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O Papel na Hipnose na Psicanálise

1.0 Hipnose

1.1 As origens da hipnose


A hipnose tem sido usada como uma forma de tratamento psíquico desde o
século XVII,

Onde as mais diversas doenças eram tratadas com esta técnica.

Diferentemente do que algumas pessoas possam imaginar, a hipnose é um


estado natural e consentido, que não oferece riscos e que, nas palavras do
Relatório da Subcomissão da Associação Médica Britânica, publicado em 1955,
a hipnose tinha um papel a representar na medicina.

A falta de informações claras e a excessiva exploração fantasiosa pelos filmes e


histórias de ficção, atribuíram, com o passar dos anos, à hipnose, um lugar
marginal entre as técnicas de tratamento, inclusive psicanalítico.

A hipnose foi assim chamada pela primeira vez pelo Dr. James Braid, ao final de
1841, quando, após assistir a uma apresentação do Magnetizador C. de La
Fontaine, percebeu que o estado era menos de um magnetismo, como propunha
o magnetizador suíço do que de uma forma induzida de sono. Por tal razão,
utilizou-se da palavra grega para sono, “Hypnos”.

Ficou claro que não se tratava de um estado de sono, pois constatou-se que as
pessoas que se sujeitavam à hipnose mantinham-se conscientes durante todo o
processo.

Os relatos dados são curiosos no sentido que as pessoas sob hipnose, apesar
de conscientes e de declararem estar ouvindo cada palavra, não conseguem
deixar de fazer o que o hipnotizador sugere.

Neste ponto podemos verificar uma relação muito estreita entre o estado
hipnótico e a influência que nosso inconsciente exerce em nossas vontades,
hábitos e costumes.
O que nos parece, a primeira vista, como nossos gostos e escolhas, muitas
vezes são manifestações de nossos desejos inconscientes, dominados pelo
nosso sensor crítico, que por sua vez veio cunhado pela nossa educação,
costumes e traumas.

1.2 As duas principais escolas

Há 2 escolas principais de hipnose. A escola clássica e a escola ericksoniana .

A escola clássica utiliza uma técnica onde as sugestões são feitas diretamente,
buscando um relaxamento e foco progressivos que podem levar a alterações
sensoriais no paciente.

Já na escola ericksoniana a técnica empregada utiliza-se de meios indiretos


como histórias e sugestões indiretas, levando o paciente ao relaxamento e foco
esperado, muitas vezes sem mesmo que ele perceba.

Na hipnose clássica, há a indução direta, sugerindo uma alteração sensorial

Enquanto a hipnose clássica seja mais adequada aos espetáculos de palco,


dada sua forma mais teatral de aplicação, ara fins de tratamento psicoterápico,
as duas formas se prestarão, pois haverá casos em que há, por parte do
paciente, a crença que o processo hipnótico poderá ser eficiente na cura de sua
condição e, em outros casos, o paciente mais cético, não daria abertura a um
tratamento recoberto de controvérsias e informações deturpadas, como
discorremos anteriormente.

Para aqueles, o método clássico nos parece mais adequado, uma vez que o
próprio elemento teatral auxilia o paciente a entrar em um estado de permissão
e colaboração, muito propícios para que se atinja um estado hipnótico mais
profundo, rapidamente.
Por outro lado, quando não temos esta sinalização de adesão à técnica
hipnótica, ou mesmo quando sabemos que o paciente não a vê com bons olhos,
o método ericksoniano se mostra oportuno, pois pela simples sugestão de um
relaxamento e ideias, é possível ter resultado análogo, auxiliando o paciente,
mesmo que este não tenha conhecimento que o procedimento utilizado é
hipnótico.

Cabe aqui o questionamento ético sobre a admissibilidade de um tratamento


hipnótico em um paciente, sem que este tenha conhecimento deste fato.

Ora, este questionamento se reveste dos preconceitos que temos quanto à


hipnose, que a equiparam a uma técnica de controle da mente ou algo que o
valha, deixando o paciente totalmente à mercê do hipnólogo.

Tal visão é completamente equivocada, pois a hipnose nada mais é do que um


estado natural, em que se atinge um foco através do relaxamento, que permite
uma comunicação mais clara com a nossa mente, apesar de ser mantida a
consciência.

Cabe aqui uma divagação pessoal, onde proponho que, seja razoável a
possibilidade que o estado hipnótico, muito embora mantenha a consciência,
altera a ação do Sensor Crítico, tornando aceitável a sugestão do hipnólogo, sem
que haja a resistência natural do paciente.

O sensor crítico, sob o estado hipnótico, seria esmaecido, atenuado, pela


sugestão, permitindo que a sugestão seja absorvida de forma integral, ou muito
próxima disto.

Sensor Crítico

Consciente

Inconsciente
Tal possibilidade nos parece validada pelo experimento realizado em 1970, na
Califórnia, pelo professor Sr. Takehito Matsukawa, demosntrando pela aplicação
do método hipnótico em 1000 crianças, que a técnica permitia uma melhora
surpreendente no desempenho dos alunis, que absorviam, ao aprenderem
piano, em 10 minutos o equivalente a 2 horas de aulas normais. O mesmo foi
observado para o aprendizado de línguas e outras matérias, não sem causar
grande controvérsia no meio acadêmico e, claro, grande procura pelo seu
método.

Neste mesma linha, em 1966, o Dr. Peter H. C. Mutke, médico, o Dan-Ro,


Sistema Corretivo de Leitura de São Francisco, e da Faculdade do Colégio da
Península Monterey, realizou um experimento para avaliar a possibilidade da
melhora do desempenho de leitura atrás da aplicação da hipnose. Os alunos que
se submeteram à hipnose conseguiam atingir a marca de 224 palavras em 5
sessões, ao passo que os que não se submeteram à hipnose, precisavam de 22
ou mais sessões.i

2.0 A Hipnose e Freud


Freud teve contato com ambas as escolas de hipnose. Durante o período que
passou na França, estagiando e sendo assistente de Charcot, teve a
oportunidade de constatar a aplicação da hipnose para a “cura” de sintomas
relacionados a problemas psíquicos, donde veio a conclusão de Charcot que os
problemas somatizados pelo corpo, não eram de origem orgânica, já que os
membros que apresentavam os sinais da doença estavam sadios, mas sim de
um bloqueio ou perturbação mental, que produzia um efeito físico.

Apesar de ter sido uma importante constatação, a utilidade da hipnose


diretamente no efeito da condição patológica parou por aí, pois os efeitos de
“cura” só duravam pelo período de transe, voltando os sintomas a se
manifestarem tão logo este cessava.

Ao retornar a Viena, Freud ainda utilizou a hipnose com “algum sucesso”, em


suas próprias palavras: “atirei-me à hipnose e logrei toda espécie de sucessos
pequeninos, mas dignos de nota”ii

. mas acabou deixando de lado este método para se dedicar à livre associação.
Neste ponto temos ao menos duas correntes importantes que interpretam esta
desistência de Freud da hipnoterapia.

Por um lado, há aqueles que como Freud, entendem que os efeitos da


hipnoterapia não são significativos, à medida que nem todas as pessoas podem
ser hipnotizadas e, em complemento a esta crítica, há a possibilidade de o
paciente concordar com a condução da hipnose apenas para agradar ao
terapeuta.

Adicionalmente, o próprio Freud enumerada razões para demonstrar seu


descontentamento com a hipnose, entre eles:

1 – ele não se considerava um bom hipnólogo, pois tinha baixa taxa de sucesso
com esta técnica. Aqui podemos especular que esta falta de habilidade possa
ter sido causada pela precariedade das técnicas naquela época, associada à
propensão de Freud de não acreditar integralmente na técnica.

2 – sua visão era de que a hipnose apenas atenua os efeitos e não trata as
causas. Aqui podemos verificar que ele se refere à sua experiência com Charcot,
onde os efeitos curativos da hipnose se esvaiam com a saída do paciente do
estado hipnótico. De fato, à época, a utilização da hipnose ia muito pouco além
de cortar temporariamente os efeitos e ocultar os sintomas. Naquele momento,
as possibilidades de se ressignificar traumas e mudar a perspectiva como o
paciente lida com seus traumas e condições limitantes eram parcas, senão
inexistentes.

3 – Seria criada uma dependência do terapeuta, uma vez que, na condição


anteriormente citada, a cura não se operou, mas tão somente a atenuação
temporária dos seus efeitos.

4 – Freud, erroneamente, entendia que a hipnose poderia deixar a mente do


paciente sob o controle do terapeuta. Estava claramente equivocado, pois
sabemos que este processo se dá de forma não apenas consciente, mas com a
permissão do paciente.

Não entendo ser pertinente tecer críticas à decisão de Freud quanto ao uso da
hipnose, pois, com os poucos recursos de que ele dispunha na época, os
resultados certamente não demonstravam confiabilidade e solidez no uso da
hipnose nos tratamentos.

É importante lembrarmos ainda que se passaram mais de 120 anos desde que
esta técnica foi empregada por Freud, o que nos dá hoje uma vantagem histórica
colossal, onde podemos observar um profundo amadurecimento das técnicas e
das oportunidades de aplicação.

3.0 Hipnose e seus percalços atuais


Quando falamos em hipnose, estamos diante da dicotomia entre uma ferramenta
para que se consiga atingir um objetivo quase tolo, de auxiliar uma pessoa a
entrar em um estado de relaxamento e foco e a imagem fantasiosa e espetacular
que esta ferramenta recebeu, por conta da exploração da ideia equivocada de
um controle mental incondicional, com possibilidades quase macabras.

Ora, se é verdade que, por um lado, há algum controle do hipnotizador sobre o


paciente, não é muito maior do que o controle que qualquer profissional, como
um médico ou dentista exerce.

O paciente está ali porque busca a solução para uma questão qualquer e, em
algum momento, entendeu que a hipnose seria uma boa tentativa.

Talvez seja a simplicidade da técnica associada aos surpreendentes resultados


que têm feito com que a hipnose, desde que se tem notícia, venha atraindo
curiosos e entusiastas, que, em boa parte, contribuem para sua imagem
deteriorada.

A hipnose de palco, hoje recebendo um grande impulso das mídias sociais,


presta um desserviço ao uso terapêutico da hipnose. Pessoas com pouco ou
nenhum conhecimento estão, em canais do youtube, facebook e instagram,
promovendo cursos, páginas e workshops do tipo “aprenda hipnose”. E, de fato,
mesmo as pessoas menos preparadas, em poucos minutos, já consegue
alcançar algum resultado com as técnicas ensinadas.

Até aqui, é mais um aprendizado curioso que se encontra na internet.


A meu ver, o problema começa quando vemos, nestes mesmos sites, pessoas
com pouco ou nenhum preparo apresentando-se como “terapeutas”.

Internautas que abertamente admitem não ter nenhuma qualificação como


psicólogos, psicanalistas ou de qualquer outra natureza, prometendo curas
milagrosas para toda sorte de problemas.

Muito ocasionalmente é possível encontrar algum comentário que tenta trazer


luz à situação, alertando que a hipnose é uma ferramenta a ser usada pelo
terapeuta capacitado, dentro de uma proposta de tratamento, que surge a partir
de uma hipótese diagnóstica. Tudo muito bem avaliado, com todas as
possibilidades cobertas e sendo a hipnose, como dito, apenas mais uma
ferramenta no tratamento do paciente.

Os “tratamentos” oferecidos por curiosos não apenas não surtirão os efeitos


desejados, mas ainda farão com que o paciente, ao perceber que seu problema
não foi curado, ainda passará a desacreditar a hipnose, por não entender a
diferença entre o “picareta” que de quem ele foi vítima e um terapeuta preparado
e sério.

Segue alguns exemplos atuais, tirado das mídias sociais, que ilustram a forma
como o tema hipnose continua sendo mal conduzido pelas pessoas, que não
obstante estarem despreparadas, não se furtam à oportunidade de ludibriar
outras pessoas, sem se preocuparem com os efeitos deletérios de tal prática.
Sabemos que vivemos uma sociedade em que as pessoas têm opinião sem
terem informação e mostram-se absolutamente conhecedoras das coisas que
são absolutamente ignorantes.

Obviamente que a hipnose não passaria incólume por estas criaturas. Como
disse Humberto Eco: “...o drama de internet é que ela promoveu o idiota da aldeia
ao portador da verdade...”.

4.0 Hipnose – uma ferramenta de apoio

Entendo que a hipnose deve ser tratada como uma ferramenta que, em alguns
casos, tem seu papel no tratamento terapêutico.

Na linha de Freud, vejo que, com as devidas reservas, pode auxiliar na busca
pelas causas de traumas, em especial nos casos em que estes, por algum
mecanismo de defesa, encontram-se ocultos ou distorcidos no inconsciente do
paciente, permitindo que se atinja, de forma muito mais assertiva, tal questão.

É bom lembrarmos que a livre associação, em linhas gerais, é uma hipnose. Um


estado leve de foco e relaxamento em que o paciente se permite perambular por
suas ideias, que irão se apresentando à medida que consegue afastar-se do
raciocínio lógico convencional, reduzindo assim a ação dos seus sensores
críticos e permitindo que haja o afloramento das pulsões que se busca pacificar.

Muito embora este seja um caminho já trilhado por tantos outros, inclusive
Freud, devemos tomar alguns cuidados, que também foram objeto de alerta do
pai da psicanálise: haverá casos em que o paciente poderá dizer ao analista o
que ele quer ouvir, e não o que, de fato, veio de seu inconsciente.
Adicionalmente, há a questão de compreender até que ponto está sendo tratada
a causa ou o efeito da questão que traz o paciente ao consultório.

Vejo na hipnose uma aplicação igualmente importante, mas, que exigirá um


cuidado ainda maior: a ressignificação de questões inconscientes.

Ora, sabemos que muitas de nossas limitações, travas e traumas vêm do


processo de formação de nosso Ego, durante a infância. Obviamente nem tudo
vem daí, mas é assertivo dizer eu nesta fase, em que nosso inconsciente está
absorvendo o mundo como uma esponja, sem filtro, muitas informações que
receberemos de nossos cuidadores e do meio nos farão escravos de crenças,
costumes e traumas.

Sabemos também que sabermos conscientemente da existência do trauma ou


crença é um bom começo, mas não passa disso.

O mecanismo pulsional é muito mais profundo e o mero conhecimento de sua


origem não basta para reduzir sua influência sobre a vida do paciente.

É necessária a catarse. A mera racionalização não basta. É necessário sentir o


afeto que está associado ao trauma. Trazer ao momento presenta o sentimento
que ficou aprisionado no trauma e que causa o sofrimento que se busca tratar.

E neste processo, entendo que a PNL possa exercer um papel coadjuvante.

4.1 O que é a PNL

“A PNL é uma abordagem pseudocientífica que visa aproximar comunicação,


desenvolvimento pessoal e psicoterapia criada por Richard Bandler e John
Grinder na California, Estados Unidos na década de 1970.iii

A PNL é uma técnica que permite, de forma consciente, “plantemos” em nosso


inconsciente novos afetos, que nos proporcionarão a mesma experiência que
vivemos com nossos traumas e bloqueios, mas com ideias e efeitos positivos,
buscando realizar algo que desejamos.

Talvez, em um primeiro momento, a ideia seja um pouco confusa, mas


entendamos que, durante a nossa infância, quando nosso sensor crítico ainda
estava se formando, qualquer informação, ainda que não muito confiável,
poderia nos parecer pertinente. E, por esta razão, aceitamos como verdadeira.
Isto se deve pelo simples fato que, como não tínhamos uma referência do que é
certo e errado, e nem mesmo tínhamos a noção de que há certo e errado,
qualquer informação poderia ser validada. Assim surgiram nossos traumas e
valores morais, culturais e familiares, que nos fazem agir como agimos, muitas
vezes nos limitando e nos trazendo sofrimento.
Fomos amadurecendo e passamos a ter discernimento, que nos permite, dentro
das nossas limitações, avaliarmos o que nos parece certo ou errado.

Claro que este mecanismo, construído com as “peças” adquiridas na nossa


infância, são um problema à parte.

Mas quero chamar a atenção aqui para o detalhe que aquela porta para a
gravação de valores e costumes foi se fechando com o passar dos anos e não
se pode mais colocar coisas no inconsciente com tanta facilidade, como ocorreu
em nossa infância.

Mas não ser tão fácil está longe de ser impossível.

A técnica de PNL busca justamente isso.

Através de um relaxamento, onde estaremos, digamos assim, no meio do


caminho para nosso inconsciente (e aqui é o mais próximo que conseguiremos
chegar dele), passamos a imaginas situações com a maior riqueza possível de
detalhes. Quanto mais claro e elaborado, melhor. Cheiros, sensações,
sentimentos e imagens.

A repetição por vários, dias, algumas vezes ao dia, pode auxiliar na criação de
uma informação inconsciente desejável que, de outra forma, não estaria lá.

O objetivo deste mecanismo é fazer com que, da mesma forma que nosso
inconsciente nos atrapalha, limitando nossas possibilidades por termos uma
crença inconsciente que não seremos capazes, fazê-lo nos ajudar a realizar o
que desejamos.

Algumas técnicas de “magnetismo”, “pensamento positivo” e até “o segredo”, de


uma forma florida e pouco objetiva, buscam exatamente este mecanismo. Que
utilizado da forma correta, podem realizar feitos impressionantes.

4.2 O próximo passo após a PNL


Em que pese a minha feroz defesa da PNL, é claro que o tratamento dos
pacientes busca antes resolver uma questão reprimida em seu inconsciente e
não colocar uma informação nova lá.
Mas, uma pequena ginástica mental nos permite elocubrar que, se o método de
PNL nos permite colocar uma informação em nosso inconsciente, não seria
possível que ele pudesse ser utilizado para alterar uma informação que está lá?

Entendo que sim, mas com reservas.

Sob o risco de termos efeitos apenas temporários, como o próprio Freud relatou
ter obtido, o processo deverá ser realizado de forma repetida e sistemática,
diariamente, ao menos duas vezes ao dia, pelo período compatível com a
capacidade de relaxamento do paciente e da complexidade da questão a ser
ressignificada. De uma forma geral, nunca menos de uma semana e, em alguns
casos, podem ser necessários alguns meses.

5.0 Conclusão
A hipnose, enquanto ferramenta acessória nos tratamentos psicoterápicos, tem
um papel de extrema importância, tanto no mecanismo de busca das questões
inconscientes como em sua ressignificação.

O terapeuta deve entender suas limitações e associar esta técnica ao restante


de seu repertório, sob pena de ter resultados inconsistentes e, como vimos
acontecer, passar a desacreditar no método.

A apresentação da técnica ao paciente seria objeto de um capítulo à parte, pois


assim como tratamos anteriormente, a hipnose goza de uma imagem distorcida,
que pode trazer rejeição ao tratamento por parte do paciente.

Esta rejeição pode ser evitada com a utilização da técnica ericksoniana em um


primeiro momento.

Esta, muito mais sutil, permite que o terapeuta se beneficie da condução


hipnótica, sem que sejam acionadas as travas do paciente por conta de uma
imagem negativa que este possa ter da hipnose.

Feito algum avanço, e superada as questões de segurança do paciente no


método, outras formas podem ser aplicadas, como a clássica ou a própria PNL,
buscando um aprofundamento dos efeitos conseguidos e sua perpetuação.
i
Dr. Mutke, “Increased Reading Compreension through Hypnosis” The American of Clinical Hypnosis,
Vol. IX, nº 4, abril, 1967

ii
BREUER, J. & FREUD, S. (1893-1895) “Estudos sobre a Histeria”. Em: Edição Standard Brasileira das Obras
Completas de Sigmund Freud (Freud, 1950a, Carta 2)

iii
Singer, Margaret Thaler; Lalich, Janja (1996). «Alphabet Soup for the Mind and Soul: NLP, FC, NOT,
EMDR». "Crazy" therapies: what are they?, do they work? (em inglês). San Francisco: Jossey-Bass. pp.
167–196

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