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Introdução:

A legitimidade da experimentação animal tem como base explicar se é moralmente aceitável usar
os animais nos testes científicos. Este tema foi escolhido por nós, pela razão de que os animais
sofrem incomensuravelmente, por serem seres irracionais e nós humanos não ligarmos aos seus
sentimentos e emoções. Deste modo, estaremos a defender que não é moralmente aceitável usar os
animais nos testes científicos.
Desenvolvimento:
A experimentação animal é chamada como “um progresso da ciência”, porquanto é uma maneira
de testar novos produtos e medicamentos recém desenvolvidos. Os animais sujeitos a teste, servem
como um ensaio clínico antes de se realizar os próprios testes nos humanos. Os cientistas usam-nos
para determinar a eficácia de um determinado medicamento ou qualquer tipo de produto e ver
quaisquer efeitos colaterais.
Estes seres sempre tiveram os seus interesses intrínsecos desconsiderados simplesmente para que
os interesses humanos sejam protegidos. Apesar de praticamente todos os usos que ainda fazemos
dos animais irracionais serem considerados como necessários, práticas tradicionais que afetam
diretamente os interesses de tais seres, ainda são permitidas juridicamente, como é o caso da
experimentação animal. Quando se faz a experimentação do animal, por vezes os efeitos que causam
aos animais são desnecessários, dado que os produtos testados nos mesmos acabam por nunca
serem aprovados para o consumo ou uso público.
Os testes realizados no laboratório causam-lhes sofrimento, ferimentos e transtornos psicológicos.
É afirmado que os animais irracionais, como os mamíferos, aves e polvos, possuem substratos
neurológicos que geram consciência e comportamentos intencionais, provocando-lhes dor. Para além
do mais, esta experimentação é desnecessária, uma vez que que estes testes não ajudavam nada a
descobrir algo significativo para ajudar a humanidade. Um exemplo de que esta experimentação é
desnecessária, é o facto de se mostrarem falhas na realização dos testes com animais. A aspirina
falhou em testes com animais, assim como cardioglicosídeos( medicamentos para o coração),
tratamentos do cancro, insulina, penicilina e outros medicamentos. Estes seriam proibidos se fossem
baseados nos testes com animais, logo é desnecessário esta experimentação.
Existem, no entanto, muitas experiências científicas feitas em animais que são irrelevantes, mas
que têm o objetivo de descobrir coisas importantes, como a cura de doenças. São irrelevantes no
sentido de que, os organismos dos humanos e os organismos dos animais são diferentes aos nossos
em muitos aspetos, e, também muitos medicamentos e terapias que funcionam bem nos animais
não resultam connosco ou até nos são prejudiciais, logo estas experiências são mesmo
desnecessárias e servem como base para afetar os seres vivos. Se for moralmente aceitável fazer
experiências em animais e, utilizar-se um, haverá um maior sofrimento com essa morte. Estas
experiências, para além do mais, não são confiáveis, uma vez que os animais não estão no seu
habitat natural, onde causam o sofrimento incitado precedentemente, pelo que podem não reagir ao
aos testes de forma correta.
No entanto, parece que isso não importa, uma vez que os animais irracionais sempre foram
considerados juridicamente como “coisas”, como meras mercadorias ou como meros instrumentos a
serem utilizados a favor do homem. Claro que num mundo sem doenças e sem sofrimento, a
experimentação animal não seria necessária, no entanto, o nosso mundo apresenta doenças, logo é
necessário, supostamente, existir essa experimentação animal. Essa experimentação aos animais
provoca-lhes muito sofrimento? Há um balanço entre o benefício e o sofrimento? Teremos
benefícios com isso? Qual é a pergunta que as pessoas mais se preocupam? A última. Se é
moralmente aceitável essa experimentação dos animais, então a nossa luta pelos direitos dos
animais e que vimos a lutar não serviu nem serve para nada? Pois, aí ninguém se questiona.
Ainda há pessoas que defendem que os animais não sofrem. As mesmas defendem que os animais
não são capazes de sofrer, já que são comparados a máquinas. Todavia, a análise do comportamento
de uma espécie animal, apresenta iguais resultados comparados à análise das potencialidades do
sistema nervoso desta mesma espécie, sendo o mediador entre o mundo das ideias e do
comportamento. Nós expressamos as nossas ideias e pensamentos através da fala ou de gestos,
porque o sistema nervoso faz movimentar os músculos que realizam estas ações. Deste modo,
quando um cão late e abana a cauda ao ver o seu dono, é por conta também do seu sistema nervoso
que lhe possibilita manifestar os seus sentimentos ou o seu estado mental. Ao mesmo tempo que as
emoções primárias, expressões comportamentais mais instintivas como, por exemplo, a defesa do
território e a auto preservação, encontram-se mais desenvolvidas nos animais, o Homem possui a
área pré-frontal do cérebro mais desenvolvida, sendo ela a responsável pelas funções mentais. É-se
referido que as mentes dos mamíferos diferem das nossas somente em grau e não em tipo.
A ciência confirma assim que podemos com segurança afirmar a ocorrência, nos animais, dessa
potencialidade, a mente, ainda que primária, mas que está inegavelmente em evolução. Com isto,
conseguimos inferir que os animais sofrem. Não obstante, apresentamos um exemplo disto.
Dois chimpanzés viveram em jaulas separadas uma perto da outra, por muitos meses, até que um
deles foi usado como doador de coração. Quando um deles foi sacrificado, na sua jaula, na
preparação para a cirurgia, ele gritava e chorava incessantemente. O outro chimpanzé ficou com um
possível trauma, uma vez que quando o corpo do outro chimpanzé foi removido da sala de operação,
este chimpanzé ficou desolado por vários dias e chorou incansavelmente. Isto, só para comprovar
que os animais sofrem ao realizarmos testes experimentais para nos ajudar, pelo que não deveria ser
moralmente aceitável a concretização desses testes, pois eles têm um igual grau físico ou psicológico
de sofrimento.
Será que realmente precisamos usar animais para pesquisa médica ou as pessoas só os querem
explorar? Como foi apresentado anteriormente, ainda a mente dos animais apresenta-se primária e,
será, por esse motivo, que as pessoas desmerecem-los e limitam os seus direitos, de modo a usá-los
como cobaias? Como sabemos que, de facto, os animais não são vítimas de especismo e os
resultados éticos da experimentação animal são falsificados, só para se poderem usar os animais e
não contribuírem nada para a nossa vida? Até porque eles podem modificar os resultados para os
humanos utilizarem, após o requerimento aos animais.
Ainda que não se possa substituir os animais em todos os testes de experimentação, existem
métodos alternativos com eficácia comprovada, pelo que sempre que existir um teste destes com
grande eficácia, ele deve ser substituído. A ciência tem o objetivo de reduzir e até abolir o uso de
animais, no entanto, porque é que ela não usa métodos alternativos? Existem alternativas que são
capazes de substituírem o uso de animais em testes, como a aplicação de modelos matemáticos e
computacionais, técnicas in-vitro com tecidos de seres humanos ou animais, pelo que seriam uma
boa técnica ao invés do uso da experimentação animal. Claro que isto abarca desvantagens, como a
análise ser elementar da realidade e a visão desta análise ser simplista, apesar disso, a aplicação
deste princípio seria mais humanitário e, a probabilidade do sucesso disto seria grande, não havendo
tantas consequências para os animais e iria a continuar a ajudar-nos. Se a experimentação animal
não é meramente errada, então porque é que existem organizações para prevenir esse
comportamento de maus tratos? A PETA(Pessoas para Tratamento Ético de Animais), desencoraja a
prática de testes em animais e na crueldade animal. Se eles sabem que existe em algum local
experimentação animal, eles resolvem esse assunto. Na nossa opinião, é irresponsável tornar os
animais recetores de drogas e produtos químicos nocivos apenas porque eles não podem protestar.
Até, como já referido previamente, os testes incluem tratamento brutal, como a privação de água,
fome e é é-lhes concedido uma alimentação forçada de substâncias insalubres e não comestíveis,
onde estimula-os à dor e são submetidos a outros tratamentos hediondos. Os animais deviam ter
direitos legais. Destarte, devemos cada vez mais reforçar e promover para que estes tipos de testes
acabem, uma vez que as consequências para os animais são gravíssimas.
Conclusão:
Por conseguinte, a experiência animal acarreta muitas consequências para os animais, pelo que,
como já foi comprovado, também nem sempre é 100% eficaz e como referido, traz também
consequências para nós, humanos. Assim, não deve ser moralmente aceitável usar animais nos
testes científicos. Os testes em animais são, sem dúvida, cruéis. Podem ter ajudado no passado a
descobrir medicamentos novos e eficazes, tratamentos para humanos, mas agora a tecnologia é tão
desenvolvida que não há necessidade destes testes. Temos de nos unir e dizer não aos testes em
animais permanentemente. Já vimos que existem métodos alternativos, para substituírem estes
testes, portanto temos de nos juntarmos todos e usar produtos independentes da exploração animal.

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