependentes da vítima.
 Entidades Públicas ou Privadas com destinação social.
 Valor:
 Mínimo  1 salário mínimo.
 Máximo  360 salário mínimo.
 Prestação Inominada  Havendo aceitação do beneficiário pode-se converter para:
 Doação de cestas básicas.
 Mão-de-Obra.
 etc.
  Multa  Reverte para o Estado.
 Poderá reverter para  Pena Privativa de Liberdade.
 Não poderá ultrapassar o réu.

2. PERDA de BENS e VALORES [II, art 43]


 Favorecido  Fundo Penitenciário Nacional.
 Valor Máximo
 Montante do Prejuízo, ou;
129

 Provento obtido pelo agente em conseqüência do crime.

3. PRESTAÇÃO de SERVIÇO a COMUNIDADE ou ENTIDADE PÚBLICA [IV, art 43]


 Atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
 1 hora por dia.
 Aplicação  Condenação ↑ 6 meses

4. LIMITAÇÃO de FIM de SEMANA


 Sábado e domingo.
 Permanecer 5 horas por dia em casa de albergado.

5. INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA de DIREITOS

II. REQUISITOS para CONVERSÃO [art 44].

Converter  Privativa de Liberdade  Restritiva de Direito

Quantitativos
Objetivos
Natureza do Crime
Requisitos
Reincidência
Subjetivos
Circunstâncias Judiciais

1. REQUISITOS OBJETIVOS [I]

a. Quantitativo  PENA:

 <= 4 anos  Limite Máximo.

 <= 1 ano
 Multa, ou;
Independente da cominação do Tipo Penal
 Restritiva de Direito.

 > 1 ano
 Multa  Restritiva de Direito.
130

 Restritiva de Direito  Restritiva de Direito.

b. Natureza do Crime

 Crime Culposo  Sempre converte


 Crime Doloso.
 Não pode conter Violência ou Grave Ameaça.
 Exceção:
 Lesão corporal leve.
 Constrangimento ilegal.
 Ameaça.
 Contravenção penal de vias de fato.
2. REQUISITOS SUBJETIVOS

a. Reincidência  Não ser:


 Reincidente em Crime doloso [II].
 Reincidente Específico [§3]
 Reincidente [§3].
 Não Preencher os requisitos legais.
 Juiz não entenda ser Medida Socialmente Recomendável
 Multa Substitutiva [§2, art 60].
 Foi revogado pelo §3 – art 44.

b. Circunstâncias Judiciais [art 59].


 Antecedentes.
 Personalidade do agente.
 Convívio social, etc.

3. CONVERSÕES ESPECÍFICAS

a. Descumprimento da Pena [§4°, art 44].

 Se ...................: Descumprir Pena Restritiva de Direito.


 Então ..............: Converte para  Privativa de Liberdade.
 Saldo Mínimo .: 30 dias.
 Exemplo  Condenado a 2 anos de Reclusão.
 Após cumprir 1 ano, 11 meses e 20 dias.
131

 Descumpre a condição imposta.


 Conversão  Privativa de Liberdade.
 Deverá cumprir  30 dias.

b. Superveniência de Condenação [§5°, art 44].

 Se ...................: Cumprindo Pena Restritiva de Direito.


 E ....................: Sobrevier condenação à Pena Privativa de Liberdade por outro Crime.
 Então ..............: Juiz da Execução Penal decidirá sobre a Conversão.
 Discricionário  Poderá converter para Restritiva de Direito, desde que não sejam
incompatíveis.

II. COMINAÇÃO [art 54 - 57].

1. CRIMES CULPOSOS ou PRIVATIVA de LIBERDADE <= 1 ano

 São aplicáveis independentemente do Comando na Parte Especial.

2. MESMA DURAÇÃO das PRIVATIVAS de LIBERDADE

 Prestação de Serviço à comunidade ou Entidade Pública [IV, art 43].

 Interdição Temporária de Direitos [V, art 43].

 Limitação de Fim de Semana [VI, art 43].

 Exceção [§4, art 46].

 Se .......: ↑ 1 ano.

 Então ..:

 Facultado ao condenado o cumprimento em menor tempo.


 Nunca inferior a ½.
132

SUB-SEÇÃO III – MULTA

I. CONCEITO [art 43].


 Pagamento ao Fundo Penitenciário;
 da quantia fixada na Sentença;
 Calculada em  “Dias de Multa”.

II. CÁLCULO.
 Situação Econômica do Réu (Não aplica Sistema Trifásico).
 Valor:
 Mínimo  10 Dias Multa
 Máximo  360 Dias Multa
 Dias de Multa:
 Mínimo  1/30 Salário Mínimo
 Máximo  5 Salário Mínimo

III. CONVERSÃO.
 Multa  Considerada Dívida de Valor.
 Aplicam-se as Normas da Legislação relativa à  Dívida Ativa da Fazenda Pública.
 Descumprimento  Execução forçada promovida pela Fazenda Pública.

IV. SUSPENSÃO da EXECUÇÃO.


 Superveniência de Doença Mental.

V. PENA PRIVATIVA de LIBERDADE  MULTA.


133

 Se .........: Tipo Cominar  Privativa de Liberdade  Multa.


 Então ....: Aplica-se: Multa Vicariante  Multa abstrata do tipo.
 Exceção.: Proibido: Multa abstrata estiver descrita em Lei Especial.

VI. COMINAÇÃO [art 58].


 As multas fixadas, nos Tipos Penais, têm seus limites fixados  art 49.
 A multa prevista no art 44 e no §2 do 60  aplicam-se independentemente da cominação na
parte especial

SEÇÃO III – APLICAÇÃO da PENA

I. CIRCUNSTÂNCIAS e ELEMENTARES do CRIME [Revisão].

 Elementares:
 Parcela essencial que caracteriza o Tipo Penal.
 Sem a qual o Tipo:
 Não existiria.
 Transformaria-se em outro tipo.

 Circunstâncias:
Circunstâncias

 Parte acessória.
 Não tem presença obrigatória para configurar o Tipo.
Objetivas Dizem respeito ao Fato
 AlteraQtoNatureza
Sanção Penal.
Subjetivas Dizem respeito ao Agente

Judiciais Juiz  Discricionário [art 59]


Q Aplicação
to

Legais Aplicação Obrigatória

 Genéricas Prevista na Parte Geral

 Agravantes
 Atenuantes
 Causas de Aumento e Diminuição de Pena

 Específicas Prevista na Parte Especial

 Qualificadoras
 Causas de Aumento e Diminuição de Pena
134

II. CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES [art 61-62].

1. SEM COMCURSO de PESSOAS [art 61]

a. Condição.
 Não Constituir o crime.
 Não Qualificar o crime.

b. Reincidência.
1) Conceito.
 Circunstância de caráter pessoal;
 que ocorre, quando após o Transito em Julgado da Decisão;
 o Sujeito  Pratica novo crime.
2) Regra.
 Contravenção  Crime ..............: Não é reincidente.
 Crime  Contravenção ..............: É reincidente.
 Contravenção  Contravenção .: É reincidente.
3) Período Depurador [art 64]
 Conceito  Prazo de 5 anos, que permite ao réu voltar a ser Não-Reincidente.
 Prazo entre:
 Cumprimento ou Extinção da Pena.
 Infração posterior.
 Computa-se  Período de Prova
 Suspensão (Sursis).
 Livramento Condicional.
135

4) Crimes que não induzem Reincidência.


 Crime Propriamente Militar.
 Crime Político;

5) Perdão Judicial  Eliminará a reincidência

6) Efeitos.
 Impossibilidade de substituição da Pena por  Restritiva de Direito.
 Não concessão de Sursis.
 Não incidência de Livramento Condicional.
 Acréscimo no prazo de Prescrição da Pretensão Executória.
 Etc.
c. Ter o Agente cometido o Crime:

 Motivo fútil ou torpe.


 Fútil  Motivo sem importância (Ex: bater num mendigo, por pedir esmola).
 Torpe  Motivo contrário a Moral (Ex: egoísmo).

 Facilitar ou assegurar a:
 Execução;
 Ocultação; de Outro crime
 Impunibilidade.

 Recurso que Dificulte ou torne impossível à defesa do indivíduo:


 Traição.
 Emboscada.
 Mediante dissimulação.
 Etc.
 Meio insidioso ou cruel:
 Veneno.
 Fogo.
 Explosivo.
 Tortura.
 Etc.

 Com:
 Abuso de Autoridade.
136

 Prevalência de relações:
 Domésticas.
 de Coabitação.
 de Hospitalidade.
 Violência contra a mulher.

 Com Abuso de Poder ou Violação de Dever inerente ao Cargo.


 Contra:
 Criança.
 Enfermo.
 > 60 anos.
 Quando o ofendido estava sob direta proteção da autoridade.
 Ocasião de:
 Incêndio.
 Naufrágio.
 Inundação.
 Calamidade Pública.
 Desgraça particular do ofendido.
 Estado de Embriaguez Preordenada.

2. COM COMCURSO de PESSOAS [art 62]


 Quando:
 Promover.
do Demais Agentes
 Dirigir.
s
 Organizar a cooperação.
 Coagir ou Induzir outrem à Execução Material do Crime.
 Instiga ou Determina a cometer crime
 Alguém sujeito a sua Autoridade, ou;
 Não-Punível  em virtude da qualidade da pessoa.
 Executa ou Participa do crime mediante  Paga ou Promessa de Recompensa.

III. CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES [art 65-66].

1. IDADE
 < 21  na Data do Fato.
 > 70  na Data da Sentença
137

2. DESCONHECIMENTO da LEI

3. SITUAÇÕES:
 Relevante valor Social ou Moral.
 Tenha tentado Minorar as conseqüências.
 Coação  que podia ser Resistida.
 Cumprimento de Ordem de Autoridade superior.
 Sob influência de Violenta Emoção  Provocada por Ato injusto da Vítima.
 Confessar espontaneamente.
 Sob influência de multidão em tumulto  se não o provocou.
 Atenuantes Inominadas  Em razão de circunstância anterior ou posterior ao crime, embora
não prevista em lei.
IV. CONCURSO  ATENUANTES e AGRAVANES [art 67].

1. CIRCUSTÂNCIAS PREPONDERANTES  Resultem da(o):


 Motivo determinante do crime.
 Personalidade do Agente.
 Reincidência.

2. CONSEQUÊNCIA
 Pena  Aproximar-se-á do limite indicado pela Circunstância Preponderante.

V. CÁLCULO da PENA  SISTEMA TRIFÁSICO [art 59].

1. QUALIFICADORAS

a. 1 (uma) Qualificadora.
 Não fazem parte do Sistema Trifásico.
 Pois, se presentes  Já possuem outra pena em abstrato.
 Pertence a um Tipo próprio.

b.  1 (uma) Qualificadora.
 1 (Uma)  Qualifica o crime.
 Demais  Agravam o Crime.

2. FASES
138

 Fixação da Pena Base  Circunstâncias Judiciais [art 68].


 Análise das Circunstâncias Atenuantes e Agravantes.
 Análise das Causas de Diminuição e Aumento da Pena.

3. 1ª Fase  CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS [art 59]

a. Objetivo  Fixar a Pena Base  Estará entre a mínima e a máxima prevista no Tipo

b. Judiciais  Pois estão sujeitas ao livre arbítrio do juiz

c. Circunstâncias.
 Grau de Culpabilidade  Reprovabilidade social da conduta.
 Antecedentes  Não é reincidência (que é agravante genérica).
 Conduta Social  Comportamento no seio familiar, profissional, vizinhança.
 Personalidade do Agente  Temperamento, caráter, periculosidade.
 Conseqüências do crime.
 Comportamento da vítima.

d. Finalidade  Determinar
 Penas aplicáveis.
 Quantidade de Pena.
 Regime inicial.
 Substituição da Pena Privativa de Liberdade por outra.

4. 2ª Fase  CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANES e AGRAVANTES

a. Agravantes.
 Enumeração Fechada  Não se pode por analogia, agravar a pena em situação não
prevista em lei.
139

 Não há aumento predeterminado para cada agravante.


 Máximo  Previsão em Abstrato.
 Juiz não poderá deixar de agravar  Exceto  Se a Pena Base = Max.
 Prática  1/6 para cada uma.

b. Atenuantes.
 Enumeração Aberta.
 Art 66.
 A pena poderá ser Atenuada
 Em razão de circunstância anterior ou posterior ao crime.
 Embora não prevista em lei.
 Mínimo  Previsão em Abstrato.
 Juiz não poderá deixar de Atenuar  Exceto  Se a Pena Base = Minima.

c. Concurso [art 67]  Atenuantes e Agravantes.


 < 21  Atenuante  Deve preponderar sob as demais.
 Reincidência  Agravante  Deve preponderar sob as demais, exceto a anterior.

5. 3ª Fase  CAUSAS de AUMENTO e DIMINUIÇÃO de PENA

a. Aumento de Pena  Exemplos:


 Concurso Formal ..................................: aumento  1/6 – ½.
 Aborto:
 Se gestante sofre lesão grave .....: aumento  1/3.
 Se resulta em morte ....................: aumento  dobrada

b. Diminuição de Pena  Exemplos:


 Tentativa ............................[art 14 – Parte Geral] ........: diminui  1/3 – 2/3.
 Arrependimento Posterior .. [art 16 – Parte Geral] .......: diminui  1/3 – 2/3.
140

 Homicídio Privilegiado ...... [art 121, §1° – Parte Especial] ..: diminui  1/3 – 2/3.

c. Concurso  Causas de ↑ ↓ pena

1) Hipótese   Existe na Parte Geral e Especial


 Juiz deverá Aplicar as 2 (duas) causas.
 Uma em cada parte do Código Penal.
 Exemplo: Condenado a tentativa de homicídio privilegiado.
 Tentativa......: 1/3 – 2/3
 Privilegiado..: 1/3 – 2/3.

2) Hipótese   Existe na Parte Geral ou Especial

 Juiz poderá

 Aplicar as 2 (duas) causas, ou;

 Aplicar a que mais diminua.

 Ambas estão: ou na Parte Geral, ou na Parte Especial.

 Exemplo: Condenado semi-imputável por crime tentado.

 Tentativa............: 1/3 – 2/3

 Semi-imputável..: 1/3 – 2/3

6. EXEMPLO

a. Caso.
 Agente reincidente, com maus antecedentes,
 pratica o crime de roubo com uso de arma de fogo,
 mantém a vítima (grávida) em seu poder, restringindo a sua liberdade,
 agindo de forma agressiva, com trauma para a vítima.

b. 1ª Fase  Circunstâncias Jurídicas.

 Tipo........................: 157 - Roubo.

 Pena em Abstrato
141

 Reclusão.....: 4 a 10 anos.
 Multa.

 Pena Inicial para o Cálculo..:–.


 4 anos.
 10 dias multa.

 Circunstâncias Jurídica  em face:


 Maus antecedentes.
5 anos.
 Personalidade do autor. Nova Pena
13 dias multa
 Conseqüências do crime.

c. 2ª Fase  Circunstâncias Atenuantes e Agravantes.

 Agravantes.
 Mulher Grávida [h), II, art 61]
  10 meses
  5 dias multa
6 anos, 6 meses.
 Reincidência [art 64] Nova Pena
22 dias multa
  8 meses
  4 dias multa
 Atenuantes  Não Há

d. 3ª Fase  Causas de Aumento e Diminuição de Pena.

 Causas de Aumento.
 Uso de Arma de Fogo [I, §2, 157]  ↑ de 1/3 a ½
 Manter a vítima em seu poder [art 64]  ↑ de 1/3 a ½

 Causas de Diminuição  Não Há.

 Cálculo:

 Como ..: Ambas as Qualificadoras estão na  Parte Especial


 Então ...: Pode-se optar:
 Aplicar as 2 (duas).
 Aplicar a que mais diminua.
 Logo
142

 Aplicar as 2 (duas) .................: 1/3 + 1/3 = 2/3.


 Aplicar a que mais diminua.....: 1/2
 Pena Final
 Aplicar as 2 (duas) .................: 1/3 + 1/3 = 2/3.
 10 anos, 10 meses  > que pena em abstrato  10 anos
 36 dias multa
 Aplicar a que mais diminua
 9 anos, 9 meses.
 33 dias multa
 Calculo da Multa
 Decidiu-se que o dia multa será = 3 salários mínimos.
 33  3 = 99 salários mínimos
VI. CONCURSO de CRIMES.

 Material
 Formal
 Continuado

1. SISTEMA para APLICAÇÃO do CONCURSO de CRIMES


 Cumulação  Somam-se as penas dos 2 (dois) crimes.
 Exasperação  Pega-se a pena mais Grave  acrescentá-se:
 1/3 a 2/3.
 1/6 a 1/2

2. CONCURSO MATERIAL [art 69] [Sistema da Cumulação].


 Conceito:
 Agente ......: 2 (duas) ou mais ações
 Resultado .: 2 ou mais resultados
 Efeito  Somam-se as Penas dos resultados produzidos

3. CONCURSO FORMAL [art 70]

a. Conceito.
 Agente ......: Única ação.
 Resultado .: 2 ou mais resultados.

b. Tipos.
143

1) Perfeito [Sistema da Exasperação].


 Única Ação  2 ou mais resultados.
 Não pode Prever o Resultado  Assume as Autonomias dos Resultados.
 Resultado:
 Responde pelo crime mais grave.
 Pena  Aumentada de 1/6 a ½

 Exemplo:
 Perde o controle do carro e mata 20 no ponto de ônibus.
 Atira em A e mata A e B.

2) Imperfeito
 Única Ação  2 ou mais resultados.
 Pode Prever o Resultado.
 Assume as Autonomias dos Resultados.
 Desígnios Autônomos
 Resultado  Enquadra-se como Concurso Material
 Exemplo  Elemento querendo matar um detento, joga uma granada na cela
onde encontram-se outros 10, vindo a matá-los também.

4. CRIME CONTINUADO [art 71]

a. Conceito [Sistema da Exasperação].


 Agente pratica diversas ações.
 pratica 2 ou mais Crimes da mesma Espécie.
 e que pelas condições de:
 Lugar.
 Tempo.
 Execução
 os Crimes subseqüentes devam ser considerados como Continuação do Primeiro.

b. Conseqüência  Para efeito de fixação de pena  1 crime  1/6 a 2/3

c. Características.
 Tempo.
 Máximo  30 dias.
144

 Se exceder irá para Concurso Material.


 Crime de mesma Espécie.
 Doutrina Majoritária  Crime do Mesmo Artigo (Ex: furto + furto + furto).
 Doutrina Minoritária  Crime do Mesmo Capítulo.
 Mesma Forma.
 Se em um Crime pulou a janela e no outro arrombou a porta, já descaracteriza a
continuidade

d. Violência ou Grave Ameaça.


 Súmula 625 – SFT.
 Não se admite continuidade delitiva em crimes contra a Vida.

SEÇÃO IV – SUSPENSÃO CONDICIONAL da PENA

I. CONCEITO.
 Pena < 2 anos.
 Suspende a EXECUÇÃO da Pena.

II. REQUISITOS.
 Não ser reincidente em crime doloso.
 Condenação  ↓ 2 anos (multa não conta).
 Inaplicabilidade das Restritivas de Direito.
 Reparação do Dano no Sursis Especial.
 Facultativa no Sursis Simples.
 Obrigatória no Sursis Especial.
 Como a Reparação de Dano é uma Causa Obrigatória de Revogação  Deve-se repará-lo em
qualquer hipótese.
 Há um contra-senso.

III. ESPÉCIES.

1. SIMPLES
 Condenação  ↓= 2 anos.
 Período Probatório  2 a 4 anos.

2. ESPECIAL
 Condenação  ↓= 2 anos.
145

 Período Probatório  2 a 4 anos.


 Exige  Reparação do Dano.

3. ETÁRIO
 Na data da sentença  Réu ↑ 70 anos
 Período Probatório  4 a 6 anos.

4. HUMANITÁRIO
 Réu acometido de Doença Grave.
 Condenação  ↓= 4 anos.
 Período Probatório  4 a 6 anos.

IV. PERÍODO PROBATÓRIO.


 Período em que a pena Permanecerá Suspensa, mediante cumprimento das condições impostas.
 Regra  2 a 4 anos.

V. REVOGAÇÃO da SUSPENSÃO.

1. OBRIGATÓRIA
a. Comum a Todos os Casos
 Não se ausentar da comarca sem prévia autorização.
 Proibição de freqüentar determinados lugares.
 Comparecimento pessoal no Juízo, para comprovar ocupação lícita.

b. Sursis Simples  Prestação de serviço a comunidade, por 1 ano

2. FACULTATIVA
 Descumprir qualquer condição que não seja obrigatória.
 Condenado por crime Culposo.
 Condenado por Contravenção.

VI. EXTINÇÃO da PUNIBILIDADE.

1. REGRA
 Após o Período Probatório,
 Não havendo nenhuma Causa de Revogação,
 O Juiz declarará Extinta a punibilidade do beneficiário.

2. CONTRADIÇÃO  art 81  82
146

 Se ...............: Durante o Período Probatório o beneficiário descumpriu qualquer condição


 Então ..........: O Benefício estará Automaticamente Revogado.
 Não importa.: Se a ciência, pelo juiz, tiver sido posterior ao Período Probatório.
 Logo ............: O Benefício deverá cumprir todas as Condições.

VII. SURSIS PENAL  PROCESSUAL.


1. PENAL
 Já existe a Condenação.
 Juiz suspende a Execução do Cumprimento da Pena
2. PROCESSUAL
 Não existe a Condenação.
 Juiz suspende o prosseguimento da ação no crime cuja pena é inferior a 1 ano.
SEÇÃO V – LIVRAMENTO CONDICIONAL[83-90]

I. CONCEITO.
 É um meio de Execução da Pena;
 Para o agente que  Já tiver cumprido parte da Pena.

II. REQUISITOS.

1. OBJETIVOS

 Condenação  ↑ 2 anos.
 Cumprimento da Pena pelo Período:
 1/3 .........: Não-Reincidente.
 1/2 .........: Reincidente.
 1/3-1/2....: Não-Reincidente  Mau Comportamento.
 2/3 .........: Crimes Hediondos  Não reincidente específico.

2. SUBJETIVO
 Demonstração de Ocupação Lícita.
 Comportamento carcerário satisfatório.
 Reparação de Danos, salvo impossibilidade.

III. CONDIÇÕES para CUMPRIMENTO.


 Proibição de mudar de comarca, sem aviso ao juiz.
147

 Proibição de freqüentar determinados lugares.


 Fixação de horário para o recolhimento.

IV. REVOGAÇÃO.

1. OBRIGATÓRIA  Condenação  Pena Privativa de Liberdade:

 Crime cometido durante a vigência do benefício.


 Deverá cumprir o restante da pena, desconsiderando o tempo do Livramento
Condicional.
 Exemplo:.
 Pena = 12 anos.
 Cumpriu  4 anos (1/3  habilitá-lo ao Livramento Condicional).
 Cumpriu 1 ano de condicional.
 Cometeu  Crime.
 Terá de cumprir  12 – 4 = 8 anos.

 Crime anterior  Não perde o Período cumprido em condicional

2. FACULTATIVA
 Descumprir qualquer condição que não seja obrigatória.
 Condenado por crime Culposo.
 Condenado por Contravenção.

V. EXTINÇÃO da PENA.
148

 Impeditivo  Estiver respondendo processo por crime cometido na vigência do livramento.

 Extinção  Se, até o seu término, não tiver sido Revogado.

SEÇÃO VI – EFEITOS da CONDENAÇÃO [91-92]

 Tornar certa a Obrigação de Indenizar o DANO causado pelo crime.

 Perda:

 Instrumentos do crime (que forem ilícitos).

 Produto do Crime.

 Qualquer valor que seja proveniente de crime.

 Perda de Cargo, Função Pública, Mandato Eletivo.

 Pena Privativa de Liberdade  ↑= 1 ano  Para os Crimes praticados com

 Abuso de Poder.

 Violação de dever para com a Administração Pública.

 Pena Privativa de Liberdade  ↑ 4 ano  Para os demais crimes.

 Incapacidade para o Exercício do Pátrio Poder.

 Crimes Dolosos,

 sujeitos a pena de Reclusão,

 cometidos contra:

 Filho.

 Tutelado.

 Curatelado.
149

 Inabilidade para dirigir veículo, quando utilizado para prática de crime Doloso.

SEÇÃO VII – REABILITAÇÃO [93-95]

I. CONCEITO.
 Procedimento utilizado pelo réu,
 Para extrair dos Registros Judiciários,
 Qualquer informação alusiva aos crimes por ele cometido.

II. REQUERIMENTO.

1. PRAZO
 2 anos  do dia em que:
 Extinta a pena, ou;
 Terminada a Execução.
 Computam-se os Períodos de:
 Prova da Suspensão (sursis).
 Livramento Condicional.

2. REQUISITOS
 Tenha domicílio no país no referido prazo de 2 anos.
 Tenha demonstrado bom comportamento público e privado.
 Tenha ressarcido o DANO causado pelo crime, caso possível

III. REVOGAÇÃO.
 Tipos
 de Ofício.
150

 Requerimento  MP.
 Condição  Condenação, como reincidente, a pena que não seja a de MULTA.

IV. NADA CONSTA.


 Nome vulgar pelo qual é chamado o  Registro.
 Após a Reabilitação  Nada constará no Registo.

CAPÍTULO IV – MEDIDAS de SEGURANÇA

I. CONCEITO.
 Medida destinada àqueles que praticam crimes
 e que são portadores de doenças mentais,
 Logo são  INIMPUNTÁVEIS
 Atenção  Menor  ECA, pois não é doente mental.

II. ESPÉCIES.

 Internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico

 Tratamento Ambulatorial

III. TIPOS.

 Substitutiva  Semi-Imputável.

 Substitui Pena por Medida de Segurança.


 Doença Mental aparece no cumprimento  Privativa de Liberdade.
 Prazos:
 Mínimo  1 a 3 anos.
 Máximo  30 anos (Constitucional)

 Absolvição Imprópria  Inimputável


151

 Juiz reconhece a autoria do fato, mas absolve o réu, aplicando Medida de Segurança.
 Conversão.
 Reclusão  Internação em Hospital Penitenciário.
 Detenção  Poderá receber Tratamento Ambulatorial.
 Prazos:
 Mínimo  1 a 3 anos.
 Máximo  30 anos

IV. PRESCRIÇÃO.

 Corrente Adotada
 Calculada a partir da Pena Máxima Abstrata.
 Ex: Homicídio = 20 anos.

 Corrente Minoritária
 Calculada a partir da Pena Mínima Abstrata.
 Ex: Homicídio = 12 anos.

V. DESINTERNAÇÃO.
 Sempre condicionada.
 Deve restaurar a situação anterior  antes de 1 ano agente pratica fato que demonstre sua
periculosidade

VI. PERÍCIA MÉDICA.


 Primeira  Término do Prazo Mínimo.
 Demais  ano a ano
152

CAPÍTULO V – GRAU de LESIVIDADE do CRIME

 Insignificante  Gera Atipicidade

 Menor Potencial Ofensivo


 Penas  < 2 anos.
 Contravenções.

 Médio Potencial Ofensivo


 Penas Mínima  > 1 anos.
 Crimes:
 Culposos.
 Dolosos.
 Pena  < 4 anos.
 Sem Violência ou Grave Ameaça
 Admite suspensão condicional do processo.

 Grande Potencial Ofensivo


 Os que, por exclusão, não são classificados como hediondos.
 Ex: Homicídio Simples.

 Hediondos
153

UNIDADE VIII – AÇÃO

Exclusivamente Privada
Tipos

Privada Personalíssima

Subsidiária da Pública

Incondicionada
Pública
Condicionada

I. CONCEITO.
 Direito Público Subjetivo Abstrato de se Provocar a Prestação Jurisdicional...
 ...a fim de que o Estado Juiz  Aplique o Direito Subjetivo ao Caso Concreto.

II. AÇÕES PENAIS PÚBLICAS.

1. PROPOSIÇÃO da AÇÃO  Ministério Público

2. TIPOS

a. Incondicionada
154

 Ação em que o Ministério Público promove a Ação de Ofício.


 Não depende de provocação externa.
 Exemplo  Homicídio, Aborto.

b. Condicionada
 Ação em que o Ministério Público promove, dependendo da:
 Representação (manifestação) do Ofendido.
 Requisição do Ministério da Justiça.
 Exemplo  Ameaça de crime

III. AÇÕES PENAIS PRIVADAS.

1. PROPOSIÇÃO da AÇÃO
 Ofendido.
 Peça inicial  QUEIXA.

2. TIPOS
a. Exclusivamente Privada
 Ofendido é o legitimado para propor a Ação.
 Caso de Morte.
 Ascendentes.
 Descendentes.
 Irmãos.
 Cônjuge.
 Exemplo:
 Calúnia.
 Difamação

b. Personalísima
 Somente o ofendido poderá promovê-la.
 Caso de Morte  Ação se extingue.
 Exemplo  Único caso  art 256 CP (Desabamento ou Desmoronamento)

c. Susidiária da Pública
155

4) Conceito.
 Quando há inércia do MP na propositura da Ação Penal Pública.
 Titularidade  Transferida ao Particular Ofendido.

5) Prazos para Representação [Decadenciais]


 6 meses  A partir do conhecimento da autoria do fato
 6 meses  Crime de Impedimento ou Ocultação
- A partir do trânsito em julgado da decisão que reconheceu o
impedimento.
 3 meses  Crimes de Imprensa.
A partir a Publicação ou Edição da Matéria

3. CRIME de ESTUPRO

a. Regra  Ação Penal Privada.

b. Exceção

1) Pública Incondicionada.
 Vítima praticar mediante violência Real.
 Auto for:
 Pai.
 Padastro.
 Tutor.
 Curador.
 Qualquer um que tenha poder sobre a vítima (Ex: professor).

2) Pública Condicionada.
 Vítima for pobre e não puder promover a Ação por refletir nas despesas
domésticas.
156

UNIDADE IX – EXTINÇÃO da PUNIBILIDADE

I. CONCEITO  Quando o Estado não pode mais Punir o Autor

II. CASOS.

 Morte.

 Anistia  Perdão de um crime através de lei do CN

Indulto  Perdão (coletivo) do restante da pena a ser cumprida

Graça  Perdão (individual) do restante da pena a ser cumprida

 Abolitius Criminis

 Prescrição – Decadência – Perempção (devido a inércia do particular em promover a Ação Penal Privada)

 Renúncia do Direito de Queixa.

Perdão aceito (Crimes de Ação Privada).

 Retratação do Agente.

 Perdão Judicial.

II. DECADÊNCIA  Perda do Direito de Promover a:

 Ação Penal Privada

 Ação Penal Subsidiária da Pública.


157

 Ação Penal Pública Condicionada  Perda do Direito de Manifestação de Vontade.

III. PRESCRIÇÃO.

1. CONCEITO
 Perda do direito do Estado de Punir ou executar suas penas em razão do Decurso de Tempo.

2. ESPÉCIES

 Prescrição da Pretensão Punitiva (PPP)

 Propriamente Dita (PPPp) .........: Máxima em Abstrato.

 Intercorrente (Superveniente) ...: Pena da Sentença concreta.

 Retroativa.....................................: Pena da Sentença concreta: de trás para frente.

 Virtual (Projetada).......................: Perspectiva de uma Sentença em concreto.

 Prescrição da Pretensão Executória (PPE)

3. PRAZOS

a. Regra:

Se a pena cominada é: A prescrição ocorrerá em:

+ 12 anos 20 anos

8 - 12 anos 16 anos
158

4 - 8 anos 12 anos

2 - 4 anos 8 anos

1 - 2 anos 4 anos

< 1 ano 2 anos

b. Exceções  Prescrição contará:


 ↓ ½  data do Fato  18 <x< 21.
 ↓ ½  data da Sentença  ↑ 70.
 ↑ 1/3  Reincidente  Prescrição Executória

c. Interrupção  Zera o Prazo.

 Recebimento da Denúncia ou Queixa.

 Pronúncia.

 Decisão confirmatória da Pronúncia.

 Sentença condenatória recorrível.

 Início ou continuação do cumprimento da pena.

 Reincidência.

d. Suspenção  Pára o Prazo.

 Questões incidentais que dependam da decisão do Juízo Civil.

 Crimes cometidos por Parlamentar  Casa respectiva poderá suspender o processo.

 Expedição de Carta Rogatória (para o exterior), a fim de cumprir ato citatório

 Réu citado por Edital

 Não nomeie advogado.

 Não compareça.
159

4. PRESCRIÇÃO da PRETENSÃO PUNITIVA

a. Considerações
 Prescrição Antes de Transitado em Julgado à sentença final.
 Base  Máximo da Pena em Abstrato.

b. Termo Inicial [art 111].

 Regra  Quando da produção do Resultado.


 Homicídio qualificado que venha a ser descoberto 20 depois estará prescrito.
 Se alguém ferido de morte, vir a óbito 5 meses depois, será nesta data o início do
prazo.
 Crime Tentado  Último ato de execução.
 Crime Permanente  Quando cessar a violência.
 Bigamia – Falsificação de Assentamento do Registro Civil  Conhecimento.
 Crime Continuado  Contagem é isolada.
c. Exemplo.

 João Falador cometeu crime de injúria contra um funcionário público em razão de suas
funções (art. 140 c/c 141 I) cuja pena máxima seria de 8 meses, passados dois anos da
prática do crime, sem ter sido iniciada a ação penal ou iniciada, esta, sem que a sentença
condenatória tenha sido prolatada, dar-se-á a prescrição da pretensão punitiva, nos
termos do artigo 109 IV.

 João Facada, cometeu crime de homicídio qualificado (art. 121 §2) cuja pena máxima é
de 30 anos de reclusão; passados vinte anos sem ter sido iniciada a ação penal, ou sem
que a sentença de pronúncia tenha sido prolatada após esta denúncia, dar-se-á a
prescrição nos termos do art. 109 I.

d. Efeitos  Nenhum.

5. PRESCRIÇÃO da PUNIÇÃO EXECUTÓRIA [art 110].

a. Considerações
 Prescrição depois Sentença Transitada em Julgada.
 Base  Pena constante da sentença.
160

b. Casas de Aumento e Diminuição de Pena


 São Consideradas no cálculo.
 Exceções:
 Concurso formal.
 Crime Continuado  Cada delito tem seu prazo Prescricional isolado.
 Reincidente  + 1/3
c. Efeitos
 Lançamento no rol dos culpados.
 Custas.
 Reincidência, etc.

d. Exemplo
 João Falador foi condenado a 8 meses de detenção por qualquer crime que comportar
esta pena, e se esta não for executada em dois anos, ocorrerá a prescrição da pretensão
executória, nos termos do art. 110 c/c 109 V.
6. PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE a SENTEÇA CONDENATÓRIA [§1, art 110].

a. Sinônimo
 Prescrição Intercorrente.
 Prescrição Subseqüente.

b. limites  Entre:
 Sentença recorrida.
 Julgamento do Recurso.

c. Motivo
 A Prescrição chega antes do transitado em julgado da sentença definitiva.
 A sentença só pode transitar em julgado para o condenado depois que este receber a
intimação e tomado conhecimento pode exercer seu direito constitucional de recorrer a
instância superior.
 Prazo é regulado pela pena aplicada.
 A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na sentença quando não há
recurso da acusação

d. Efeitos  = Nenhum (é causa da extinção da punibilidade)


161

7. EXCEÇÃO  NUNCA PRESCREVEM

 Racismo.

 Crimes praticados por grupos armados paramilitares, como atividade típica de grupo de
extermínio.

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