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Por: Gabriel Matheus Serra Maia de Souza.

EPISTEME na filosofia grega, esp. no platonismo, o conhecimento verdadeiro, de natureza


científica, em oposição à opinião infundada ou irrefletida E no pensamento de Foucault 1926-1984, o
paradigma geral segundo o qual se estruturam, em uma determinada época, os múltiplos saberes
científicos, que por esta razão compartilham, a despeito de suas especificidades e diferentes objetos,
determinadas formas ou características gerais [O surgimento de uma nova episteme estabelece uma
drástica ruptura epistemológica que abole a totalidade dos métodos e pressupostos cognitivos
anteriores, o que implica uma concepção fragmentária e não evolucionista da história da ciência.].

Origem
⊙ ETIM gr. episteme,ēs (com a vogal final aport. em -e ou em -a ), tomado por Michel Foucault, filósofo
francês) no sentido de 'conhecimento científico, ciência'

A episteme nunca é definida por Foucault como um termo para uma forma particular de conhecimento, mas
como o conjunto das relações epistemológicas entre as ciências humanas.

De notar que a utilização do termo no sentido que lhe dá


Foucault tem sido atacada desde a década de 1970 como um dos
símbolos do estruturalismo. (De notar que a tradução portuguesa
de As Palavras e as Coisas é precedida de dois prefácios
de Eduardo Lourenço e de Vergílio Ferreira que alinham nesta
crítica, refutando, respectivamente, o anti-humanismo e o
estruturalismo anti-existencialista de Foucault.) Nos últimos
textos de Foucault, o sentido estruturalista de episteme
é abandonado pelo próprio autor.

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Assim, [pág. XVII] em toda cultura, entre o uso do que
se poderia chamar os códigos ordenadores e as reflexões sobre a ordem, há a
experiência nua da ordem e de seus modos de ser.
No presente estudo, é essa experiência que se pretende
Por: Gabriel Matheus Serra Maia de Souza.

Breves reflexões sobre a “Epistemê”

Inicialmente é importante mencionar que as reflexões a seguir expostas, tomam por base de

conceituação os escritos no prefácio do Livros – Das palavras e das Coisas – Michel Foucault.

Destaca-se que nosso ponto de partida da construção da presente reflexão emerge da leitura do

prefácio do referido livro, portanto, a visão aqui expressa ainda se apresenta “verde” e em fase de

“amadurecimento”, como uma fruta que ainda será colhida no futuro.

Foucault cita a primeira vez a palavra “Episteme” na página 13 de seu prefácio, ao fazer menção

a investigação dos conhecimentos e teorias, sobre o que se sabe como formas de constituição do saber,

a formação de racionalidades sobre determinado tema ou campo de estudo.

O referido autor se debruça sobre o que ele chama de “campo epistemológico” que se desdobra,

conforme minha compreensão em “epistémê dos conhecimentos” o que entendo com o âmago da

significação, ou seja, aquilo que fora proficuamente refletido e teorizado para que então seja definido.

Ao discorrer sobre tais conceitos de epistémê, o autor redunda que verdadeiramente o que se

busca é a arqueologia do que se sabe, ou mesmo, “arqueologia do saber”.

Importante mencionar que o significado literal de arqueologia é de uma ciência que estuda

vestígios, escava as profundezas, tira os mantos que cobrem a certeza e disseca o objeto estudado para

assim ter-se a certeza da origem daqui que se estuda.

Portanto, feito este introito sobre arqueologia, ao contextualizarmos arqueologia com saber e

epistémê, afirmo que o autor buscava exercer uma tarefa de investigar o âmago da verdade do que se

afirma como racionalidades, crenças, conhecimentos sobre algo.

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