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CURITIBA
2015
AUDREY LETICIA MOTTA DA SILVA
CURITIBA
2015
TERMO DE APROVAÇÃO
Curitiba, de de 2015.
_________________________________
Bacharelado em Direito
Universidade Tuiuti do Paraná.
A você meu Deus, o único Pai da minha Vida, meu porto seguro, que permite tudo
isso ser possível.
Sempre a vocês, Paty e Marcio.
A minha Família, ao meu amor e amigos por jamais me permitirem esquecer,
quem eu sou, e do que eu sou capaz.
Ao meu orientador, professor Doutor Roberto Aurichio Junior, por ser esse
mestre e homem maravilhoso, nos ensinando sempre a seguir em frente nessa
caminha, sem contar na sua inigualável paciência, e atenção, e por todos os seus
ensinamentos, muito obrigada por me proporcionar à honra de ser a sua orientanda.
Bem como a todos os outros professores, profissionais e colegas. Por mais
que não saibam desta pequena lembrança, foram grandes alicerces na construção
de minha formação profissional, e que com certeza são exemplos que procurarei me
espelhar.
A Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, que me possibilitou conhecer esse
mundo fantástico do Direito, assim como pela excelente formação que me foi
proporcionada.
E por fim, sou eternamente grata a todas as pessoas que de alguma forma
contribuíram para que esta etapa fundamental de minha vida fosse concluída com
sucesso.
DEDICATÓRIA
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................8
2 PRESCRIÇÃO PENAL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ATUAL ..............9
2.1 SIMPLES CONSIDERAÇÕES, DA EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO PENAL
NO DIREITO BRASILEIRO .................................................................................... . 9
2.2 CONCEITOS DE PRESCRIÇÃO PENAL .................................................... 10
2.3 NATUREZA JURÍDICA ............................................................................... 12
3 DA PUNIBILIDADE E SUA EXTINÇÃO NO DIREITO PENAL BRASILEIRO
.. .............................................................................................................................. 13
3.1 PODER PUNITIVO DO ESTADO ............................................................... 13
3.2 CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE ................................................ 13
4 ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO PENAL........................................................15
4.1 DISCIPLINA LEGAL......................................................................................15
4.1.1 Considerações importantes para a contagem do prazo................................17
4.1.2 Termo inicial do prazo prescricional, antes de transitar em julgado a sentença
passa a correr da seguinte forma:............................................................................18
4.1.3 Termo inicial do prazo prescricional, após o transito em julgado da sentença
condenatória irrecorrível (pena concreta) são ..........................................................18
4.1.4 Hipóteses de interrupção da prescrição.........................................................19
4.1.5 Crimes imprescritíveis....................................................................................20
4.2 ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO.......................................................................20
4.2.1 Prescrição da pretensão punitiva...................................................................20
4.2.1.1 Prescrição da pretensão punitiva-pena in abstrato .......................................21
4.2.1.2 Prescrição da pretensão punitiva retroativa-pena in concreto.......................22
4.2.1.3 Prescrição da pretensão punitiva intercorrente ou superveniente-pena in
concreto ....................................................................................................................25
4.2.2 Prescrição antecipada ou em perspectiva......................................................25
4.2.3 Prescrição da pretensão executória ..............................................................26
4.2.4 Prescrição da Pena de multa........................................................................ 28
5 JURISPRUDÊNCIA ......................................................................................29
6 CONCLUSÃO................................................................................................31
REFERÊNCIAS..........................................................................................................32
8
1 INTRODUÇÃO
.
9
Jeremy Bentham, Cesare Beccaria, e Henckel fazem parte da lista dos que
não admitiam a prescrição da pretensão punitiva, nem a prescrição da
pretensão executória, justamente por acreditarem que: ‘’deixar de aplicar a
pena, simplesmente por efeito do decurso do tempo, seria a consagração
da impunidade, encorajando criminosos a pratica de novos crimes, Seria,
ainda, um insulto à justiça e à moral”. (PORTO, 1998, p.13).
1
André Estefam (2013, p.511) menciona: “No Brasil, o primeiro diploma a cuidar do assunto foi o
código de Processo Criminal de 1832, uma vez que o Código Criminal do Império silenciou a respeito.
Nota-se daí que, nos primórdios de nosso direito positivo, a matéria era considerada de cunho
processual”.
10
Machado Paupério (1977, p.267) diz ser: “Meio de Paz social, para não
eternizar as querelas”.
Assim como Felippe, apresenta (1992, p.649): “Prazo após o qual uma
pessoa perde a possibilidade de fazer valer seus direitos da Justiça”.
Sidou (1997, p.477): “Modo de extinção da punibilidade pelo tempo final do
prazo estabelecido em lei, salvo as causas impeditivas ou interruptivas por ela
assentados”.
Bento Faria (1959, p.215): “Consiste na extinção da reponsabilidade por
motivo do transcurso de certo tempo, em determinadas condições, sem que se
promova a repressão do delito ou em que a pena seja executada”.
Franco (1979, p.276): “Prescrição é a perda da pretensão punitiva ou
executória do Estado pelo decurso do tempo”.
Damásio em sua concepção diz:
Ainda que todo delito deva ser merecedor de pena, pelo simples fato de que
toda conduta típica, antijurídica e culpável deve ser punida, há impedimentos á sua
aplicação, pois, para que aja a punição, tem que se respeitar certas “condição”,
expressas em Lei, onde se não seguidas , não há de se falar em punição.
Zafaroni e Pierangeli (1999, p.743) chamam de “condições de operatividade
da coerção Penal de natureza penal” que consiste em “Causas pessoais que
extinguem a penalidade”.
São varias as causas que levam a essa extinção, estão previstas no artigo
107, do Código Penal:
Extingue-se a punibilidade:
I- pela morte do agente;
II-pela anistia, graça ou indulto;
III-pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso
IV-pela prescrição, [sem grifo no original]; decadência ou perempção;
V- pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI- pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX-pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
O art. 109 do Código Penal elenca as regras para a prescrição e assim antes
de transitar em julgado a sentença, recorremos a ele para verificar qual a pena
máxima (pena in abstrato) do crime e em quanto tempo ele prescreveria. Após o
transito em julgado, quando temos a pena concreta (pena in concreto) também
recorremos ao art. 109, para verificar o prazo prescricional que diz ser:
2
Segundo o dicionário Barbosa (2000, p.244) “didática s.f.1. Arte e técnica de ensina. 2.Metodologia
do ensino. Didático adj.1.Relativo ao ensino .2.Proprio para ensinar .3. Que torna eficiente o ensino .
16
QUADRO 1-
PENA PRAZO PRESCRICIONAL
3
Estefam (2013, p.514) “A lei n.12.234, de cinco de maio de 2010, modificou o prazo mínimo da
prescrição das penas privativas de liberdade, antes de dois anos e, agora de três. Essa mudança
deve-se assinalar, não opera retroativamente, dado seu caráter material gravoso (CF, art. 5º, LV).
Significa dizer que para infrações penais cuja ação ou omissão tiver ocorrido até o dia 5 de maio de
2010, ainda valerá o prazo de 2 anos. Para aquelas cometidas do dia 6 em diante, o lapso será de
três”.
17
Desta forma, se a ação penal não for iniciada dentro do prazo fixado, será
reconhecida a prescrição.
22
Exemplo: O crime de furto (artigo. 105 do Código Penal), tem como pena, 1
a 4 anos, de reclusão, tendo como pena máxima 4 anos, assim passamos a analisar
o quadro-1 que faz referência ao art. 109 do Código Penal, verificamos que a pena
recai no item IV, (pena de 4 a 8 anos), prescreve se com a regra em 12 anos. Assim,
se não tiver ocorrido o recebimento da denuncia dentro desse prazo, deverá ser
declarado à prescrição do crime.
Do recebimento da denuncia até a sentença, tal prazo de 12 anos também
será observado, ou seja, não poderá passar 12 anos da denuncia até a devida
sentença, caso passe 12 anos sem que, o juiz sentencie, ocorrerá da mesma forma
à prescrição.
Exemplo: Suponhamos que o furto tenha ocorrido dia 10 de janeiro de 2000, a
denuncia foi recebida no dia 11 de janeiro de 2004, passou-se 4 anos e 1 dia .
Da data do fato (10 de janeiro de 2000), até o recebimento da denuncia (11
de janeiro 2004) não ocorreu à prescrição, pois como já observado no exemplo
anteriormente, ocorreria à prescrição do crime de furto, em 12 anos.
No entanto, se o juiz não sentenciar até o dia 20 de março de 2016, temos
um lapso temporal contado de 11 de janeiro 2004 (data da denuncia) a 20 de março
de 2016, tendo assim passando-se 12 anos, 2 meses e 9 dias , prescrevendo –se
portanto a ação .
Estabelece o artigo 61 do Código Penal que: “Em qualquer fase do processo,
o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declara-lo de oficio”. Ou seja,
qualquer momento, antes ou durante a ação penal, mediante requerimento por
qualquer das partes ou de oficio, poderá ser declarada extinta a punibilidade.
Sendo essa declaração reconhecida no curso da ação, o juiz não julga o
mérito da causa.
Essa forma de prescrição não está prevista em lei, porém vem sendo
admitida por grande parte da doutrina e jurisprudência.
A prescrição antecipada ou em perspectiva, alguns doutrinadores também
chamam de “virtual”, não se trata propriamente de uma modalidade de prescrição,
26
mas sim, de ausência de interesse processual, pois o juiz ao verificar que mesmo
havendo condenação o crime já teria prescrito, em face de uma futura prescrição
retroativa, não havendo para tanto, a necessidade de dar continuidade no processo.
Importes considerações Estefam, apresenta com a entrada em vigor da Lei
n.12.234, de 5 de maio de 2010, já mencionada nesse humilde trabalho :
5 ANÁLISE JURISPRUDÊNCIA
Assim, para finalizar, uma jurisprudência, que vem abordando uma das
peculiaridades da prescrição da pena de multa.
31
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 21 ed., São Paulo: Saraiva,
2015.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Vol.1.17. ed., São Paulo:
Saraiva, 2012.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal. Vol. 1. 6. ed., São Paulo:
Saraiva,2000.
BRUNO, Aníbal. Direito Penal Parte Geral. 4. ed., Rio de Janeiro :Forenses,1978.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 19. ed. São Paulo :Saraiva,2015.
33
ESTEFAM, André. Direito Penal, Parte Geral. 3. ed., São Paulo :Saraiva,2013.
FARIA, Bento de. Código Penal Comentado, Parte Geral. 1. ed., Rio de Janeiro:
Distribuidora Record Editora ,1959.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, Parte Geral. Vol.1.17.ed., Rio de Janeiro:
Impetus, 2015.
JESUS, Damásio E. Prescrição Penal. 5 ed., São Paulo : Rio de Janeiro ,1990.
JESUS, Damásio E. Prescrição Penal. 18. ed., São Paulo : Saraiva, 2009.
MARQUES, José Frederico. Curso de Direito Penal. V.3, São Paulo: Saraiva 1956.
NORONHA, Magalhães E. Direito Penal, Introdução e Parte Geral. V.1.9 ed., São
Paulo: Saraiva 1982.
PORTO, Antônio Rodrigues. Da Prescrição Penal. 5. ed., São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1998.
SIDOU, J.M. Othon. Dicionário Jurídico. 4. ed., Rio de Janeiro: Forense Universitário,
1997.
ZAFFARRONI, Eugenio Raúl. Manual de Direito Penal Brasileiro. 5. ed., São Paulo :
RT, 2004.