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Comentários de Chico Xavier

A MORTE DE ENTES QUERIDOS

A mente é o espelho da vida em toda parte. (...)


(...) Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca.
Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão. (...)
Emmanuel
(Pensamento e Vida, FEB Editora.)

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma
humana, seja apenas outra alma humana.”
Carl Jung

A morte para todos nós é algo inesperado.


Independente de nossa fé, religião, ou ateísmo, a morte sempre acaba por nos surpreender,
principalmente quando ocorre ao nosso lado, levando quem muito amamos, provocando um
turbilhão de emoções, deixando um vazio imenso, uma fragilidade exposta a uma dor nunca sentida.
E questionamos nosso íntimo em busca de explicações e respostas.
O médium Francisco Cândido Xavier foi muito abordado sobre o tema, respondendo a
perguntas de muitos jornalistas, e principalmente confortando e esclarecendo aqueles que o
procuravam em tão difícil momento de suas vidas.
Assim, elaboramos algumas passagens sobre o tema em que Chico Xavier nos esclarece com
muito carinho e respeito, longe de tentar responder a todos os questionamentos do momento, mas
com a simplicidade e o amor de quem deseja confortar.

“Saudade é uma dor que fere nos dois mundos.”


Chico Xavier

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Comentários de Chico Xavier
A MORTE DE ENTES QUERIDOS

1 – Chico, qual a sua maior tristeza?

– As minhas tristezas são aquelas que perturbam a existência de qualquer criatura terrestre,
principalmente as separações pela desencarnação dos entes queridos e as incompreensões de que todos
nós partilhamos sobre a Terra. Devo, porém, acrescentar que o amparo dos Bons Espíritos tem sido
sempre tão grande em meu caminho, que, a falar verdade, nunca sofri uma tristeza que pudesse
admitir fosse maior que a dos outros. Isso porque, quando chega o momento das provações que
mereço, para resgate de minhas existências do passado ou para correção das minhas faltas do presente,
os Amigos Espirituais me aconselham a olhar para a retaguarda e sinto acanhamento de achar que estou
sofrendo, quando vejo tantos irmãos em dificuldades muito maiores do que as minhas.

2 – Como encara a morte?


– Naturalmente que somos humanos e a despedida de um ente amado, mormente quando esse
ente amado vai adquirir nova forma, de um modo geral se tornando invisível ao nosso olhar comum, a
nossa dor é imensa.

Quando vemos partir, por exemplo, um filho para uma terra distante, quando sofremos a pro va
da separação de ente querido, mesmo na Terra, sofremos compreensivelmente, de vez que o amor vem
de Deus e quando amamos, queremos perto de nós a criatura querida.

Ainda sabendo que a morte vem de Deus, quando nós não a provocamos, não podemos, por
enquanto, na Terra, receber a morte com alegria porque ninguém recebe um adeus com felicidade,
mas podemos receber a separação com fé em Deus, entendendo que um dia nos reencontramos todos
numa vida maior e essa esperança deve aquecer-nos o coração.

Cabe-nos superar o sofrimento da morte fazendo por aquele, ou aquela, que parte, aquilo que
eles estimariam continuar fazendo, e nunca entregar-nos ao choro improdutivo, ao luto que nada
produz, mas, sim, prosseguir na tarefa daqueles nossos entes amados que partiram, unindo a eles o
nosso pensamento e o carinho através do espírito de serviço, reconhecendo que eles continuam
vivendo e, naturalmente, nos agradecerão a conformidade e o concurso amigo que lhes possamos
oferecer para que a vida deles na Terra seja devidamente complementada.

3 – Os Espíritos informam, mestre Chico Xavier, se as pessoas que morrem recebem assistência no
outro mundo?
– Não há ninguém desamparado. Assim como aqui na Terra, na pior das hipóteses, renascemos a
sós, em companhia de nossa mãe, mas nunca sozinhos, no mundo espiritual também a Providência
Divina ampara todos os Seus filhos.

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Ainda aqueles considerados os mais infelizes, pelas ações que praticaram e que entram no mundo
espiritual com a mente barrada pela sombra, que eles próprios criaram em si mesmos, ainda esses têm o
carinho de guardiães amorosos que os ajudam e amparam, no mundo de mais luzes e mais felicidade.

4 – Chico, eu gostaria de fazer uma pergunta muito pessoal. Eu perdi meu pai, há dois anos. No
começo, eu chorava demais e diziam que a gente não devia chorar porque perturbava o Espírito dele. A
partir daquilo, eu passei a chorar menos e a pensar mais nele. Senti que, realmente, isso me trouxe mais
tranquilidade. Acha você que quando a gente chora muito por um ente que nos deixou aqui, perturba o seu
Espírito?

– Geralmente, quando partimos da Terra, partimos em condições difíceis, sempre traumatizados


por violenta saudade e essa saudade também fica do lado de cá.

Se persistirmos nas impressões de dor negativa, cultivando angústia interminável, isso se reflete
sobre a pessoa que nós amamos.

Sem dúvida, o parente é nosso, a lágrima é uma herança nossa, sofremos e choramos, mas sempre
que pudermos chorar escorados na fé em Deus, escorados na certeza de que vamos nos reencontrar, isso
tranquiliza aquele ente querido que espera de nós um diálogo pacífico.

Creio que tudo aquilo que você fala com tanto amor, nas suas horas de maior sofrimento, ou
que fala com tanto carinho, junto às relíquias de seu venerado pai, tudo isso o alcança, p elos mais
belos sentimentos, porque vocês estão ligados.

5 – Chico, você acredita que, com base no que aprendeu em mais de 50 anos de mediunidade, existe
a possibilidade de as pessoas se encontrarem após a morte?

Tenho aprendido que todos aqueles que realmente se amaram reciprocamente, se encontram
novamente, e num amor de nível superior, não no amor possessivo que nós habitualmente
conhecemos.

Aqueles que partiram antes de nós, na maioria das vezes, renunciam a posições mais altas para
permanecerem junto de nós, escorando nosso coração, para que possamos suportar a carga benéfica de
nossas obrigações. Estamos sendo apurados na moenda do sofrimento aqui na Terra. Isso é muito
natural.

6 – Embora já tenha sido objeto de resposta de sua parte, por ocasião de apresentações suas em
programas de televisão, você poderia dizer nesta reportagem, o que você vê na morte e o que ela representa
para você, Chico Xavier?
– A morte, a meu ver, é mudança de residência sem transformação da pessoa, porque a vida
continua com tudo aquilo que colocamos dentro de nós; seja o bem, ou seja a ausência do bem, aquilo
que nós denominamos o mal. Nós passamos para outra vida, com aquilo que fizemos de nós mesmos.
– E você acha que já está preparado se a morte lhe surpreender subitamente? Nós devemos também nos
preparar durante nossa vida terrena para esse momento?

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– Penso que a vida inteira é uma preparação para o fenômeno da morte. Agora, no meu ponto de
vista pessoal, não me sinto com qualidades para adquirir uma situação de destaque além da morte, sendo
que devo praticar o espírito de aceitação. Comparecerei diante da morte, no estado em que for chamado,
fazendo o que posso, sem nunca ter feito o que deveria, porque o que deveria fazer é ainda a meta que eu
procuro alcançar e da qual ainda me sinto muito longe.

7 – Eu faço apenas uma pergunta, servindo de portadora da mesma. Uma senhora perdeu um filho há
um ano e durante esse ano inteiro essa senhora tem chorado, tem penado dores incríveis, numa
inconformação absoluta por essa perda. Ela, muito aflita, me pede que lhe pergunte se essas lágrimas, se toda
essa dor, esse sofrimento podem prejudicar, de algum modo o seu filho.

Chico Xavier – Em outros casos semelhantes, temos recebido o esclarecimento de que essa dor,
essa dor estranha na alma inconformada daqueles que ficam, prejudica muito e, às vezes, de maneira
intensa, aos corações amados que nos precedem na Vida Espiritual. Seria tão bom que essa mãe
generosa pudesse entregar o filhinho a Deus, de quem ela recebeu esse mesmo filho, a fim de protegê-
lo e orientá-lo neste mundo! E estamos certos de que ela, procurando reencontrá-lo entre tantas outras
crianças que aí estão necessitadas, rapazes mesmo que precisam de benfeitores paternais e maternais,
essa abençoada mãezinha estará extinguindo a dor dela no caminho desse filho, que deve,
naturalmente, se afligir.

Peçamos a Deus para que ela tenha bastante serenidade e que, na condição de mãe, na grandeza
maternal de todas as mães, ela possa continuar auxiliando e abençoando o filho que partiu no rumo da
Vida Maior.

8 – Como a Doutrina Espírita explica a vida e a morte?

– Pela fé, viemos de Deus. Nossos pais nos receberam da Divina Providência e nos
matricularam com um nome x. O nome que temos não é este, é apenas o nome que nossos pais nos
deram no Cartório. Vivemos aqui durante um tempo como quem está internado num colégio. O corpo
é a carteira em que sentamos para estudar. Amamos, brigamos, mas saímos sempre aprendendo alguma
coisa e vamos para o lar de onde viemos, que é o mundo espiritual. Aqui, nossos bisavós, trisavós,
todos já passaram. Ninguém se lembra da morte porque ela não existe. A vida é espiritual e vai chegar o
dia de nossa partida. É como um amigo escreveu um dia: “Quando você chegou, todos riram de
felicidade. Viva de tal maneira que quando você partir, todos chorem.”

9 – Ama a vida?
Imensamente. Acho que a vida é um dom de Deus e se nós descobrirmos, se procurarmos
descobrir a vontade de Deus, vamos ver que a Bondade de Deus está em toda a parte e não temos
motivo nenhum, em tempo algum, de acalentar qualquer desânimo no coração porque Deus como que
nos manda, a cada manhã, o sorriso maravilhoso do Sol como a dizer que espera por nós, que nos
tolera, que nos ama, que nos descerrará novos caminhos, que a vida é boa e bela, que devemos

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agradecer, cada dia mais, o dom de viver e o dom de amar aqueles e aquilo que nós amamos, sejam
nossos pais, esposa, esposo, filhos, amigos, parentes, companheiros, tarefas e ideais.

A vida está repleta da beleza de Deus e por isso não nos será lícito entregar o coração ao desespero,
porque a vida vem de Deus, tal qual o Sol maravilhoso nos ilumina.

10 – Chico, qual seria uma legenda sublime para a vida?

O Espírito de Emmanuel, nosso Guia e Amigo Espiritual, desde muito, repete para nós outros, e
eu não posso dizer que tenho dito, pois seria pretensão. Mas, eu me recordo com frequência de que se
nós pudéssemos colocar uma legenda à frente de cada agrupamento humano, de cada conjunto
residencial, de cada cidade, de cada aldeia, de cada metrópole, de cada grande capital do progresso
humano, se nós pudéssemos, se tivéssemos bastante autoridade para isso, escolheríamos aquela frase de
Nosso Senhor Jesus Cristo, quando ele nos disse: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” Porque
não é só o “amai-vos uns aos outros”; nós podemos amar uns aos outros, mas como Jesus nos amou, ou
seja, sem espírito de remuneração, sem espírito de pagamento algum, de retribuição alguma, e, sim, com
espírito de sacrifício e de renúncia. Porque quem ama não cria problemas e quem ama sabe viver sem
pedir coisa alguma à criatura amada. Esse é o amor que Jesus nos legou.

Carta psicografada por Francisco Cândido Xavier para uma família de Rio Grande, RS, na
madrugada, aos 8 de abril de 1983,
na reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG.

Querida Mãezinha, peço-te me abençoe.

Mãe, o pai está igualmente em minha lembrança e em meu reconhecimento.

Felicito-te a coragem, vencendo as distâncias, na expectativa de ouvir algumas palavras do teu filho.

Que poderia, porém, falar-te, quando te ouço a cada instante pelo radar do coração?

Continua falando-me, sim, reafirmando-me o teu amor e a tua confiança.

Estimaria que os irmãos queridos me vissem agora, distante daquela farmácia ambulante em que me
transformara. Revejo o Luiz Henrique, o Cláudio, o Sérgio, a Luciane e a Andréa com enternecimento e com aquela
ternura na qual nos criaste, ensinando-nos a respeitar o nome de Deus e a preparar-nos para sermos pessoas úteis na
vida.

Lembro-me de tua dor silenciosa quando, decerto, a autoridade médica te falou pela primeira vez na doença que
me estragaria o sangue, até deformá-lo inteiramente. Perguntei por que choravas, mas me disseste que tu mesma não

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sabia. Então, Mãezinha, comecei a ver-me no espelho de tuas retinas, sempre molhadas. E rememoro a luta em que
entraste, noite a noite, à maneira de um soldado infatigável em conflito com a morte que vinha chegando devagarzinho.

Não me lembro de haver escutado a palavra “leucemia” de teus lábios, porque sabias trazer-me sempre o remédio
da esperança.

Mas as injeções foram adquirindo a expressão de espinhos dolorosos e entendi, por fim, que me apagava, ao modo
de uma vela que vacila com a brisa leve até consumir-se de todo.

Muito obrigado, Mamãe, por tudo.

Muito obrigado é tão pouco para definir o agradecimento que transborda, mas são as duas palavras que te oferto,
recheadas dos beijos que não te dei.

Deus te recompense pelas noites de vigília, nas quais me observavas os olhos famintos de repouso. Aqueles
travesseiros sempre mudados, aquelas exigências de seu menino, aqueles gemidos que te buscavam a atenção e aquelas
petições constantes de melhoras que realmente não me podias dar.

Tudo passou, mas ficou a saudade, que em mim é presença incessante.

Crê, Mamãe querida; se eu pudesse, teria ficado; teria ficado para ser mais teu, depois de conhecer-te na
dedicação com que te entregavas a mim, para que eu não sofresse... Teria ficado para contar aos meus irmãos a história
de tua bondade, e de teu carinho, que só um filho doente consegue conhecer, mas, reconheci que as tuas preces do
silêncio me entregavam a Deus...

Era para mim uma dor sem limites aquela de notar-te a angústia sem a possibilidade de consolar-te... Um dia
veio com mais aflição no peito... Observei que uma nuvem me envolvia, e então passei às orações sem voz. Pedi a
Deus que desse o que fosse justo e parece que comecei a dormir contra a vontade.

Do meio da neblina destacou-se um rosto com um sorriso e ouvi a voz que me dizia: – Agora, meu filho,
vamos ao repouso. Vem aos braços da vovó Nair...

A emoção me tomou o íntimo e creio que lágrimas me banharam a face. Eram fortes os braços que me tomaram e
aquele regaço acolhedor, que me fazia pensar em teu carinho, me asserenou o coração.

Descansei, dormindo, para despertar muito depois num lar novo, do qual regresso para tranquilizar-te e
desejar-te, extensivamente a meu pai e aos irmãos, toda a felicidade no tamanho possível que a felicidade possa ter.

Mãezinha, estou quase bem, não fosse a falta de casa. Não posso, porém, ser ingrato à vovó Nair e à vovó Ana
Maria, que me tratam com tanta ternura, e por isso peço-te, tanto quanto rogo a todos os nossos, não se afligirem a meu
respeito.

A avó Nair possui uma benfeitora, na pessoa da irmã Antonina Xavier, e estamos sempre confortados pela
esperança e pela oração.

Mãe querida, aqui termino. Ao papai e aos manos muito amor, como sempre, e contigo, deixa o próprio
coração o teu filho que a vida arrancou às sombras da morte, a fim de amá-la sempre mais, sempre o teu
LUÍS ALBERTO CANTO DA ROSA.

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Luís Alberto Canto da Rosa – Nasceu a 04/3/ 1965, em Rio Grande, RS. Cursava a 4ª série do 1º
Grau, quando foi acometido de leucemia.

NOTAS CONFIRMADAS PELA FAMÍLIA:


Vovó Nair – Nair Colvara de Carvalho, avó mate
A avó Nair possui uma benfeitora, na pessoa da irmã Antonina Xavier – A respeito desta benfeitora, o Sr.
Vidalberto informou-nos: “Diversas pessoas, de avançada idade, nos afirmaram ter vivido na localidade de
Cerrito Velho, hoje Pedro Osório, uma senhora boníssima, chamada Antonina Xavier, que também residiu
em Capão do Leão, município de Pelotas. Graziella Rodrigues de Arruda, prima da avó Nair, hoje com 80
anos, disse-nos ainda que Antonina Xavier benzia os enfermos e aplicava passes. Foi muito amiga de sua
família, e era muito boa para ela e vó Nair, na época meninas pequenas, criadas juntas e residentes em
Cerrito Velho.”

Mensagens de Emmanuel,
através de
Francisco Cândido Xavier.

ELES VIVEM

Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o
coração.
Eles não morreram. Estão vivos.
Compartilham-te as aflições quando te lastimas sem consolo.
Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.
Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando, na acústica do
Espírito, as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste
no auge da amargura.
Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles, e quase sempre se
transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as
lágrimas quando tateias a lápide ou lhes enfeitas a memória perguntando por quê...
Pensa neles com a saudade convertida em oração.
As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais
altas da vida.

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Quanto puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por
infatigáveis zeladores de teus dias.
Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros
deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que
lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no
próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas, sim, ao encontro de Novo
Despertar.
(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na
noite de 20/setembro/1974, em Uberaba, Minas.)

ORAÇÃO PELOS ENTES QUERIDOS

Senhor Jesus!

Concedeste-nos os entes queridos por tesouros que nos emprestas.

Ensina-nos a considerá-los e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus, tanto quanto nós,
com necessidades e esperanças semelhantes às nossas.

Faze-nos, porém, observar que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e ajuda-nos a não lhes
violentar o sentimento em nome do amor no propósito inconsciente de escravizá-los aos nossos pontos de vista.
Quando tristes, transforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da própria segurança e, quando
alegres ou triunfantes nos ideais que abraçam, não nos deixes na sombra do egoísmo ou da inveja, mas, sim,
ilumina-nos o entendimento para que lhes saibamos acrescentar a paz e a esperança.

Conserva-nos no respeito que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou de apreço, em
desacordo com os recursos de que disponham.

Auxilia-nos a ser gratos pelo bem que nos fazem, sem reclamar-lhes benefícios ou vantagens, homenagens
ou gratificações que não nos possam proporcionar.

Esclarece-nos para que lhes vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos determos nisso,
entendendo que os prováveis defeitos, de que se mostrem ainda portadores, desaparecerão no amparo de Tua
bênção.

E, se algum dia, viermos a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-nos a força de
compreender que não será reprovando ou condenando que lhes conquistaremos os corações, e sim entregando-os a
Ti, através da oração, porque apenas Tu, Senhor, podes sondar o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo
para o reequilíbrio nas Leis de Deus.

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DICAS DE GRUPOS DE APOIO:

Vamos falar sobre o luto?


É uma plataforma digital de informação, inspiração e conforto para quem perdeu alguém que ama
ou para quem deseja ajudar um amigo nessa etapa tão difícil. Uma tentativa de romper com o tabu e
tornar a experiência menos triste e solitária.
Acesso internet:
vamosfalarsobreoluto.com.br

CASULO
Associação Brasileira de Apoio ao Luto
É uma organização da sociedade civil, laica e sem fins lucrativos, criada para apoiar pessoas
enlutadas. Fundada em 20 de setembro de 2001 e sediada em São Paulo, a associação também presta
serviços a grupos localizados em outras cidades brasileiras.
Acesso internet: grupocasulo.org
ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURA:

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, IDE Editora.


O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, IDE Editora.
E a vida continua..., Francisco C. Xavier / André Luiz (Espírito), FEB Editora.
Todos os livros da Série André Luiz, psicografados por Francisco Cândido Xavier, FEB Editora.
Enxugando Lágrimas, Francisco C. Xavier / Elias Barbosa, IDE Editora.
Motoqueiros no Além, Eurícledes Formiga / Eduardo Carvalho Monteiro / Espíritos Diversos, IDE
Editora.
Vozes da Outra Margem, Francisco C. Xavier / Hércio M. C. Arantes / Espíritos Diversos, IDE Editora.
Vencendo a dor da morte, Célia Diniz, Editora Intervidas.
A morte é um dia que vale a pena viver, Ana Claudia Quintana Arantes, Editora Casa da Palavra.
Para uma pessoa bonita, Shundo Aoyama Rôshi, Editora Palas Athena.

BIBLIOGRAFIA:

Retornaram Contando, Francisco C. Xavier / Hércio M.C. Arantes, Espíritos Diversos, IDE Editora.
Entrevistas, Francisco C. Xavier/Emmanuel, IDE Editora.
Entender Conversando, Francisco C. Xavier / Emmanuel, IDE Editora.
Encontros no Tempo, Francisco C. Xavier / Espíritos Diversos, IDE Editora.
No Mundo de Chico Xavier, Elias Barbosa.
A Terra e o Semeador, Francisco C. Xavier / Emmanuel, IDE Editora.
Preces e Orações, Francisco C. Xavier / Espíritos Diversos, IDE Editora.
Pensamento e Vida, Francisco C. Xavier / Emmanuel (Espírito), FEB Editora.

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